EM JESUS A SALVAÇÃO É OFERECIDA A TODOS: A MANIFESTAÇÃO DO AMOR DO PAI PARA TODOS.
O mistério de Deus, como plano salvífico,
manifesta-se em Cristo a toda humanidade. A Epifania, como mistério, é a afirmação
de que Jesus veio para os povos de todos os tempos. A liturgia apresenta a manifestação de Jesus
como luz à humanidade. Luz que ilumina os homens para uma vida nova de
salvação.
A
Epifania é o ápice do tempo Natalino onde o mundo, nos pastores e reis magos,
acolhe o Menino.
A Palavra de
Deus, pela Igreja de Cristo e nos Sacramentos, manifesta a presença de Deus,
como a estrela do oriente que nos leva à “manjedoura”. Ele agora tem um rosto e gestos humanos.
Natal e Páscoa, festas que
se complementam na pessoa de Cristo, vida. Natal, um Menino nasce para que os
homens tenham vida e se manifesta na Epifania:
aos gentios, pelos Magos; como Filho de Deus, no batismo; e nas bodas de
Caná, como inicia sua vida messiânica.
Na Páscoa a
vida renasce no Senhor que é fecundada pelo Espírito do Pentecostes e produz frutos
por seus seguidores. Que as
manifestações não se limitem a solenidades, mas pelo testemunho cristão. Os Magos viram o menino e voltaram por
outro caminho, significando que quem encontra Jesus muda de caminho (de vida).
Primeira
Leitura: Isaias
60, 1-6
Apareceu sobre
ti a gloria do Senhor.
A palavra profética de Isaías convida ao
compromisso de fidelidade à aliança com Deus que se manifesta em todos os povos.
A presença do Senhor ilumina os que se unem para construir a nova cidade, no amor
e na justiça. A restauração da cidade Luz é a alegria pela glória de Deus como
Luz salvadora que liberta todos os Povos. A certeza nas promessas de paz é o sonho que se faz esperança
pela reconstrução da nova Jerusalém (a cidade da
luz) bela e harmoniosa para a morada definitiva de Deus no meio de
seu povo (iluminada desde o nascer até o por do sol, o que a
torna mais bela). O povo virá
com suas riquezas (incenso, mirra) para louvar o Senhor.
O sonho do profeta é ver Jerusalém levantar-se, no seu
esplendor, na chegada da luz salvadora de Deus e, com seu novo visual, atrair o
retorno de seus filhos e a atenção dos povos de toda a terra, cantando os
louvores de Deus. Aqui se configura a eterna
preocupação de Deus com a vida e a felicidade de seu povo. O povo se
rebela, o mundo dá voltas, mas Deus está lá, estendendo-lhes a mão para
socorrê-los. A
eterna fidelidade de Deus em libertar e salvar os homens nos faz levantar a
cabeça e confiar em seu amor infinito. O caminho é acolher Jesus, a luz libertadora,
cabendo a cada um brilhar essa Luz aos
homens através de nosso testemunho.
A catequese missionária que reflete e ilumina essa nova Luz de Deus
é a Igreja, a comunidade cristã que a acolhe e faz refletir nos irmãos de fé.
Salmo
Responsorial: O salmista canta a libertação de seu povo e o rei fará justiça
em favor do povo: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor.
Segunda
Leitura: Eféseos
3, 2-3a.5-6
Agora
nos foi revelado que os pagãos são co-herdeiros das promessas.
O texto relata o que foi dado a conhecer em
Cristo: somos chamados por Deus e usufruir de Sua herança, formando um só corpo
(a Igreja) para participar
de Sua família. Epifania: a grande festa missionária que
nos faz sentir parceiros na fé, junto à humanidade que enfrenta os dissabores
da caminhada. A fé
comunica vida à comunidade na busca pelo sentido da vida. A estrela
indica o caminho alternativo, que não passa pela esperteza dos grandes, mas pela
inocência dos pequenos e fracos, no caminho que leva ao Menino de Belém. A revelação aos Magos é a manifestação de
Deus aos pagãos e todos os povos, numa comunidade de irmão, como plano
salvífico universal.
A Igreja, como o Corpo de Cristo, é a comunidade dos que
acolheram o mistério da salvação, unindo judeus e pagãos (toda humanidade).
