terça-feira, 18 de dezembro de 2012


HOJE NASCEU PARA NÓS O SALVADOR,
QUE É CRISTO, O SENHOR!
“És o meu Filho, hoje te gerei”. “Eu vos anuncio uma grande alegria!” Essa alegria é Jesus feito criança, buscando nos homens um colo acolhedor para Sua divindade. O Pai deseja vida nova aos homens em seu Filho, o primogênito da grande família Divina, nascido num abrigo de animais. O desafio é a conciliação fraterna para entender a mensagem divina. A Conferência de Aparecida nos lembra: “O rosto humano de Deus, tornou divino o rosto humano”, o que nos remete à luz da fé.
Natal é Deus que vem ao encontro dos homens trazer alegria: Ele é a Palavra, o Rei que traz a paz.   Jesus é parte da história humana. O Verbo se fez carne e habitou entre nós. No nascimento de Jesus, celebramos a maior notícia de toda a história: nosso Salvador é Deus feito homem. A liturgia da noite de Natal se reporta a um Deus que nos ama, nos acolhe e nos tira do caminho do sofrimento e de morte, através de um menino, Seu Filho com uma proposta de vida nova e libertadora. Ele será a luz que nos leva ao Pai: “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz”.
Primeira Leitura: Isaias 9,1-6 Foi-nos dado um Filho.
O texto é a aclamação messiânica de Jesus como Príncipe da paz. A chegada de um menino, descendente de David, como um dom de Deus para libertar o povo que se encontra na escuridão da morte por causa da opressão de seus inimigos. Este menino, que traz a marca da realeza, é o Emanuel, a esperança do Povo de Deus que vê uma luz resplandecer.
O profeta se refere ao “povo que andava nas trevas”- (o pecado) e sem comando para conduzi-lo à felicidade. Uma luz acende a esperança e traz alegria, como numa colheita abundante e frutuosa caçada, cantado no salmo. O sonho se realiza na pessoa de um frágil menino, como dom de Deus ao povo, um Deus forte, conselheiro admirável, príncipe da paz e Pai eterno, oferecendo justiça, direito e a paz sem fim. Esse menino, nascido em Belém, veio dar sentido à profecia messiânica. Acolher Jesus é celebrar seu nascimento, aceitar seu projeto e viver sua mensagem de Amor.
O nascimento de Jesus é o verbo que se fez carne e habitou entre nós.
Salmo Responsorial: O salmista louva pela presença libertadora do Senhor com um cântico novo: Hoje nasceu para nós o salvador, que é Cristo, Senhor!
Segunda Leitura: Tito, 2,11-14
Manifestou-se a bondade de Deus para toda a humanidade.
O texto lembra que acolher a salvação de Deus, presente na história dos homens em Jesus, significa renunciar aos valores do mundo, sempre que eles estejam em contradição com a proposta do menino de Belém. A luz brilhou de modo especial pela vinda de Cristo que revelou a salvação a todos os homens. O texto lembra os motivos que nos levam viver uma vida cristã comprometida: (1)Deus nos ama intensamente; (2)esta vida é efêmera e seus valores são passageiros; e (3) comprometidos e identificados com Cristo, devemos realizar sua obras. Tito, destinatária da carta, convertido por Paulo, o acompanhou em missões, justificando sua admoestação aos cristãos que viviam desiludidos, sem o entusiasmo do tempo de Jesus. Era preciso, portanto, novo ânimo com conselhos necessários à prática da vida cristã que o tornassem sinal e semente ao mundo.
Paulo deixa os fundamentos que leva a viver cristamente e nos convida a ter um olhar crítico sobre os valores que o mundo propõe e a ser sensíveis aos valores apresentados por Deus, em Jesus. Que a esperança no Cristo nos leve a perceber que vivemos de passagem nesta terra. Que Ele se fez homem para fazer de nós, homens novos pelo batismo, tornando-nos um com Ele para receber vida plena. viver em Cristo é receber vida d’Ele e essa vida deve se manifestar em nosso ser e agir diária, como o Sal da Terra, comprometidos com o Evangelho.
Aprender com Jesus é ter um olhar crítico sobre os valores que o mundo nos propõe e confrontar com os valores do Evangelho.
Evangelho: Lucas, 2,1-14 Hoje, nasceu para vós um Salvador.
O texto da história da salvação, no contexto da história humana, narra o nascimento de Jesus em Belém, na Judéia, no tempo do imperador de Roma, César Augusto que decretou um recenseamento. José, descendente de Davi, vai com sua esposa, Maria, grávida cumprir a ordem. As hospedarias lotadas, sem lugar para o Filho de Deus, Jesus nasce numa estrebaria. Aos pastores, nômades, pobres e discriminados, o anjo do Senhor anuncia a grande alegria: “Hoje, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor”. O sinal é um menino recém-nascido, envolto em panos, deitado numa manjedoura. A multidão de anjos canta os louvores ao Messias Salvador: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens!”. É a consumação da promessa profética: o menino de Belém é o Deus que vem ao encontro dos homens.
Lucas situa o acontecimento, no contexto histórico, colocando como algo integrante da vida e na história dos homens. Ele apresenta uma catequese sobre Jesus, o Filho de Deus, que veio resgatar os homens com uma proposta de salvação. Inicia indicando que o Messias é descendente de David, natural de Belém, conforme os profetas, cujo acontecimento era esperado pelo Povo de Deus.
Menciona a simplicidade e pobreza que rodeiam o local onde o menino nasceu: manjedoura de animais, panos improvisados para o bebê e a visita dos pastores e nômades. É na fragilidade que Deus se manifesta como salvador, quebrando todos os paradigmas de um salvador. A lógica de Deus não podia ser diferente.
Lucas coloca como testemunhas que acolhem Jesus, pessoas simples numa alusão de que é para estes pecadores e marginalizados que Jesus abre seus braços. A chegada do Salvador é A NOTÍCIA que, a partir de agora, os pobres, os marginalizados, os pecadores, os puros de coração são convidados a integrar a comunidade dos filhos amados de Deus e a formar a nova aliança, a comunidade do “Reino”.  Lucas sintetiza o anúncio: “Ele é o salvador, Cristo  Senhor” (“salvador” era usado para designar o imperador, rei ou deuses pagãos). Jesus é um Rei descendente de David que viria restaurar o reino ideal de justiça e de paz da época davídica.
 
