26º Domingo do Tempo Comum-29/09/2013
O CAMINHO PARA DEUS PASSA PELA ESCUTA DA PALAVRA E PELO SERVIÇO AOS IRMÃOS.
BÍBLIA – O DIVINO
NO HUMANO.
A GANÂNCIA NOS DEIXA DE CORAÇÃO VAZIO
Dia Nacional da
Bíblia O Livro
Sagrado, sinal da revelação Divina, é o grande tesouro e caminho dos cristãos e
da Igreja de Cristo. Sua palavra é luz para nossos passos e conforto que nos
conduz à Vida. A Palavra de Deus é alimento para o
coração, guia do povo para um mundo irmão. Memória e história dos povos que buscam
fazer mundo novo.
Dia Nacional da Bíblia, homenageia São Jerônimo, eremita e monge (347-420): mestre e amante da Sagrada Escritura. Como secretário do Papa Dâmaso I,
traduziu a Bíblia do hebraico e aramaico para o latim, um livro oficial, com texto
popular e acessível, a “VULGATA”, referência para toda a Igreja. Sagrada
Escritura: Fonte de fé e inspiração divina para
a vida cristã, onde encontramos a bondade de Deus que nos ensina a amar e a
perdoar como prática da correção fraterna. A Bíblia: Livro inspirado por Deus com 73
livros (46 do
antigo e 27 do novo testamento). De fácil acesso aos fiéis, a Palavra
de Deus tornou-se o caminho, a verdade e
a vida, criando o espírito de Deus que nos torna MISSIONÁRIOS.
A liturgia deste domingo mostra que os amigos de Deus são compassivos
e solidários com os sofredores e os convida a amar os pobres, seguindo os
ensinamentos dos profetas. Os
textos propõem uma reflexão sobre nossa relação com os bens deste mundo e a
vê-los não como algo exclusiva, mas como dons de Deus em nossas mãos a serem administrados
e partilhados com gratuidade e amor para todo.
1ª Leitura: Amós 6,1a.4-7 Agora o bando dos gozadores será desfeito.
O Profeta se
dirige à classe dominante. Amós mostra que, na
prosperidade do país, havia paz, bem-estar e segurança, porém os ricos se
apossaram dos bens e viviam no luxo e orgia enquanto os pobres eram desprezados
e espoliados. O profeta
anuncia que Deus rejeita e castiga esta situação, por causa do egoísmo e injustiça
contrários ao 
Seu projeto para o bem dos homens e do mundo. Alerta os poderosos que se sentem seguros em suas riquezas, como se fossem
os privilegiados, mas a mão de Deus pesa contra eles por causa do sofrimento e
a miséria dos humildes: “A ganância e a prepotência estão a minha frente”, pois, O necessário para a sobrevivência do pobre eles gastam em orgias.
O quadro pintado não foge à
realidade de nossos dias, infelizmente.
Deus rejeita ganância dos poderosos à
custa do sangue e lágrimas dos pobres: o castigo virá.
Salmo Responsorial: O
salmista proclama a fidelidade do Senhor, defensor dos oprimidos e alimento dos
famintos. Bendize,
minha alma, e louva o Senhor!
2ª Leitura: 1Tim
6,11-16 Guarda o teu mandato até à manifestação gloriosa do
Senhor.
O
texto traça o perfil do homem de Deus: AQUELE QUE
AMA O IRMÃO, É PACIENTE, GENEROSO E JUSTO, E TRANSMITE FIELMENTE A PROPOSTA
DE JESUS. Alguém que não vive só para si: PARTILHA. Ser
vigilante no caminho da fé e do amor é manifestar a glória do Senhor pela força
do Espírito Santo. No
contexto, Paulo se preocupa com
os falsos mestres que desviam os cristãos da
verdadeira doutrina. Por
isso SEU ENTUSIASMO com os que vestem com orgulho a “camisa” do Senhor: “Não te envergonhes de testemunhar Jesus Cristo, mas sofre
comigo (Paulo) o evangelho pelo poder de Deus”, concluindo:
O traço que define o verdadeiro cristão
é seu entusiasmo, sua fé e amor aos irmãos, em Cristo.
Deus Santo, Deus forte, Deus imortal, a Ele a Glória e
poder universal, Solene doxologia paulina.
Evangelho: Lucas 16,19-31 O Rico abusou dos bens e Lázaro a miséria: agora
ele encontra consolo e o rico o tormento.
O texto narra a história de um
pobre de nome Lázaro (em
hebraico: Deus o ajudou)
homem faminto e doente, abandonado como um cão sem dono, a quem lhe negavam até os restos
da mesa dos ricos à margem da Boa Nova proclamada por Cristo. O rico, que vive luxuosamente fazendo banquetes orgias aos amigos, é
insensível ao sofrimento do pobre faminto que clama por justiça. Jesus apresenta o rico e o Lázaro como uma catequese sobre a
posse e a destinação dos bens. Para Lucas,
a riqueza é sempre uma apropriação em benefício próprio, de dons de Deus que se
destinam a todos, por isso: Com a morte dos dois, rico é condenado
e Lázaro recompensado.
A história não faz referência às
qualidades de Lázaro ou aos defeitos do Rico, se
praticantes ou não da vida religiosa, tão somente alude à RIQUEZA e à POBREZA. Numa visão subjetiva, mas pontual, o enredo nos intriga e
questiona. Na parábola do jovem rico, Jesus e taxativo:
“... é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma
agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mateus
19,24). Nosso olhar
deve se voltar à destinação dos bens, dons de Deus à disposição de seus filhos,
não ao egoísmo de uma minoria privilegiada que se locupleta da generosidade e
bondade de Deus em prejuízo dos legítimos destinatários.
Os ricos eram meros administradores que, muitas vezes, faziam-se surdos às interpelações
da Palavra de Deus (Moisés
e os Profetas).
O objetivo do relato é mostrar que o projeto de Deus é o da fraternidade, amor e partilha e sem egoísmo. A
recusa é a condenação. O rico, que ficou cego ao apelo
divino, após a morte, veio implorar a Abraão o socorro de Lázaro:
“Pai Abraão tem piedade mim
e envia Lázaro para refrescar minha língua!” Resposta
de Abraão: cada um
está recebendo definitivamente sua recompensa. E meus irmãos Pai Abraão? “Els têm Moises e os profetas, que os escutem. Dificilmente
vão acreditar em alguém que já morreu”!
Dados: ¼ da humanidade detêm 80% dos recursos disponíveis do planeta. O
restante deve se contentar com o resto, sendo que o desperdício mataria a fone
dos famintos.
“É melhor ser jogado no fundo do mar
que
roubar ou desviar o alimento que sacia os famintos”
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