BEM-AVENTURADS OS QUE CRERAM SEM TER VISTO!
Domingo da Divina Misericórdia
A liturgia deste domingo apresenta comunidades de Homens Novos, nascidos da cruz e da ressurreição de Jesus: A IGREJA. Sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova, fruto da ressurreição. “Não morrereis, mas, ao contrário, vivereis para cantar as grandes obras do Senhor”. O Senhor nos liberta do pecado e da morte, convidando-nos a uma vida plena. No exemplo das primeiras comunidades cristãs, na fé de Pedro e falta de fé de Tomé, a Palavra do Senhor nos faz refletir sobre nossa fé e vida. A comunidade, local onde Deus acontece, transforma o nosso ser. As leituras são ricas, como nos Atos que nos faz refletir como resgatar o espírito de unidade e de comunhão, mostrando a comunhão fraterna nas comunidades de fé, onde a “fração do pão” refletia o espírito de união e oração entre os irmãos.
Nossas Igrejas devem ser lugar de partilha, de respeito e valorização das pessoas, como seres humanos, e de crescimento espiritual e pessoal, lembrando o espírito familiar. O caminho é longo e necessário para atingir a plenitude da conversão. É um desafio mostrar ao mundo a beleza e a alegria de seguir Cristo, como viviam os primeiros cristãos, exigindo convicção e firmeza de fé, na alegria e na esperança do amor de Deus. Os textos enfatizam que a ressurreição imprimia nos discípulos do Mestre, o medo e a dúvida além da alegria, a paz e a reconciliação trazida pela manifestação do Senhor Ressuscitada, como, “a paz esteja convosco!”, “não temas!”
Primeira Leitura: Atos 2,42-47
Primeira Leitura: Atos 2,42-47
O texto apresenta o protótipo ideal da igreja cristã, uma comunidade fraterna, desejosa em conhecer Jesus e sua proposta de salvação, que se reúne para louvar o Senhor, na oração e na Eucaristia, vivendo a partilha, a doação e o serviço, com gestos concretos, mostrando que a salvação proposta veio para todos os homens. Ao descrever a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos e apresentar o discurso de Pedro, resumindo o testemunho dos primeiros discípulos sobre Jesus, Lucas apresenta o resultado dessa pregação com adesão de uma multidão (três mil) que se juntaram aos discípulos, nascendo a comunidade cristã de Jerusalém. É a primavera Igreja de Jesus Cristo, dando os primeiros passos desde Jerusalém a Roma.
O texto apresenta aspectos fundamentais da nova comunidade, destacando a unidade de vida implantada, como a partilha de bens e o testemunho de vida. Neste contexto, Lucas recorda o essencial da experiência cristã e destaca a identidade de uma comunidade: um grupo de irmão, que vive a comunhão fraterna e, identificados com Cristo, no exemplo, cativam os participantes, como membro do Corpo de Cristo. Simplificando, não existe comunidade cristã sem união (com Cristo e os irmãos) e dedicação, fundamentada na fração do pão e na oração. O ter em comum é a capacidade de “estender a mão” ao necessitado, sem egoísmo e com humildade. É compromisso com o amor, a partilha e o dom da vida. É como uma família com proposta de vida que celebra a fé.
Salmo Responsorial - Dai graças ao Senhor porque Ele é bom, eterna é a sua misericórdia.
Segunda Leitura: - 1 Pedro 1,3-9
O texto lembra às comunidades cristãs sua identidade com Cristo no amor a Deus e aos homens, seus irmãos. Por isso, são convidadas a percorrer a vida com a esperança da salvação definitiva, apesar das dificuldades e da hostilidade do mundo. Os destinatários são comunidades cristãs, humildes e pobres das zonas rurais da Ásia Menor, pequenos proprietários e camponeses/pastores que vivem em aldeias, cultivando propriedades das classes dominantes, por isso, vulneráveis a um ambiente hostil para o cristianismo. O autor da carta conhece as provações sofridas pelos cristãos, exortando-os a fidelidade na fé, espelhando-se nos sofrimentos de Cristo até a vitória sobre a morte.
A leitura nos propõe dar graças pelo batismo que nos identifica com Cristo para uma vida plena, sabendo que a caminhada é de sofrimentos, de provações e de perseguições que servem como um “passaporte” de fé ao discípulo fiel. A recompensa, pela ação do Espírito Santo, é a purificação pelo fogo, a exemplo do ouro para chegar a seu esplendor.
