quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


Solenidade da Santa Mãe de Deus,de 01/01/2013 Ano C
DEUS ENVIOU O SEU FILHO, NASCIDO DE UMA MULHER (Gl 4,4)
POR MARIA, Deus nos dá sua graça e Sua Bênção.
Dia Mundial da Paz e da fraternidade universal
O Senhor ordena a Moisés que ensine Aarão abençoar. É o próprio Deus preocupado com Seu Povo e ser o companheiro de caminhada. Ele ensina quem pode e deve ser invocado e atende a invocação. A lógica do amor contraria os princípios deste mundo:
Deus quer o nosso bem e se faz nosso servidor com Sua bênção para nossa proteção e a paz. Sua maior bênção é seu filho, nascido de Maria, na plenitude do tempo messiânico, esperança de seu Povo. Nasceu submisso à Lei, como sua Mãe, para nos tornar filhos do mesmo Pai. Ele santificou, em Maria, a maternidade
Jesus nasceu de uma mulher e, como todo ser humano, numa sociedade com suas leis e normas, sujeitou-se a ela.  Maria foi, no seio do povo de Israel, como a Nova Arca, o caminho para o Salvador e Ela conduz nossas comunidades cristãs, portadoras de Cristo, o salvador de Deus para o mundo Que a Palavra que se fez carne pela humanidade renove em nós a esperança de vida nova no convívio com o Pai no Reino a ser construído. Na festa da Mãe de Deus Maria, com seu sim ao projeto de Deus, nos ofereçe Jesus,como O libertador, e paz ao mundo. Neste Dia Mundial da Paz rezemos pela paz entre os homens, pedindo bênçãos pelo novo ano civil para, de mãos dadas com esse Deus que nos ama e a cada dia nos cumula de bênção e graças, nos dê vida plena e fidelidade a Seu amor.
Primeira Leitura: Num 6,22-
Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel. Eu os abençoarei.
Abençoar é uma maneira de comunicar vida, a vida plena no Espírito Santo.  É bendizer alguém. O texto salienta a presença de Deus em nossa caminhada, lembrando que Sua bênção nos dá vida abundante, na forma dita a Moisés: Fala a Aarão e aos seus filhos como deveis abençoar os filhos de Israel:  “Quem invocar o meu nome sobre os filhos de Israel, Eu os abençoarei”. ►Somos chamados a este encontro pessoal e a liturgia nos coloca diante de evocações diversas e que devem fazer parte de nossa vida .
“O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.
A mensagem acontece no Sinai, local da celebração da Aliança com o Povo, antes de iniciar o caminho para a terra Prometida, tornando-se o ritual utilizado no Templo para abençoar o povo, na despedida para suas casas, em celebrações litúrgicas, como dom de Deus.
O significado da bênção lembra o Israelita que, pronunciar três vezes o nome Jahwéh, é atualizar a aliança e suas promessas, como dom de Deus e, a cada invocação, corresponde aos três pedidos: Bênção/Proteção, Graça e Paz - Shalom. É uma lembrança de que Deus nunca nos abandona e continua sua ação criadora de amor e paz, o Shalom, significando a felicidade plena.
Salmo Responsorial: Com o salmista, peçamos que o Senhor nos abençoe e nos conduza no caminho da paz: Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção!  
Segunda Leitura: Gálatas 4,4-7 Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher.
O texto nos lembra que o Filho de Maria nos resgata da Lei e nos torna filhos. A maior bênção de Deus Pai é seu filho Jesus, nascido de Maria. Nessa situação de privilegiados filhos livres e amados, podemos nos dirigir a Deus e denominá-lO: “Abba”, Papai.
