“Deus é o único Senhor da História!”
Vivemos o mês do Rosário e das MISSÕES..Que Maria, a protetora das missões, nos ensine, através dos mistérios da redenção, a trilhar o caminho da santidade e do verdadeiro discípulo missionário.
A liturgia nos convida a refletir a relação entre as realidades de Deus e as do mundo em que vivemos. Somos cidadãos do reino de Deus e do reino dos homens com diversidade de culturas, onde a fé nos diferencia, pelo Batismo, por isso Deus nos lembra que Ele é nossa prioridade; que a Ele devemos subordinar nossa existência e Ele nos convoca a um compromisso efetivo com a construção do mundo. Como filhos, que a Palavra de Deus nos oriente a cumprir nossa missão no meio em que vivemos e, com o coração cheio de esperança, recordar os fatos que marcam nossa vida, lembrando as pessoas que deixam suas famílias, seu país para se dedicar ao anúncio da Boa Nova do Evangelho.
A liturgia da Palavra é o caminho que ilumina as relações entre fé e política, porque mostra como Deus se interessa pelos acontecimentos e as comanda de forma que tudo conduza e aconteça para o bem e para a felicidade do seu povo e de todos nós, batizados e batizadas, povo santo de Deus. O “Daí, pois, a César o que é de césar, e a Deus o que é de Deus”, é um dos limites dessa relação.
Primeira Leitura: Isaías 45, 1.4-6
Tomei Ciro pela mão direita, para que submeta os povos ao seu domínio.
Ciro, (553 a.C.) rei dos persas, ao derrubar o império babilônico, possibilitou ao povo de Deus, cativo, voltar para a sua terra. O texto nos apresenta Deus como o verdadeiro Senhor da história que conduz a caminhada do seu Povo rumo à felicidade e à realização de vida plena, retornando a sua terra para reconstruir Jerusalém. Os homens, partes da história, são apenas instrumentos de que Deus se serve para concretizar seu projeto de salvação. Ele é o poder para escolher quem Ele quer para agir em seu nome. Assim, esse Rei pagão, foi escolhido por Deus para estabelecer justiça na história e devolver a Deus o que Lhe pertence, o povo sofrido.
A atividade profética de Isaias prepara o povo para o grande acontecimento, deixando-os felizes e perplexos, por se tratar de um libertador estrangeiro, para quem esperava o libertador de Jahwéh, o Deus dos exilados, e não um deus do pagão Ciro. Para manter a fé em Jahwéh, Isaias esclarece que Deus é o verdadeiro condutor de todo o processo que vai culminar na libertação de seu povo. Ciro recebeu, apenas, o Espírito de Deus com poder para uma missão, beneficiando o Povo de Deus: “por causa de Jacob, meu servo, e de Israel, meu eleito…”, mostrando a ação de Deus na realização de seu projeto de salvação. Jahwéh prova a Judá que deve confiar nesse Deus salvador e libertador.
Como exilados de Judá, ficamos, por vezes, perplexos e impacientes com o que nos acontece, por ignorar os rumos da história, sentindo-nos perdidos como veleiro sem leme. E Deus não se manifesta e parece nos esquecer. Nós, soberbos, perguntamos: onde está Deus que não nos socorre? Que permite que o homem destrua o planeta, cultive a explora com injustiça, levando pessoas à miséria e à escravidão? Deus, apenas, deseja que o mundo cumpra sua parte, cabendo ao homem fazer o que está a sua altura e possibilidade. Nem sempre a lógica do homem, está apta em entender a mão divina. Devemos entender que Deus, como Senhor da história, conduz o mundo conforme Seu projeto de vida para os homens e para o mundo. Resta-nos confiar e nos entregar em suas mãos, cumprindo nossa parte.
Salmo Responsorial: Aclamemos o Senhor, rei do universo e Deus da justiça.
Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória!
Segunda Leitura: 1Tessalonienses 1,1-5-
Recordamos sem cessar da vossa fé, da caridade e da esperança
Paulo após anunciar o evangelho ao povo de Tessalônica, importante cidade da Macedônia, e traído pelos judeus, é perseguido, não podendo permanecer com essa nova comunidade. Refugia-se em Atenas e recebe notícias e lhes envia mensagem de ânimo. É o primeiro escrito do Novo Testamento que mostra o exemplo de uma comunidade que colocou Deus no centro do seu caminho, apesar das dificuldades, tornando-se modele a ser seguido pelo entusiasmo na fé, esforço da caridade e firmeza de esperança, comprometendo-se de forma corajosa com os valores e os desígnios Divinos.
Paulo após anunciar o evangelho ao povo de Tessalônica, importante cidade da Macedônia, e traído pelos judeus, é perseguido, não podendo permanecer com essa nova comunidade. Refugia-se em Atenas e recebe notícias e lhes envia mensagem de ânimo. É o primeiro escrito do Novo Testamento que mostra o exemplo de uma comunidade que colocou Deus no centro do seu caminho, apesar das dificuldades, tornando-se modele a ser seguido pelo entusiasmo na fé, esforço da caridade e firmeza de esperança, comprometendo-se de forma corajosa com os valores e os desígnios Divinos.
