SEM DILEMA: ESCOLHA O BEM E A VIDA, NÃO O MAL E A MORTE
13/02/11 Em sequência ao Sermão da Montanha, Jesus nos apresenta uma proposta de salvação, propondo-nos reflexões sobre atitudes que devemos assumir diante de Seu projeto de vida plena, fidelidade e justiça com perdão. São orientações do Senhor que, com a autoridade de Messias e Filho de Deus, nos conduz ao discipulado missionário. Ele nos fala ao coração.
Em resposta, peçamos a virtude da escuta amorosa. “NÃO VIM ABOLIR A LEI NEM OS PROFETAS, MAS PARA CUMPRIR”. A Palavra de Deus, para Jesus, é perene e não existe meio termo. Ele sabe como os escribas e fariseus deturpavam e viviam a Lei com falsidade, por isso insiste que, para o homem entrar no Reino, deve viver a justiça com santidade, acrescentando ser impossível honrar a Deus, se o irmão é desrespeitado em sua dignidade.
Primeira Leitura - Eclesiástico 15,16-21
O Eclesiástico (início de séc, II a.C.), como livro sapiencial, é prático e dita a arte de viver e ser feliz. Foi escrito para que o Israelita não perdesse sua identidade de Povo de Deus.
O texto alerta que o homem é livre para escolher entre a proposta de Deus de alegria e felicidade – a vida, seguindo os mandamentos - e a auto-suficiência, própria do homem – a morte, a desgraça. É a escolha entre o bem e o mal. O Senhor deseja que todos escolham o caminho da vida: “Se confias em Deus, viverás”. Ser fiel depende de cada um, lembrando que Deus, sendo fiel e justo, respeita a liberdade do homem que não é um robot em Suas mãos.
A realidade é que o Batizado deve construir uma comunidade fraterna, livre e solidária, lembrando que a conseqüência do pecado pessoal repercute no social. Caminhos e opções que nos desafiam a escolher nosso destino: com Deus (a vida) ou contra Deus (a morte).
A comunidade tem necessidade de referências, cabendo a nós, como promotores do culto celebrativo, fazer esta diferença e ser sinal desse amor de Deus.
Salmo Responsorial: Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
Segunda Leitura – 1 Coríntios 2, 6-10
“O que Deus preparou para aqueles que O amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu”. Paulo fala da misteriosa sabedoria de Deus, voltada a nossa glória desde a eternidade. É o projeto salvador de Deus, revelado por Jesus Cristo com sua pessoa, palavras e gestos (na cruz).
Paulo parte da pretensão dos coríntios de equiparar a fé cristã a uma mera filosofia, de acordo com a aptidão do mestre, portanto, mera ideologia.
Para ele a única verdade, é o projeto de Cristo, o Mestre da sabedoria de Deus, que preparou aqueles que O amam, o caminho salvífico de vida plena. Paulo é claro: Deus nos escolheu, desde sempre, para sermos santos e irrepreensíveis para a vida eterna, indicando-nos o caminho, a verdade e a vida, por meio de seu Filho que nos libertou, inserido-nos na dinâmica do amor e da doação.
Para ele a única verdade, é o projeto de Cristo, o Mestre da sabedoria de Deus, que preparou aqueles que O amam, o caminho salvífico de vida plena. Paulo é claro: Deus nos escolheu, desde sempre, para sermos santos e irrepreensíveis para a vida eterna, indicando-nos o caminho, a verdade e a vida, por meio de seu Filho que nos libertou, inserido-nos na dinâmica do amor e da doação.
O projeto nos identifica com Cristo que, pelo batismo, nos leva a confiar na misericórdia Divina, cabendo a nós cumprir a missão no mundo em que vivemos. Deus é paciente e respeita nossa livre escolha, esperando nossa generosidade pela escolha amorosa.
A sabedoria Divina nos ajuda a discernir entre o bem e o mal, a felicidade e a infelicidade. Sejamos sábios, fazendo a vontade e a sabedoria do Pai, e não a sabedoria dos poderosos que se fundamentam na esperteza e no farisaísmo que geram o mal, a morte.
