28º Domingo do Tempo Comum-13/10/2013
É NOSSO DEVER E SALVAÇÃO DAR-VOS GRAÇAS, Ó PAI SANTO e único Senhor da História!
SABER AGRADECER: ATITUDE DE FÉ.
Como fez o samaritano e um dos leprosos ao sentir-se curado:
voltar-se para DEUS.
Duas histórias de cura: O sírio Naamã, a
gratuidade e o gesto de amor, e os dez leprosos: a
GRATTIDÃO.
No MÊS DO ROSÁRIO e
das MISSÕES, Maria,
como a padroeira das missões e dos missionários, através dos mistérios da
redenção de Seu Filho, O Salvador, nos ensine a trilhar o caminho da santidade
e do amor, como seus filhos, nos tornando exemplos de vida e arautos da fé.
A liturgia nos mostra Jesus no Seu ministério que culmina em
Jerusalém, onde encontra e cura dez leprosos. Nos levíticos, os leprosos viviam
afastados e eram considerados impuros, por isso param distantes e exclamam: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós”! Jesus
os liberta da exclusão e,
reintegrados, retornam à vida normal que os tornam
aptos a participar do culto. Deus oferece a
salvação a todas, mas é necessário abrir o coração para acolher com fé o dom de
Deus manifestado a toda a humanidade.
1ªLeitura: 2Reis 5,14-17 Naamã voltou-se para do homem de Deus e fez sua
profissão de fé.
O profeta Eliseu era grande defensor da fé em Javé a quem o povo
buscava apoio e segurança. O texto apresenta a história de um leproso (o sírio
Naamã) que
procura o profeta Eliseu, desejando ser curado. Eliseu mandou que se banhasse
no rio Jordão e é curado. O relato mostra
que a salvação é dom de Deus à disposição das pessoas de fé: A CURA É OBRA DE DEUS. Naamã acreditou no verdadeiro Deus, exclamando,
“agora estou convencido de que só existe um Deus”: teu servo já não oferecerá holocausto ou sacrifício a outro deus,
mas somente ao DEUS de Israel. Não é
só curado da doença, mas descobre o Deus de Israel, transforma sua vida, tem
uma visão diferente do mundo e retorna para sua casa, comprometido com a grande
descoberta, convicto de que há um só Deus para todos os povos. Naamã crê no único Deus e expressa sua gratidão.
O nosso Deus é o Deus que oferece a vida a todos a quem ama como
filhos: tudo é dom de Deus e merece nossa
gratidão e amor.
Salmo Responsorial: O salmista canta
louvor ao Senhor que revela justiça aos
oprimidos. O senhor fez conhecer a salvação e às
nações revelou sua justiça.
2ª Leitura: 2Timóteo
2,8-13 Se com Cristo ficamos firmes, com ele
reinaremos.
Acolher de Deus o dom da fé é viver o amor e a entrega ao
serviço vida nova da ressurreição, seguindo os passos de Jesus e tornar-se Seu discípulo.
O texto coloca a vivência cristã como requisito
para a identificação com Cristo desde a cruz, “sofrendo até às algemas como se
fosse um malfeitor”,
na manifestação de Paulo que
deseja que cada um fortaleça
a missão em meio aos sofrimentos por causa do evangelho, numa
atitude confiante nos seus seguidores. Se morrermos com Cristo, viveremos; se formos firmes e fiéis,
reinaremos com Ele,
complementa
o Apóstolo dos gentios. Trata-se de uma exaltação a fé:
manter incólume a doutrina recebida de Jesus, dedicando-se ao
serviço do Evangelho.
A Palavra de Deus continua a transformar o mundo: Jesus deixou sua
marca e a cruz como o caminho libertador, sendo, para o mundo, fracasso.
Evangelho: Lucas, 17,11-19
Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a
não ser este estrangeiro.
O texto
lembra os leprosos sob vários aspectos. Dez são curados, não imediatamente,
como Naamâ, mas somente na promessa de sua apresentação aos sacerdotes. E a gratidão: só um, ao perceber-se curado, voltou glorificando a Deus,
atirando-se, grato, aos pés de Jesus, com o rosto por terra. Era um samaritano.
Os samaritanos,
por serem pagãos, eram desprezados pelos judeus. Gratuidade do agir
de Deus, sem distinção, gratidão por tudo o que Deus faz: tudo
é graça. Os leprosos,
por serem considerados impuros, rompendo a barreira que separam os puros dos
impuros, num clamor de esperança, gritam a Jesus: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós”! Imediatamente o amor
compassivo de Deus, dá-lhes nova vida para o convívio humano e social. Felizmente um deles “salva a pátria”: O herege estrangeiro reconhece
o dom gratuito da salvação revelado em Cristo, e demonstra sua gratidão. “Levanta-te e vai! Tua fé te
salvou”, é a recompensa de Jesus, sentindo a ausência dos outros nove. Eles representam a humanidade sofredora sobre quem Jesus derrama
seu amor e salvação.
Para Lucas, o fato de um ter voltado
para agradecer a Jesus e ser estrangeiro, significa a gratidão e o reconhecimento
pelo dom de Deus, acrescentando que os hereges, os marginais, os desprezados,
os que a teologia oficial considera à margem da salvação, estão ansiosos e atentos
aos dons de Deus e ávidos pela salvação. Não
somente ao “Povo Eleito”, “os escolhidos”, mas que a Igreja não subestime o
amor de Deus, mas saiba responder, com a gratidão e fé, ao povo, o faminto de
fé, lembrando que a proposta salvífica de Cristo se destina a todos os povos,
sem discriminação.
A presença do estrangeiro significa que a salvação veio para todos,
sem discriminação. A cura
não é uma mágica, mas um processo progressivo da caminhada do homem de fé, em
conversão: uma transformação do coração, movido
pela fé e persistência. Os
leprosos, no abandono, solidão e miséria,
formavam um grupo de amigos, atraindo
a condescendên cia de Jesus que, ao vê-los unidos
pelos sofrimentos, restituiu-lhes a dignidade de pessoas humanas no direito do
convívio familiar e social. No
mundo competitivo do império do mais poderoso e rico, o evangelho propõe uma
civilização de amor com o império da generosidade, doação, partilha e gratidão,
onde a família, a comunidade seja geradora de amor, gratuidade, amizade e paz.
Cabe ao bom cristão a resposta de gratidão e opção à proposta
de salvação de Deus: OS DISTANTES DE DEUS, OS HUMILDES, SÃO
OS PRIMEIROS A ABRIR SEU CORAÇÃO.
MARIA, A CO-REDENTORA,
DEU AO FILHO FORMA
ÇÃO DE HOMEM, FAZENDO-O SENSÍVEL E
ATENTO
AS
REAÇÕES H UMANAS. E
Ela, a autêntica Mãe, acompanhou-O no anonimato
ELE É O SINAL, A
MÃE APARECIDA,
DO MESSIAS ESPERADO.