33º domingo
do tempo comum 18/11/12
O CÉU E A TERRA PASSARÃO, MAS MINHAS PALAVRAS
SÃO ETERNAS!
A VITÓRIA FINAL SERÁ DE TODOS OS QUE SÃO
FIÉIS A DEUS
Estamos chegando ao último domingo do
ano litúrgico que culmina com a festa de Cristo Rei (25/11). Na semana seguinte (02.12),
iniciamos o tempo do Advento em preparação ao nascimento do Salvado, o Natal do
Senhor.
Para o cristianismo, a compreensão da
morte e ressurreição de Cristo, é a plenitude de vida e destino de
todos nós.
Nada de fim de mundo, mas o
renascer de uma esperança viva no coração dos que trilham com fé o caminho do Senhor
e, desta esperança, faz brotar, no fiel discípulo, a graça de optar, entre
os desafios e os encantos do mundo, pela
palavra do Senhor que não passa. A esperança cristã se fundamenta na vitória de Cristo sobre a
morte: é o gostinho das
bem-aventuranças.
Os textos são enigmáticos: o sol escurece e a lua não brilhará
mais, a queda das estrelas, anjos convocando os escolhidos, os mortos ressurgindo
e o Filho do Homem surgindo sobre as nuvens... O cristão, como filho de Deus, é chamado a viver atento aos
sinais dos tempos para testemunhar o amor do Pai à humanidade. Deus está meio de nós, porém, temos que trabalhar vigilantes e
perseverantes, fazendo com que a comunidade viva este amor de Deus por nós. A morte
é o início, onde o fiel discípulo espera por uma pessoa determinada: Jesus, o Rei do universo, o Rei da vida de
cada um de nós. Nele, o “Vivente”, viveremos para sempre.
Quanto àquele dia e
hora, ninguém sabe, nem o Filho, mas somento o Pai.
Primeira
Leitura: Daniel
12,1-3 Nesse tempo, teu povo será salvo
O
texto se reporta à esperança de salvação aos perseguidos e desanimados, mas
destaca a ação de Deus que defende e salva o seu povo. A vitória final
será daqueles que permanecerem fiéis ao Senhor. Deus está ao lado
e premia os que praticam a justiça. A promessa da ressurreição é um
convite a viver a justiça em meio às perseguições, por causa da fidelidade à
aliança. Quem permanecer fiel será recompensado
por Deus.
Daniel inaugura a literatura apocalíptica
com símbolos e linguagem cifrada que fala da vitória do Bem sobre o mal. Miguel
é um ente celeste que vela sobre os fiéis a Javé.
É o anúncio do Reino messiânico e salvador da humanidade, por isso Daniel fala
de tempos difíceis.
O cristão fiel não é uma “cana agitada pelo vento”, mas um
“profeta” que, testemunhando os valores de Deus, na vida eterna brilhará como
as estrelas.
Salmo
Responsorial:
O salmista expressa confiança em Deus
que não abandona o justo
(Guardai-me,
o Deus, porque em vós me refugio)
Segunda
Leitura: Hebreus
10,11-14.18
Pelo Seu ato definitivo, Cristo santificou os homens
e sentou-se junto ao Pai.
Onde existe o perdão, já não se faz oferenda pelos pecados porque “Cristo
ofereceu um sacrifício único e supremo, concretizando o projeto de Deus de
libertar os homens do pecado e abrir-lhes o caminho para a vida plena”. Em Cristo somos todos salvos. A segunda vinda de Jesus é chamada de Parusia: Jesus retornará no seu
esplendor e glória para julgar os vivos e os mortos. Será o Rei da Justiça e o
Pai da Misericórdia, o salvador das almas. Todo
os que construíram, em vida, um caminhar repleto de misericórdia e de justiça,
vivendo o amor a Deus e aos irmãos serão convidados a entrar na casa do Pai. Estes ouvirão a vos do Salvador: vêm bendito do meu Pai ocupar o lugar
que vos foi preparado.
Ele nos ensinou o caminho do mundo novo e a fazer da vida um dom
de amor a Deus e aos irmãos, vencendo o egoísmo e o pecado.
Evangelho: Marcos 13,24-32
O texto,
em linguagem apocalíptica, reflete a guerra judaica, marcada pela destruição do templo e
da cidade de Jerusalém, ensejando a Marcos transmitir
um recado de Jesus que convoca seu povo a observar os sinais dos tempos, em especial,
as manifestações do amor de Deus pelos homens. Renasce, assim, uma tradição profética com a
esperança de um novo tempo de salvação. A manifestação gloriosa de Jesus é
descrita com a fé pascal: ”Após a
grande tribulação, verão o Filho do Homem vindo entre nuvens com grande poder e
glória”. Jesus é a luz que vence as trevas da opressão e da morte. Sua presença de paz estabelecerá definitivamente o Reino de Deus,
já revelado com sua vida e ressurreição.
A espera do Reino deve ser algo visível, como a imagem da figueira:
os ramos verdes e as folhas que
brotam são sinais da ação de Deus nos acontecimentos
da história. São
figuras guardadas pelos primeiros cristãos e permanecem para revigorar o
compromisso a serviço do Reino: As palavras de Jesus não passarão, pois seu valor é eterno.
O Reino de Deus, anunciado por Jesus,
deve ser construído pela prática da caridade, do amor solidário. É necessário estar atento para perceber os sinais de
salvação. O deixar-se conduzir pela voz de Cristo, é seguir seus passos no
caminho de fidelidade a seu projeto que nos
faz refletir a transitoriedade da vida e conseqüente encontro com Deus. Jesus pede: estejam atentos. Não podemos ficar parados.
Como cúmplices e membros de uma
comunidade de espera atenta, clamemos: Maranatá! Vem Senhor Jesus!
Num mundo impregnado de ódio, dores e lágrimas, as comunidades cristãs
devem ser sinais de esperança e fontes de amor, alegria e paz, mostrando que a ressurreição é sinal de júbilo e triunfo. Os frutos da vida só podem
vir quando o poder for exercido em favor dos oprimidos e necessitado como sinal
deste mundo novo anunciado por Jesus. Ele, em seu discurso apocalíptico, retoma suas lições para a
vida da comunidade no presente e seu caminhar para o amanhã, numa alusão de que
a história da salvação é um projeto que vai se realizando, o que nos anima.
Jesus é a porta da
vida eterna: esse é o encontro que nenhum de nós poderá fugir,
porque nossa vida está unida a Ele. Aos fieis a Deus será destinado vida eterna onde brilharão como as
estrelas.
“Estarei sempre convoco,
até o final dos tempos!”