sábado, 16 de fevereiro de 2013


Domingo da Quaresma - 24/02/2013
ESTE É MEU FILHO, O ESCOLHIDO. ESCUTAI O QUE ELE DIZ!(Lucas 9,35) 
A Liturgia nos apresenta a transfiguração de Jesus diante de seus discípulos e o convite do Pai a acolher o que seu Filho Amado tem a dizer. A Campanha da Fraternidade com o tema “Eis-me aqui, envia-me!”, mostra a responsabilidade da Igreja em defender e promover a vida. Com esta nova cultura desafiadora, ela é chamada a se posicionar, anunciar e a denunciar, com motivação e responsabilidade, a divulgação da justiça, doa a quem doer, lembrando que quaresma é tempo de conversão e de renovação.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSH8rhnu_FXrjHAWsRVxy59IUMjgLQT2d0LRbfNoUvZEkWhvF6ABgNo Domingo da transfiguração do Senhor, a Palavra de Deus define o caminho do verdadeiro discípulo. O caminho é a escuta atenta à voz do Pai seguindo seu plano de salvação. Por isso, subir a montanha com Jesus é fazer a experiência de Sua intimidade, sentir Sua glória e a escuta de Sua Palavra. A transfiguração nos ensina a valorizar os momentos “de Tabor”, que são os momentos de paz, de reflexão, de oração. http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR5z8KiEC1IXzRMcx7_dZ2xQ79uuVqd9zcWDcOlv_lC-I-dXF8eFgViver na fé é fazer a experiência “de Calvário”. Teremos dificuldade de suportar os espinhos da vida, contando somente com nossas próprias forças. A oração, a Palavra de Deus, a meditação é o caminho que nos eleva ao alto, como fizeram os três discípulos, seguindo Jesus. A Liturgia nos convida a ouvir a voz brotada das nuvens: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutem o que ele diz!” Ouvir é o caminho para vencer os Calvários da vida. O caminho para descer e “lavar os pés” dos irmãos, é subir o Monte Tabor e ser transfigurado com e como o Senhor.
Primeira Leitura: Gênesis 15,5-12.17-18 Deus fez Aliança com Abraão, homem de fé.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTKBa318QPG2GcEVG2i7oTo34wajtlFkwwzMf7C-Z7otVC8FNvX Deus faz uma aliança com Abraão e seus filhos, prometendo-lhe uma descendência tão numerosa quanto às estrelas do céu. A promessa da terra orienta Abraão a seguir o caminho da fé obediente, mantendo a esperança no Deus da aliança, como fidelidade a sua palavra. Com razão Abraão simboliza o protótipo da fé inabalável, ao aceitar o plano de Deus, significando que ele teve uma atitude correte em sua relação com Jahwéh. http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSKlyrmDfd1QHiA_OxcD8nJwwuTk-SFLYx25zaMlqiRNHErEtMkEgDois temas vitais para o Povo de Deus: descendência e posse da terra. Como garantia desse pacto, Deus exige uma grande celebração com sacrifícios de animais, selando o compromisso. Seguindo o modelo humano de pacto, o catequista bíblico acentua a idéia de um compromisso solene e irrevogável que Deus assume com Abraão, sem exigir nada dele, apenas de passar entre os animais mortos. Deus passa em forma de fogo. A promessa de Deus fica assim selada e garantida. É preciso ter a fé de Abraão.
Deus se revela a Abraão como um Deus fiel, por isso seguir Abraão é construir nossa existência, confiante no amor eterno e misericordioso no Deus que nos criou.
Salmo Responsorial: O salmista tem confiança em viver na presença do Senhor e seguir seus caminhos. O Senhor é a minha luz e a minha salvação.
Segunda  Leitura: Filipenses 3,17-4,1 Cristo transformará o nosso corpo e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQGAQsJ5FAS0X_gI1Z4MK-icRZ02l3SlU4ab3b3SKdMu7vfUmdc O texto ressalta nossa cidadania no céu, por isso somos chamados a uma relação amorosa com nosso salvador que nos conduz a uma vida nova e semelhante a seu corpo glorioso.  Nossa transfiguração resulta de uma conversão sincera e coração contrito, construída sob o sinal da cruz, da doação, do amor e da entrega ao irmão,
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRO9gRdLGFbS9rsgHXvLQnoWK7CZKJc6Am36VRH7LwKr-CZsTV4wQlonge dos prazeres, do orgulho e da ganância deste mundo. O alerta de Paulo é fugir do triunfalismo e do mau exemplo, porque a salvação é um processo em que o cristão vai amadurecendo seu coração no amor do Pai, seguindo os passos de Cristo. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Nosso destino, segundo Paulo, é um corpo transfigurado pela ressurreição. Temos
 como garantia Jesus Cristo, O Senhor e Salvador.
Só a transformação radical do coração nos conduzirá a essa vida nova, transfigurada pela ressurreição.
Evangelho:  Lucas 9,28b-36 Enquanto Jesus rezava, seu rosto mudou de aparência.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRBlBmRJWAxqPcUzivjC21MkCVLQ3-XWrPM7bGFn1_bHogVmsyM5wO Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Os discípulos, Pedro, Tiago e João, sentem na carne a experiência mística e antecipada da ressurreição, sem entender seu significado. Moisés e Elias conversam com o Salvador sobre a morte. Eles, na glória, representam a Lei e os Profetas. O texto revela a identidade de Jesus: Este é meu Filho, escutem o que Ele diz.http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRMKzuXxriMiuMqbfrGc0loPdV147eSmVMp6S25mjEzaRTjDwq8EQ Os três discípulos têm uma reação humana compreensível. Desejam permanecer na companhia de Jesus, Moisés e Elias onde algo maravilhoso aconteceu, esquecendo seus problemas de vida normal. As pessoas ávidas pela santidade fazem da Igreja o que aqueles três queriam fazer: um lugar de refúgio, perto de Deus e longe dos atrativos da vida cotidiana.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR76c5rnSELST4LtgrV78VFvMJzSn6l5oHu-ug-wKkLsz-t9hcNPedro, Tiago e João sentem, no episódio, a missão de Jesus como salvador, em obediência à vontade de Deus, por isso nada revelam o que viram. O sono dos discípulos mostra nossa pobreza diante do mistério de Cristo, enquanto o Messias sofredor passa pelo caminho da cruz para chegar à glória, como o ápice desta revelação. Seguir Jesus supõe a compreensão da paixão e da cruz, o que os discípulos somente abriram seus olhos após a ressurreição do Senhor.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS4pyFsqNvXiec6Hdd13CDahdPCjzdsueGsFiLzVsDhfZXOhS5Z Na transfiguração do Senhor, vamos subir a montanha com Jesus, viver o mistério salvífico e renovar nosso compromisso de ouvir e praticar a voz do Pai que, por amor, entregou a própria Filho pela redenção do mundo.

