JESUS NOS ALIMENTA E NOS ENSINA A PARTILHAR
Numa alusão as vocações no Reino de Deus, a comunidade cristã é chamada a ser lugar de partilha solidária, sem egoísmo, mas fraterna uns pelos outros. O “DAÍ-LHES VÓS MESMOS DE COMER” é o sinal do Senhor, como fez a seus discípulos e seus seguidores, a seguir o seu exemplo, visando à unidade da Igreja, com responsabilidade. Nessa dinâmica litúrgica somos comparados ao jeito de Cristo no seu modo de ser e agir. Ele nos alimente com o Pão Celestial, cumprindo a profecia dos novos tempos, que diz que todos terão alimento e bebida com fartura, sem nada pagar. O milagre da multiplicação dos pães é sinal de que o tempo da graça está chegando. Vamos, por isso, celebrar a Eucaristia como o alimento do Pão da vida e da imortalidade.
Deus nos convida a sentar à mesa que Ele preparou, oferecendo-nos, de graça, o alimento que sacia a fome e a sede dos homens, a Eucaristia. Jesus vê a multidão, esperançosa e com fome, num gesto messiânico, cura os doentes e, antes que os discípulos as despeçam, dá-lhes o Pão, como outrora no deserto,quando muita gente foi alimentada de forma maravilhosa, em meio à escassez. Todos se fartaram e ainda sobrou, lembrando o anúncio profético de Eliseu. Pães simbolizam a vida de Jesus e sua doação por amor que gera partilha.
Primeira Leitura: Isaias 55,1-3 Apressai-vos, e comei!
Por volta de 595 a.C, o povo de Deus, derrotado, foi deportado para Babilônia. Jerusalém, a cidade santa, foi arrasada. No exílio, até que Ciro, Rei da Pérsia, os libertou, o tempo foi de desolação e sofrimento, mas seguindo a voz do profeta, prosperaram e reconstruíram suas vidas, até o retorno a Nova Jerusalém, prometida por Deus. O texto é um convite de Deus para que seu Povo deixe a escravidão e se dirija à terra da liberdade, da justiça, do amor e da paz, onde Ele vai saciar a fome do seu Povo, oferecendo, gratuitamente, vida em abundância e felicidade sem fim. E concui: “Prestai atenção e vinde a Mim, escutai e a vossa alma viverá. Firmarei convosco uma aliança eterna, com as graças prometidas a David”. Em Jerusalém, após 40 anos, à volta da mesa com Deus, Judá vai redescobrir o Deus libertador.
Primeira Leitura: Isaias 55,1-3 Apressai-vos, e comei!
Por volta de 595 a.C, o povo de Deus, derrotado, foi deportado para Babilônia. Jerusalém, a cidade santa, foi arrasada. No exílio, até que Ciro, Rei da Pérsia, os libertou, o tempo foi de desolação e sofrimento, mas seguindo a voz do profeta, prosperaram e reconstruíram suas vidas, até o retorno a Nova Jerusalém, prometida por Deus. O texto é um convite de Deus para que seu Povo deixe a escravidão e se dirija à terra da liberdade, da justiça, do amor e da paz, onde Ele vai saciar a fome do seu Povo, oferecendo, gratuitamente, vida em abundância e felicidade sem fim. E concui: “Prestai atenção e vinde a Mim, escutai e a vossa alma viverá. Firmarei convosco uma aliança eterna, com as graças prometidas a David”. Em Jerusalém, após 40 anos, à volta da mesa com Deus, Judá vai redescobrir o Deus libertador.
A mensagem revela o coração amoroso de Deus, atento às necessitadas de seu Povo, sofrido e desolado. Deus está atento à sorte de seus filhos. A reflexão nos convida: a) descobrir este Deus providente e amoroso em nos colocar em suas mãos, e b) ser testemunhas deste Deus esperança, amor e paz, com sede de justiça, fraternidade e igualdade aos pobres e injustiçados. Somos livres para abrir o coração a este amor gratuito e sem limites. Dinheiro?! A proposta é gastá-lo, visando o bem estar fraterno e não no egoísmo e no prazer pessoal. Não em valores efêmeros que evaporam, mas em valores humanos e Divinos que prosperam e dão vida. Nossa escolha está entre comodismo ou os desafios propostos por Deus.
Salmo Responsorial:
O olhar de todos está no Senhor, pois ele fornece o alimento na hora certa.
Segunda Leitura: Romanos 8,35.37-39 -
Nenhuma criatura poderá nos separar do amor de Deus, manifestado em Cristo.