O amor deve ser radical e brotar do coração, sem meio termo: se queres a paz, prepara a paz, sem sofismar. É o núcleo do Sermão da Montanha.
O Evangelho completa a reflexão, propondo atitudes que o homem deve ter, não apenas de cumprir regras ou a letra fria da lei, mas assumir atitude interior de adesão a Deus e sua proposta de integralidade a vida, cumprindo os mandamentos. Cristo não veio abolir a Lei que Deus ofereceu ao seu Povo no Sinai, ela é eterna. Não se trata de prescrições que obrigam o homem a ser perfeito, mas expressão concreta de adesão livre e de total amor a Deus e ao irmão.
Trata-se de relações fraternas, onde Moisés exige, apenas, não matar, mas para Jesus não matar é pouco. É preciso evitar qualquer tipo de danos a alguém, como raiva, calúnias ou julgamentos infundados, egoísmo, indiferença ou intolerância. A reconciliação é imprescindível à participação de culto: a relação com Deus pressupõe amor ao irmão.
Já no adultério, a lei de Moisés exige apenas fidelidade, mas Jesus vai além, penetrando no coração do homem, de onde nasce todo desejo de cobiça e ambições, exigindo conversão. No divórcio, a Lei de Moisés permite o homem repudiar sua mulher.
Na perspectiva Divina, o que Deus uniu o homem não separe e Jesus ressalta que o matrimônio é um pacto de amor e fidelidade e que Deus, em seu plano original, chamou homem e mulher ao amor e a partilha da vida.
Já no adultério, a lei de Moisés exige apenas fidelidade, mas Jesus vai além, penetrando no coração do homem, de onde nasce todo desejo de cobiça e ambições, exigindo conversão. No divórcio, a Lei de Moisés permite o homem repudiar sua mulher.
Na perspectiva Divina, o que Deus uniu o homem não separe e Jesus ressalta que o matrimônio é um pacto de amor e fidelidade e que Deus, em seu plano original, chamou homem e mulher ao amor e a partilha da vida.
É melhor separar que brigar! É um sofisma ao apresentar tal dilema, quando o correto de brigar ou não brigar é a reconciliação.
Finalmente, quanto a não jurar falso e cumprir os juramentos feitos ao Senhor, Jesus rejeita qualquer tipo de juramento e que assuma cada um seus atos: pelo SIM ou pelo NÂO – sem meio termo. O Senhor deseja que nossos atos, gestos, ações e palavras não nos conduzam a um mero simplismo e farisaísmo que nos afastam de Deus, cuja justiça não falha.
Finalmente, quanto a não jurar falso e cumprir os juramentos feitos ao Senhor, Jesus rejeita qualquer tipo de juramento e que assuma cada um seus atos: pelo SIM ou pelo NÂO – sem meio termo. O Senhor deseja que nossos atos, gestos, ações e palavras não nos conduzam a um mero simplismo e farisaísmo que nos afastam de Deus, cuja justiça não falha.
Nós, discípulos de Cristo, como sinais de seu amor, somos convidados a viver a dinâmica desse amor e optar, com alegria e entusiasmo, Sua proposta de salvação, seguindo o caminho que conduz à vida plena, sem medo ou calculismo, mas com atitudes que espelhem nosso compromisso, ou seja, fazendo a diferença.
Para sua meditação e pronunciamento: CONCORDA OU NÃO?
wlimar@yahoo.com.br (c/s privacidade, a sua escolha)
1) É preferível a separação do casal que viver em constantes brigas na vida conjugal. A reconciliação é uma opção possível ou é tempo perdido? O adultério ocorre no coração e cria indiferença entre o homem e a mulher ou é alternativa?
2) A intolerância, a fofoca, o egoísmo e a calúnia é “matar” um pouco a dignidade do irmão. Ou é melhor que cada um cuide de seus problemas?
3) Tenho consciência que, quando eu ignorar o sofrimento de alguém, ficar indiferente a quem necessita de um gesto de bondade, de reconciliação, estou conivente com seu sofrimento.