quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Epifania do Senhor - 08/01/2012 – Ano B

JESUS É A MANIFESTAÇÃO DO AMOR DO PAI PARA TODOS
A Epifania conclui o tempo do mistério Natalino. É a festa onde o mundo, através dos pastores e dos reis magos, acolhe o Menino Deus. Cristo assume a natureza humana, nasce e se manifesta a todos os cristãos que se guiam pela fé, indicando aos irmãos o “sinal do grande Rei”, como fizeram os magos. A liturgia, por sua vez, celebra a manifestação de Jesus aos homens. Ele é a “luz” que atrai a si todos os povos da terra, cumprindo o projeto libertador do Pai e essa “luz” entrou na história, iluminou o caminho dos homens, levando-os à salvação e à vida definitiva. A Palavra de Deus, os Sacramentos, a voz da Igreja, do sacerdote ou de pessoas amigas manifestam a presença de Deus, como a estrela.
Natal e Páscoa, festas que se complementam e em ambas está em jogo a vida. Natal é a festa da vida, pois é o Menino nasceu para que todos tenham vida. Não basta que Ele nasça, é preciso que Ele se manifeste.  É o que vivenciamos na Epifania. Ele se manifesta aos gentios, pelos Magos, no batismo como filho de Deus e, nas bodas de Caná, impelido pelo Espírito Santo, inicia sua vida messiânica.
Na Páscoa a vida renasce na ressurreição do Senhor. Esta vida, por sua vez fecundada pelo Espírito do Pentecostes, desenvolve-se e produz frutos através dos apóstolos e discípulos. Importa que sua manifestação não se restrinja às solenidades, mas se manifeste pelo testemunho dos cristãos. Os Magos viram o menino e voltaram por outro caminho, significando que quem encontra Jesus muda de caminho (de vida).
Primeira Leitura: Isaias 60, 1-6 Apareceu sobre ti a gloria do Senhor.
O texto apresenta Jerusalém em reconstrução, acolhendo os que regressam do exílio babilônico e de outras partes, com suas oferendas. A glória de Deus resplandece nos povos que se unem para construir uma nova cidade, solidificada no amor e na justiça. É o anúncio da chegada da luz salvadora de Jahwéh à cidade de Deus a um povo ávido por nova vida e pátria definitiva A certeza nas promessas de Javé em trazer a paz definitiva é o sonho que se faz esperança pela reconstrução de uma Jerusalém (a cidade da luz) bela e harmoniosa para a morada definitiva de Deus no meio de seu povo (pela situação geográfica, a cidade é iluminada desde o nascer até o por do sol, o que a torna mais bela).
O sonho do profeta é ver Jerusalém esplendorosa e ela levantar-se na chegada da luz salvadora de Deus, dando-lhe um novo visual para atrair o retorno de seus filhos, ainda temerosos, e a atenção dos povos de toda a terra, atraídos pelas promessas salvadoras, cantando os louvores de Deus. Aqui se configura a eterna preocupação de Deus com a vida e a felicidade de seu povo. O povo se rebela, o mundo dá voltas, e Deus está lá, estendendo-lhes a mão para socorrê-los.
►É a eterna fidelidade de Deus que nos faz levantar a cabeça e confiar em seu amor infinito de libertar e salvar o homem. O caminho é acolher Jesus, a luz libertadora.
Salmo Responsorial: O rei, como figura de justiça e paz divina, tem a responsabilidade de ser agente da libertação para o povo.
Segunda Leitura: Eféseos 3, 2-3a.5-6
Agora nos foi revelado que os pagãos são co-herdeiros das promessas.
Paulo reafirma que o projeto salvador de Deus, em Cristo, é uma realidade que vai atingir toda a humanidade e que unem judeus e pagãos numa mesma comunidade, os irmãos de Jesus, quebrando as barreiras que dividiam povos e gentios para tornará-los participantes da mesma promessa de salvação. É uma síntese da catequese paulina sobre o mistério da salvação e sua intensidade, definido e elaborado desde a eternidade e revelado, por Jesus, aos apóstolos e ao mundo através de sua Igreja e ação da Família Divina, Pai, Filho e Espírito Santo na obra salvífica.
