terça-feira, 20 de novembro de 2012


Festa de Cristo Rei - 25/11/2012
Todo joelho se dobre e toda língua proclame:
CRISTO REI! AQUELE QUE É, QUE ERA E QUE FOI!
Dia do LeigoA Serviço do Reino
Celebrar hoje a festa de Cristo Rei é reconhecer que Ele é o ponto de convergência da história e da peregrinação terrena da humanidade. A festa de Cristo Rei do Universo, final do ano litúrgico, celebra a soberania e o poder de Jesus sobre toda a criação. Ele é um Deus que reina no coração de todos os que aceitam a força poderosa do amor. A memória a Cristo Rei foi instituída em 1925, pelo Papa Pio XI, no 16º centenário de proclamação do Dogma da Consubstancialidade de Jesus Cristo ao Pai: Ele é consubstancial ao Pai, verdade legada pelo Concílio de Nicéia. Cristo, o Rei do Universo, está acima de tudo, a Ele honra e glória. Ele é o Alfa e o Ômega, o começo e o fim da história humana, que Deus transformou em história da salvação.
Como povo sacerdotal, profético e régio, nós celebramos a memória viva daquele que deu Sua vida por nós, sendo o primeiro a ressuscitar dentre os mortos. Pilatos apresenta Jesus como Rei. “Meu reino não é deste mundo!” A cruz é seu trono e não pode ser confundida com a dos reis deste mundo, como pretendia Pilatos. Sua realeza é exercida no amor e no dom da vida, no serviço e no perdão, como Reino da justiça,
fraternidade, solidariedade e partilha do Reino do Deus da Vida. Eu sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. Por ter semeado este Reino Jesus teve que ser morto. Para João, diante do Cristo Rei, não há lugar para o meio termo, por isso:
O tempo litúrgico nos prepara a agir com vigilância e atenção no modo de ser e viver de acordo com o Reino de Deus ou o com o reino de Pilatos.
Primeira Leitura: Daniel 7,13-14 Seu poder é um poder eterno
Na visão apocalíptica de Daniel, o Filho do Homem recebe poder, honra e glória, numa demonstração de um reino transcendente, que não pertence aos homens, mas a Deus. Este Reino é diferente do reino do mundo. A figura do Filho do Homem foi associada, pela tradição cristã, a Jesus como Messias.  Não são diferentes as imagens do mundo de hoje, onde se digladiam as grandes potências dominadas pelo poder e a ganância do ter.  No final, todos serão vencidos por uma figura de feições humanas, um filho de homem que representa o "Santo do Altíssimo", um servidor de Deus com poder, glória e Juízo: Ele decide sobre o mundo e a História.
Na visão profética, Deus vai intervir no mundo para eliminar a maldade, a ambição, a violência, a opressão que marcam a história do poder dos homens, fazendo um mundo humana e igual.
Salmo Responsorial: O salmista celebra a realeza do Senhor que criou o universo é o governa com soberania. Deus é Rei e se vestiu de majestade, glória ao Senhor!
Segunda Leitura: Apocalipse 1,5-8 
Fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai.
Na introdução do livro do Apocalipse, escrito para animar as comunidades perseguidas encontramos três títulos cristológicos: a testemunha fiel, o primogênito dos mortos e príncipe dos reis da Terra. Jesus, com sua vida, deu aos homens ressurreição e vida nova, formando um povo sacerdotal. Ele é o princípio e o fim de toda a criação.  Seu poder é alicerçado no amor e se realiza onde o homem responde com fé na verdade e fidelidade ao Seu Amor. Ele, o Crucificado, livrou-nos do pecado e nos faz participar de seu sacerdócio real.
No final, “Ele entregará à majestade divina o reino eterno e universal: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino da justiça e do amor”, Aquele que há-de vir por entre as nuvens para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz, cheio de glória e majestade. Ele é o Senhor, o Kyrios.
Do trono da Cruz, do sepulcro vazio, “a Ele pertence à glória e o poder pelos séculos dos séculos, Amém!”
Evangelho: João 18,33b-37 Tu o dizes: eu sou rei!
Ao morrer na Cruz pela nossa salvação e vencer a morte, Jesus inaugura um novo Reinado e uma nova humanidade, santificando, em Si mesmo, todas as criaturas a participar de seu reinado, que é um reinado eterno e universal, de verdade, de amor, de justiça, de caridade e de paz.
Assim, a Palavra de Deus nos convida a tomar consciência da realeza de Jesus, uma realeza que se sublima numa lógica própria, a lógica de Deus. O texto apresenta um quadro dramático em que Jesus, na condição de Rei, assume-Se diante de Pilatos. A realeza reivindicada por Jesus, no entanto, difere da lógica do mundo: Sua missão Régia é dar “testemunho da verdade” e se realiza no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.
Jesus é coroando como Rei da vida, da Igreja e de nossa caminhada, cabendo a nós, cristãos, acima de tudo, celebrar Jesus como Rei do Universo e Rei de nossa vida, como Igreja, procurando santificar aqui a vida eterna, prêmio e força que Jesus nos oferece, lembrando que o binômio santidade e caridade nos conduzem a Deus. Em Tu és o Rei dos Judeus? Jesus responde que Seu Reinado não é deste mundo, mas é um reinado com sabor de vida eterna, de amor pleno, um reinado de tranqüilidade e paz eterna. Lembramos que, desde o Antigo Testamento, Jesus é o Rei Esperado como alguém animado pelo Espírito de Deus.
O que é a verdade? Jesus disse que veio ao mundo e morreu para “dar testemunho da verdade”. Esta verdade é a amorosa experiência do encontro com Deus, na busca da fidelidade a esse encontro, denominado Nova Aliança. Ele veio ao mundo para tornar visível este amor infinito de Deus para  com os homens, estabelecendo uma nova relação entre a criatura e o Criador:
“Vim ao mundo para ser Rei e dar testemunho da verdade, foi o veredicto de Jesus diante de Pilatos. Como testemunha fiel e da verdade, é o que Jesus espera de cada um de nós, homens e mulheres, santos e fiéis a caminho da vida eterna, como Ele diante de Pilatos: desapegado, simples, sincero. Este é o trono de Rei: do sacrifício e da cruz, de onde Ele reinou. Assim, nossa meta é a Cruz. Servir o irmão é servir a Cristo: o amor a Deus é gêmeo do amor ao próximo.
“Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.

JESUS CRISTO ONTEM, HOJE E SEMPRE
Cristo é O REI que dá a vida por suas ovelhas, renova, cuida de suas feridas e as carrega no colo. Pelo batismo participamos de sua realeza revelada no cuidado dos pequeninos e pobres. Na eucaristia somos confirmados e estimulados a buscar a Deus na misericórdia com todos.

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