terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


Domingo da Quaresma - 03/03/2013  
DEIXAI-VOS RECONCILIAR COM DEUS, POIS ETERNA É A SUA MISERICÓRDIA.
Se vocês não se converterem, vão morrer todos do mesmo modo (Lucas 13, 1-9).

A misericórdia é obra de Deus e Seu amor nos liberta de tudo o que nos oprime. O cativeiro do Egito simboliza o mal, mas Deus vê a experiência do povo:

Vi o sofrimento do meu povo no Egito... Levei-o para uma terra boa onde correm leite e mel. Jesus é o bom Samaritano que tem atitude de Deus: Encontrou o homem ferido, sentiu compaixão e tratou dele numa hospedaria. Aprender com Deus é ter atitude de caridade e não de mera esmola. O pedido de Paulo é não repetir os erros do passado quando o povo, no deserto, murmurou contra Deus que o salvou e o sustentou. Nem por isso Deus o abandonou. Em preparação à ressurreição, lembramos a história da salvação para perceber que a Páscoa de Cristo é o caminho que nos transforma sem o fermento do egoísmo. O jejum, a oração e a caridade fraterna são os meios para essa conversão. A quaresma nos ensina a viver com entusiasmo os ensinamentos que Jesus nos deu com Suas Palavras e Sua Vida: Conversão é o caminho para a Páscoa. Na doação acontece a libertação. Converter-se é conhecer o caminho de Deus, através de Jesus. Deus quer ver frutos. A solução é única: Se não der fruto deve desocupar o lugar. Felizmente o agricultor, Cristo, é paciente e dá o adubo de Sua graça.
Na liturgia, a Igreja nos reúne e nos mostra que e o sentido da vida consiste em viver na proteção divina. A analogia dos sinais de trânsito que indicam e orientam caminhos, favorece a compreensão da celebração proposta: assim como os sinais nos indicam o caminho certo, Deus fala através dos sinais e acontecimentos da vida, indicando qual caminho seguir. A conversão, portanto, é um gesto de sensatez. Humildes e agradecidos reconheçamos os inúmeros benefícios que o amor paciente de Deus nos dá a cada dia.  
Primeira Leitura: Êxodo 3,1-8a.13-15 O 'Eu sou' enviou-me a vós.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1MTNAauBR6iFD-jWxBIiOqirGowqYQco6xmkxV9jtOqfC6jCIdP-JR7HuddiNNjY3uGsbDnn2UhZL_CAro3Ljp_iYVUEENXeZaCQ-6CxfzZmA3Q6EC9QFWPlinQRpwWJI5ZpbjN2bSmUI/s1600/sar%253Ba.bmpO texto apresenta a vocação de Moisés, convidado a ser o rosto visível da libertação do povo hebreu por Jahwéh. O fato fundamental da fé israelita é a libertação do Egito. A manifestação de Deus no fogo, como santidade e respeito, impõe o sentimento de temor que Moisés sente diante do Divino.  Deus deseja comprometê-lo, enviando como instrumento de libertação para seu povo. Assim Deus age na historio através da generosidade de homens que aceitam Seus desafios. A injustiça desagrada a Deus que preza a liberdade.
A humanidade luta pela liberdade política, cultural e econômica. O povo deseja justiça: os pobres e marginalizados sair da miséria, da doença, das estruturas injustas e os operários pelos seus direitos e igualdade no trabalho.
Como discípulos, somos chamados a viver em contínua conversão, produzindo frutos de paz, justiça e solidariedade. Como a Moisés, o Senhor nos convida como instrumentos de libertação a serviço do Reino. Celebrar o mistério da fé é acolher a palavra do Senhor que se revela como Deus paciente e amoroso. Ele nos abriga e nos alimenta com o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia, dando-nos a graça de manifestar em nossa vida o que o sacramento realiza em nós.
Salmo Responsorial: O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso.
Segunda Leitura: 1Coíntios 10,1-6.10.12
A vida do povo com Moisés no deserto foi escrita para ser exemplo para nós.
http://galileu.globo.com/edic/153/imagens/dossie_05.jpgO texto lembra fatos importantes da história de nossos antepassados na fé. Resume as lições da história do povo de Israel, principalmente do êxodo: a passagem pelo mar Vermelho, o maná, a água do rochedo que, para Paulo, simboliza Cristo. São exemplos para que não repitamos as mesmas falhas e erros. Não nos julguemos, porém, melhores que nossos antepassados, "pois quem julga estar de pé, tome cuidado para não cair". http://1.bp.blogspot.com/_l6sUOUZkBwc/TMYCyc6_KrI/AAAAAAAAAvs/xtxZWnW1lfU/s200/Nosso+viver+deve+ser+para+agradar+a+Deus.jpgNo contexto, Paulo se reporta ao consumo, pelo povo, de carnes imoladas no templo com o intuito de evitar idolatria e vícios remanescentes, lembrando que o importante é aderir a Deus, aceitar Sua proposta de salvação e viver com Ele em comunhão, refletida na comunhão com os irmãos, fugindo de ritos externos e vazios. Agradar a Deus é ser coerente no amor e da partilha: ser, não apenas parecer.
Os sacramentos, como dom gratuito, são sinais da manifestação do amor de Deus que nos transformam e nos tornam Seus filhos.
Evangelho: Lucas 13,1-9 Se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo.
No tempo de Jesus as tragédias eram vistas como castigo por algum pecado. Jesus responde: Gente a questão não é esta. O problema é o que vocês estão fazendo”. Pois eu lhes digo: Mudem esta mentalidade, convertam-se, porque a morte é certa”! A história da figueira é elucidativa. O texto nos ensina que as tragédias que acontecem não são castigos, mas lembretes para nos educar. Pertencer ao grupo de eleitos, como os judeus no deserto, os fariseus do tempo de Jesus ou os “bons cristãos” de hoje, não vai privilegiar ninguém. Ser Doutor ou pessoa de prestígio não dá o direito de ser melhor que o outro. O caminho é a conversão: Deus só nos salva com o nosso “sim”.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOwdbZNBDg0DEIdxi3DZdsbIcWwKh3ctZptnafmsVTEO14wlt0jxkKiHFwUXfvemyl4sFvseaPHYbhwpF3jdhYuWcZuOeO21CRmPxvKzMX9Gx8LSCDN374iw5_ICsdT-PgTg7bE8nZiAiG/s640/%C3%89+tempo+de+convers%C3%A3o.jpg Em sua caminhada catequética, Jesus se dirige à multidão e aos discípulos que O rodeiam com um convite veemente à conversão ao Reino. O tema se divide em duas partes: o massacre de Judeus que mereceu a contestação de Jesus à doutrina judaica:aqueles que morreram nestes desastres não eram piores do que os que sobreviveram!”.
A parábola da figueira ilustra as oportunidades que Deus concede para a conversão. Ele é paciente e tem limites, mas Jesus, com sua proposta de conversão, exigindo mudança radical, confia em Sua missão. O caminho a percorrer nos faz renascer com Jesus para o Homem Novo. A quaresma é o tempo oportuno, lembrando que inexiste ligação entre pecado e castigo, entre privilégio e prática do bem.
Deus não é negociante ou chantagista: por isso se o bem nos acontece não se trata de recompensa, como é falso pensar em castigo de Deus pelos erros e pecados que cometemos. Não tem nada a ver com o nosso Deus que é justo e generoso.

A Igreja é a Casa de Deus onde uma pessoa, independente de sua condição social, encontra essa proposta de salvação que Deus oferece a todos para sua conversão.
www.catolicavivencia.blogspot.com
Faça sua avaliação, dando sua sugestão sobre o Blog.