26º Domingo do Tempo Comum-29/09/2013
O CAMINHO PARA DEUS PASSA PELA ESCUTA DA PALAVRA E PELO SERVIÇO AOS IRMÃOS.
BÍBLIA – O DIVINO
NO HUMANO.
A GANÂNCIA NOS DEIXA DE CORAÇÃO VAZIO
Escritura: Fonte de fé e inspiração divina para
a vida cristã, onde encontramos a bondade de Deus que nos ensina a amar e a
perdoar como prática da correção fraterna. A Bíblia: Livro inspirado por Deus com 73
livros (46 do
antigo e 27 do novo testamento). De fácil acesso aos fiéis, a Palavra
de Deus tornou-se o caminho, a verdade e
a vida, criando o espírito de Deus que nos torna MISSIONÁRIOS.
A liturgia deste domingo mostra que os amigos de Deus são compassivos
e solidários com os sofredores e os convida a amar os pobres, seguindo os
ensinamentos dos profetas. Os
textos propõem uma reflexão sobre nossa relação com os bens deste mundo e a
vê-los não como algo exclusiva, mas como dons de Deus em nossas mãos a serem administrados
e partilhados com gratuidade e amor para todo.
1ª Leitura: Amós 6,1a.4-7 Agora o bando dos gozadores será desfeito.
Seu projeto para o bem dos homens e do mundo. Alerta os poderosos que se sentem seguros em suas riquezas, como se fossem
os privilegiados, mas a mão de Deus pesa contra eles por causa do sofrimento e
a miséria dos humildes: “A ganância e a prepotência estão a minha frente”, pois, O necessário para a sobrevivência do pobre eles gastam em orgias.
O quadro pintado não foge à
realidade de nossos dias, infelizmente.
Deus rejeita ganância dos poderosos à
custa do sangue e lágrimas dos pobres: o castigo virá.
Salmo Responsorial: O
salmista proclama a fidelidade do Senhor, defensor dos oprimidos e alimento dos
famintos. Bendize,
minha alma, e louva o Senhor!
2ª Leitura: 1Tim
6,11-16 Guarda o teu mandato até à manifestação gloriosa do
Senhor.
Deus Santo, Deus forte, Deus imortal, a Ele a Glória e
poder universal, Solene doxologia paulina.
Evangelho: Lucas 16,19-31 O Rico abusou dos bens e Lázaro a miséria: agora
ele encontra consolo e o rico o tormento.
O texto narra a história de um
pobre de nome Lázaro (em
hebraico: Deus o ajudou)
homem faminto e doente, abandonado como um cão sem dono, a quem lhe negavam até os restos
da mesa dos ricos à margem da Boa Nova proclamada por Cristo. O rico, que vive luxuosamente fazendo banquetes orgias aos amigos, é
insensível ao sofrimento do pobre faminto que clama por justiça. Jesus apresenta o rico e o Lázaro como uma catequese sobre a
posse e a destinação dos bens. Para Lucas,
a riqueza é sempre uma apropriação em benefício próprio, de dons de Deus que se
destinam a todos, por isso: Com a morte dos dois, rico é condenado
e Lázaro recompensado.
A história não faz referência às
qualidades de Lázaro ou aos defeitos do Rico, se
praticantes ou não da vida religiosa, tão somente alude à RIQUEZA e à POBREZA. Numa visão subjetiva, mas pontual, o enredo nos intriga e
questiona. Na parábola do jovem rico, Jesus e taxativo: “... é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma
agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mateus
19,24). Nosso olhar
deve se voltar à destinação dos bens, dons de Deus à disposição de seus filhos,
não ao egoísmo de uma minoria privilegiada que se locupleta da generosidade e
bondade de Deus em prejuízo dos legítimos destinatários.
Os ricos eram meros administradores que, muitas vezes, faziam-se surdos às interpelações
da Palavra de Deus (Moisés
e os Profetas).
Dados: ¼ da humanidade detêm 80% dos recursos disponíveis do planeta. O
restante deve se contentar com o resto, sendo que o desperdício mataria a fone
dos famintos.
“É melhor ser jogado no fundo do mar
que
roubar ou desviar o alimento que sacia os famintos”