O menino de Belém nos leva a contemplar o grande amor de um Deus que Se preocupa com a felicidade de Seu povo e envia o Filho como Salvador.
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Com Maria e os pastores, adoremos o Senhor que se dá a nós nos sinais da PALAVRA, do PÃO e do VINHO consagrados!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


O MESSIAS ESTÁ CHEGANDO, Da pequena Belém vem um grande sinal: o Salvador do mundo.ALEGREMO-NOS
Da pequena Belém vem um grande sinal: o Salvador do mundo.
Na semana do Natal queremos acolher o Salvador e dizer-lhe como a mãe de Jesus: “Eis aqui os servos e as servas do Senhor...” Maria, após o seu Sim, vai estender a mão a prima Isabel que, grávida de João Batista, necessita de ajuda, e a proclama feliz porque acreditou.
A liturgia nos convoca a bendizer nosso Deus pela manifestação de Seu Filho e nos alegrar, como Maria, porque o Senhor está em cada um de nós, templos do Espírito Santo, revelando-nos, em Jesus, o Seu Projeto de Amor. É na conclusão do Advento que realça nossa fé. Quem crê, pode dizer como Paulo: Para mim viver é Cristo. Feliz é de quem crê porque não se sente só!
Primeira Leitura: Miquéias 5,1-4ª  De ti há de sair aquele que dominará em Israel.
O texto se refere ao rebento da casa de Davi, o pastor messiânico que virá de Belém, terra de Judá, a cidade pequena, desconhecida e onde nascerá o Messias. Miquéias dá sentido à menor das cidades de Judá, porque é lá que Maria dará a luz ao Salvador.
Ele veio apresentar um Reino de paz e de amor a ser acolhido e construído no coração dos homens. A intenção do profeta é animar a esperança do povo judeu, sofrido e desanimado, com a vinda do Senhor, como o Messias prometido: Ele será de Paz: “Shalom para todo o cristão que deseja justiça, igualdade e fraternidade para acolher este Reino de Paz”.
Salmo Responsorial: O salmista canta as maravilhas do Senhor salvador e suplica com confiança: “Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos para que sejamos salvos!”
Segunda Leitura: Hebreu 10,5-10 Eis que eu venho para fazer a tua vontade.
Jesus reconhece que Deus não lhe pediu oferendas, sacrifícios, mas lhe deu uma vida humana concreta e com suas características próprias e limitações, a ser oferecida a Deus. “Eu vim fazer a vontade de meu Pai”. Em Jesus, desde o menino do presépio, Deus se manifesta como alguém que participa das necessidades humanas.
“Em vez de holocaustos, tenho um corpo a oferecer”, diz Jesus. Ele é sacerdote e sacrifício agradável a Deus, por isso é o mediador entre Deus e os homens. Jesus assumiu a natureza humana para reconstruir a sociedade e o mundo. É em meio aos pobres, marginalizados e excluídos, como Maria , Isabel, Zacarias e João que Deus faz sua morada.
Quem quiser descobrir o Pai e aproximar-se d’Ele, olhe para Jesus que nos ensinou como deve ser essa relação.
Evangelho: Lucas 1,39-45
Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?
No texto uma cena simples e humana. O encontro de Maria e Isabel, duas mães simples e humildes, abençoadas pelo dom da maternidade. Isabel gera o último profeta ao estilo do Antigo Testamento. Maria, como a Arca da Nova Aliança, gera aquele que vai oferecer ao mundo no Novo Testamento.
Elas, felizes, confraternizam-se com a obra realizada nelas por Deus. Isabel vê na prima toda a humildade é fé: “Bem-aventurada és tu, que acreditaste”. Crer é confiar na promessa de Divina.  Maria deseja abrir nosso coração para acolher Jesus: Sentir-se pequeno, à disposição de Deus, sem medo de ser feliz, assim podemos, com Maria, gozar das alegrias e do amor de Deus. ”Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senho, complementa Isabel ao sentir a felicidade de João em seu ventre. Maria é bendita entre todas as mulheres, porque carregou dentro de si o Filho de Deus, por isso Ela dá glórias a Deus.
Deus manifesta a salvação no meio dos pobres, simples e excluídos como Maria, Isabel, Zacarias, João, que exultam de alegria e gratidão. É da pequena Belém que resplandece a luz para toda a humanidade.
Com Jesus, possamos dizer ao Pai: estamos aqui para fazer a vossa vontade. Abra-se a terra e brote o Salvador! Este deve ser nosso grande desejo às vésperas da celebração da encarnação de Deus em nossa história e consumação de Seu projeto que tem um rosto: Jesus de Nazaré ao encontro dos homens com a proposta de um mundo novo, de vida nova e de liberdade.
Nós, como católicos, devemos ser ao mundo o rosto vivo de Jesus, propondo a boa notícia.
ALEGRE-SE, CHEIA DE GRAÇAS! O SENHOR É CONSTIGO!