QUARESMA: COMVERSÃO PARA A VIDA
Na caminhada quaresmal, a Palavra de Deus nos convida à conversão, recolocando Deus no centro de nossa existência. Ele nos chama à penitência e a transformação de nossa vida para com Ele viver em comunhão e aceitar Seu amor, visando concretizar, com fidelidade, seus projetos. Aceitar comunhão com Ele é nos preparar, com fé e com coração renovado, para a festa da Páscoa.
Quaresma é o tempo oportuno para acolher a misericórdia de Deus que nos faz pessoas novas e blindadas contra as tentações que o mundo nos oferece, renovando nosso batismo, ponto de partida de nossa vida cristã na terra em que vivemos. Por isso, Fraternidade e Vida no Planeta, nos alerta que esta terra merece nosso amor e respeito, porque nela vivemos gratuitamente e um dia vamos prestar contas ao Criador que viu que era tudo muito bom.
Somos discípulos e missionários de Jesus, que veio “para que todos tenham vida e vida em abundância”, por isso nossa responsabilidade pela saúde de nossa Casa.
Primeira Leitura – Gênesis 2,7-9;3,1-7
O texto afirma que Deus criou o homem para a felicidade e vida plena. Quando prescindimos de Deus e nos fechamos em nós mesmos, o egoísmo, o orgulho e prepotência tomam conta de nós, enveredamos por caminhos de sofrimento e de morte e conseqüente prejuízo para nós mesmos e para nossos irmãos. É a vida que o homem a e mulher estabeleceram pela desobediência ao Criador.
O Gênesis, livro histórico e teológico-catequético, de estilo colorido, imagens sugestivas e fortes, foi escrito presumivelmente no tempo do Rei Salomão. Narra a origem do mundo, da vida e do homem em posição privilegiada, de forma simbólica, com conclusões teológicas, para catequizar o Povo de Deus.
O texto mostra a finidade da vida, na sua característica de origem, acrescida do sopro de Deus: a origem, significando o zelo de Deus na criação do homem. ”Pulvis est et in pulveris reverteris” - “És pó e em pó hás de retornar”. É o nosso destino, em consequencia do pecado. No entanto, o homem foi criado e colocado num jardim para ser feliz em comunhão com Deus. Não passou na prova de fidelidade.
A árvore da vida, símbolo da imortalidade, e a árvore do conhecimento do bem e do mal, representando o orgulho e a auto-suficiência de quem acha que conquista a própria felicidade, prescindindo de Deus. Comer da árvore do conhecimento do bem e do mal era o teste para a imortalidade.
Era o decidir pelo melhor ou escolher o pior: o orgulho de ser igual a Deus, renunciando sua comunhão. A serpente, símbolo da excelência e fecundidade, era cultuada pelos cananeus e aceita pelos israelitas, embora contrário à Lei de Moisés, afastava o homem da proposta de Deus, tornando-o orgulhoso e soberbo. É o que acontece em nossos dias.
Deus fez os homens para a felicidade, mas nós seguimos nosso próprio caminho, longe de Deus, com a tradicional pergunta: Qual nossa origem? Para onde vamos? E qual o sentido da vida?
Era o decidir pelo melhor ou escolher o pior: o orgulho de ser igual a Deus, renunciando sua comunhão. A serpente, símbolo da excelência e fecundidade, era cultuada pelos cananeus e aceita pelos israelitas, embora contrário à Lei de Moisés, afastava o homem da proposta de Deus, tornando-o orgulhoso e soberbo. É o que acontece em nossos dias.
Deus fez os homens para a felicidade, mas nós seguimos nosso próprio caminho, longe de Deus, com a tradicional pergunta: Qual nossa origem? Para onde vamos? E qual o sentido da vida?
Temos consciência de que Deus, nossa origem e fim, nos criou por amor e para viver em comunhão com Ele. Ele respeita nossa liberdade, não exigindo nada de nós. A resposta é nossa, viver a comunhão com Deus ou com os interesses e prazeres oferecidos pelo mundo do egoísmo e da ganância.
Salmo Responsorial - Tende compaixão de nós, Senhor, porque somos pecadores.
Segunda Leitura – Romanos 5,12-19
O autor, para atingir seu objetivo, utiliza um jogo de oposições entre Adão (que prescinde de Deus - segue o caminho da morte) e Jesus (a luz do Pai – o caminha da vida). É a conseqüência geradora do pecado original, sendo Cristo o portador de um caminho novo de comunhão com Deus e de vida plena.
O mundo, no entanto, nos apresenta outros caminhos, ensinando que só nós nos realizamos e por nós mesmos, definindo nosso destino. Quando o homem tenta construir sua vida à margem de Deus, pelo egoísmo e prepotência, destruindo a natureza e as pessoas humildes, a história mostra sofrimento e morte.
Segunda Leitura – Romanos 5,12-19
O apóstolo nos propõe dois exemplos: Adão, o homem que escolhe ignorar a proposta de Deus e decidir por seu caminho da salvação e da vida “plena”; e Jesus Cristo, o homem da proposta de Deus, vivendo em obediência ao Pai. O esquema de Adão gera o egoísmo, sofrimento e morte e o de Jesus gera a vida plena e definitiva. O antagonismo entre a humanidade pecadora e Jesus Cristo nos lembra que onde se multiplica o pecado, a graça transborda, gerando vida em abundância.
