sábado, 27 de outubro de 2012


Finados, 02/11/2012
QUEM CRÊ EM MIM, MESMO QUE MORRA, VIVERÁ!
ÿFelizes os que fazem memória da morte e ressurreição de Cristo na Páscoa dos fiéis falecidos! Dia de esperança e de comunhão com quem amamos, mesmo sem a presença física, porque cremos na ressurreição de Jesus como uma luz para quem teve fé na vida. YDia de Finados lembramos as pessoas que partiram para o mundo dos viventes, na certeza de uma vida nova. Com razão professamos no Credo: “Creio na ressurreição da carne, na vida eterna”. YÉ o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro jamais morrerá, celebrando, sem fim, a vida eterna. âAssim deve viver o cristão: uma comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. A morte é a realidade cruel para a humanidade, por isso no dia de finados não celebramos a morte e sim os que partiram.  
&Desde o início do cristianismo, os cristãos rezam pelos falecidos. Era costume visitar o túmulo dos mártires, nas catacumbas, para rezar pelos mortos não martirizados. A Memória dos Mortos foi introduzida na celebração litúrgica no século quarto. ðPara rezar pelos mortos a Igreja dedica, desde o século quinto, o dia dos finados, tornando-se obrigatória sua celebração, a partir do séc. XI. No século XIII, esse dia anual pelos mortos é comemorado no dia 2 de novembro, lembrando o dia 1º de novembro, a festa de "Todos os Santos", quando se celebra os que morreram em estado de graça e não foram canonizados.
YNosso gesto solidário, como cristãos, é visitar o cemitério, participar na Eucaristia e nas devoções próprias de cada cultura, como acender velas, oferecer flores e enfeitar os túmulos dos falecidos. âAté mesmo os ateus e materialistas visitam seus mortos, construindo para eles mausoléus e monumentos, por isso o culto aos defuntos faz parte de nossa cultura, independente do credo praticado. ÿO dia de finados também nos convida a uma reflexão sobre a morte e a olharmos para o sentido da nossa vida, sabendo que ela virá com certeza e sem aviso.
Que o dia de Finados seja momento de oração e reflexão sobre a morte, assumindo com mais maturidade o sentido da vida!
Primeira Leitura:  2Macabeus 12,43-46
Uma ação digna e nobre, inspirada na esperança da ressurreição
A morte não é o fim de tudo. Jó manifesta total convicção de que o Redentor está vivo! E afirma: "Eu o verei com meus próprios olhos!". A certeza da vida após a morte nasce da ressurreição do Senhor. &Cristo ressuscitou! Ele venceu a morte e está vivo! Ela é passagem para a vida eterna com Ele. ÿCelebremos, pois, o dia de Finados como a vitória de Cristo sobre a morte, rezando pelos irmãos falecidos! Nada de lamentações, muita esperança e fé! 
Salmo Responsorial:
 O salmista proclama o Senhor como luz e salvação
Segunda Leitura:  Romanos 6,3-4,8-9
Recebemos nos Céus uma habitação eterna
&Paulo afirma que em Cristo nosso corpo miserável será transformado em um corpo glorioso. O batismo significa que morremos para o pecado para participar da vida nova com Cristo. FPaulo recrimina a incoerência dos ditos cristãos que duvidam da ressurreição. “Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé, e nós ainda estaríamos em nossos pecados” (1Cor 15,17). Temos uma única oportunidade de viver no mundo e nos preparar para a eternidade. O próprio Jesus viveu apenas uma única vida humana, iniciada no momento de suaÿ concepção no seio virginal de Maria e consumada na cruz.
Evangelho: Mateus, 25,1-13  Eu sou a ressurreição e a vida
A Igreja nos ensina no Credo: “Creio na comunhão dos santos... e na vida eterna” – somos peregrinos em busca de santidade: fomos feitos para a vida eterna, não para a morte. “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” . A esperança é a palavra de Jesus que nos pede vigilância: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim, mesmo que morra, viverá!" Com razão, no dia dos mortos, fala-se de vida onde o morrer é viver porque Cristo ressuscitou.  
&Na parábola, as dez virgens saíram ao encontro do esposo. Todas tinham lâmpadas e óleo. Por algum tempo não se notava diferença entre elas. Assim acontece com cada um de nós, igreja, ante o encontro com Cristo. Temos consciência de como viver vigilantes. Como na parábola assim é agora.
ÿTodas ouviram a mensagem da vinda de Cristo e confiantes O esperam. Existe um tempo de espera onde a fé é provada. â “Aí vem o Esposo!”, É o momento em que a alma previdente está preparada com o óleo e lâmpada acesa e, provida do Espírito Santo, o paráclito, para ser recebida e amada pelo noivo. ÿSem a luz do Espírito (a fé viva), o homem não está apto para abraçar o noivo – O Senhor.   
VINDE BENDITOS DE MEU PAI!
&Ao ouvir o clamor das cinco moças insensatas, à porta da casa do banquete, aprendemos duas lições: a) nada se consegue fora do tempo oportuno, o último minuto pode ser tarde. O relacionamento com Cristo é um deles. Só nos sentiremos prontos para Ele com uma preparação consciente e amorosa; b) há coisas que não se pode tomar emprestadas. Assim como as insensatas não podiam tomar óleo emprestado das amigas prudentes, também não podemos tomar emprestado o relacionamento com Deus. Cada um deve desenvolver o seu jeito amoroso de ser, prudente e sincero com Deus.
“Em verdade vos digo: não vos conheço! Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora”.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


