sábado, 25 de dezembro de 2010

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA-26/12

JESUS, MARIA E JOSÉ: graça e paz no lar
LEVANTA-TE E FOGE PARA O EGITO
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQVVwU7LxfgBIwvYooyh-HRYcMbQ0lEEUzo5Ih4Uiy0AzckmfRZyQA liturgia nos apresenta a festa da Sagrada Família. O Filho de Deus, tornando-se homem, escolheu uma família para nascer, mostrando como é bela a família pensada e instituída por Deus.  Ela deve servir de exemplo e modelo às nossas comunidades familiares que geram amor, perdão e alegria. A páscoa de Jesus se manifesta em todos os lares que, vivendo os valores da família de Nazaré, servem como exemplos de obediência à vontade de Deus e, assim, generosa, geram comunidades santas. 
PRIMEIRA LEITURA (Eclesiástico 3,2-6.12-14)
O Eclesiástico, um livro de caráter sapiencial, nos apresenta o Deus de Israel que vai se revelando na vida das pessoas e essa revelação passa de boca em boca, de pai para filho, desde os tempos mais antigos.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTTzrdqtS9XWLMXpHaOFA4LNECbkKwtlHvuSGwPeimPJDg5gt6hO texto em evidência nos orienta, de forma muito familiar, amorosa e prática, as atitudes que os filhos devem ter para com seus pais, honrando-os e assistindo-os na doença e na velhice.  O texto se aproxima muito da novidade do homem, Jesus de Nazaré: “o que eu quero é a misericórdia, e não o sacrifício”. É uma forma de concretizar esse amor referido na segunda leitura.  
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQge7SQlWRNNS_UNKgl6BggJAHac_JBonFF-qykmfstPBUEhTXmvQAmar, obedecer e respeitar os pais, a fonte da vida, é amar, obedecer e respeitar a Deus, origem de toda a vida. Os pais reproduzem, em parte, o ser pretendido e querido por Deus, que é por excelência  doação. É uma perpetuação da vida, onde ninguém produz para si, mas para os outros. Não é uma sociedade de consumo, descartável, que vale enquanto produz, mas uma sociedade que valoriza o ser humano enquanto vive.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR7vaSPib__E3HrrAqRfIHZCJ6AGyWKSNpbJciVkg9wofN8orlRtwInfelizmente a vida moderna e as exigências da vida profissional, cria obstáculos, muitas vezes, insuperáveis na relação entre pais e filho. O inaceitável é o afastamento do pai ou da mãe do convívio familiar e o seu internamento indiscriminado, por puro egoísmo do filho, que não está para “aturar o(a) velho(a)”. É o desfazer-se daquele que representa, para nós, instrumento do Deus criador e fonte de vida.
A recompensa de quem honrar os pais, o autor promete o perdão dos pecados, a alegria, a vida longa e amor de Deus.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT0IDITk_FagimBlOjQ3AkKLp4oKhgFtOyPSGwAOfStJBrknjbcOgÉ o momento de nossa gratidão aqueles que nos geraram e demonstrar sermos instrumentos na mão de Deus, lembrando que a maturidade e a sabedoria de vida que os mais idosos nos delegaram deve ser considerado, por nós, uma riqueza ou, ao contrário, um desafio à nossa modernidade e às nossas incertezas.
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SEGUNDA LEITURA (Col  3, 12 – 21)
A leitura ressalta  a dimensão do amor que deve brotar, em gestos e atitudes, dos que vivem, em Cristo, e se revestem do Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma muito especial, todos os que conosco partilham o espaço familiar, traduzido em atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha e de serviço.
Paulo, sabendo que os colossenses corriam o risco de se afastar do verdadeiro Evangelho, influenciados por doutrinas divergentes da cristã, dirige-se a seus irmãos, amados por Deus e seus santos eleitos, admoestando-os que o Batismo os transforma em homens novos, ressuscitados com Cristo. 
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRsIgqzNPGkbj6wipVpJo4m0QqX-bLkgy4HtefjUvF-iTQ0jM4fEle ensina que viver a Igreja doméstica é viver com humildade, paciência, mansidão e misericórdia, suportando uns aos outros – a síntese do Homem Novo. Desta vivência resulta uma íntima relação do cristão com Cristo, implicando viver com Ele no amor total, no serviço e no dom da vida. Por isso “tudo o que fizerdes seja feito em nome do Senhor Jesus”.  Que as esposas sejam solícitas aos esposos, os maridos amem suas esposas e os filhos sejam obedientes. O espaço familiar é o caminho para uma vida comunitária autêntica, onde o amor deve ser o vínculo da perfeição.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSDbsGCI5oR4GhbAeGL5mH85cyPmP5hyqsOwiJCNBDReel472w_fgA verdade nos diz que é da igreja doméstica, célula básica da sociedade humana, que nasce o verdadeiro e autêntico cristão. É no lar que ele inicia seu verdadeiro caminho para uma vida de amor e dedicação a seu Criador e a seus irmãos. A autenticidade no lar deve ser aquela que transpira fora dele, na comunidade, no trabalho, na sociedade, o que exige de cada um de nós, a verdadeira autenticidade em nosso viver em Cristo.