Paulo, privilegiado como os Doze e como um verdadeiro arauto da Boa Nova, abre seu coração numa missão catequética de compartilhar com os irmãos de fé o grande mistério da Salvação que lhe foi revelado, insistindo que  a salvação não é privilégio do povo judeu, mas de toda a humanidade, sem exceção. Ele é, por isso, designado, o apóstolo dos gentios. Assim, judeus e gentios são membros do mesmo e único corpo, o corpo de Cristo ou sua Igreja, participam da mesma obra salvadora que os faz, em igualdade de circunstâncias com os filhos de Judá, “filhos de Deus”, participando da promessa feita por Deus a Abraão – promessa realizada por Cristo, a luz que iluminou Jerusalém.
Evangelho: Mateus 2,1-12
Uma procura sincera: Viemos do Oriente adorar o Rei
O texto relata a simplicidade de desconhecidos orientais na busca pelo Messias.  Bastou uma estrela, identificada como sendo o sinapara se porem a caminho, não obstante as dificuldades e empecilhos pontuais, mas relativizados. Nada os amedrontou, nem o fato de se dirigirem a um país estrangeiro e, embora ingênuos, enganam o cruel Herodes que pretendia eliminar o “rival”.
Jesus, assim se manifesta como o Messias e Filho de Deus, o verdadeiro Rei, nascido em Belém de Judá para apascentar seu povo. Os magos do Oriente, representando todos os povos, acolhem o Rei que tem a missão de fazer seguidores em todas as nações.
O reconhecimento e a adoração desses sábios contrastam com a cegueira dos que ignoram a presença do Salvador, como ameaça a seus interesses de poder e riqueza. O intuito de Mateus é rebater os que negavam Jesus como o Messias esperado e assegurar aos Cristãos a certeza do verdadeiro caminho, verdade e vida.
A Epifania é a celebração da universalidade da salvação de Deus e convoca os povos, unidos pela fé, a reconhecê-lo e adorá-lo como Deus vivo e verdadeiro. Ele é a luz e a palavra que ilumina o caminho para sermos sinais resplandecentes de sua presença amorosa que cative e, assim Deus, nosso Pai, na sua infinita bondade, revela seu Filho a todos os povos.
Que Ele nos guie e nos fortaleça como verdadeiros filhos, na unidade de sua Igreja e em comunhão com os irmãos, especialmente os marginalizados, os pobres e desamparados material e espiritualmente. O episódio é uma catequese, mostrando Jesus e sua missão como o enviado do Pai que veio oferecer a salvação aos homens de toda a terra. Veio cumprir as promessas e restaurar o reino ideal de seu Pai.
O relato apresenta dois aspectos intrigantes que se repetem no evangelho: (1) O povo de Israel rejeita Jesus; (2) Os Magos, pagãos, O adoram. Herodes e Jerusalém ficam perturbados com a notícia, planejando sua morte; os pagãos sentem alegria, reconhecendo Jesus como o Messias. Os seus não o receberam, sendo acolhido pelos pagãos que perceberam nEle a Luz que veio iluminar as trevas.
A revelação nos faz a refletir sobre essa diversidade de divergentes personagens que vão do ódio a alegria e amor pelo insondável mistério da salvação. Atitudes que levam a indiferença ou a adoração. O batismo nos propõe essa escolha. Conhecer a escritura e vivê-la é ser homens de sinais e atentos aos sinais, como os magos. Que na festa da Epifania nos deixe guiar pela estrela, iluminar por ela, e ser luz para os outros.


 
A Palavra de Deus, os Sacramentos, o Magistério da Igreja, uma boa palavra do sacerdote ou de pessoas amigas, os acontecimentos da vida, manifestam a presença de Deus, como a estrela.

DICAS: * Os excedentes (roupas, livros, calçados) antes de descartá-los, veja sua utilidade a quem necessita. ** Nunca esqueça que você é o grande exemplo a seus filhos. Olhe-os com AMOR. 

Pelo e-mail, wlimar@yahoo.com.br
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