“EIS MEU FILHO MUITO AMADO, ESCUTAI-O TODOS VÓS!”
No tempo de Quaresma a Igreja, pela Campanha da Fraternidade, nos convida a escutar o clamor dos sofredores, causado pela precariedade da saúde pública no Brasil. A nossa conversão depende da obediência à voz de Deus e da Igreja, que nos chama a lutar contra o mal que destrói e mata a vida, tirando os meios necessários à saúde. ►O cristão consciente vive na alegre esperança de ver um dia a face resplandecente de nosso Deus brilhar num mundo sem dor, sem sofrimento e saúde para todos.Nesse Domingo da transfiguração do Senhor, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova. O caminho é a escuta atenta da voz do Pai e seus projetos, em obediência total e radical ao seu plano de salvação. Por isso, subir a montanha com Jesus e os três discípulos, é fazer a experiência de Sua intimidade, sentir Sua glória e escuta de Sua palavra. ►É celebrar a páscoa que acontece em todas as pessoas, grupos e comunidade que descobre o rosto transfigurado do Pai nos rostos desfigurados dos pobres e sofredores.
Primeira Leitura: Gênesis 22,1-2.9a.10-13.15-18-O sacrifício do nosso Patriarca Abraão
A vida de Abraão se torna dramática quando Jahwéh pede-lhe em holocausto Isaac seu único e herdeiro filho da promessa e da garantia de descendência na terra prometida objeto de sua peregrinação, parecendo que Deus relutava de sua promessa. Não! Seria absurda uma exigência que negasse a história da salvação. Deus não destruiria um sonho que Ele ajudou a criar. Abraão simplesmente confia: “Aqui estou” e sem discutir e argumentar põe-se a caminho. No “monte do sacrifício”, vítima no altar e a faça em punho, como sinal de extrema obediência. ►A prova à vontade Divina é conclusiva: ele teme a Deus. Sua recompensa é gerar plenitude de vida e bênçãos divinas para todas as nações da terra, iniciando por Isaac.
Responsório: O Salmista confia no Deus da libertação em meio à adversidade. O justo confia no Senhor que liberta os pobres e necessitados.
Evangelho: Marcos 9, 2-10 Este é o meu Filho muito amado!
O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Os discípulos Pedro, Tiago e João sentem na carne a experiência mística e antecipada da ressurreição, sem entender seu significado. Moisés e Elias, conversando com o Salvador, mostram que Jesus aponta para o projeto da lei e dos profetas à luz do Êxodo. Moisés e Elias revelam a realidade trazida pelo Messias: O Cristo vitorioso é o Filho amado do Pai que deve ser ouvido.. A ressurreição é o sinal da vitória: do desfigurado para o glorioso. ►As comunidades cristãs devem refletir o sinal dessa transfiguração e anunciar um mundo novo como antecipação da ressurreição final. Transfigurar-se é a transformação do velho para o novo homem.O texto tem suas mensagens e simbolismos: 1) a montanha como lugar de retiro, oração; 2) as vestes brancas como transformação pessoal; 3) as tendas como sinal da presença de Deus; 4) a nuvem como presença de Deus ou como a escuridão da vida; 5) a VOZ como a palavra de Deus; 6) Moisés e Elias como as figuras símbolos do antigo testamento; e 7) o rosto resplandecente como o gozo na glória de Deus.. ► A transfiguração de Jesus é, portanto, o prenúncio da glória que há de vir: a Pátria Celeste. É preciso descer o monte, assumir o batismo, a filiação e enfrentar os conflitos que nos esperam com dedicação.
A transfiguração antecede ao primeiro anúncio da paixão quando Jesus pede que cada um tome sua cruz e o siga, deixando os discípulos frustrados que vislumbram cruz e não vitória. A morte na cruz, substituindo honra e glória. A mensagem quer revelar quem é Jesus. O episódio serve de ânimo aos discípulos que percebem que o anúncio de Jesus procede de Deus. A transfiguração é, portanto, uma manifestação Divina como catequese subliminar do plano de Deus através do Filho amado. Ele é o Filho de Deus que se fez Homem pelos homens. ►Pedro resume o espírito que transforma o ânimo dos discípulos: Mestre é bom estar aqui! Jesus ordena silêncio até Sua vitória final, a Ressurreição.A transfiguração de Jesus nos grita, do alto daquele monte: não desanimeis, pois a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim.
A religião não é um ópio que nos adormece, mas um compromisso com Deus, que se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens.
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