http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSRmf7mn0FW3QO0b649FdVSNbDOV7d1it2-AVanJZFMumUnno3oA transfiguração tem sua mensagem e simbolismo: 1) a montanha como lugar de retiro, oração; 2) As vestes brancas como transformação pessoal; 3) as tendas como sinal da presença de Deus; 4) a nuvem como presença de Deus ou como a escuridão da vida; 5) a VOZ como a palavra de Deus; 6) Moisés e Elias como as figuras símbolos do antigo testamento; e 7) o rosto resplandecente como as alegrias na glória de Deus.. A transfiguração é o prenúncio da glória que há de vir: a Pátria Celeste. É preciso descer o monte, assumir o batismo, a filiação e enfrentar os conflitos que nos esperam, com dedicação e amor.

A transfiguração de Jesus nos acena do alto do monte: não desanimeis, pois Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à vida e à felicidade sem fim.
A religião não é um ópio que nos adormece, mas um compromisso com o amor de Deus que gera amor aos irmãos e nos transforma.
, wlimar@yahoo.com.br
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REFLETINDO A Campanha da Fraternidade 2013

Objetivo geral: Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
Objetivos específicos: 1- Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida; 2- Possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos; 3- Sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


1º Domingo da Quaresma - 17/02/2013
JESUS NOS AJUDA E NOS ENSINA A VENCER AS TENTAÇÕES.
QUARESMA X CAMPANHA DA FRATERNIDADE: Na caminhada quaresmal a Igreja se volta para a Cruz, de onde emana o amor de Deus por nós em Jesus Cristo, para que tenhamos  vida. A Cruz é convite à fraternidade, ao amor entre povos, raças e nações, sem distinção de credo ou situação social. A Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e Juventude”, a Igreja chama a atenção para os desafios dos jovens na edificação do projeto de Deus no contexto da vida no momento atual e suas conseqüências. O jovem de braços abertos repete Isaias: “Eis-me aqui, Senhor. Envia-me!” (Isaias 6,8). 
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcToEm7xEpXxEt6ys8i1cb3wWQq2LAfAhr7IpyVf1EUf81qFxCtC1A Quaresma é tempo de conversão. Palavra negativa tira a esperança das pessoas. A Palavra de Deus, no entanto, é o caminho que nos leva a vencer o mal e nos ensina a trilar o caminho do bem. Unidos à Igreja, no ano da fé, vivemos o tempo santo de conversão em preparação à vitória de Cristo sobre a morte: a Páscoa do Senhor e nossa Páscoa. A liturgia nos apresenta Jesus levado pelo Espírito Santo para o deserto, onde é tentado pelo diabo por 40 dias. Jesus transforma o deserto em Paraíso ao dar sinal da verdadeira vida, mostrando que não está no pão material, mas na Palavra que sai da boca de Deus. O que ocorreu com Jesus acontece com cada um de nós: Ele venceu! Venceu as tentações do poder, da riqueza e da religião mágica que utiliza Deus para vantagens pessoais. Com Ele vencedor, também nós poderemos vencer.  
Tempo da quaresma é tempo de vinda ao deserto e sentir o que Jesus sentiu.
Primeira Leitura: Deuteronômio 26,4-10 Profissão de fé do povo eleito.
O texto lembra as maravilhas de Deus a Seu povo, ao ouvir seu clamor e sofrimento, libertando-o do Egito, e descreve a ação do povo Hebreu numa profissão de fé, fazendo-Lhe oferendas e adoração. Moisés anuncia a fidelidade de Deus ao libertar Seu Povo, levando-o a terra prometida onde haverá justiça, paz e vida em abundância numa terra onde corre leite e mel, como um sinal de seu amor incondicional. Moisés alerta o Povo do seu compromisso, convocando-o a renovar sua aliança com Jahwéh. O povo oferece-Lhe os primeiros frutos da terra, como confissão de fé e gratidão pela terra.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQB5gpy1fxLVetiKKFi4OudNvfPQtJS9SOWfav2a-P-Os93TPTvnAProfissão de fé, como obrigação litúrgica, fazia parte da pedagogia Divina em prevenir o Povo contra as tentações da idolatria do ter e do poder, e de reconhecer quem é o Senhor, de quem tudo recebe por amor. Assim todo o ser humano, como filhos de Deus pelo batismo, deve ser e viver grato a este amor infinito do Pai.  A tendência do homem moderno é pôr, como segurança, as falsas promessas do mundo: poder, êxito social ou profissional, política ou ideologias que ofuscam nossa vida com Deus.
