2º Domingo da Quaresma - 24/02/2013
ESTE É MEU FILHO, O ESCOLHIDO. ESCUTAI O QUE ELE DIZ!(Lucas 9,35)
A Liturgia nos apresenta a transfiguração de Jesus diante de seus
discípulos e o convite do Pai a acolher o que seu Filho Amado tem a dizer. A Campanha da Fraternidade
com o tema “Eis-me
aqui, envia-me!”, mostra a responsabilidade da
Igreja em defender e promover a vida. Com esta nova cultura desafiadora,
ela é chamada a se posicionar, anunciar e a denunciar, com motivação e
responsabilidade, a divulgação da justiça, doa a quem doer, lembrando que quaresma é tempo de conversão e de renovação.
No Domingo da transfiguração do Senhor, a Palavra de Deus define o caminho do
verdadeiro discípulo. O caminho é a escuta atenta à voz do Pai seguindo seu
plano de salvação. Por isso, subir a montanha com Jesus é fazer a experiência
de Sua intimidade, sentir Sua glória e a escuta de Sua Palavra. A transfiguração nos ensina a valorizar os momentos “de Tabor”,
que são os momentos de paz, de reflexão, de oração.
Viver na fé é fazer a experiência “de Calvário”. Teremos dificuldade de
suportar os espinhos da vida, contando somente com nossas próprias forças. A oração, a Palavra de
Deus, a meditação é o caminho que nos eleva ao alto, como fizeram os três
discípulos, seguindo Jesus. A Liturgia nos convida
a ouvir a voz brotada das nuvens: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutem
o que ele diz!” Ouvir é o caminho para
vencer os Calvários da vida. O caminho para descer e “lavar os
pés” dos irmãos, é subir o Monte Tabor e ser transfigurado com e como o Senhor.
Primeira Leitura: Gênesis 15,5-12.17-18 Deus fez Aliança com Abraão, homem de fé.
Deus faz uma aliança com
Abraão e seus filhos, prometendo-lhe uma descendência tão numerosa quanto às
estrelas do céu. A promessa da terra orienta Abraão a seguir o caminho da fé
obediente, mantendo a esperança no Deus da aliança, como fidelidade a sua
palavra. Com razão Abraão simboliza o protótipo da fé inabalável, ao aceitar o plano de Deus, significando que ele teve uma atitude
correte em sua relação com Jahwéh.
Dois temas vitais para o Povo de
Deus: descendência e posse da terra. Como garantia desse pacto, Deus exige
uma grande celebração com sacrifícios de animais, selando o compromisso. Seguindo o modelo humano de pacto, o
catequista bíblico acentua a idéia de um compromisso solene e irrevogável que
Deus assume com Abraão, sem exigir nada dele, apenas de passar entre os animais
mortos. Deus passa em forma de fogo. A promessa de Deus fica assim selada e garantida. É preciso ter a fé de Abraão.
Deus se revela a Abraão como um Deus fiel, por isso seguir
Abraão é construir nossa existência, confiante no amor eterno e misericordioso
no Deus que nos criou.
Salmo Responsorial: O salmista tem confiança em viver na
presença do Senhor e seguir seus caminhos. O
Senhor é a minha luz e a minha salvação.
Segunda Leitura: Filipenses 3,17-4,1 Cristo transformará o nosso corpo e o tornará
semelhante ao seu corpo glorioso.
O texto ressalta nossa
cidadania no céu, por isso somos chamados a uma relação amorosa com nosso
salvador que nos conduz a uma vida nova e semelhante a seu corpo glorioso. Nossa transfiguração resulta
de uma conversão sincera e coração contrito, construída sob o sinal da cruz, da
doação, do amor e da entrega ao irmão,
longe dos prazeres, do orgulho e da
ganância deste mundo. O alerta de Paulo é fugir do triunfalismo e do mau exemplo, porque a salvação é um processo em que o cristão vai amadurecendo seu coração no amor do Pai, seguindo os passos de Cristo. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Nosso destino, segundo Paulo, é um corpo transfigurado pela ressurreição. Temos
como garantia Jesus Cristo, O Senhor e Salvador.
Só
a transformação radical do coração nos conduzirá a essa vida nova, transfigurada
pela ressurreição.
Evangelho: Lucas 9,28b-36 Enquanto Jesus rezava, seu rosto mudou de aparência.
O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Os discípulos, Pedro,
Tiago e João, sentem na carne a experiência mística e antecipada da ressurreição,
sem entender seu significado. Moisés e Elias conversam com o Salvador sobre a
morte. Eles, na glória, representam a Lei e os Profetas. O
texto revela a identidade de Jesus: Este é meu Filho, escutem o que Ele diz.
Os três discípulos têm uma reação humana compreensível. Desejam permanecer na companhia de Jesus, Moisés e Elias onde algo maravilhoso aconteceu, esquecendo seus problemas de vida normal. As pessoas ávidas pela santidade fazem da Igreja o que aqueles três queriam fazer: um lugar de refúgio, perto de Deus e longe dos atrativos da vida cotidiana.
Pedro, Tiago e João sentem, no episódio, a missão de Jesus como
salvador, em obediência à vontade de Deus, por isso nada revelam o que viram. O sono dos discípulos
mostra nossa pobreza diante do mistério de Cristo, enquanto o Messias sofredor passa
pelo caminho da cruz para chegar à glória, como o ápice desta revelação. Seguir Jesus supõe a
compreensão da paixão e da cruz, o que os discípulos somente abriram seus olhos
após a ressurreição do Senhor.
Na
transfiguração do Senhor, vamos subir a montanha com Jesus, viver o mistério
salvífico e renovar nosso compromisso de ouvir e praticar a voz do Pai que, por
amor, entregou a própria Filho pela redenção do mundo.
A transfiguração tem sua mensagem e simbolismo: 1) a montanha
como lugar de retiro, oração; 2) As vestes brancas como transformação pessoal; 3) as tendas
como sinal da presença de Deus; 4) a nuvem como presença de Deus ou como a
escuridão da vida; 5) a VOZ como a palavra de Deus; 6) Moisés e Elias como as
figuras símbolos do antigo testamento; e 7) o rosto resplandecente como as alegrias na
glória de Deus.. A transfiguração
é o prenúncio da glória que há de vir: a Pátria Celeste. É preciso descer o monte, assumir o batismo, a filiação e enfrentar os
conflitos que nos esperam, com dedicação e amor.
A transfiguração de Jesus nos acena do alto do monte: não desanimeis, pois Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à
vida e à felicidade sem fim.
A religião não é um ópio que nos adormece, mas um
compromisso com o amor de Deus que gera amor aos irmãos e nos transforma.
, wlimar@yahoo.com.br,
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REFLETINDO A Campanha da Fraternidade 2013
Objetivo geral: Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos
para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na
construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da
justiça e da paz.
Objetivos específicos: 1- Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de
contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu
projeto pessoal de vida; 2- Possibilitar aos jovens uma participação ativa na
comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que
eles possam contribuir com seus dons e talentos; 3- Sensibilizar os jovens para
serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do
amor e do bem comum.

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