sábado, 27 de novembro de 2010

A ESPERANÇA É A RESSURREIÇÃO

A  M O R T E  -  PORQUE TANTO TEMOR!...  
1ª PARTE
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Morte? Que horror! Não tem outro assunto mais digesto?!... Assunto, existe. É que falar na morte é “estimulante”, para uns, e “tremulante”, para outros. A morte é a certeza da vida. A morte é o começo... da eternidade. Ninguém gosta de falar desse assunto. É assustador e nós fugimos até em pensar naquele “esqueleto com sua arma ceifadora de vidas”, ou, então, cantamos:
 “Ó morte, onde está tua vitória?...”
A) Como fato natural.
S. Francisco de Assis: Não devemos temer a morte, mas o morrer longe de Deus, em pecado mortal. “Louvado seja, meu Senhor, por nossa irmã a morte temporal, da qual homem algum pode escapar”.
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O homem, como criatura de Deus, tem seu começo e fim. Não é infinito. Por que, então, tanto mistério em torno da morte, que tanto tememos? É que não somos sozinhos neste mundo e, na nossa condição humana, construímos relações, sentimos os irmãos como dom precioso e único de Deus, por isso, choramos a sua despedida, como se fosse uma parte de nós, em consequencia, dói. Sentir a dor diante da partida definitiva de alguém é um sinal de humanidade nas nossas relações. 
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSwRZRFZhw9F4VtcjaxZzpAkDOnm4H46pZqW_G4JU-8spP4YrbdQAMorte é a saudade que vai e a tristeza que fica. Morte é o amor que vai e a solidão que fica: O AMOR JAMAIS MORRE.
A morte é o termo da vida terrena para lembrar que temos vida limitada para realizar a nossa vida” (Cat 1007). A morte nos lembra que, o que realizamos nesta vida, está feito, sem chance de voltar atrás, ou seja, não há segunda oportunidade, nem revisão.  
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTo1PKH9u5W5Lv49is0GvaOR1Fx8_yN7PwdHKsCFDizSn3dbFiRIGjn-DW6WwMorte é como o pedágio de passagem: não existe “atalho” ou segunda via. A morte nos lembra a grandeza e as limitações de nossa existência que exige de nós qualidade para poder afirmar que valeu a pena viver. A fé é o caminho que nos faz crer que nossa vida continua em Deus pela participação final na Ressurreição de Cristo. “A morte é o fim da peregrinação terrena do homem, do tempo de graça e misericórdia que Deus lhe concede para realizar seu destino final”- Cat 1013. http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRX2G-Drm5-OSpIX1QqDLxoyPjk3RzfTlUWex82hE9RWEr7hkLRtwPor isso é necessário pensar neste mistério tão profundo da vida e da morte, porque a nossa vida aqui na terra é uma só, morreremos uma só vez (Hb 9,27)
Por ser tão profundo o mistério da vida e da morte, é necessário, também, ser pensado e meditado. Até no Juízo Final.
B) Como fruto do pecado
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A morte natural é o termo da vida terrestre (cat 1007). O inaceitável é a morte injusta, pelo fruto do pecado, do egoísmo, violência e ódio que atenta contra o dom da vida concedida por Deus. É a iniqüidade em conseqüência do pecado” (Cat 1008) e da falta de amor a Deus e aos irmãos. É o pecado social que afeta todos nós.
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Diante do fato incontestável, a fé nos lembra que, em Jesus Cristo – o novo Adão - que sofreu um final injusto e doloroso, a morte é transformada em vida.Ele foi perseguido, torturado e morto na cruz por aqueles que não creram nEle e na sua proposta por um Novo Reino e Boa Nova de justiça, amor e paz” (Lc 9,51). Mas Deus o ressuscitou, libertando-o da morte como prova de que este Deus é o Deus da vida que não aceita a morte injusta. O Batismo nos faz morrer com Cristo e na sua graça”, (2Tim2,11), “como caminho para uma nova vida, porque Ele nos quer santos no seu ato redentor, embora pecadores(Cat, 1010).
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS6stO-Gky2kpwra3Fes26VCGQGgiyaikn7uc2Wo1J59cOLsodXPor isso nosso compromisso deve primar pela dignidade da vida em qualquer circunstância, porque Deus é o Deus da Vida (por isso, o aborto, em qualquer circunstância, deve ser abominado). 
 A cultura da morte pela injustiça e degradação da pessoa humana é contrariar os desígnios de Deus, que é a vida e vida em abundância.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTe9wXFlaeIUJMTV2Ok4ULBXOo-V1IKnpnweR2n_5isCaqlZvCNc) O que nos Espera: O JUÍZO, Momento da Verdade. “A morte põe termo à vida do homem” (Cat 1021). Depois da morte não há mais nada a fazer, ou seja, diante de Deus, somos aquilo que fomos a nossa existência aqui na terra, sem nada poder acrescentar ou diminuir. A morte nos coloca frente a frente com a Justiça Divina, onde será exposta nossa verdade. É o momento de Deus sobre a vida da pessoa. É diante de Cristo – que é a verdade – que será definitivamente desvendada a verdade sobre a relação de cada homem com Deus” (Cat 1039).
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTHADeD3VHeRFGa9_KVvP6QfRqlLuRN2leF1RGpZu9XrEkQBaKpkwVIVEREMOS UM DUPLO JUÍZO: o juízo individual (na hora da morte) e o juízo coletivo (juízo final – no fim dos tempos). É que nós, como seres humanos, vivemos duas dimensões: a pessoal e a coletiva. Tudo o que fazemos como pessoa humana repercute na sociedade e o que se decide em termos coletivos, repercute na pessoa individual, desde que a pessoa participe de forma consciente. Tudo isso nos indica que não basta mudar só o coração da pessoa, mas é preciso mudar, também, as estruturas sociais que produzem injustiças e a morte no meio em que vivemos.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQq9WI3RGnKQsadV-hUCy67sTikmOf-4UDvzGNb0G2_L7iJlelwJULGAMENTO NO JUÍZO FINAL: O juiz desse julgamento não será um juiz qualquer, e o próprio Cristoele é o senhor da vida eterna. Ele é o Redentor do Mundo, portanto, a ele cabe essa prerrogativa: Ele adquiriu este direito na cruz. O Pai entregou todo o julgamento ao Filho (Jô. 5,22 e Cat 679)). Seguindo seus ensinamentos, Cristo não veio para condenar, mas para salvar, até mesmo, aqueles que, aos olhos dos homens, estavam perdidos’ (Jo.3,7; e Lc 19,10)
Louvado seja, meu Senhor, por nossa irmã, a morte temporal, da qual homem algum pode escapar - Francisco de Assis.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