Tudo que temos é Dom de Deus: Somos apenas Seus  administradores.
Responsório: O salmista proclama feliz quem confia em Deus, refúgio e proteção. Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!
Segunda Leitura: Romanos 10,8-13 Profissão de fé dos que acreditam em Cristo.
O texto nos convida a fugir da mediocridade e do comodismo na esperança da vinda gloriosa do Senhor. Jesus ressuscitado é a Palavra viva que deve estar perto de nós, na boca e no coração, regada com jejum e obras de doação e amor. A salvação não é uma conquista nossa, mas um dom gratuito de Deus. Converter-se é viver Cristo Jesus como O Senhor e acolher no coração a salvação que, nEle, Deus nos propõe e nos convida à missão.
É fundamental, portanto, a vivência do amor: Ele é o centro do nosso testemunho pessoal, comunitário e eclesial. O texto de Paulo é considerado uma Carta de Reconciliação: “Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para glória de Deus” (15,7), pondo em relevo a união entre judeus e gregos na mesma fé, pois a proposta de Cristo é universal, sem distinção.
O orgulho, o egoísmo fecha o homem em si próprio e o leva a prescindir de Deus e do irmão, opondo-se à fé cristã. Jesus é “Nosso” Senhor, não meu.
Evangelho: Lucas 4,1-13 Jesus, no deserto, era guiado pelo Espírito e foi tentado.
O contexto apresenta Jesus, o Messias, logo após o Batismo, a anunciar a Boa Nova aos necessitados: “alegrai-vos, a vossa libertação está próxima”. É preciso reconhecê-LO e ter a coragem de construir, com Ele, a justiça e a paz, para vencer o mal. Jesus se recolhe no deserto, em oração e jejum, para a missão, quando foi tentado pelo diabo por 40 dias. Diz o Evangelho:
 “Então o diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo. Mais tarde Jesus é perseguido pelos poderes políticos e religiosos, e condenado à morte. Em meio à realidade da fome e propostas do maligno, Jesus confia no Pai que O sustenta com generosidade. Na paixão Ele revelará a vitória definitiva do Messias, o Filho e Servo, como o paradigma da nova humanidade.
Lucas apresenta uma catequese que ensina como Jesus sentiu a dureza da tentação, mandando um recado para nós. Ele, no entanto, não prescindiu de Deus para seguir o caminho humano de êxitos, de aplausos, de poder e de riqueza. Ele soube dizer não a todas essas propostas que O afastavam do plano do Pai.
Jesus sabia que: “nem só de pão vive o homem”, teorizando a Palavra do Pai.  O impressionaste do diálogo é que tanto o diabo como Jesus citam a Escritura para embasar suas opiniões e defesas. Jesus prescindiu de Seu poder para confia no Pai: “adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás”. Jesus, diante do diabo, realize o seu papel na história da salvação como um Messias vencedor e obediente ao Pai e ao serviço dos homens, abstraindo-se de um messianismo como poder como esperavam os judeus. 
A lógica de Deus X lógica dos homens: Jesus optou pela lógica do Pai, como exemplo ao cristão de seguir Seus passos: a lógica da humildade e no amor a Deus e ao irmão.

O mundo tem caminhos adversos capaz do melhor ou pior, da liberdade ou da servidão, da fraternidade ou do ódio: não desanimeis, pois a lógica de Deus conduz à vida definitiva de felicidade sem fim, longe do fracasso.

wlimar@yahoo.com.br