Nesta postagem desejo que meus amigos e leitores possam vislumbrar o que desejo nesse blog.
A Igreja Católica, predileta de Jesus Cristo, que a gerou, tem sua trajetória incontestável, graças à ação do Espírito Santo. Ela é sempre a mesma, embora, estrategicamente, leve em consideração a evolução da humanidade.
IGREJA EXÉRCITO DE CRISTO: assim definida pelo Concílio de Trento, dava ênfase à ordenação sacerdotal, concentrando todo seu empenho na figura do Padre. O leigo não tinha voz ativa nos atos celebrativos, ele era um mero assistente sem uma participação como é comum nos dias de hoje. Cabia ao Padre todas a tarefas religiosas, litúrgicas e até administrativos. O leigo participava como mero ajudante do Padre nas coisas fora dos atos religiosos, tais como, composição dos conselhos e nas festividades paroquiais, comumente designados Festeiros, que eram os responsáveis pela organização de eventos dessa natureza. A celebração da Santa Missa era em Latim e o Celebrante de costas para a comunidade, após as leituras, em latim, dirigia-se aos fiéis para, então, fazer o “sermão” assim denominado a fala do Padre. A participação dos fiéis se limitava a meros assistentes e ouvintes. Não havia a distinção entre cantos litúrgicos e festivos, pela inexistência de autores litúrgicos. O Padre, nessa época, até por se vestir de modo diferenciado, era mais admirado e respeitado, jamais contestado.
IGREJA POVO DE DEUS: O modelo anterior já exaurido mereceu especial atenção da Santa Igreja que, para tanto, através do Papa João XXIII, convocou, em 25 de dezembro de 1961, o Concílio Vaticano II, aberto oficialmente em 11 de outubro de 1962, apostando numa nova imagem para a Igreja, denominando: Povo de Deus. A partir daí houve uma verdadeira revolução na Igreja.
OS VOCACIONADOS: cresce em importância o Batismo e o Laicato. O Papa dirige a Igreja com os Bispos e estes, através de seus padres e os presbíteros, transmitem, de forma consensual, as orientações, as normas e maneira de ser na Igreja, fazendo com que o Povo de Deus viva efetiva e afetivamente seu batismo, como verdadeiros filhos de Deus. O Leigo passa a ter papel fundamental na propagação da fé e desenvolvimento da Igreja, como verdadeiros protagonistas na história. No documento “Confidelis Laici”, o Sumo Pontífice, volta-se ao tema de destaque do Vaticano II, dedicando especial atenção a atividade do Leigo na Igreja, ao estabelecer suas atribuições e competências, como verdadeiros “Trabalhadores da Vinha”. No mês de agosto o Povo de Deus vive o mês das vocações. Vocação é um dom de Deus. Vocação é o cristão vivendo plenamente o seu Batismo.
No primeiro domingo lembramos o Padre, figura Humana e ao mesmo tempo Divina. Ele vem do meio dos homens para torná-los Divinos. A seguir, lembramos a paternidade – o dia do Pai – que no meio famíliar cresce em importância, dando ao lar o privilégio de ser a célula mater da Igreja Universal. O crescimento da Igreja é sinal de família saudável. A Vida Consagrada dos religiosos e religiosas, lembrada no terceiros domingo de agosto, é um convite para viver o amor plenamente a serviços dos irmãos e irmãs, constitui e contribui de modo significativo no engrandecimento e riqueza da Igreja.
No quarto domingo celebramos o dia do Leigo. O Leigo não é um “coitado” que não pode ser padre ou freira, mas sim a própria Igreja de Jesus Cristo, porque o Batismo lhe imprimiu essa marca cristã indelével. Então, vocação como dom de Divino, Deus não privilegia nem esquece seus filhos, tendo sempre a porta aberta: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Cada vocacionado vive esse dom a serviço do amor, dependendo de como cada uma o sublima. É bom ter bem clara a diferença entre o padre Diocesano e o Religioso. O Padre Diocesano está ligado ao bispo, sendo seu colaborador mais próximo, e pertence a uma Diocese, sendo consagrado totalmente a ela. É o Sacerdote que faz os votos de castidade e obediência, portanto, pode ter bens materiais. Já o Padre Religioso, pertencente a uma congregação religiosa, como o marista, o franciscano, o beneditino, etc. fazem votos de pobreza (os bens são colocados a serviço e em comum na congregação) obediência e castidade e segue os princípios do fundador da congregação Diocesano.