A leitura é um hino ao amor de Deus pela humanidade e explica porque Deus enviou ao mundo seu Filho único, convidando-nos para o banquete da vida eterna, do qual nenhum poder hostil nos pode afastar. O texto conclui a reflexão de Paulo sobre humanidade, mergulhada no pecado. Entretanto, o que o Deus de bondade oferece aos homens é a salvação, por meio de Jesus Cristo, de forma gratuita e incondicional, fazendo-n, pelo dom do Espírito Santo, renunciar a vida segundo a carne para ascender à vida do Espírito, como Filhos de Deus.
Acolher a salvação de Deus é se identificar com Jesus e percorrer com Ele o caminho do amor a Deus e aos irmãos. Não é um caminho fácil e de êxitos humanos, mas um caminhode dor, sofrimento e renúncia, enfrentando as forças da morte, opressão, egoísmo e injustiça. Segundo Paulo, é um caminho de confiança e amor: “Se Deus é por nós, quem será contra nós”? Nada derrota quem é amado por Deus. Por isso, o batizado que optou e segue a trilha de Jesus, está seguro e preso ao amor de Deus e pode lutar contra o egoísmo e as intempéries do mal, com a certeza que nada o pode vencer ou destruir, esperando, no final da jornada, a vida de felicidade plena. Paulo se espanta com o grande amor de Deus: Ele nos ama com um amor profundo e radical que ninguém apaga ou elimina. Esse amor veio a nosso encontro em Cristo Jesus: “Estarei convoco até o fim dos tempos”! Paulo completa: “Não tenhais medo, Deus vos ama”. O verdadeiro discípulo missionário é quem nada teme e entrega sua vida como dom, rompendo fronteiras.
Evangelho: Mateus 14,13-21 - Todos comeram e ficaram satisfeitos. Mateus, após as instruções sobre o Reino e sua realidade e, diante da posição negativa da comunidade judaica, apresenta-nos Jesus que se volta a pequenos grupos e comunidades que O seguem interessados em seus ensinamentos. Ele é o novo Moisés, cuja missão é libertar seu Povo. O Mestre mostra aos discípulos, na convivência de uma refeição, que é preciso acolher o pão oferecido por Deus, repartir e criar laços familiares de comunhão. A narração tem um inegável contexto eucarístico, quando Jesus liberta a comunidade da fome, do egoísmo e do pecado para o amor fraterno. Sentar-se à mesa da Eucaristia com Jesus é comprometer-se com a dinâmica do Reino e a lógica da partilha.
Jesus se doa como pão da vida e confia, a seus seguidores, essa missão de ninguém passar fome, nesse deserto de um mundo rico, mas egoísta. Nossa missão é multiplicar o amor e a fraternidade para que os recursos da terra, dons de Deus, sejam partilhados com todos habitante, em igualdade e quantidade, formando a comunidade do Reino, num processo libertador e sem egoísmo. A lição da multiplicação dos pães lembra a fome que devasta e envergonha o mundo e os cristãos: “dai-lhes vós de comer”, a fome de pão, da alegria, do apoio e da esperança. É um processo de aprendizado e deve integrar a comunidade de amor e Ele deu exemplo, abençoando os pães e peixes para distribuí-los, em família. A lição de Jesus é mostrar que tudo é dom de Deus para gerar liberdade e vida em abundância. Liberdade não combina com a fome.
O texto nos convida a refletir sobre a preocupação de Deus em oferecer abundância, sem fome e sem miséria. Ele convida todos ao Banquete do Reino e aos famintos de amor e de justiça, aos marginalizados da vida, desesperados e tristes e que não têm pão na mesa, nem paz no coração, prometendo: “ofereço a todos a plenitude de vida, negada pelos homens, seus irmãos, e os convido para a mesa do Reino”.
Seguir Jesus é se comprometer com a fome do mundo e ninguém pode dizer: “não tenho nada a ver com isso”, nem imitar Pôncio Pilatos... É preciso criar cultura de que os bens são dons de Deus destinados a todos os homens, devendo atender esse destino universal, não sendo privilegio de grupos restritos, nem fonte de caridade. É preciso quebrar a lógica do capitalismo, o egoísmo do lucro, criando a lógica da partilha.
AO DESEMBARCAR, JESUS VIU UMA GRANDE MULTIDÃO E SE COMPADECEU DELA, PORQUE ERAM COMO OVELHAS SEM PASTOR.
SE VOCE SE JULGA PEQUENO E TEM POUCO A OFERECER, LEMBRE-SE DA HISTÓRIA DO MENINO DONO DOS PÃES E DOS PEIXES. O PEQUENO E O POUCO SE TORNAM GRANDES QUANDO COLOCADOS NAS MÃOS DE DEUS.