Paulo, consciente da incipiente formação doutrinal da comunidade, envia seu amigo para encorajá-los, recebendo boa notícia. Feliz agradece a Deus, envia-lhes carta, esclarecendo dúvidas e os felicita como fiéis ao evangelho. Eles, gratos a Deus, respondem com fé generosa, caridade e gestos de doação e partilha. Escolhidos por Deus dentre outros povos, como comunidade cristã de origem pagã, privilégio do povo hebreu. Paulo, Silvano e Timóteo louvam a Deus. Uma comunidade cristã, hoje, que cumpre sua missão, não será notícia pelo bem que faz, mas será explorada e noticiada quando acontece escândalo ou pela fraqueza de um padre. E nós cristão, muitas vezes, somos parte ativa da má notícia. Fé e compromisso devem andar de mão dadas.
Evangelho: Mateus 22,15-21 - Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus
Fariseus e herodianos, grupo simpático à dominação romana, estavam sempre à procura de pretextos para condenar Jesus, embora tratando-O com palavras elogiosas e simpáticas. Jesus, sempre hábil às provocações, combatia o ardiloso grupo com sabedoria, deixando-os embaraçados. O texto ensina que o homem, sem deixar de cumprir suas obrigações civis, é filho de Deus e só a Ele deve confiar sua existência. O “daí à César o que é de César”, é dever do cidadão cumprir a lei, o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão política. Em meio a tanta corrupção, hoje, podemos reconhecer os poderosos que se colocam como deuses para roubar do Criador o povo que Lhe pertence, pretendendo que o poder político seja divino. Nossa dívida com Deus é o compromisso recebido de Seu Filho: amor fraterno e justiça.
O texto mostra a luta do poder divino com o poder judaico: Jesus x judaísmo. Jesus, na missão do Pai, tenta convencê-los a cair na realidade do Reino. Na retranca, esses dirigentes, instalados em seus preconceitos, recusam-se a aceitar a oferta salvadora feita por Deus. No contexto das parábolas, apresentadas por Mateus, eles se irritam com as comparações feitas por Jesus, levando-os a encontrar pretextos para acusá-LO. O tema apresenta uma situação de justiça para Jesus, mas, para os dirigentes, uma armadilha para pegá-LO. Assim, o não pagar tributo a César, um usurpador, obrigação de todo o cidadão, era um delito grave para uma acusação. Fariseus e herodianos, grupo simpático à dominação romana, estavam sempre à procura de pretextos para condenar Jesus, embora tratando-O com palavras elogiosas e simpáticas. Jesus, sempre hábil às provocações, combatia o ardiloso grupo com sabedoria, deixando-os embaraçados. O texto ensina que o homem, sem deixar de cumprir suas obrigações civis, é filho de Deus e só a Ele deve confiar sua existência. O “daí à César o que é de César”, é dever do cidadão cumprir a lei, o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão política. Em meio a tanta corrupção, hoje, podemos reconhecer os poderosos que se colocam como deuses para roubar do Criador o povo que Lhe pertence, pretendendo que o poder político seja divino. Nossa dívida com Deus é o compromisso recebido de Seu Filho: amor fraterno e justiça.
Jesus não pretende que o homem divida suas obrigações entre o poder público e o religioso, mas deixa claro que o homem pertence a Deus, seu único senhor. Mas, o homem, embriagado pelas descobertas, consideram-se capazes, prescindindo de Deus, de criar o caminho da felicidade e vida. Colocam o orgulho e a prepotência acima de Deus. É mister redescobrir a centralidade de Deus em nossa existência: fomos criados para comunhão com Deus e Ele respeita nossa liberdade. O pior é que vivemos num mundo onde muitos deuses nos atraem: dinheiro, poder, êxito profissional, ascensão social... Tomam lugar do verdadeiro Deus e passam a comandar nossa vida.
Com o poder nas mãos, milhões de pessoas, incluindo crianças e idosos, são maltratados, explorados e humilhados, gerando, para todos, frustração, escravidão, alienação, sofrimento e solidão. Nós, os cristãos, devemos nos sentir responsáveis e o dever de combater tais injustiças, lutar pela dignidade das pessoas humilhadas e exploradas, porque, como pessoas humanas, são imagens e semelhança de Deus.
Com o poder nas mãos, milhões de pessoas, incluindo crianças e idosos, são maltratados, explorados e humilhados, gerando, para todos, frustração, escravidão, alienação, sofrimento e solidão. Nós, os cristãos, devemos nos sentir responsáveis e o dever de combater tais injustiças, lutar pela dignidade das pessoas humilhadas e exploradas, porque, como pessoas humanas, são imagens e semelhança de Deus.
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MARIA, ALÉM DE CO-REDENTORA, DEU AO FILHO VERDADEIRA FORMAÇÃO COMO HOMEM, FAZENDO-O SENSÍVEL E ATENTO AS REAÇÕES HUMANAS.
Ela, a autêntica Mãe, vive no anonimato
ELE É O SINAL, O MESSIAS ESPERADO.
Como exemplo, AS BODAS DE CANÁ.
wlimar@yahoo.com.br