Assim proposto, nossa vida se identifica com a de Cristo -na obediência ao Pai e na entrega aos irmãos-caminho que conduz à ressurreição. Na lógica do mundo, servir e dar a vida são sinais de fraqueza de perdedor, contrariando a lógica de Deus que a vida plena resulta do amor que se faz dom, percorrendo a nossa vida com esperança e fé na salvação definitiva.
Evangelho: João 20,19-31
Salmo Responsorial - Dai graças ao Senhor porque Ele é bom, eterna é a sua misericórdia.
Segunda Leitura: - 1 Pedro 1,3-9
O texto lembra às comunidades cristãs sua identidade com Cristo no amor a Deus e aos homens, seus irmãos. Por isso, são convidadas a percorrer a vida com a esperança da salvação definitiva, apesar das dificuldades e da hostilidade do mundo. Os destinatários são comunidades cristãs, humildes e pobres das zonas rurais da Ásia Menor, pequenos proprietários e camponeses/pastores que vivem em aldeias, cultivando propriedades das classes dominantes, por isso, vulneráveis a um ambiente hostil para o cristianismo. O autor da carta conhece as provações sofridas pelos cristãos, exortando-os a fidelidade na fé, espelhando-se nos sofrimentos de Cristo até a vitória sobre a morte.
A leitura nos propõe dar graças pelo batismo que nos identifica com Cristo para uma vida plena, sabendo que a caminhada é de sofrimentos, de provações e de perseguições que servem como um “passaporte” de fé ao discípulo fiel. A recompensa, pela ação do Espírito Santo, é a purificação pelo fogo, a exemplo do ouro para chegar a seu esplendor.
Assim proposto, nossa vida se identifica com a de Cristo -na obediência ao Pai e na entrega aos irmãos-caminho que conduz à ressurreição. Na lógica do mundo, servir e dar a vida são sinais de fraqueza de perdedor, contrariando a lógica de Deus que a vida plena resulta do amor que se faz dom, percorrendo a nossa vida com esperança e fé na salvação definitiva.
Evangelho: João 20,19-31
O Evangelho apresenta os discípulos reunidos no cenáculo, em Jerusalém, cercados por um ambiente hostil. O texto reafirma Jesus, vivo e ressuscitado, como o centro da comunidade cristã e, em torno dela, os discípulos se estruturam e recebem a vida nova que os anima a enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida comunitária, pela sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho, que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo, como sinal da Nova Aliança.O Evangelho narra a aparição de Jesus aos discípulos, refugiados no cenáculo, por medo dos judeus, a fim de lhes outorgar uma grande missão. Jesus assume-Se como fator de unidade, como a videira para seus ramos. Ele é o início e o fim e, identificando-se pelos sinais de seu amor, sinais dos sofrimentos, transmite-lhes a paz desejada, o Shalon da confiança, “soprando” sobre eles. Com este “sopro” Jesus lhes dá vida nova, fazendo deles homens novos pelo Espírito, a vida de Deus. É este Espírito que anima a Igreja de Jesus.
Tomé representa os que vivem fechados em si mesmos, que não crê na boa notícia da comunidade nem percebe os sinais de vida nova que nela se manifesta, pelo contrário, “deseja ver para crer”. No domingo seguinte, Dia do Senhor, presente na celebração eucarística, Tomé tem seu encontro com o Amor, fazendo sua experiência e a repreensão do Senhor: “Porque Me viste acreditaste: Felizes os que acreditam sem terem visto”. No ”Meu Senhor e meu Deus!” – Tomé se reabilita.
Assim, as comunidades cristãs giram em torno do Ressuscitado, sendo no ESPÍRITO que se constroem, recebendo d’Ele a paz, sabendo que sem Ele são incapazes de uma vida em plenitude: sem Ele, somos um rebanho sem Pastor, divididos, sem horizonte. É nos gestos de amor, de partilha, de serviço, de fraternidade, que a comunidade encontra Jesus vivo, a transformar e a renovar o mundo em que vivemos.
Assim, as comunidades cristãs giram em torno do Ressuscitado, sendo no ESPÍRITO que se constroem, recebendo d’Ele a paz, sabendo que sem Ele são incapazes de uma vida em plenitude: sem Ele, somos um rebanho sem Pastor, divididos, sem horizonte. É nos gestos de amor, de partilha, de serviço, de fraternidade, que a comunidade encontra Jesus vivo, a transformar e a renovar o mundo em que vivemos.
Que a Paz do Senhor esteja com todos nós!