quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Santa Mãe de Deus - 01/01/2012 – Ano B


POR MARIA,
DEUS NOS DÁ SUA GRAÇA E SUA BÊNÇÃO.
Dia Mundial da Paz   Deus santificou, em Maria, a maternidade. Seu Filho, tornando-se humano, vive a realidade íntima do ventre materno de Maria que, como ser humano, acolheu Deus, em Jesus Cristo. Demos graças a Deus por Maria que foi, no seio do povo de Israel, o caminho para o Salvador e que Ela conduza nossas comunidades cristãs como portadoras de Cristo, o salvador de Deus para o mundo. Assim, Jesus nasceu de uma mulher e, como todo ser humano, numa sociedade com suas leis e normas, sujeitou-se a ela.  Que a Palavra que se fez carne pela humanidade, renove em nós a esperança de vida abundante no convívio com o Pai no Reino a ser construído.
Ao celebrar a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, somos convidados a contemplar, na figura de Maria, aquela mulher que, com seu sim ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, como nosso libertador. Celebramos, também, por proposta do Papa Paulo VI o Dia Mundial da Paz, para neste dia rezar pela paz no nundo.  E, iniciando a caminhada do novo ano civil, peçamos as luzes do Espírito Santo para que, de mãos dadas com esse Deus que nos ama e a cada dia nos cumula de bênção e graças, nos oferecendo a vida em plenitude, sermos fiéis a nossa filiação Divina.
Primeira Leitura: Num 6,22-27
Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel. Eu os abençoarei.
Abençoar é uma maneira de comunicar vida, não é qualquer vida, mas a vida plena no Espírito Santo.  É bendizer alguém. O texto salienta a dimensão da presença de Deus em nossa caminhada, lembrando que sua bênção nos dá a vida em plenitude, na forma dita a Moisés: Fala a Aarão e aos seus filhos: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo: “O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.  “Quem invocar o meu nome sobre os filhos de Israel , Eu os abençoarei”.Nós também somos chamados a este encontro pessoal e a liturgia nos coloca diante de evocações diversas, todas importantes.
A mensagem acontece no Sinai, local da celebração da Aliança com o Povo, antes de iniciar o caminho para a terra Prometida. É uma fórmula utilizada no Templo para abençoar o povo, como despedida para suas casas, em celebrações litúrgicas, como dom de Deus.
O significado da bênção ao Israelita tem o sentido de lembrá-lo que, pronunciar três vezes o nome Jahwéh, é atualizar a aliança e suas promessas e que a vida recebida é dom do Deus da aliança e, a cada invocação, corresponde aos três pedidos (Bênção/Proteção, Graça e Paz - Shalom). Nós somos convidados a nos conscientizar dessa generosidade de Deus, que nunca nos abandona e continua sua ação criadora de amor e paz, o shalom , significando a felicidade plena.
Salmo Responsorial: Salmodiando, peçamos que o Senhor nos abençoe, que Cristo conduza nossos passos no caminho da paz e que seu nome seja reconhecido em toda a terra.
Segunda Leitura: Gálatas 4,4-7 Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher.
O texto evoca o amor de Deus ao enviar seu Filho ao encontro dos homens para libertá-los da escravidão da Lei, tornando-os seus filhos. É nessa situação de privilegiados filhos livres e amados que podemos nos dirigir a Deus e chamar-lhe “abbá”- Papai.
Paulo mostra que Jesus, ao assumir a natureza humana nos liberta, nos faz filhos e herdeiros de mesmo Pai. Sendo filhos do mesmo Pai, nos leva a viver a fraternidade como irmão em Cristo, com Cristo e por Cristo, como fizeram os pastores ao encontrar Maria, José e o Menino. Eles reconheceram o Messias e testemunharam o que viram, tornando-se sinais do anúncio da salvação e ”Todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com o que contavam”.
Paulo envia a mensagem à comunidade (dos gálatas) devido à influência do judaísmo farisaico que tentava ofuscar os ensinamentos de Cristo com os costumes reinantes de uma religião de práticas exteriores, distante da verdadeira prática cristã. Paulo salienta que a salvação é um dom de Deus e não conquista humana, acrescentando que ser cristão é ser livre e que só a ação de Cristo libertou os homens da escravidão da Lei.
Cabe, portanto, a cada um fazer sua escolha: pela escravidão ou pela liberdade e, finaliza Paulo: é uma estupidez experimentar a liberdade e voltar à escravidão, especialmente quando Deus nos chama de filhos no Filho. Esta proximidade libertadora e confiante que temos com Deus, nos faz proclamar como nosso Pai e que nos une a todos os homens.
Evangelho: Lucas 2,16-21
Encontraram Maria e José e o recém-nascido. E, oito dias depois, deram-lhe o nome de JesusSomos, também, chamados ao encontro pessoal com Jesus para que dele frutifique nosso ser e nosso agir, pois somos como “discípulos missionários, chamados a encarnar o Evangelho no coração do mundo”.
No texto, Maria, como mãe de Jesus, nos dá o exemplo de como ser testemunha de fé: “guardava tudo em seu coração”. Nela nos encontramos com Jesus, com o Pai e com o Espírito Santo, em consequência, com os irmãos. Que estes encontros tornem nossa vida frutuosa como portadores da Boa Nova ao mundo.
O texto mostra o projeto libertador de Deus que nos convida a louvá-LO por seu amor e a testemunhá-lo aos homens, trazendo aos pobres, marginalizados e excluídos, material e espiritualmente, a esperança de acesso à salvação e paz libertadora.  Lucas (continuando o texto da noite de Natal) apresenta uma catequese que mostra aos cristãos quem é esse menino e a missão de que foi investido por Deus. Nesta catequese fica bem claro que Jesus é o Messias libertador, enviado a trazer a paz e a resposta que Deus espera dos homens para atingircentro do tempo salvífico.
Jesus é o Deus que salva e o fato da boa notícia ser levada aos pastores (classe marginalizada) significa que a proposta de Jesus se destina, de forma especial, aos pobres e marginalizados, os excluídos pela teologia oficial dos fariseus que os condenava. A voz do alto é de que Deus os ama, conta com eles e que os convoca para fazer parte da sua família.
A resposta à boa nova é imediatamente ecoada pelos pastores que glorificam e louvam a Deus pelo que viram e ouviram como algo espetacular que merece ser compartilhado e que mais pessoas possam participar da mesma experiência. Essa é nossa missão como verdadeiros discípulos missionários. É o fio condutor da história da salvação, sendo Maria a chave guia inseparável.

"DONDE ME VEM ESTA HONRA DE VIR A MIM
 A MÃE DO MEU SENHOR?"
Pelo e-mail, wlimar@yahoo.com.br
faça uma avaliação, dando sua sugestão sobre o Blog.