Paulo mostra que Jesus, ao assumir a natureza humana nos liberta, nos faz filhos e herdeiros de mesmo Pai.  Sendo filhos do mesmo Pai, nos leva a viver a fraternidade como irmão em Cristo, com Cristo e por Cristo, como fizeram os pastores ao encontrar Maria, José e o Menino. Eles reconheceram o Messias e testemunharam o que viram, tornando-se sinais do anúncio da salvação e ”Todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com o que contavam”.
Paulo envia mensagens aos gálatas, temendo à influência do judaísmo farisaico com os costumes contrários aos ensinamentos e distantes da verdadeira prática cristã. Paulo salienta que a salvação é um dom de Deus e não conquista humana. Ser cristão é ser livre pela ação de Cristo que libertou os homens da escravidão da Lei.  Cabe a cada um fazer sua escolha: pela escravidão ou pela liberdade. Conclui: é uma estupidez experimentar a liberdade e voltar à escravidão, especialmente quando Deus nos chama de filhos no Filho. Confiantes no Deus conosco, proclamamos como nosso Pai e que nos une a todos como irmãos.
Evangelho: Lucas 2,16-21 Encontraram Maria e José e o recém-nascido. E, oito dias depois, deram-lhe o nome de Jesus.
 O texto apresenta Maria atenta ao que acontece no cumprimento às tradições da lei judaica, meditando no coração e acolher a mensagem de Deus em cada momento de sua vida. Saber contemplar a vida com o coração é a arte de quem deseja ser construtor da paz. É preciso pacificar o coração, educar o olhar e sentir o outro e os fatos da história, dar tempo e espaço para Deus se comunicar.
Maria vivia diante de Deus. Por isso o Senhor realizou nela as maravilhas que seu coração de Pai pedia. É o que Ele deseja de cada um de nós, desde que nosso coração esteja aberto ao projeto do Reino e atento às necessidades do próximo e a realidade concreta de cada dia.
 Somos chamados ao encontro pessoal com o Filho de Deus para que, com Ele, frutifique nosso ser e nosso agir e nos tornar “discípulos missionários, chamados a transbordar o Evangelho no coração do mundo” trazendo aos pobres, marginalizados e excluídos, a esperança da salvação e paz libertadora. 
 No texto, Maria, como mãe de Jesus, nos dá o exemplo de como ser testemunha de fé: “guardava tudo em seu coração”. Nela nos encontramos com Jesus, com o Pai e com o Espírito Santo e com os irmãos. Que estes encontros tornem nossa vida frutuosa como portadores da Boa Nova ao mundo.
Lucas, em sua catequese, mostra aos cristãos quem é esse menino e a missão de que foi investido por Deus, deixando bem claro que Jesus é o Messias libertador, enviado a trazer a paz e a resposta que Deus espera dos homens para atingir o tempo salvíficos.  Jesus é o Deus que salva!
É a boa notícia levada aos pastores (os marginalizada), significando que Jesus veio, de forma especial, aos pobres e marginalizados, os excluídos pela teologia oficial dos fariseus que os condenava. A voz do alto é o recado de Deus que nos ama, conta com os excluídos, convocando-os para fazer parte da sua família.
A resposta à boa nova é imediatamente ecoada pelos pastores que glorificam e louvam a Deus pelo que viram e ouviram como algo espetacular que merece ser compartilhado e que mais pessoas possam participar da mesma experiência.  Essa é nossa missão como verdadeiros fiéis discípulos missionários. É o fio condutor da história da salvação, sendo Maria a chave guia inseparável.
"DONDE ME VEM ESTA HONRA DE VIR A MIM, A MÃE DO MEU SENHOR?”