30º Domingo do Tempo Comum-28/10/2012

CRISTO É A LUZ QUE NOS LIBERTA DAS TREVAS.
 DIA NACIONAL DA JUVENTUDE Jcom o tema “Juventude e Qualidade de Vida” e Lema “Qual vida vale a pena ser vivida?” Rezemos pelos jovens que sonham por dias melhores e felizes, tanto na vida profissional como cristã que os levem ao verdadeiro sentido da vida.
No encerramento do mês missionário, bendigamos ao Pai em Jesus Cristo que, como Deus, se fez servo para a salvação de toda a humanidade. ÿJesus personifica o rosto humano de Deus, o rosto divino do homem, onde o ser humano é elevado à condição divina. Por isso, somos missionários, voz de Deus e amados servidores do Reino, um pequeno e fiel rebanho de Cristo na Igreja, fiel ao Evangelho, procurando viver o que se prega. Caminhamos para o final do tempo comum onde a sagrada liturgia nos coloca diante de temas que fazem parte do cotidiano, das coisas simples na vida dos homens
&A liturgia nos apresenta o Profeta incentivando o povo sofrido a confiar no amor salvador e misericordioso de Deus e proclamar a liberdade: “Façam festa, gritem de alegria!” O Senhor salvou seu povo que proclama:
% “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria”. Paulo, por sua vez, revela que em Cristo a figura do sumo sacerdote realiza-se plenamente. ÿEle é o único a levar nossas necessidades e orações a Deus, como o novo Adão, em favor de seu povo sofredor.
Primeira Leitura: Jeremias 31,7-9
Os cegos e aleijados, suplicantes, eu os receberei.
&O Profeta afirma que no momento mais difícil da caminhada histórica dos israelitas para a terra prometida e o Povo mergulhado na escuridão e no abandono, Deus se faz presente para libertá-lo e conduzi-lo pela mão, com amor de Pai, ao encontro da liberdade e da vida plena. ÿA cura de cegos e coxos sinaliza a chegada da salvação messiânica em Cristo, revelando o amor predileto de Deus pelos marginalizadas: eu os conduzirei para as torrentes da Água Pura.
&O profeta Jeremias, nascido por volta de 650 a.C., exerceu sua missão no reino de Judá entre 627/626 a.C., até depois da destruição de Jerusalém pelos Babilônios (586). No exercício de sua missão, ele sofre e é perseguido. Pelo texto o profeta começa com um convite, ÿsuscitando à alegria e louvor porque Jahwéh vai reunir o seu Povo e conduzi-lo através do deserto para retornar a sua pátria. Na imagem da mulher grávida e da que deu à luz, o profeta representa a dor e o sofrimento, além da fecundidade, alegria e a esperança de um povo livre e feliz.
A Palavra de Deus nos assegura que não estamos sozinhos frente a nossos sofrimentos: Deus, com amor de pai, cuida de nós. Cabe-nos reconhecer esse Amor.
Salmo Responsorial: O salmista celebra as maravilhas do Senhor, na esperança de ver a restauração plena da vida.
Segunda Leitura: Hebreus 5,1-6
Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.
&Ao apresentar Jesus como o sumo sacerdote, chamado e enviado pelo Pai ao mundo, “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”, para libertar os homens do egoísmo e do pecado e conduzi-los à comunhão com Deus, “Tu és sacerdote para sempre”, Paulo nos convida a contemplar a grandeza do amor que Deus nos dedica através de Seu Filho. Na apresentação da Carta aos Hebreus, ele mostra o grande Yamor de Deus pelo aos hebreus (e toda a humanidade) e pede-lhes que creiam, confiem e acolham a proposta de Jesus, transformando em gestos concretos de vida. ðO desejo de Paulo é orientar os cristãos a redescobrir o entusiasmo inicial de conversão e fé num compromisso coerente e comprometido com Cristo, fazendo da vida um contínuosacrifício de louvor, de entrega e de amor.
Assumindo nossa humanidade, Jesus abraçou nossa fragilidade, nossa fraqueza e nossa dependência, trazendo-nos, como intercessor, esperança e confiança em Deus, nosso Pai.
Evangelho: Marcos 10,46-52 Senhor, que eu veja!
&O episódio da cura do cego é um símbolo que salta aos nossos sentidos, representando a humanidade, cada um de nós, a caminho da salvação e que necessita do amor salvador. Jesus em Jericó, cidade mais velha do mundo, perto de Jerusalém, assume o comando do povo para dar-lhes uma pátria eterna definitiva. A subida de Jerusalém é decisiva para Jesus e para a humanidade. Jericó representa a velha humanidade, o velho mundo. Bartimeu representa o ser humano que não consegue caminhar sozinho: somos a família de Deus, da Trindade, onde ninguém se salva sozinho. YBartimeu nos deu exemplo de humildade, fé e confiança em Jesus.
&No relato, o catequista Marcos nos apresenta o caminho de Deus para libertar o homem das trevas para a luz: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim”. Como Bartimeu, o cego (situação do homem no mundo), o cristão é convidado a acolher a proposta de Jesus, trocar o homem velho pelo novo e segui-LO no caminho do amor e do dom da vida. É a receita de Marcos para passar da escravidão à liberdade, da morte à vida: “que queres que te faça?”
Rabbuni: que eu veja!  Pelo exemplo do cego, Jesus ressalta que o discípulo precisa de luz para segui-LO no caminho da paixão. Tua fé te salvou!o caminho da Salvação. ÿSer discípulo é se comprometer, abrindo o coração para as obras de solidariedade com os que continuam sentados à beira do caminho. É ser sinal, estendendo a mão apra a vida.
O cego representa os iluminados pelo Cristo que se comprometem a seguir um projeto de vida nova.

Jesus de Nazaré, que Se cruzou com o cego em Jericó, continua a cruzar com cada um de nós nos caminhos da vida, oferecendo-nos a proposta libertadora de Deus.