24º
Domingo do Tempo Comum-15/09/2013
“ESTE MEU FILHO ESTAVA MORTO E TORNOU A VIVER!”
É DO AMOR MISERICORDIOSO QUE
BROTA O PERDÃO DE DEUS
Vivendo o mês da Bíblia: Ela nos ensina que o amor de Deus supera a fraqueza humana que, na
renuncia das benesses do mundo, abre seu coração para uma conversão sincera,
seguindo os desígnios e caminhos de
Deus, confiante em Sua misericórdia.
Celebramos a vitória da misericórdia e do amor de Deus que, em
Jesus Cristo, recupera nossa dignidade de filhos e a alegria do convívio familiar
e irmãos na fé. Que a graça do Senhor nos conceda a força da reconciliação e
amor para servi-LO de todo coração. &Que os ensinamentos de Jesus que comunica
Sua Palavra abram nosso coração, fazendo da Sagrada Escritura luz para nossas
boas obras de fé no exercício da caridade, seguindo os passos de Jesus.
As
parábolas apresentam a infidelidade dos homens: a
ovelha desgarrada e perdida, o filho que deixa seu pai, sua família para viver os
prazeres do mundo.

Jesus, nessas situações humanas, revela O Pai como
o pastor que salva a ovelha perdida, como a mulher feliz que recupera sua moeda,
como o pai que acolhe e festeja o regresso do filho, ou, ainda, como o Senhor
que ouve Moisés e não castiga nem abandone seu Povo até à Terra Prometida. Assim
é o Reino de Deus apresentado com realidades diferenciadas.
1ª Leitura: Êxodo 32,7-11.13-14 O Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer.
O texto mostra o compromisso de amor e de
comunhão estabelecido entre Deus e Israel: as alianças. Mostra,
também, a misericórdia de Deus apesar da infidelidade do Povo: “Vejo
que este é um povo de cabeça dura!”. Após a aliança no Sinai, esta atitude de
Deus vai se repetir ao longo da história da salvação, fazendo com que Seu amor
supere a vontade de punir o pecador para conduzi-lo ao caminho reto da Nova
Aliança.
Moisés sobe ao monte para receber as tábuas
da Lei, enquanto o Povo quebra os termos da aliança, desvia-se do caminho de
Deus e constrói um bezerro de ouro, atraindo a cólera de Deus. Com a intercessão de Moisés, Deus
surpreende e fala em tudo recomeçar com Moisés, como fez com Abraão. A essência da relação entre Deus e o Povo
escolhido é o amor gratuito apesar de seus pecados. À luz desta realidade
devemos ver Deus e Sua relação com todos nós.
O amor, a misericórdia infinita de Deus falam mais alto
que Sua vontade de castigar os desvios e infidelidades do Povo.
Salmo Responsorial: O salmista, confiando no amor de
Deus, pede-lhe perdão e misericórdia. Vou agora levantar-me e
volto à casa do meu Pai
2ª Leitura: 1Tmóteo 1,12-17 Cristo
veio ao mundo para salvar os pecadores.
Para Paulo tudo colabora para o bem dos que amam a Deus e que
sua conversão foi obra desse Amor: Cristo é o grande amor de Deus que transforma os pecadores em homens
Novos. No contexto Paulo instrui Timóteo, responsável pela Igreja de Éfeso,
como organização eclesial, de como trabalhar: (1) organização
da comunidade, (2) combate aos hereges e (3) a
vida cristã dos fiéis.
No texto, Paulo lembra grato a Deus, sua
vocação ministerial, não por seus méritos, mas pela misericórdia divina que
transformou sua vida de perseguidor para discípulo da Igreja de Cristo,
cumulando-o de graças, por isso reconhece, em Cristo, o salvador do mundo,
incluindo-se entre os pecadores. A partir de seu exemplo, convida os
homens a tomar consciência da bondade de Deus e a responder-lhe com amor e o
dom da vida.
Paulo, como protótipo, experimentou e testemunhou o amor que Deus oferece aos homens,
independente de seus pecados.
Evangelho: Lucas
15,1-32 Haverá no céu mais alegria por um pecador
convertido.
O texto
se refere a um Deus que ama todos os homens, especialmente os pecadores, os
excluídos, os marginalizados. A fé depende de uma decisão pessoal: resposta a um convite/chamado. Somos livres, lembrando que amor se
paga com amor. O filho mais velho, da parábola, parece um tanto distante desse
contexto,
como alguém que servia o pai como fiel empregado ou como alguém que
crê em Deus apenas como criador e não como Pai amoroso. O filho pródigo apresenta Deus como
um pai à espera do filho rebelde que abandonou seu lar, sua família e, quando o
avista, recebe-o de braços abertos e o acolhe em sua casa com uma grande festa
para celebrar o reencontro.
A catequese do capítulo 15 de Lucas se refere a Parábolas da
Misericórdia, do amor de Deus pelos pecadores. Jesus é o Deus que veio ao
encontro dos homens, oferecendo gestos concretos de salvação. O encontro da ovelha perdida que o pastor
leva em seus ombros, prova a alegria de Deus pelo retorno de um pecador convertido,
a alegria da mulher pela moeda encontrada, ilustra a preocupação e a
alegria de Deus pelo reencontro de quem se afastou da comunhão com Ele,
e o retorno à casa paterna do filho pródigo, apresenta um Pai (Deus) que vibra e o coração triunfa com
amor pelo filho, aconteça o que acontecer: ele
ama o filho rebelde. Os três episódios representam este gesto
de amor/perdão, contrapondo os inimigos de Jesus que não admitiam contato com pecadores,
muito menos sentar-se com eles na mesma mesa em sinal de comunhão.
O filho pródigo apresenta a lógica de Deus:
Ele respeita a decisão dos filhos, apesar
da busca pela felicidade por vias erradas. Ele continua a amar o rebelde, esperando ansiosamente seu retorno,
pronto e preparado para acolhê-lo com alegria e amor. A
base pontual das parábolas é a atitude de Jesus para com os pecadores,
mostrando que Deus não os rejeita nem os marginaliza:
ama-os com amor de Pai e, com alegria, vai a seu encontro e estabelece
laços familiares, abraçando-os com ternura e emoção. O
seu amor não é condicional: Ele ama, apesar do pecado e do afastamento do filho. Esse amor se manifesta e se revela na
festa do reencontro, apesar da inveja e ciúme do filho mais velho que Ele o
consola com reconhecimento pela sua dedicação.
O amor de Deus pelos pecadores deve nos estimular a entender
aqueles que vivem vida duvidosa ou nos ofendem: como é nossa tolerância e como os acolhemos?