segunda-feira, 29 de julho de 2013


18º Domingo do Tempo Comum, 04/08/2013
PARTILHA E SOLIDARIEDADE: RIQUEZAS QUE NÃO SE ACABAM.
Vocação: Chamado à Vida - Serviço aos irmãos.
IDE E FAZEI
DISCÍPULOS
ENTRE TODAS
AS NAÇÕES.
O MÊS DE AGOSTO É DEDICADO ÀS VOCAÇÕES. NESTE DOMINGO, LEMBRAMOS OS MINISTÉRIOS ORDENADOS: BISPOS, PADRES E DIÁCONOS.
A Liturgia nos convoca a refletir sobre nossas apções e fugir das falsas seguranças. Rever nossa maneira de pensar e de agir, colocando nossa confiança aos pés Senhor que “é refúgio e proteção para nós”. Paulo nos convoca a priorizar as coisas do alto que as coisas e bens terrenos são passageiros. Jesus, que prega a riqueza de espírito, nos alerta que a vida de um homem não é medida pela abundância de seus bens: Riqueza não é seguro de vida nem passaporte para o Céu.
Os bens deste mundo não são os deuses que dirigem a nossa vida.
1ª Leitura: Eclesiástico 1,2; 2,21-23 Que resta ao homem de todos os seus trabalhos?
Vaidade das vaidades, tudo é vaidade! Reflexão sapiencial: a transitoriedade nos leva a refletir sobre o depreendimento (desapego dos bens materiais) como caminho para Deus, e nos questiona sobre o sentido da vida e como desfrutar os frutos do trabalho com alegria. O texto proclama a inutilidade de qualquer esforço humano: toda sua vida é sofrimento e decepções (a mensagem do autor, no texto, é pessimista, como se nada na vida tem sentido), reportando-se à morte. A mensagem, no entanto, deseja mostrar que o sem sentido de uma vida é aquela voltada apenas para o humano e o material. Que o homem por si próprio não tem condições de dar sentido à vida sem o auxílio do Alto.
Em Deus e só com Ele seremos capazes de dar sentido a nossa vida e preencher a nossa existência.
Salmo Responsorial:  O salmista, aflito, confia na graça de Deus e experimenta seu amor e alegria. Vós fostes ó Senhor, um refúgio para nós.
2ª Leitura: Colossenses 3,1-5.9-11 Procurai as coisas do alto, onde está Cristo.
Paulo é decisivo, dogmático:  “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto”, como vida nova revelada em Cristo, a experiência da ressurreição começa neste mundo, por isso, Cuidai das coisas do alto, não do que é da terra”, o que não significa viver de forma alienada, mas bem vivida na busca do Reino de Deus.
O texto é um convite à identificação com Cristo que nos leva a renascer para o Homem Novo, Vida Nova: Imagem de Deus, significa fugir dos “deuses” que escravizam, separando-nos de Deus. O cristão deve morrer para tudo que é falso e mortal, revestindo-se do Homem Novo que são as coisas divinas e perenes. Paulo mostra mais uma vez que, pelo Batismo, só Cristo é o caminho para a salvação.

Identificar-se com Cristo é renunciar o pecado, a morte, que nos leva
ao serviço do amor: caminho da Cruz e da Ressurreição.
Evangelho:  Lucas 12,13-21 E para quem ficará o que tu acumulaste?
A partir do pedido de alguém que pede o que não é seu, Jesus revela a verdadeira sabedoria, ensinando a relativizar os bens diante do absoluto de Deus e nos adverte, ao narrar a parábola do rico insensato: “Cuidai-vos da ganância, do ter egoísta, pois a vida não consiste na abundância de bens!”. Jesus lembra que a abundância de bens de um homem não lhe assegura a verdadeira felicidade, apontando o bom uso da terra para o bem de todos e não de uma minoria privilegiada.
O poderoso se preocupa com o seu bem estar: guardar a grande colheita para o seu futuro. A reserva de bens ou dinheiro bem aplicado que lhe assegure descansa para gozar a vida: é a presunção do insensato por sua incapacidade de reconhecer Deus como o Senhor da terra e a fonte da vida para partilhar as riquezas com os irmãos. No coração do egoísta, do insensato não existe solidariedade porque está distante de Deus: não admite ser sócio de Deus, O LEGÍTIMO SENHOR.
Servir é fazer bom uso dos bens a serviço de todos, sem discriminação ou interesse.
Quem calcula tudo, apoiando-se em suas próprias riquezas, como se fosse dono do mundo (o capitalismo assume um “rosto” cruel), Jesus o classifica de insensato”, como escravo do dinheiro e bens, advertindo sobre falsos valores, engano e mentira, na tentativa de enganar o próprio Deus, esquecendo do essencial: os bens como meio de vida EM PLENITUDE.
Ser rico para Deus é viver fraternalmente com o irmão, com o necessitado, tendo um coração aberto para a partilha: comunhão e participação. Que o Espírito do Ressuscitado nos anime a viver a missão de verdadeiros filhos do Senhor da terra e, assim, depreendidos, usufruir dos bens em comunhão e participação com os irmãos, libertando-nos da ganância e dividindo o PÃO de cada dia com quem necessita:  
O coração cheio de cobiça, de avareza, de egoísmo, torna-se insensível a Deus e aos irmãos: incapacidade de amar. 
Pelo e-mail, wlimar@yahoo.com.br Participe, dando sua sugestão.
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