A PROMESSA DE DEUS NÃO PASSA: É NA PERSEVERANÇA QUE NOS VEM A SALVAÇÃO
O
senhor nos pede fé viva, ação e testemunho.
Cuidado
com as falsas aparências e enganos: não ficará pedras
sobre pedras!
A esperança, no final do ano litúrgico, reflete o sentido da
história da salvação: a vinda do Cristo vitorioso no final
dos tempos. â
É a porta que se abre para a vida definitiva. A liturgia nos remete a um final feliz dos justos e humildes de
coração para casa que o pai nos reserva:
um Novo Céu e uma Cova Terra de felicidade plena. É a esperança que nos encoraja a enfrentar as
adversidades, animando o coração dos
que seguem os caminhos do Senhor e a graça de optar entre
as benesses oferecidas pela lógica do mundo e a palavra do Senhor que não passa,
mas se fundamenta na vitória de Cristo sobre a morte e abre-nos
o caminho para a Nova Vida.
A vinda do Senhor é certa, mas a
vida continua, devendo ser vivida em plenitude e responsabilidade, pois
o Batismo, de forma indeléver, plantou no coração do batizado, a semente da
santidade. Deus quer precisar de nós, para que, sua
vontade, se faça no meio de nós. Que essa missão seja de compromisso com a transformação do mundo, visando NÃO frustrar
esta vinda gloriosa do Senhor. A Salvação é
gratuita, mas exige compromisso com o Reino de Deus.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
1ª
Leitura: Miquéias 3,19-20ª Nascerá
para vós o sol da justiça.
Ser testemunha Cristo incomoda sendo,
até, ridicularizado pelo infiel e orgulhoso, por isso a felicidade será
complete para os amigos de Jesus e fiéis ao Pai. O texto faz referência ao Juízo
Final. Um
mensageiro de Deus, Malaquias, anima o povo de Deus, oprimido e sem fé, de que
Jahwéh não o abandonou. Vale a pena acreditar e lutar por um mundo melhor: O Deus libertador virá ao mundo para
derrotar o inimigo e, como fonte de salvação, faz nascer o sol da justiça, trazendo vida nova com seus rais de luz. 
No final, vencerão os justos, os fiéis e
tementes a Deus.
Malaquias é o
último profeta que influencou o Judaísmo,
deu nova visão ao Cristianismo sobre a Parusia(cf.Bíblia da CNBB). Seu último
capítulo fala do dia de Javé, sendo considerado uma síntese de toda a mensagem
profética sobre a vinda do Messias, entendida posteriormente como a segunda vinda de Jesus para fazer justiça entre os poderes
do mal e a grandesa dos justos e fiéis.
Para o profeta: Deus é o Deus libertador e não vingador.
2ª Leitura: 2Tes 3,7-12 Quem não quer trabalhar, também não deve comer.
O texto de Paulo é uma critica a idéia de que esperar a vida
definitiva, não significa ser fardo para os irmãos: a preguiça é irmã do pecado. Alcançar a vitória com Cristo é vencer
o comodismo e lutar pelo bem comum. Toda conquista do Reino de Deus, tem seu
preço, complementa Paulo. Caminho
da salvação é difícil, exigindo luta e renúncia, pois a vida cristã é uma
constante batalha contra o mal. A união
na comunidade exige trabalho coletivo, sem parasitas, como irmãos com direitos
e deveres: Cada um deve ganhar o pão com o suor de seu rosto. Existe
em nosso meio alguns muito ocupados em não fazer nada: é a análise de Paulo que
exige coerência
para que uma comunidade atinja seus objetivos. Nossa missão
é ser sinal vivo do amor de Deus para o irmão.
Evangelho: Lucas 21,5-19 É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!
Ser
Cristão é anunciar a Mensagem de Jesus, buscar a santidade e ser sinal dessa vida
para o mundo. “Aquele
que perseverar até o fim será salvo”. É
o trajeto que a Igreja deve percorrer, vencendo as dificuldades e perseguições
com ajuda divina, até a segunda vinda de Jesus. A missão apostólica da Igreja, nessa
caminhada na história, é o compromisso
de transformar o mundo para a realidade do
Reino: é
a palavra final de Jesus diante do espanto dos discípulos quanto as
dificuldades que estão por vir a seus seguidores. Quem decide seguir Jesus não se intimida,
nem foge da luta, pois a vitória será do bem, será de Deus.
Lucas conclui a pregação de Jesus com um discurso
escatológico nos dias que antecedem sua paixão, ligando três itens na história
da salvação:
a destruição do
templo (Jerusalém
é o local de encontro dos povos), a missão da Igreja (rejeitada por Jerusalém, a igreja
parte para a conversão de todos os povos) e a vinda do Filho do Homem (o tempo da Igreja). Lucas alerta sobre
os falsos messias e visionários.
U m conselho para nós sobre a febre
escatológica: o
cristão deve viver uma vida cristã autêntica e comprometida com o Reino, com o
mundo novo que há de vir e não viver obcecado pelo final dos tempos: SÓ DEUS SABE. Luca alerta sobre as
perseguições contra a Igreja e seus seguidores, não poupando traição dos
próprios familiares, mas nos deixa o grande consolo: Deus está sempre presente e não abandona seus filhos, definindo a missão da Igreja na construção do Reino com a
força de Deus. Nessa caminhada, o fiel discípulo tem
a certeza de não andar só, mas o Pai amoroso vai com ele, através de seu
Filho:
“Estarei
sempre
Convosco,
Até o fim dos tempos!”