25º Domingo do Tempo Comum-22/09/20123
“JESUS NOS ORIENTA A INVESTIR NOS VALORES DO
REINO DE DEUS”
E ADORAR E SERVIR SOMENTE A DEUS.
Não Podeis Servir A Deus e as riquezas. Os Bens materiais servem a Deus
se usados para promover a vida e criar convivência fraterna.
O Criador deseja que sejamos
criativos nos bens que nos confiou, fazendo bom uso das riquezas em prol dos pobres
e necessitados e, assim, colher os frutos que nos tornam partícipes do Seu Reino. O cristão é chamado a investir com sabedoria os bens
materiais para adquirir o tesouro no Céu. Cristo alerta para o perigo das
riquezas: a falta de esperança nono Bem, que é
Deus, é o apelo para os bens materiais que gera fama.
O Cristão, no uso dos bens, abraça a
sabedoria de Deus, o caminho para a vida plena, e rejeita o caminho do mundo, o
caminho do orgulho, da vaidade e dovpoder.
O MÊS DA&BÍBLIA: LEITURA ORANTE
& Ler a Bíblia é abrir uma janela que mostra o passado das pessoas e
o que nos pode acontecer no presente. A Leitura Orante da Bíblia é como a chuva
mansa que vai fecundando o terreno: o
coração. O diálogo
com Deus, meditando sua Palavra, cresce como árvore plantada à beira de um rio.
O leitor não vê o crescimento, mas percebe o resultado no encontro renovado
consigo, com Deus e com os outros.
“É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa, Tua Palavra é
assim; não passa por mim sem deixar um sinal”.
Praticar a Leitura Orante não é interpretar a Bíblia, mas
interpretar a vida: Quem somos e para onde vamos. Não é só conhecer
seu conteúdo, mas, na Palavra escrita, descobrir, assumir e celebrar a Palavra
viva de Deus que nos fala e mexe na nossa vida, na vida do povo, na realidade
do mundo. Crescer na fé e, como o profeta Elias, experimentar, cada vez mais,
que “vivo é o Senhor, em cuja presença eu estou!”
A
Bíblia: a manifestação da Palavra de Deus, em linguagem humana, como o mistério
do verbo ao assumir a natureza humana com toda sua fragilidade. A Palavra da
Escritura, voz Divina, se faz semelhante aos homens.
1ª Leitura: Amós 8,4-7 Contra aqueles que dominam os pobres com dinheiro.
Amós (o
profeta da justiça social) denuncia a exploração dos pobres pela
injustiça praticada conta eles que são a pupilas dos olhos de Deus. Na
época, a prosperidade e o bem-estar dos ricos contrastavam
com a miséria e o sofrimentos
das classes exploradas. Deus
defende os pobres contra os comerciantes sem escrúpulos e gananciosos pelo uso
de pesos e medidas falsas: crime
contra o irmão é crime contra Deus. Esta tentação de exploração dos pobres pelos ricos e poderosos,
está muito presente na história no Brasil: Quem
tem, quer possuir mais. Não devemos ser escravos da riqueza,
mas fazer bom uso dela pelo bem das pessoas, família e comunidades.
Amós avisa: Deus não protege quem, por causa da obsessão do lucro, escraviza
os irmãos. A exploração e a injustiça não passam em claro aos olhos de Deus.
Salmo Responsorial: O salmista pede ao pobre
louvor ao Senhor e tenha fé: Louvai o Senhor que eleva os pobres!
2ª Leitura: 1Timóteo,2,1-8
Façam orações a Deus por todos os homens: Deus deseja a salvação de todos.
No texto, Paulo instrui Timóteo sobre a oração litúrgica: recomenda oração universal pelos
governantes para que sejam honestos em seus mandatos, sem exploração e em favor
dos necessitados, promovendo o bem comum, e agradecer a Deus o bem que se
realiza através das riquezas: Isto é bom e agradável a Deus.
Ele
deseja a salvação de todos, por isso Jesus Cristo, o único mediador entre Deus
e os homens, como homem, entregou-se em resgate por todos. A oração universal
apóia-se na unicidade de Deus criador de todos e pela mediação universal de
Cristo no projeto de salvação. Pede, finalmente, que todos os homens rezem de mãos erguidas,
santas e sem ira. Para
Mateus: se fores apresentar uma oferta sobre o
altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa
lá a tua oferta diante do altar e vai, primeiro, reconciliar-te com o teu
irmão, depois volta, para apresentar a tua oferta”.
Para falar com Deus, a oração deve ter a expressão de comunhão e de solidariedade
cristã com os irmãos do mundo inteiro, vendo a vida com os olhos de Deus.
Evangelho: Lucas 16,1-13 Vós
não podeis servir a Deus e as riquezas.
Os pobres e
humildes são a pupila dos olhos do Senhor. O texto apresenta a parábola do
administrador astuto, esperto. Jesus mostra aos discípulos o exemplo do homem que
usou os bens deste mundo para lhe garantir vida fácil e duradoura, mas, ao
perceber que eram efêmeros e precários, criou artifício para sua sobrevivência. A caminho de Jerusalém Jesus se dirige aos discípulos,
esquecendo os fariseus e doutores da lei, para apresentar um fato da vida real
para mostrar os artifícios que os homens utilizam diante dos bens deste mundo: A
sábia utilização dos bens e valores em benefício próprio, onde a experiência pontual do patrão
vence a ganância do mau administrador.
O espertalhão, chamado a prestar contas e ser despedido,
preocupa-se em assegurar seu futuro, dividindo com os devedores do patrão, a
redução de suas dívidas, supondo que os beneficiados o retribuíssem com a generosidade
a diminuição de seus débitos. Jesus
enaltece a esperteza desse tipo de mau administrador, mas deixa seu recado: “Os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da
luz”, acrescenta:
“Qum é
fiel no pouco é também fiel nas grandes coisas e quem é injusto nas pequenas também
é injusto nas grandes”, concluindo: “Ninguém pode servir a dois senhores,
ou odiará um ou amará o outro”, “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Os discípulos são convidados a fazer
opção entre o mundo do egoísmo, do interesse mesquinho, de exploração, da injustiça
e o mundo do amor, da doação, da partilha, da fraternidade: Dinheiro
X Deus e o Reino.
Do texto se conclui que o mundo
decidiu que o dinheiro é o deus fundamental: o resto é sem importância, desde
que a conta bancária seja fortalecida. Por dividendos se sacrifica a dignidade,
iniciando pela família e amigos e até se venda a própria consciência, vendendo
droga ou matando o próprio irmão. Jesus alerta os discípulos que ser
obsessivo
pelo “deus dinheiro” é seguir o caminho da perdição, da vaidade, do
poder e do orgulho que nos afasta de Deus e dos irmãos. É preciso saber no que
devemos apostar e que é mais importante: os valores do Reino ou o dinheiro? O que nos torna livres, mais humanos
e mais felizes: a escravidão dos bens ou o amor e a
partilha com o irmão? Não significa que o dinheiro seja algo
desprezível, imoral, para dele fugir a todo o custo. Ele é imprescindível em
nossa vida, desde que utilizado racional e moralmente, sem ganância e para o
bem viver sem esclusão.
NA COMUNIDADE CRISTÃ, A ÚNICA GRANDEZA É A HUMILDADE E A
SIMPLICIDADE, É FAZER DA VIDA UM SERVIÇO DE AMOR. NELA NÃO PODE EXISTIR PRIVILEGIADO,
MAS IRMÃOS.