1º DOMINGO DO ADVENTO -28/11

 AO ENCONTRO DO SENHOR COM O IRMÃO

http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQsSTAsPXxc57VlPmrxpHlczkQV503xuBvFuW9l54IPKaYzn3kyyQAdvento não é tempo de fantasias de algo que vai acontecer: Quando virá Senhor o Dia...” salvo no final dos tempos. Não. Advento é o tempo em que o Povo de Deus deve viver e comemorar este momento de graças e de amor infinito de Deus, desde as primícias da história da salvação. É momento de paz e de harmonia com Deus e de reconciliação com os irmãos.
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Com o 1º Domingo, damos início ao ano litúrgico com o evangelho de Mateus.  “Advento” vem do latim e significa vinda, chegada. É o início e o fim do calendário religioso que caminha ao encontro do Cristo, o Salvador, que assume a natureza humana e revela o mistério amoroso de Deus. Vivemos dois momentos: até 16 de dezembro, é a preparação da segunda vinda do Senhor e, no último domingo, salienta o Natal, em Belém, como o Filho do Homem.  
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSb6qp_vdzqN7i9WNyAls6ZGHQ17pWMRrz6inqeFkBDIPVuS9RJÉ o Maratá do cristão, que clama: vem, Senhor! Neste tempo, a Igreja nos convida à mudança de vida e conversão, no sentido de atualizar o mistério Pascal de Cristo. Portanto, é tempo de vigilância e da graça, assumida no Batismo. Não confundir com tempo de consumismo das coisas supérfluas, mas um caminhar atento a celebração da vinda do Filho do Altíssimo.
PRIMEIRA LEITURA (Isaías 2,1-5)  
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTWEbTxWCls3mX5GnSQ24GC-qc_UwhqR0PGNPIMwJoBah8kxJkoIsaías convida os homens, de todas as raças e nações, ao encontro com o Senhor e com sua Palavra - um momento de ensinamento da verdade e da concórdia, de harmonia e de paz sem fim. É o verdadeiro prefácio da vinda gloriosa do Senhor, no dia do Juízo Final. A sociedade se transformará, não haverá mais desordens e degradação social e, sim, a criação de um mundo novo, com laços de amor - em violência, onde a paz será perene e completa, com o reconhecimento de um único Deus verdadeiro.   
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O Advento é o momento de estabelecer sentimentos de amor e paz entre os homens, num compromisso de verdadeiros filhos de Deus. Ele fez sua parte: venceu o pecado e a morte para nos dar a graça e a vida. Resta ao homem fazer sua parte.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTY7EfmTqpbIVFI6meKKLqLOEP2Hom8liFFHlBt5ViSnSYqMgVrHUpixXZ0hQA profecia começa a se realizar com o “verbo se fez carne” e veio habitar no meio de nós, trazendo a paz aos homens. Devemos estar preparados para acolher este Jesus, ouvindo sua Palavra e sua proposta de salvação. Que o sonho dos homens de boa vontade se concretize, cada um fazendo sua parte.
SEGUNDA LEITURA (Romanos 13,11-14ª)
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSDZGNx9aRy5T_e4r0TPJuo-GaLwFdY2Gi69hXEbdVfleQ-8inBogPaulo, na sua carta missionária, adverte os cristãos a tomar consciência do tempo presente, concluindo com a vinda futura de Cristo.  Exorta-os ao amor mútuo, o despertar “do sono” para a salvação que está perto, pedindo-lhes que estejam vigilantes e preparados com alegria e esperança para acolher o Senhor que vem. 
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTS02O-aeWaE0ucm4YWebM6GhgO4-wp9h4zKWPzgDqvfWjGcDyIPaulo pensava numa eminente vinda de Jesus, a fim de concluir a história da salvação – eram especulações apocalípticas. Ele se preocupava com as conseqüências dessa vinda, iniciada com a partida de Jesus e se sentia responsável pelo “rebanho” que batizou, tirando-os das trevas para uma nova realidade. É para esta vida nova, livres do egoísmo e do pecado, que eles devem trilhar o viver na Fé, no amor e no serviço. A questão fundamental para Paulo é a conversão: sair das trevas para a luz.
