A MISERICÓRDIA DE DEUS SALVA O HUMILDE PECADOR
DIA NACIONAL DA JUVENTUDE
A
OARAÇÃO DO POBRE SOBE ATÉ O CÉU
A parábola do fariseu e do publicano inicia revelando os destinatários
da mensagem. Ambos, no Templo, buscam se relacionar com Deus mediante a oração.
O Fariseu (os separados): surgiu antes de Cristo e se constituiu em movimento de
renovação do judeu, pelo resgate da palavra de Deus em sua vida pessoal. O
fariseu seria o protótipo do judeu justo e aberto às necessidades do povo.
O
Publicano (coletor de imposto): na
dominação romana na Palestina estava a serviço do poder de arrecadar e enviar
imposto ao império romano, por isso considerado traidor do povo, com fama de
ambicioso e desonesto. O Publicano se declara pecador e é justificado, contrariando o fariseu, e mostra que a oração e a
relação com Deus não depende de seus méritos ou erros, mas de autenticas virtudes.
A liturgia apresenta o amor natural de Deus pelos humildes, pobres e
sofredores: pela disponibilidade em acolher o dom misericordioso de Deus e mais
perto em aceitar a salvação e participar da família trinitária. Jesus
instrui os discípulos sobre a atitude de quem se dirige a Deus em oração: contrastando a hipocrisia e a
falsidade do fariseu e a humildade do publicano.
1ª Leitura:
Ecleco 35,15b-17.20-22ª
A prece do humilde atravessa as nuvens.
O texto define Deus como
um juiz justo que submete os poderosos e gananciosos e ama os humildes, escutando
suas súplicas. Deus é um juiz justo que não faz distinção de pessoas e ouve a
oferta e oração de seus amigos,
representados aqui pelo pobre, órfão e viúva que praticam o bem e a justiça. Rejeita
as ofertas mentirosas dos poderosos que, por meio delas, desejam estabelecer
uma relação comercial com Deus, como um suborno. O Senhor nos convida a vencer o
orgulho que desvia nossa missão de amor. Amor a Deus só tem sentido nas
relações sociais: “Tu tens fé, eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem as tuas
obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago). Fé é um testamento público.
Religião verdadeira é aquela
comprometida com o amor a Deus e aos irmãos: Religião e Igreja se completam no respeito à dignidade humana.
Salmo
Responsorial: O
salmista bendiz o Senhor que atende os oprimidos.
O
pobre clama a Deus e ele escuta: o Senhor liberta a vida dos seus servos.
2ª Leitura: 2Tim 4,6-8.16-18 Agora
está reservada para mim a coroa da justiça.
Paulo nos
convida a viver o caminho cristão com entusiasmo e vida dedicada, dando seu
exemplo de vida: Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Só me
resta a coroa da justiça do Senhor justo juiz. Desde o seu encontro com Cristo, entregou-se à
missão de salvar todos os povos, como compromisso e resposta ao Evangelho pela
causa do Reino, restando, como seu último desejo, a coroa do martírio. Que
nossa oração e nosso louvor ao Pai façam brotar em nós a experiência missionária
de SEU FILHO e não de nossos méritos.
Paulo, que fez de sua vida um dom total,
queixa-se da solidão e do abandono, mas a fé em Deus sempre o acompanhou, por
isso anima seus seguidores para que, na hora do desânimo, sintam o amor de Deus
que os mantêm fiéis: “O Senhor
me libertará de todo o mal e me salvará para o Reino Celeste”. Na sua fé afirma: “Quem escolhe Cristo não está
só: Ele é da Família de Deus”. A recompensa é a glória eterna. Ao Senhor a glória pelos séculos dos
séculos! Amém. Finalmente, Paulo deseja mostrar como dar
a vida por Cristo: 1) Espalhar sua mensagem (Missão); 2) Dar o testemunho pela fé (martírio).
Imitar Paulo é um desafio que o texto
faz aos discípulos do seu tempo e de todos os tempos.
Evangelho: Lucas
18,9-14
O cobrador de impostos voltou para casa
justificado, o outro não.
A parábola do
fariseu e do publicano é uma lição para quem confia na própria justiça,
desprezando os outros. As pessoas subiam ao templo para orações, ação de graças pelos
benefícios recebidos e oferendas a Deus. Apegado à Lei, o fariseu revela
superioridade sobre o publicano e agradece pelos seus atos, esperando recompensa
pelos seus feitos. O renegado publicano implora a misericórdia de Deus: Bate no peito em sinal de arrependimento e conversão, implorando a
compaixão de Deus, mostrando que o sacrifício agradável a Deus vem de oração
autêntica e contrita. Jesus abre seu coração e mostra o rosto misericordioso do Pai
aos pequenos e excluídos: Este
último voltou para casa justificado, pois quem se humilha será exaltado.
O texto de
Lucas resume o antagonismo da vida real: O fariseu, fundamentalista,
se considerava sério e piedoso por cumprir a
letra fria da lei, por isso orientava o povo a santidade e
observância à Torah.
Mas orgulhoso e soberbo: “eu te agradeço porque não sou como os outros homens,
ladrões, nem como este publicano”. O publicano, com a fama de utilizar o cargo para
enriquecimento ilícito, por isso impuro, estava privado de alguns direitos
civis, políticos e religiosos.
Mas
humilde: reconheceu sua pequenez e fez de sua
própria pobreza, uma prece de entrega a Deus. O confronto de duas
atitudes perante Deus: do homem correto perante a Lei, cumpridor das regras e de vida
íntegra e sem pecado perante os homens; e do homem modelo de
pecador que explora os pobre, se diverte com a miséria e não cumpre as Leis,
mas bate do peito e pede: “meu Deus, tende
compaixão de mim que sou pecador”, merecendo
justificativa de Jesus.
Essa
situação nos leva a concluir que: apesar dos pecados dos homens, Deus, na sua infinita
misericórdia, o salva.
Concluindo: o fariseu, auto-suficiente, julgava santificar-se por si mesmo e Deus tinha
que salvá-lo, como um contabilista que recebe e paga. O publicano apoiava-se em Deus, de mãos vazias, sem pretensões, não nos seus
méritos, implorando-Lhe compaixão e Deus o justifica porque ele aceitava a
salvação.
Refletindo: Deus não é um burocrata que, como julgador,
recompensas e castigo, mas um Deus amoroso e misericordioso que perdoa e conduz
o homem à salvação, como dom gratuito, bastando que o homem aceite com
humildade a oferta salvífica: Ninguém chega à salvação apenas por seus próprios méritos.
Lembrando que:
A oração cristã e sincera consiste na abertura a Cristo e ao
Pai, onde o ser humano descobre sua condição de ser amado e, por isso,
perdoado. É na atitude humilde que o homem torna deus bondoso, compassivo e generoso..
VIDA E SAÚDE
Um
ocidental em visita à China ficou surpreso de ver a quantidade de velhos
saudáveis e, curioso sobre os aspectos da milenar medicina chinesa, indagou de
um experiente médico qual o segredo para se viver mais e melhor.
"É muito simples. É só:
1- Comer a metade.
2- Andar o dobro.
3- E rir o triplo."
E uma pitadinha
do amor a Deus