segunda-feira, 1 de agosto de 2011

19º Domingo Tempo Comum, 7/8//2011

VOCAÇÃO AO SACERDÓCIO

EM NOSSAS DIFICULDADES, JESUS ESTENDE A MÃO E NOS AMPARA
 “coragem! sou eu! não tenhais medo!”
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRyFmX9vWzGd7nt563hlu4gedVZ3_qw25FS1pAPH0tdRahg8-pQComo é bom sentir que o Senhor está no meio de nós. Ouvir Sua voz nos encoraja nas tempestades da vida como convite à santidade. Na hora do perigo, quando subiram no barco, houve calmaria e os discípulos reconheceram o Mestre como o Filho de Deus! Na calmaria se faz a experiência de Deus. O Deus dos fracos e dos pobres. Com razão, no Salmo, somos suplicantes. Por isso, na vida não se conquista vitórias pela violência, mas pela paz de Deus, revelada em Seu Filho. O exemplo é de Paulo, autêntico cristão, na resistência ao plano de Deus, prefere a morte que a maldição, agindo no projeto de Deus e na Igreja de Cristo, onde Jesus manifesta paz em ambiente tempestuoso porque nela nascem comunidades de fé.
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A liturgia tem como tema fundamental a revelação de Deus, em Jesus Cristo, que aposta percorrer, de mãos dadas com os homens, os caminhos da história. Jesus envia os discípulos aos povos necessitados/famintos do pão e da fé, enquanto vai ao encontro do Pai, mostrando que missão é gêmea da contemplação, que sem oração não se faz a travessia com segurança. Jesus socorre os discípulos na dificuldade da missão, dos ventos e tempestades, revelando sua autoridade sobre as forças adversas. A fé na palavra do Mestre os leva a caminhar confiantes sobre as águas para não afundar e, quem vacila, afunda como Pedro, mas Jesus lhe estende a mão para socorrê-lo e superar a falta de fé.
Primeira Leitura: 1 Reis 19,9a.11-13a   Permanece sobre o monte na presença do Senhor
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Elias faz a experiência de Deus no monte Horeb, onde Ele se revelou a Moisés. Essa revelação de Deus, como uma brisa mansa, é o caminho de fidelidade à aliança, de amor e serviço, sem força ou violência. O povo é convidado voltar às origens da fé e à comunhão com Deus, com humildade e simplicidade, sem espectáculos. Houve no país, por razões comerciais e influência religiosa, aumento de lugares sagrados, mas com deuses estranhos, causando insatisfação a cúpula religiosa de Israel, o que leva Elias a se levantar contra tais desvios de fé, já que, por causa dos profetas de Baal, contra ele paira promessa de morte.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQbhxu1nsIsOPr2PD47iEmprJgXC9LwuUTN6KvIa5UN3upxriRuQQComo Deus se revelou a Moisés no meio de trovões, a Elias se revelou na brisa branda e suave, levando-o a cobrir o rosto em respeito ao mistério de Deus. Significa que Jahwéh Se manifesta no amor, no silêncio e na humildade do coração humano. No entanto, com sua infidelidade, Israel é instado por Elias a voltar às origens, reencontrar suas raízes e, descobrindo sua vocação de Povo da Aliança, ouça a voz de Deus para que ecoe na comunidade como testemunho de Deus e de Seus projetos no mundo.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcReJKhe5G_kwEtDQwJudUCQr-6_6ftZabgQWgz0ilL-W7WoZRwJMas quem é e como é Deus? Ele não é evidente. Não conseguimos vê-LO face a face. Só podemos descobri-LO no silêncio, na simplicidade, na intimidade e em atitude humilde, para perceber e descobrir seus sinais na história e no mundo.  O homem de Deus não pode se iludir pelas promessas do mundo onde muitos deuses nos enganam, seduzem e atraem em alto e bom tom como num terremoto... de ilusões.
Salmo Responsorial:  A salvação está perto de quem teme o Senhor
Segunda Leitura: Romanos 9,1-5  Eu desejaria ser segregado em favor de meus irmãos 
O texto apresenta o Deus fiel que vem ao encontro dos homens e revela seu rosto de amor e de bondade, oferecendo a todos uma proposta de salvação. http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR3xjr2tDHqjK8SOOVBys4i6tApmbl4Yn6yXs2g7Fe8WiPZz_9yagPaulo nos alerta a ouvir a voz de Deus sem perder de vista a salvação que Ele nos oferece, e que nenhuma força impeça a realização de Seu plano de amor em nós, manifestada em Cristo. Com razão e tristeza, desejando até ser excluído, Paulo fala de sua gente, povo eleito de Deus que, apesar da adoção como filhos, alianças e leis, cultos e tudo que diz respeito ao principal descendente, Cristo, o bendito do Pai, recusou essa salvação. Israel, que foi adotado por Deus, o Povo da Aliança, das promessas e dos que ouviram sua voz, é o Povo do qual nasceu o Messias e que Paulo tem convicção de que a misericórdia de Deus vai se derramar sobre esse Povo.