Feliz 2012, com as bênçãos do Céu.
Muita Paz de Deus, Amor, Saúde e Vida Plena!!!


 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012


Festa da Sagrada Família,de 30/12/2012, Ano C 

JESUS, MARIA E JOSÉ: graça e paz no lar
DEUS ESCOLHE A FAMÍLIA HUMANA COMO SUA FAMÍLIA
âNão sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?”
A liturgia apresenta a festa da Sagrada Família onde o Filho de Deus, feito homem, escolheu uma família para nascer. O ser humano é família: um pai e uma mãe o identificam no meio em que vive. Deus, O Pai, nos convida a entrar no mistério da encarnação de seu Filho, na convivência de uma família. Maria e José assumem essa missão e foram fiéis apesar das contradições e dificuldades da vida. Com a família de Nazaré, somos convidados a venerar e imitar o verdadeiro modelo de vida que Deus nos dá, para que em nossas famílias cresçam com as mesmas virtudes e amor.
O futuro da humanidade passa pela família que não se limita a marido e mulher, mas a uma comunidade familiar: irmãos, tios, avós, amigos, em convivência fraterna e amorosa, por isso proclamada “patrimônio da humanidade”, a ser resguardada. Maria e José, exemplo para os pais, constituem o espelho da Igreja Doméstica.
Primeira Leitura: Eclesiástico 3,2-6.12-14 Quem teme o Senhor honra seus pais.
O texto lembra que os filhos são dons de Deus. Amar, obedecer e respeitar a fonte da vida, os pais, é amar, respeitar e obedecer a Deus, origem da vida. O autor proclama a atenção e o respeito devido aos pais, especialmente os idosos, considerados “inativos”. Eles devem ser amados e honrados em todos os momentos e circunstâncias da vida: “Meu filho ampara teus pais e não lhes cause desgosto, em especial quando lhes faltam forças, impedindo-os da lucidez e jamais os humilhe, causando-lhes trissteza. A caridade feita a teus pais não será esquecida: servirá pela tua edificação e reparação de teus pecados”. Que a mão amigos dos filhos seja o amparo e a segurança dos pais, seguindo o 4º mandamento.
O Eclesiástico, um livro de caráter sapiencial, apresenta o Deus de Israel que vai se revelando na vida das pessoas e essa relação passa de boca em boca, de pai para filho, desde os tempos mais antigos.  Evidência, de forma muito familiar e prática, as atitudes dos filhos para com seus pais, honrando e os assistindo na doença e na velhice.  O texto nos aproxima do homem, Jesus de Nazaré:  O que eu quero é a misericórdia e não o sacrifício, como forma de concretizar o amor filial.  O inaceitável é o afastamento do pai ou da mãe do convívio familiar e o seu internamento, por puro egoísmo ou comodismo de “aturá-los”. É o se livrar de quem foi instrumento de Deus criador e fonte de vida.
Salmo Responsorial: O salmista se reporta à fidelidade aos ensinamentos do Senhor: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
Segunda Leitura: Colossenses  3,12- 21 A vida da família no Senhor.
O texto ressalta a dimensão do amor que deve brotar, em gestos e atitudes, dos filhos amados de Deus. Paulo, sabendo que os colossenses corriam o risco de perder a fé, influenciados por doutrinas contrárias ao Evangelho, dirige-se a seus irmãos, amados por Deus, seus eleitos em Cristo,
para lhes ensinar que viver a Igreja doméstica é viver com humildade, paciência, mansidão e misericórdia, suportando uns aos outros: como síntese do Homem Novo. Desta vivência resulta uma íntima relação do cristão com Cristo, vivendo com Ele o amor total, no serviço e no dom da vida. Complementa: “tudo o que fizerdes seja feito em nome do Senhor Jesus”. Que as esposas sejam solícitas aos esposos, os maridos amem suas esposas e os filhos sejam obedientes.
O espaço familiar é o caminho para uma vida comunitária digna, onde o amor deve ser o vínculo da perfeição: o Batismo os fez homens novos.
A A doutrina nos ensina que é da igreja doméstica, célula básica da sociedade humana, que nasce o verdadeiro e autêntico cristão. É no lar que  inicia o verdadeiro caminho de amor e dedicação a Deus e aos irmãos. A autenticidade no lar deve ser aquela que transpira fora dele, na comunidade, no trabalho, na sociedade, o que exige coerência no ser e no agir e fidelidade na fé.
Evangelho: Lucas, 2,41-52 O menino crescia cheio de sabedoria.
O texto apresenta uma catequese sobre Jesus e a missão que o Pai lhe confiou, propondo uma vida familiar modelo.  A Infância de Jesus, como qualquer família, enfrenta crises, dificuldades e contrariedades. No entanto, esta é uma família solidária e disposta a partilhar os riscos e alegrias. Uma família onde cada um aceita renunciar para o viver do outro. Uma família onde os problemas de um são os problemas de todos e onde todos estão dispostos a arriscar, quando se trata da defesa de todos. Jesus está no Templo e, nesse espaço sagrado, ele faz a pergunta: “Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” Maria conservava todas essas coisa em seu coração, seguindo o seu SIM sem obstáculos, como deve ser o pensar e o agir do fiel discípulo de Jesus.
Com 12 anos, tendo atingido a maturidade, Jesus vai com a família em peregrinação à Jerusalém para celebrar a Páscoa. Finda a festa, Ele permanece em Jerusalém. Os pais, preocupados com a ausência do Filho, voltam para procurá-lo. Depois de três dias, o encontram no templo, sentado entre os mestres da Lei, participando dos ensinamentos, deixando as pessoas maravilhadas com Sua sabedoria. Sua Mãe O surpreende: Filho, por que agiste assim conosco? Por que me procuravam? A resposta de Jesus é um anúncio de sua identidade: estar na casa do Pai. Ele foi enviado para realizar a vontade do Pai. Após o incidente, Jesus retorna com os pais à Nazaré e lhes era obediente e submisso, crescendo em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens.
A Sagrada Família de Nazaré cumpre sua missão e ilumina as relações entre pais e filhos, sendo modelo para todos os lares. Maria conservava no coração as palavras e os acontecimentos, acolhendo com fé o plano de amor do Pai que se revela no Filho. O Natal nos lembra o tema do Evangelho: Jesus veio cumprir o projeto de salvação que o Pai tem com os homens: constituir uma nova Aliança e conduzi-los a liberdade e a vida plena.
Ser família é viver o amor e a solidariedade entre os seus membros.  É suscitar a escuta da Palavra de Deus, seguindo, com confiança, Seus desígnios, a fim de aprender a ler Seus sinais.

Com amor tudo se resolve, seguindo o exemplo de José e Maria na defesa do lar.
O MUNDO NECESSITA DE MUITOS JOSÉS E MARIAS!