quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Festa de Cristo Rei - 20/11/2011

Todo joelho se dobre e toda língua proclame:
JESUS CRISTO É O SENHOR E REI!
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR4I0M9uX3D67YJlft879c-Ac-A5KKlPvHuXEJYKb6Mq49y6d8TA festa de Cristo Rei, criada pelo papa Pio XI em 1925, para ser celebrada no último domingo de outubro. Na reforma litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico, como ponto de chegada de todo o mistério celebrado e evidenciar que Ele é o princípio e o fim para o qual se dirigem todas as coisas. Viva Cristo!  Rei! Este amor a Cristo Rei serviu de sustentáculo dos cristãos perseguidos, levando muitos mártires a entregar a vida proclamando: Viva Cristo, Rei!  O povo de Deus, sacerdotal, une-se a Cristo para transformar o mundo e servi-lo no culto verdadeiro que procede de um coração que ama.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT6voLr4v9leHzoJtM4ODcCjOeLKf5ijWwd3KchgUrJS-Axxg9nNo 34º Domingo do Tempo Comum, último domingo do ano litúrgico, tempo de reflexão e de avaliação, tem como referência Jesus Cristo, Rei do Universo, e os irmãos pobres e abandonados, referidoss por Jesus. Lembramos ainda: 1) Dia do Leigo, o coração da Igreja no mundo, chamado batismal à missão profética, sacerdotal e régia para transformar o mundo no Reino de Deus; 2) dia da Consciência Negra, de Zumbi de Palmares que lutou até a morte pela liberdade e pela cultura do seu povo. A liturgia nos mostra a realeza de Deus a serviço da liberdade e da vida dos que sofrem e são impedidas de viver na plenitude e dignidade. Os textos nos convidam a viver e praticar a justiça com solidariedade e partilha, vendo nos irmãos o próprio Cristo.
Primeira Leitura: Ezequiel 34,11- 12.15-17
Quanto a vós minhas ovelhas: farei justiça entre uma ovelha e outra.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQeE8jRpekopB3Gar_DxM7JnI1MYriJLijcBGO1sEDO8IaJGNcqNo texto, o profeta da esperança reflete o exílio de Babilônia e apresenta Deus, como rei e autoridade, e de pastor, como libertador, que conduz o povo disperso, evocando sua justiça e bondade. Ezequiel exerce sua missão profética entre o desiludido povo judeu que se sente abandonado e sem culto religioso, alimentando a esperança e a certeza de que Deus, como salvador e libertador, jamais os abandonará. A imagem do pastor que socorre seu rebanho e apascenta suas ovelhas é uma resposta aos maus dirigentes que exploraram e abusaram da boa fé do Povo, desviando-os para caminhos da desgraça e consequente destruição de Jerusalém.

http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR6jMIUYyh6nWIr6uFIK3FeVuO8B6dLoiCETIMEeKtIJpeGaTZ1 A figura de “pastor”, em uma civilização que vivia da agricultura e pastoreio, era atribuída aos deuses e reis. O pastor, por ser tratar de um homem forte, representa um chefe que dirige e protege seu rebanho, e um amigo, carinhoso e amável, que conduz as ovelhas para local onde existe vida – pastagens. A relação é fundamentada na entrega e no amor. Nesta perspectiva Ezequiel coloca as relações entre Deus e Israel. A este Povo maltratado por pastores infiéis, o profeta anuncia a chegada de um Pastor fiel, amigo e justo que vai reconduzi-las a seu redil, formando sua Igreja. Bom Pastor, na imagem bíblica, representa Deus na sua relação com os homens, conduzindo seu Povo pelos caminhos da história, trazendo serenidade e paz. Ele nos convida a fazer parte desse redil, seguindo sua voz, deixando de lado os falsos pastores que no mundo está repleto.
Salmo Responsorial: O salmo revela que o Senhor, o Bom Pastor, cuida de nós, providencia água, óleo e restaura as forças no caminho da fidelidade.
Segunda Leitura:  1Coríntios 15, 20-26.28
Entregará a realeza a Deus-Pai, para que Deus seja tudo em todos.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRKnolS6OBOhTv6gqfpuGgg_zYNKlCWP9GHn86ef1AAqD0I-G-kDAO texto é referência ao Cristo ressuscitado da nova humanidade, exercendo seu poder universal sobre todas as coisas. O cristão é enxertado nEle, na sua morte e ressurreição para uma vida nova de amor. Paulo, que se entregou ao anúncio da Palavra, encontra em Corintos uma diversidade de crenças e sistemas filosóficos contraditórios, em especial no tocante à ressurreição.  Sua pregação conflita com os judeus, por isso é expulso da sinagoga. Aceitar que a alma viveria sempre não era difícil para a mentalidade grega. O problema era aceitar a ressurreição, sendo o homem constituído por alma e corpo, quando, para eles, a matéria era uma realidade negativa.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSEW48iqjX5-Auto4lFDuTPL7TLaVsZSwTigmZmQ8YqRZyR2Qk26gSentindo as dificuldades e dúvidas dos corintos, Paulo fala da ressurreição de Cristo para comprovar a vitória da justiça e concluir que quem se identificar com Cristo, ressuscitará, lembrando que existe em nós uma semente de ressurreição, de justiça, de partilha e solidariedade. “Ele ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram”. Cristo, o novo Adão, constituído por Deus princípio da nova humanidade, leva com Ele toda sua descendência, i. é, os que acolhem sua proposta de vida e O seguem,  identificando-se com Ele.  O destino dessa nova humanidade é o Reino de Deus, definitivo, onde inexiste egoísmo, injustiça, miséria, sofrimento, medo, pecado e, até, a morte.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQqI9IM5r7cTza9uIBaIDelQZpREGGpkPIjpawNI6y0vGLL7_TpA síntese de Paulo é lembrar ao cristão que o fim último de cada um, em sua caminhada, é participar nesse Reino de Deus, desse Novo Céu de vida plena e definitiva, ressuscitados e resgatados por Cristo. A ressurreição de Cristo é o selo de garantia que nos leva a vida nova do Homem Novo. Vida definitiva é a nossa meta final e significa eliminar o medo de atuar e de assumir um papel de protagonismo na construção de um mundo novo. Ter no horizonte o Reino de Deus é compromisso de luta pela justiça e pela paz com o mundo e com os homens, em obediência a Deus.