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT-iCKcFaV1P7HAKxd67panuCKUA3jQt-3VyLbQTDB7V3SFqIloO que impressiona é a forma como Paulo sente a infidelidade de seu Povo que o faz sofrer. O mesmo deve acontecer conosco quando vemos irmãos de fé que se afastam de Deus ou vivem na indiferença, num verdadeiro “faz de conta”, contaminando a comunidade e até a Igreja. Reagimos ou seguimos o caminho do egoísmo e da indiferença? A reflexão proposta pelo texto diz respeito às oportunidades jogadas no lixo, como o sucedido com o Povo de Deus que conheceu a bondade Deus em sua caminhada na história para, no final, fugir dos desafios e dos projetos de salvação que Deus tinha para os homens. 
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTLBWVVnL2i9ZK7Mw3WsmRvdp9W1KZQYj_S1Rs4BYZ_hJVzwjt02AO exemplo nos faz pensar em nossos desafios e compromissos com Deus e nossa Igreja, mostrando que não devemos nos instalar na vivência medíocre da fé e falta de solidariedade, quando devemos estender a mão ao irmão necessitado de fé e de carinho.
Evangelho:  Mateus 14,22-33Manda-me ir ter contigo sobre as ondas
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQNg2GDa0RfTSfFy3pSOLcOG1POQRpTKi0cQQLe-78vyX5v23fO2AO Evangelho é uma reflexão sobre a aventura dos discípulos, enviados à outra margem do lago de Genesaré (com 21 km por 12 km, de água doce), a propor aos homens o banquete do Reino. No trajeto, a comitiva do Reino não está sozinha à mercês das forças da natureza, mas o Deus do amor e da comunhão, em Jesus, vem em socorro, estendendo a mão para salvá-los e vencer a adversidade, a desilusão, a hostilidade do mundo. Os discípulos, entusiasmados, reconhecem o Mestre e o aceitam como O Senhor, lembrando a comunidade da partilha que d’Ele recebe vida em abundância. O texto é uma sequência de “instruções sobre o Reino”, quando Jesus se dirige e instruí, em especial, os discípulos.
O Senhor se recolhe ao diálogo com o Pai, enquanto os discípulos navegam à noite e em mar agitado que os deixam inquietos, com a ausência do Mestre. Mateus se refere à comunidade em transição, http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRzDIO8-keoki46MvJKpbsxN3WATDpZLk34SrJYu_RBwuzVZQbJYgmergulhada em trevas e insegurança, navegando na história sem saber exatamente o roteiro perfeito, somado às ondas de hostilidades a que estão sujeitas, além dos ventos contrários das oposições e rejeições ao projeto de Jesus. Os discípulos, em consequência, se sentem perdidos e desanimados, incapazes de enfrentar as tempestades que se lançam contra eles. É ai que Jesus manifesta sua força, caminhando sobre essas ondas, acalma a tempestade, mostrando o quanto zela pelo seu Povo. 
“Sou Eu, coragem, não temais!”, deixa os discípulos tranquilos e a certeza de nada lhes
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acontecer com o socorro do Mestre, vencendo as forças da morte e as ondas da opressão que os acompanha na história. Na cena única de Mateus, Pedro, eufórico, implora ao Mestre: Senhor, se és Tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas”. Atendido, anda sobre as ondas, mas, assustado com o vento, afunda e Jesus o socorre, recebendo a censura pela  pouca fé. Pedro é o porta-voz do grupo que navega no barco (a Igreja), refletindo fragilidades sempre que enfrentam ondas do mundo hostil, forças opressivas do egoísmo, injustiças e perseguições. Os discípulos oscilam entre a confiança em Jesus e o medo. Jesus, no entanto, está sempre presente, estendendo a mão para que não submirjam e tenham fé.
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O “Tu és verdadeiramente o Filho de Deus”, resume a fé que os verdadeiros discípulos sentem, em Jesus, o Deus que vence o mar, como Senhor da vida e da história, acompanhando os seus. Como discípulos, somos chamados a confiar na presença do Senhor, que nos torna aptos a travessia para anunciar a mensagem do Reino na outra margem. E, assim, guiados pela palavra de Jesus, possamos fazer de nossas quedas e fracassos o caminho para crescer na fé, porque o Senhor nos revela a bondade de sua salvação, apesar de nossas fragilidades e temor das ondas.  
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Ele está no meio de nós! Vamos renovar a nossa fé e, convictos, confessar que Jesus é o Filho de Deus. Fazer da mesa da fraternidade, da Palavra e da Eucaristia a força para enfrentar as tempestades que nos impedem de ver claramente o Senhor da vida.
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