quarta-feira, 7 de setembro de 2011

24º Domingo do Tempo Comum 11/9/2O11

 O PERDÃO É INSTRUMENTO DE CURA E SALVAÇÃO
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTjFxAokBIpFDmzsFmer6ervi6-QbffCE3vFvYiYLqM8iaFVh-jpQPerdoar é fruto de conversão, tornando-se essencial na vida cristã. Como mudanças de atitudes, o Senhor nos mostra que a base de convivência entre irmãos é o perdão, como correção fraterna, e o caminho para alcançar a misericórdia. Ele nos ensina que devemos seguir, em amor misericordioso, nosso Pai, devendo ser o perdão uma ação fraterna pela qual o ser humano, enquanto imagem de Cristo, mergulha em Deus pela graça. Quem não é capaz de perdoar, é incapaz de viver em comunhão, porque o amor é Divino. Na sociedade o perdão contradiz as leis humanas, sejam sociais ou psicológicas, significando que tolerar injustiças é atitude covarde, o que contraria a justiça como sinônimo de perdão.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSl2GxMQkcDhVje6KtCWMlr7COton683DEJbZM6AtJHKc4CmOCaYgO perdão, como dádiva Divina, constitui um dado fundamental da fé que nos capacita a crer e seguir a voz do Pastor. Jesus nos apresenta a salvação como mudança de mentalidade e de vida, onde a palavra chave é o perdão incondicional. Ao arrependido, Deus revela sua bondade, o perdão gratuito e o caminho de vida nova, lembrando que o número sete é símbolo da plenitude do perdão. Jesus lembra seus discípulos que fazer parte do Reino implica em perdão mútuo e sem distinção. A experiência da misericórdia de Deus e da reconciliação em de Jesus Cristo nos leva a amar e perdoar empre.
Primeira Leitura: Eclesiástico 27,33-28,9
Perdoa a ofensa do teu próximo e, quando pedires, as tuas faltas serão perdoadas.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRz78x6-Tpi4bQ4wIP30EGf2da4ttyRDyosTPMS9-9lHtmVPZuTYgO texto mostra que o perdão é caminho que apazigua o mal, fruto do rancor, da violência, do ódio. O ser humano, ao assumir a condição de filho de Deus, colocando a vida a Seu serviço, descobre que a vingança é o caminho da tristeza, da doença e da infelicidade. A vingança é uma atitude dominada pelo mal. O perdão constrói, traz alegria e dá vida. A arte de  compreender o outro, perdoar e estender-lhe a mão, é a atitude do ofendido que vê e perdoa como gostaria que Deus olhasse e agisse em relação a seus pecados. “Perdoai-nos como nós perdoamos”: assim agiam e pensavam os homens de Deus do antigo testamento.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRdv9ELY6HfvYrYNeBHZYdpJfXwfd4chAdAr2O0zzgqcjKscS5SRancor e ira são coisas detestáveis que tornam o pecador escravos do mal. A vingança desagrada a Deus e atrai Sua ira com rigor e, na mesma medida, pede conta de seus pecados. O autor lembra a finidade de cada um e que o ódio o acompanhará até a morte, levando-o à corrupção e ao pó, longe da misericórdia Divina, por isso o caminho é guardar e seguir os mandamentos. O amor ao próximo é “amarrar-se” à aliança do Senhor sem perceber as ofensas recebidas.  Deus será conosco como fomos com nosso próximo.
Salmo Responsorial: O salmista louva e agradece o Senhor pela sua ação salvadora, que nos enche de benefícios e se compadece diante da fragilidade humana.
Segunda Leitura: Romanos 14,7- Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.
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 Paulo mostra que, por amor, o Senhor, o Mestre se doou totalmente pela salvação da humanidade e nos ensina a viver fraternalmente com nossos irmãos em meio às diversidades que compõe a forma de vida de cada um. Se somos o rosto de Deus, é preciso viver e perdoar sempre, tendo o sentido Divino em toda a nossa vida.  Só assim a vida e a morte têm sentido e nos enchem de paz e de alegria, porque Cristo é o Senhor dos vivos e dos mortos. O fiel discípulo vive para servir a Deus, a quem pertence, e ao próximo, com quem convive.