Evangelho: Mateus 25, 31-46  
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTkZ7jlJuP7o4Uy47U9yVjl98pbuqTRoFwFBjBmbTcyp_knu7b7sgAssentar-se-á em seu trono glorioso e separará uns dos outros.
Mateus Inicia (cap. 5º com as bem-aventuranças), proclamando felizes os virtuosos em meio às diversidades do mundo e encerra, no discurso escatológico, com os benditos e malditos a serem proclamados no Reino, a herança preparada pelo Pai desde a criação do mundo. No texto, desse domingo, destaca que o Senhor protege os necessitados e se identifica com eles. Jesus enfatiza o amor aos mais pequenos como critério de julgamento e sinal da misericórdia, como manifestação de Seu amor ao menor dos irmãos. Lembra que o egoísmo ou a indiferença para com os que sofrem desagrada a Deus e quem conduzir a sua vida por esses critérios ficará à margem do Reino.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQDIomK55Joigfuz81ilefZla1xwQG3trO0BKEIzAg21uLyEe_5Fundamentado no amor, até sua morte e ressurreição, Jesus nos deixa como exemplo o caminho da fidelidade até a cruz, priorizando o serviço ao próximo, de modo especial quem está com fome e sede, sem roupa e moradia, na doença e na prisão. Servir o irmão é servir a Cristo porque o amor a Deus é gêmeo do amor ao próximo. O serviço ao outro nos leva ao encontro com Cristo, em qualquer situação da vida, até as mais comuns.  
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQBzMfwfOPFcqUuiamGRZ7hLUg3vuXBdkWcVtTzynba5b19UMhWNo amor e no acolhimento aos pequenos se revela a presença solidária de Cristo e a Boa Nova de seu Reino, devendo cada um ser protagonista dessa presença. A realeza do Cristo Rei é uma manifestação do serviço ao menor dos irmãos e Seu reinado é revelado no esforço em mudar a situação de sofrimento e pobreza em amor solidário e gratuito.  
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSpMPSyFgtkfJInZu7zonapxudE8qAxvRBreekqARXpLW7uxUfEA descrição do juízo final é uma apresentação conclusiva das parábolas do administrador, das dez jovens e dos talentos, grupos de pessoas com comportamentos distintos enquanto esperavam a vinda do Senhor. A catequese de Mateus,  visa reanimar os cristãos desanimados e perseguidos, do início da era cristã, que sonham com o Reino definitivo. O objetivo é mostrar aos vigilantes fiéis cristãos o que os espera no final da jornada e o que fará o Filho do Homem, sentado no seu trono de glória. Separa pessoas como o pastor separa ovelhas dos cabritos. Finaliza com o diálogo sentencial: os da direita, as ovelhas, as acolhe a tomar posse da herança, como os benditos do Pai, e os da esquerda, os cabritos, impedindo-os de tomar posse da herança, com um “afastai-vos de mim, malditos!”
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRmoH9_QvG3sfhwT0gsjbcclry3SbDDSFDDuJCeRKRTf83F9wbdA cena é uma referência catequética que nos instrui sobre a lógica de Deus, longe dos critérios egoísticos que o mundo nos apresenta, sem lugar para o amor acolhedor e salvador a estende a mão aos que sofrem. Dizer que ama Cristo e não viver do jeito de Cristo é mentira e incoerência. De outra parte, Deus não condena ninguém, é o próprio homem quem traça seu destino, optando pela proposta de vida que Deus lhe oferece. Ele criou homem e mulher livres e respeita o livre arbítrio de cada um. Os textos são metáforas usadas de forma educativa, muitas vezes, assustadoras, mas que visa catequizar as pessoas para a livre escolha do horizonte que pretende em sua vida.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS2v5Hjt9MHUbBpYNa7N19eB4uxkshgB33wxngt52vonC7EF4NJawO Reino de Deus é uma semente que Jesus semeou  onde o discípulo é chamado a cultivar, em sua vida, para colher no final dos tempos que há de vir. O Reino de Deus está no meio de nós, cabendo a cada um fazê-lo acontecer na vida presente e deixe de ser uma miragem para ser uma realidade transformadora na vida dos homens. Dizem que a religião cristã é “ópio do povo” que faz pessoas sonhar e crer em algo irreal que virá transformar o mundo. Para o bom cristão, que esse "ópio"  o embriague e leve ao encontro do que há de vir,  crendo na promessa do filho de Deus. A desilusão religiosa, marcada por erros, não pode servir de pretexto para evasão, mas estímulo a mergulhar em águas profundas na busca do infinito.
JESUS CRISTO ONTEM, HOJE E SEMPRE
Cristo é o rei pastor que dá a vida por suas ovelhas, que renova, cuida de suas feridas e as carrega no colo. Pelo batismo participamos de sua realeza revelada no cuidado dos pequeninos e pobres. Na eucaristia somos confirmados e estimulados a buscar a Deus na misericórdia com todos.