EVANGELHO (Mateus, 2,13-15, 19-23)
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTGYR_dSUj4_ibQ7MsKnUWx_l64IHMBD8eEjrYwnsV0ZaPMo1ej8gMateus apresenta uma catequese sobre Jesus e a missão que o Pai lhe confiou, sobretudo, propõe-nos o quadro de uma família exemplar – a família de Nazaré. O texto do Evangelho da Infância de Jesus nos apresenta uma família, a Sagrada Família, que, como qualquer família de ontem, de hoje ou de amanhã, enfrenta crises, dificuldades e contrariedades. No entanto, esta é uma família onde cada membro está solidário com o outro e disposto a partilhar os riscos e alegrias; é uma família onde cada um aceita renunciar ao comodismo e se sacrifica para o viver do outro; é uma família onde os problemas de um são os problemas de todos e onde todos estão dispostos a arriscar, quando se trata da defesa de todos.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS3S3PblsVArRTvh8rJrBGOi8ubZVrUYVmP100e-PP1i0Hr9YmxMateus nos relata as dificuldades enfrentadas por José na defesa de Maria e seu Filho Jesus. Ressalta a figura de José, homem justo e obediente a Deus, seguindo a mensagem do Anjo do Senhor.
Com a perseguição de Herodes, Mateus antecipa os conflitos de rejeição que Jesus vai enfrentar em toda sua vida, até a morte. Além do que a narrativa nos apresenta uma inversão da história do êxodo: o Povo de Deus, oprimido, foge do Egito. Agora, ocorre o inverso, o menino anunciado como o messias, por causa da ameaça de morte às crianças nascidas em Belém, deve fugir, com seus Pais, exatamente para o país de onde seus descendentes fugiram - o Egito.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSSrHcFEoFEAbYqvXZDuHNtB5bFcvKdLQnyTMed8NSQiijd_v-3Estes meninos, de Belém, representam, hoje, os que vivem nas ruas ou nas pontes; são as vítimas que sofrem nas filas dos hospitais e mendigam atendimento; são os que vivem com salários indignos, os sem-tetos, sem vez e nem voz. Estes bradam pela luz de Cristo e pela justiça do Reino: os maus políticos e falsos profetas, representados por Herodes.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQP7Zj1-4Gg_B5GbdfOFQHtQ49prPsfP3hkp4tAi_rfjUg5_DUQObserve-se que os primeiros cristãos não se interessaram pela infância de Jesus, sua origem, sua história, mas na sua mensagem, sua vida pública e sua paixão. Mateus está mais interessado em desenvolver uma reflexão teológica para explicar “quem é Jesus”, partindo de Sua própria figura e sua missão, dos relatos proféticos e históricos bíblicos. Ele relaciona o caminho de Jesus e o caminho do Povo de Israel, a própria fuga para o Egito e o retorno a região da Galiléia, para confirmar quem é esse Filho de Deus.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ822nfmhFzTTs7aJimYr8sDa4ujqjXP7aCM8wT9denmoaBJ62bNgNeste tempo de Natal convém lembrar o tema central do Evangelho que hoje nos é proposto: Jesus é Aquele que vem ao nosso encontro para cumprir o projeto de salvação que o Pai tem com os homens; que Sua missão é constituir um novo Povo de Deus e conduzi-lo a liberdade de vida definitiva. E nós estamos dispostos a acolher este Messias como o nosso libertador e a embarcar com Ele nessa caminhada, da terra da escravidão para a terra da liberdade? Somos verdadeiramente famílias a exemplo da de Nazaré como autênticos núcleos na Igreja Universal?
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSy1l9oLnAamlyQN1pxieDD3ueOo-PNg7phTSTML9EQiITKt2bKDevemos ser família que prima pelo  amor e verdadeira solidariedade entre os seus membros, e onde a escuta à palavra de Deus, seguindo, com confiança, os seus desígnios, se aprende a ler os sinais Deus. Onde existe amor tudo se resolve, seguindo o exemplo de José e Maria na defesa de seu lar.
