quarta-feira, 16 de outubro de 2013

28º Domingo do Tempo Comum-13/10/2013
A ORAÇÃO PERMANENTE e perseverante FORTALECE A NOSSA FÉ
Dia Mundial das Missões
Fé e oração são irmãs gêmeas – Sem fé é impossível agradar a Deus.
A Liturgia nos convida a manter uma comunhão íntima e amorosa com Deus que nos faça crer e aceitar Seu projeto Criador, compreendendo Seu grande amor.
No Dia Mundial das Missões rezemos pelos padres, religiosos e leigos que se doam a serviço a Deus e dos irmãos. Deus invisível, levado por seu grande amor, fala aos homens como a amigos: nossa resposta adequada é a fé. Por ela o homem submete sua inteligência e vontade Divina.
A fé é uma graça que vem do Pai, como dom gratuito, através do Espírito Santo,  esperando do homem amor e confiança: uma solidariedade. A essência da fé é exercê-la livremente, atendendo o chamado de Deus para servi-Lo em espírito e verdade, mas com liberdade, seguindo Jesus Cristo, como caminho, verdade e vida, que nos exorta à conversão persistente, como a da viúva.
1ª LEITURA: Ex 17,8-13 Enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia.
http://farm4.static.flickr.com/3112/2735048407_9fcaf47bd1.jpg?v=0 O texto narra a caminhada dos hebreus pelo deserto a caminho da Terra Prometida e o confronto violento com um grupo de habitantes do deserto. Para entender a história convém recordar que a tradição sobre a liberta­ção tem seu principal objetivo fazer uma catequese sobre o Deus libertador, que salvou o seu Povo da opressão e da morte. O texto nos ensina que é preciso invocar o Deus com perseverança e insistência para vencer a dura batalha que a vida nos apresenta e que a força de Deus é essa ajuda e essa força criadora. Êxodo e o evangelho de Lucas têm grande relação e através deles surge à imagem de um Deus diferente daquele que às vezes imaginamos. O Deus da Bíblia não é um Deus distante dos homens. É um Pai preocupado com tarefas criativas e renovadoras de seus filhos.  Mas ela só acontece se, como a Moisés, socorrido e amparado, o homem estiver com as mãos voltadas para o alto em atitude de oração e unidos pela fé.
Vencer duras batalhas que a vida propõe é preciso ajuda e força de Deus, pelo diálogo contínuo, e a solidariedade pela fé e oração entre os homens.
SALMO RESPONSORIAL: Salmista convida a confiar na proteção do Senhor, como agiam os peregrino a Jerusalém.
2ª LEITURA: 2Tim 3,14-4,2 O homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda a boa obra.
Paulo nos ensina a buscar o sustento da fé na fonte da vida, que é a palavra de Deus na Escritura Sagrada: crer no que recebemos (a exemplo de Paulo em Cristo seu salvador). Crer sem acomodação é não se dar por satisfeitos com a missão: O objetivo é lá na frente, avançando para as águas profundas para que a Palavra chegue a todos os irmãos. http://www.iasdalphavillealdeia.org.br/wp/wp-content/uploads/2011/02/biblia-leia-150x150.jpgPaulo pede que se proclame a Palavra para que as pessoas construam sua vida através dela. O texto é uma exortação a verdadeira doutrina com base na Tradição e nas Escrituras, procurando distinguir a verdadeira da falsa. Na Palavra transmitida é inspirada por Deus está a sabedoria que leva à salvação. Ela deve ser ensinada com persistência e fé, corrigida e informada com mansidão e amor, evidenciando que a Escritura é  fonte de formação e educação cristã, para tornar o homem mais completo como filho de Deus.
Nossa tarefa, como Igreja, é de animador da comunidade cristã de forma adequada, persuasiva e amor, com exemplo de vida.