A carta de Paulo coincide com crises entre os cristãos e judeus, por influência pagã, cada um dando seu “pitaco” sobre a salvação, o que ameaça a unidade da Igreja. O intuito de Paulo é criar a unidade da revelação e da salvação, mostrando que é através de Jesus Cristo que a vida de Deus chega aos homens e que se faz oferta de salvação para todos, bastando o sim de cada um. O autor, para atingir seu objetivo, utiliza um jogo de oposições entre Adão (que prescinde de Deus - segue o caminho da morte) e Jesus (a luz do Pai – o caminha da vida). É a conseqüência geradora do pecado original, sendo Cristo o portador de um caminho novo de comunhão com Deus e de vida plena.
O mundo, no entanto, nos apresenta outros caminhos, ensinando que só nós nos realizamos e por nós mesmos, definindo nosso destino. Quando o homem tenta construir sua vida à margem de Deus, pelo egoísmo e prepotência, destruindo a natureza e as pessoas humildes, a história mostra sofrimento e morte.
Evangelho – Mateus 4,1-11
O Evangelho apresenta o exemplo de Jesus. Ele recusou viver a vida à margem de Deus e de seus projetos. A narrativa das tentações de Jesus, seguida de Seu Batismo, é o prenuncia de Sua vida pública. Jesus recebeu o Espírito Santo para poder afrontar e vencer a tentação que O convida a subverter a proposta do Pai. A cena é cinematográfica, revelando Jesus sendo conduzido pelo Espírito ao deserto para enfrentar o demônio, após 40 dias de jejum e oração.
É uma página catequética que mostra como amordaçar a tentação. A tentação de ignorar Deus e seus ensinamentos é um desvio que o cristão deve rejeitar. Ignorar os planos de Deus e apostar em projetos pessoais é uma vida inócua e sem sentido. Os quarenta dias de jejum resumem os quarenta anos do Povo de Deus no deserto. Deserto é local de prova de encontro com Deus.
O Evangelho apresenta o exemplo de Jesus. Ele recusou viver a vida à margem de Deus e de seus projetos. A narrativa das tentações de Jesus, seguida de Seu Batismo, é o prenuncia de Sua vida pública. Jesus recebeu o Espírito Santo para poder afrontar e vencer a tentação que O convida a subverter a proposta do Pai. A cena é cinematográfica, revelando Jesus sendo conduzido pelo Espírito ao deserto para enfrentar o demônio, após 40 dias de jejum e oração.
É uma página catequética que mostra como amordaçar a tentação. A tentação de ignorar Deus e seus ensinamentos é um desvio que o cristão deve rejeitar. Ignorar os planos de Deus e apostar em projetos pessoais é uma vida inócua e sem sentido. Os quarenta dias de jejum resumem os quarenta anos do Povo de Deus no deserto. Deserto é local de prova de encontro com Deus.
Jesus poderia ter escolhido três caminhos para seu prestígio pessoal: a prioridade pelo ter, o êxito por grande gesto e ser aclamado, ou o caminho do poder e do domínio. As tentações aqui apresentadas são as três faces de uma única tentação que é a de prescindir de Deus e de escolher o caminho fácil, fugindo dos planos de Deus.
Jesus nos deu o tom de sua opção fundamental de seguir a vontade do Pai. O “nem só de pão vive o homem”, “não tentarás o Senhor, teu Deus” e “adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás”- resumindo toda a doutrina que combate a ambição humana. Somente o Pai é o absoluto, é o poder e só Ele deve ser adorado.
Jesus nos deu o tom de sua opção fundamental de seguir a vontade do Pai. O “nem só de pão vive o homem”, “não tentarás o Senhor, teu Deus” e “adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás”- resumindo toda a doutrina que combate a ambição humana. Somente o Pai é o absoluto, é o poder e só Ele deve ser adorado.
Para Jesus só uma coisa é decisiva e fundamental, a comunhão com o Pai e obediência a seus projetos, esperando de nós, seus discípulos, idêntica fidelidade, seguindo seus passos longe das tentações. Ele nos ensina a vencer os perigos do prestígio, poder e riqueza que evitam os compromissos com a justiça e a ética. Que os exercícios quaresmais da oração, do jejum e da esmola, seguidos de ato penitencial contrito, seja nosso horizonte para a vitória e ressurreição com Cristo na Páscoa, como homem novo.
Para sua meditação e pronunciamento (se desejar):
a) O que é decisivo na minha vida: as propostas de Deus, ou os meus projetos pessoais?
b) O que domina o homem moderno que prescindiu de Deus?
b) O que domina o homem moderno que prescindiu de Deus?
c) Deixar-se seduzir pelos bens materiais, no jeitinho do “ter mais”, é seguir o caminho de Jesus?
d) Zelar pelo próprio conforto, fechar-se à partilha e esbanjar em prazer e supérfluo é uma atitude sadia?