QUAL É O SIGNIFICADO DESSA CONVERSÃO PARA NÓS? Paulo se refere a diversos vícios (“gulas, bebedeiras, orgias sexuais, imoralidades, brigas e rivalidades, libertinagens, discórdias, preguiça, comodismo, indiferença”) que nos afastam de Deus. Ele nos admoesta: “acordai e renovai o entusiasmo pelo evangelho e revesti-vos do Senhor Jesus que vem”.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTHUDJ82Nt6G0pt4cg_qiyPa1wdKJE0s24mj25jiAzekUONc6ODO Salvador continua a vir em nosso encontro, desejando construir conosco um mundo novo de justiça e de paz.  
Por esta razão, nós, cristãos que, pela fé e pelo batismo, aderimos a Cristo, devemos descobrir, no tempo presente, esses sinais da intervenção salvífico de Deus.
EVANGELHO (Mateus 24, 37-44)
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQdTuPhq45Mq5dQ1D3wHcMZMSTZUmNFajV2ECEwd4L6JZr8o3zw7QO Evangelho é um apelo à vigilância. Mateus apresenta o último grande discurso de Jesus antes da sua paixão e morte: o discurso escatológico, onde a questão central é a vinda do Filho do homem, diferente de Marcos que se refere aos Sinais da destruição de Jerusalém (são épocas diferentes). Mateus, sentindo o desânimo na vida do povo de Deus, sente ser o momento de renovar neles as esperanças de construir o Reino. Nada mais propícias que as palavras do próprio Cristo, sobre sua vinda gloriosa, compondo com elas uma exortação ao povo sobre esta vinda, como um fato certo, sem tempo determinado, mas que exige preparação, amor e fé no Salvador. A linguagem desta mensagem é estranha e enigmática, do gênero da época. É uma linguagem apocalíptica, por revelar algo escondido. O objetivo é atingir as pessoas desanimadas e sofredoras, para animá-las com a esperança de que a vitória final será de Deus e dos que lhe forem fiéis. Ele utiliza dos seguintes sinais:  http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTzTg1s42koO43AzXFPK2zK4iaAvGx4eqhbcZ8IL0nM0mCanPcTeg 1) O espectro da humanidade do tempo de Noé, onde os homens, apenas, se preocupavam em gozar a vida, divertir-se, quando o dilúvio os surpreendeu. Esqueceram que o importante na vida era cumprir um papel fundamental no mundo. 2) Coloca situações da vida diária, como o trabalho agrícola e familiar, sem negligenciar a vindo do Senhor. 3) Cuidado com suas propriedades para evitar assalto, da mesma forma não negligenciar do encontro com o Senhor que vem. Era fundamental incutir no povo a vigilância e preparação constante e responsável para a espera do Senhor, desviando-os do apego aos bens deste mundo.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQtQ0SOdauf3TYJa7ltxks23-sBVyhRuV3AkHRRL5P_7-Fyjng1Para nós este “ESTAR VIGILANTES, ATENTOS EPREPARADOS, deve significar nosso estado “na graça de Deus” para que a morte não nos surpreenda. É acolher todas as oportunidades de salvação que Deus nos proporciona. Se Ele me desafia a uma missão e eu prefiro uma “vidinha” fácil, joguei fora uma oportunidade. Deus nos abre muitas portas, esperando nossa participação, depende de nós. Ele nos fez livres e é fiel em seus desígnios. Nada nos impõe.
Na exortação à vigilância, a oração contínua é a oração do coração e do compromisso, que completa a vida em comunhão com Deus e com o irmão.
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“FICAI PREPARADOS!”
 “PORQUE, NA HORA EM QUE MENOS PENSAIS,
O FILHO DO HOMEM VIRÁ”.
wlimar@yahoo.com.br