Evangelho: Mateus 18,21-35 “Não lhe digo sete vezes, mas até setenta vezes sete”
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT8P3gpFbFv5Alv2svevrMlM-IhmWnzSPgyV2z9Ov5UKFvbcgSYfwMateus é definitivo ao dizer que o perdão é indispensável ao discípulo de Cristo, como atitude de vida, sem limites e objeções. O número sete tem a idéia de plenitude, utilizado por Jesus, para indicar a extensão do perdão, multiplicado por setenta vezes sete, significa sempre. O perdão é um dos pontos mais acentuados pelo Senhor e pelos apóstolos, para conduzir o batizado a permanecer no mistério do Reino. Desconhecer esse amor de Deus, não fazendo o coração se governar por ele, é rejeitar essa exigência básica de salvação. É o custo do perdão para o homem. 
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRMX09qEwdgMG8OGys2zkVaUUCCXrFEoJFZ1kfWQNITmyGJC6cFjQEle foi genial: “Pai, perdoai-lhes!”, deixando no Pai Nosso a medida exata: “Perdoai as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Só o humilde e generoso sabe acolher o bem e perdoar, sem prepotência. O homem olha as aparências, Deus vê o coração, mas o perdão tem que vir lá de dentro, de um coração livre, imprimindo paz e harmonia.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT8fbapViJg53h1q07uokDMI_PZS8zVShI-RTHE7Zc1ZZpaTzKSPerdoar é recomeçar na esperança de que todos podem ser bons, acreditando na obra preciosa de Deus: o ser humano. Nosso modele deve ser o do Pai e deixar para trás sentimentos de vingança, fugindo dos critérios do mundo. A parábola nos ensina que Deus é quem toma a iniciativa e não depende da nossa, mas nós podemos anular o Seu perdão se não formos capazes de perdoar na medida certa. Nem sempre se consegue eliminar os efeitos das ofensas de uma só vez. O importante é o querer perdoar, significando que, sem esse desejo, o perdão do Pai barra nesse obstáculo e seu gesto fica sem o fruto desejado.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR83sfxegLsahE-S9FBvi_wlhZmwXnJaHsm8-z2ez-lJiDIsvh1FQhttp://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSBm3wDH64fXy9FS5dWtq_NpoL6f60k7AfFUWiETsu294K-lmLvYgO texto apresenta uma proposta que vai além das forças humanas, nunca além da graça divina, por isso o Senhor nos deixou a oração do Pai Nosso como meio de pedir, sempre, o dom do perdão. A graça de Deus não falha, exigindo, de nossa parte, o esforço de vida referida por Cristo no Sermão da Montanha: “Sede perfeitos, como o Pai do Céu é perfeito”! A proposta de Jesus para seus seguidores é imitar o gesto misericordioso de Deus e viver segundo seu Espírito, na gratuidade de um coração generoso que acolhe a todos como irmãos. O servo perdoado mostra as conseqüências da falta de escuta e de abertura para amar e perdoar o outro. A lógica do mundo é egoísta: "Amar somente aqueles que vos amam,  pensando nos amigos".  "Quanto ao perdão, levar em conta interesses e conveniências". O perdão, no entanto, é via de mão dupla - sem interesses pessoais.  
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR83sfxegLsahE-S9FBvi_wlhZmwXnJaHsm8-z2ez-lJiDIsvh1FQO Senhor é capaz de perdoar toda culpa, de curar enfermidades, salvar-nos da prisão, cercar-nos de carinho e compaixão, esperando, na mesma medida, resposta generosa e misericordiosa para com nossos irmãos, sem distinções.. Em nossas relações humanas, a obrigação do cristão é conquistar seu irmão  para Deus, independente das circunstâncias de perdoar ou ser perdoado. É O SINAL DO AMOR DIVINO, ATRAVÉS DE SUA IGREJA.
SE O PERDÃO QUEBRA A CORRENTE DO ÓDIO,
NOSSA MISSÃO DE DISCÍPULO É
“Perdoar como Jesus perdoava”.

wlimar@yahoo.com.br