Paulo, privilegiado como os Doze, o
verdadeiro arauto da Boa Nova, abre seu coração numa missão catequética para
compartilhar com os irmãos de fé o grande mistério da Salvação que lhe foi
revelado, insistindo que a salvação não é privilégio de ninguém, mas de toda a humanidade. Com razão é designado o apóstolo dos
gentios. Judeus e pagãos
são membros do mesmo e único Corpo, de Cristo ou sua Igreja,
participam da mesma obra salvadora: filhos Judá
e filhos de Deus, na promessa feita por Deus a Abraão, realizada por Cristo.
Evangelho:
Mateus 2,1-12 Uma procura sincera: Viemos
do Oriente adorar o Rei.
Os sábios do oriente chegam a Jerusalém e, atraídos pela luz misteriosa,
perguntam pelo rei dos judeus que acaba de nascer. Herodes e toda Jerusalém, ligada ao poder,
ficam alarmados, pois conhecem as promessas messiânicas do povo. Da pequena Belém deverá surgir o verdadeiro
pastor para apascentar e guiar o povo no caminho da salvação. Os magos seguem os sinais de Deus, a
estrela que conduz ao Messias Salvador e, felizes, O reverenciam, oferecendo presentes. A tradição reconheceu no ouro: a realeza de
Cristo, no incenso: Sua divindade e, na mirra: Sua humanidade. O gesto dos magos simboliza o reconhecimento
de Jesus como Salvador, por todos os povos. Sua fé na caminhada até Cristo significa
a missão universal de fazer discípulos todos os povos.
Jesus
se manifesta como o Messias, o verdadeiro Rei para apascentar o povo de Deus.
Os magos, representando todos os povos, acolhem o Rei que veio fazer Seus seguidores
todas as nações. O reconhecimento e a adoração desses
sábios contrastam com a cegueira dos que ignoram a presença do Salvador, como
ameaça a seus interesses de poder e riqueza. Mateus contesta os que rejeitam Jesus
como o Messias, confirmando aos Cristãos a certeza do verdadeiro caminho, verdade
e vida. Cabe ao
discípulo a missão de partilhar a grande herança da salvação, formando um só
povo que compartilhe de um só corpo, comprometido em viver a comunhão e a
fraternidade universal. A Epifania mostra
que Deus não é propriedade particular, por isso nos convoca a apresentar
o Rei dos reis a todos os povos e raças.
O encontro dos Magos com Jesus os fez retornar
por outro caminho: como transformação de vida. O nosso encontro com o Senhor também
deve nos levar novos caminhos e nova vida. A mudança de rota na Bíblia simboliza a conversão. Viver a Epifania é assumir o evangelho, tende Jesus como estrela
guia e luz que ilumina a nova caminhada na história. Contudo a inveja dos “Herodes”, pela
lógica do poder e da ganância, tenta sufocar essa esperança e transtornar o
caminho certo. A caminhada
é pedregosa, mas Deus a ilumina, gerando força e vida.
A Epifania é a celebração da universalidade da salvação
de Deus e convoca os povos, unidos pela fé, a reconhecê-lo
e adorá-lo como Deus vivo e verdadeiro. Ele é a luz que ilumina o
caminho para o homem ser sinal de sua presença amorosa. Que Ele nos guie e nos fortaleça como verdadeiros
filhos, na unidade de sua Igreja e em comunhão com os irmãos, especialmente os
marginalizados, os pobres e desamparados material e espiritualmente. O episódio
mostra Jesus como o enviado do Pai a restaurar Seu reino de amor e paz.
O relato apresenta dois aspectos contraditórios:
O povo de Israel rejeita Jesus; os Magos, pagãos, O adoram. Herodes e Jerusalém
ficam perturbados com a notícia, planejando sua morte; os pagãos sentem alegria,
reconhecendo Jesus como o Messias. Os seus não o receberam, os pagãos O acolhem
e percebem nEle a Luz que veio iluminar as trevas.
Ele será Sinal de contradição.
As Revelações chegaram até nós pela Sagrada
Escritura (escritos inspirados por Deus)
e pela Tradição (inspiração do Espírito
Santo nas pessoas que vivenciaram pela fé e vida).
A
Palavra de Deus, os Sacramentos, o Magistério da Igreja, a palavra do sacerdote
ou de pessoas amigas, os acontecimentos da vida, manifestam a presença
de Deus, como a estrela.
DICAS: (1) Revendo Seus “estoques”: (roupas, livros,
calçados) antes de descartá-los, veja
sua utilidade a quem necessita. (2) Nunca esqueça que você é
o grande exemplo a seus filhos. Olhe-os
com AMOR