EVANGELHO: Lucas 18,1-8 Deus fará justiça aos seus escolhidos que gritam por ele.
https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ1YEFui9oDwxISZOSDcg3CtjHAcjhjW3MUbqohvSsVbWliWf22 O texto exclusivo de Lucas que escreve numa época em que as comunidades sofrem grandes perseguições e hostilidade dos pagãos transtornando os fiéis pelos sofrimentos, que os desanimava a ponto de desejar a segunda vinda de Cristo com intervenção definitiva de Deus na história.
A mensagem da parábola e sua aplicação é meramente humana. Uma viúva pobre, vítima de pessoa poderosa, exigia que fosse feita justiça, mas o juiz, que não temia Deus nem os homens, negava-lhe qualquer direito ou solução. Ela era persistente e convenceu o juiz que, para livrar-se definitivamente de suas lamúrias, fez justiça.
Pedagogia da parábola: um juiz insensível, mas capaz de atender a injustiçada viúva, não porque era justo, mas, por insistência dela. Assim, com mais razão, Deus que é misericordioso e defensor dos oprimidos estará sempre atento às súplicas de seu povo e de seus filhos. A mensagem tem como objetivo, levar o homem à prática constante
e persistente da oração, fazendo com que jamais  deixe de dialogar e de se dirigir ao Pai, porque é nesse clima que Deus transforma nosso coração para nEle confiar e crer. Aí surge aquela pergunta de má fé: Porque Deus permite que tantas pessoas vivam em condições degradantes e miseráveis? Porque tanta arbitrariedade e injustiças onde o poder e a riqueza oprimem e roubam inocentes e nada lhes acontece?  Por que Deus não intervém? 
 Lucas está convicto de que Deus não está indiferente aos apelos de seu povo e que um dia virá, em sua glória, a fim de construir um novo céu e uma nova terra. Ele tem seus planos e seu tempo, respeitando a liberdade do homem e, até, dando-lhe oportunidade de vida nova. Sem entender, só nos resta respeitar a lógica de Deus, confiando e colocando-nos em suas mãos. Ele sabe quando atender nossas súplicas. Sejamos, pois, criteriosos em nossos pedidos porque Deus não é um negociante. Neste contexto, só nos resta uma profunda relação de amor e comunhão, de intimidade e de diálogo com Deus. A oração persistente e contínua é o caminho para encontrar esse amor misericordioso de Deus e de caridade entre irmãos.
http://c1.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/B861182a1/14022018_mR8Mz.jpeg O relato do juiz e da viúva nos anima a oração persistente, sem jamais esmorecer. A viúva indefesa denuncia suas dores e persevera na busca por justiça. Sua figura é uma luz à missão das comunidades primitivas, diante da realidade hostil e opressora.   O juiz não temia a Deus, nem respeitava o ser humano, por isso passava
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZPeHqX9GTiIikHcE9k09-9e6uPXEQirzSnBo0PZ2Qmi6YK_7dQ5pO8UIBYTXFfTut6QL-9SyOEWlXeSRH615sVvjC-zU1nBB3rmhACWOL68DfMAGefqYaInVvc0HJIMYvYRkv4kBEDVA/s1600/justi%C3%A7a1.jpegpor cima dos indefesos e oprimidos, sem socorrê-los, salvo para se ver livre da incômoda persistência. A atitude do juiz é a ação inversa de Deus: O Pai escuta o clamor dos filhos, tornado-se Defensor e Libertador. O exemplo de Cristo, o Filho glorificado, por sua fidelidade ao plano de salvação, é exemplo a seus seguidores a permanecer vigilantes na fé e na oração, fiéis a sua fé até vinda gloriosa do Salvador.
O Evangelho é uma lição do que pedir a Deus na oração ou quando falamos com Ele, não com uma ladainha de problemas para Ele solucionar. Deus deseja que coloquemos a vida em Suas mãos, a exemplo da viúva. 
Pelo e-mail, wlimar@yahoo.com.br Participe, dando sua sugestão.