 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

NATAL DE JESUS CRISTO-25/12

HOJE NASCEU para nós O SALVADOR, O CRISTO SENHOR
BRILHOU NO MUNDOA LUZ DO SENHOR DEUS
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(Celebramos duas missas: da noite e a do dia do Natal – justificando as leituras).
A liturgia da noite de Natal nos fala de um Deus que ama os homens, não os deixando perdidos e abandonados a percorrer caminhos de sofrimento e de morte, mas envia um MENINO que lhes apresenta propostas de vida e de liberdade. Esse MENINO será a luz para o povo que andava nas trevas do pecado original. 
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQLrCiMTi1oYwoNX-tDvgIrYudiRxrW5fNGH4Z873YKQyZEP1RDRgA liturgia da celebração do dia do Natal nos convida a contemplar o amor de Deus, manifestado na encarnação de Jesus. Ele é a “Palavra” que se fez pessoa e veio habitar no meio de nós, oferecendo-nos a vida em plenitude a fim de nos elevar à dignidade de “filhos de Deus”.
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Mais uma vez é Natal! A alegria nos faz contemplar Deus numa criancinha.  Celebração que pode ser de Luz ou de Trevas, de Esperança ou de Ilusão, de Paz ou de Conflitos. Tudo vai depender de como estamos revestidos do espírito natalino. Não se trata, apenas, de uma festa tradicional, precisamos, sim, abrir nosso coração para a graça. É DEUS ENVIANDO SEU FILHO PARA A REDENÇÃO DO MUNDO: e isso exige fé.
A Igreja celebra, com a solenidade do Natal, a manifestação do Verbo de Deus aos homens. É este, de fato, o sentido espiritual que decorre da própria liturgia, que oferece para a nossa meditação o nascimento eterno do Verbo – O Filho, Jesus.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSA7_V-wQRHxZMf6vIoYMz3mQxJZoS1WPeKxgXz1t5R901rjq1eO Natal, embora sendo a festa religiosa mais conhecida no mundo, tem sua origem em cultos pagãos do Hemisfério Norte, durante o inverno, época de noites longas e frias, por isso, a volta do Sol (solstício), trazendo luz e calor, era festejada com músicas e danças no dia 25 de dezembro. Os escravos eram convidados a sentar a mesa como cidadãos livres e recebiam presentes.
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O cristianismo, após o século IV, ao entrar em contato com culturas e religião romana, e influenciado pelos profetas que falavam em: “Luz radiante que brilhará nas trevas", "luz do alto céu que nos veio iluminar" , deu um significado novo a festa do Natal,  ao celebrar o nascimento daquele que é o verdadeiro SOL, a LUZ DO MUNDO, o Dia que rompe nas trevas. Hoje é o dia de todos nós que acreditamos na vida, na força do amor, na comunhão e na fraternidade universal.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTONEq64-Qjf7FaI_mt75SWEREo7aaUUKyOFNlSPDtMtVp2uXseEQA troca de presentes – simbolizando amor, estima - tem origem na visita dos Reis Magos ao Menino Jesus. Desse costume surgiu a figura de Papai Noel, autêntico símbolo de Natal. Os presentes trazidos pelo bom velhinho ganharam demonstração de afeto e estima. Mais tarde foi associado o símbolo do “pinheirinho” e da estrela à festa natalina. É lamentável que os símbolos virassem puramente negócio, tornando o Natal um dia de presentes, fugindo do espírito cristão.
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSO_GsUZJni9VY45l_3_MHkmo4TsvX3LBI4-vS3ynuf8zaM-MV7NQ Daí a função das comunidades cristãs, procurar evitar entrar nessa “dança” do comércio. A importância do Natal de Jesus se reveste da origem familiar de seus pais: Maria e Jose da descendência de David - Rei, por isso Lucas e Mateus se preocuparam com este detalhe no Evangelho.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR3ZkOVXwnaw4ReNtVU_cdEWAfJyvQSXZs0pUxLo2XHg-ajzgiA No séc. XII S.Francisco de Assis, com aquele seu espírito de fé criativa, organiza o primeiro presépio, dando um espírito místico ao nascimento do Salvador, de acordo com a narração dos evangelhos que simboliza toda a ação da encarnação do Filho de Deus em nossa história.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQWt7ZHz544jpxAvURIrjaEtE3uHj7Sw0H-Nxt8f_z_60jIUTWO A pergunta que mexe conosco e nos preocupa: como podemos celebrar plenamente o Natal enquanto convivermos com crianças abandonadas, espancadas, sofrendo violência de todos os tipos, até no seu próprio lar, sendo, inclusive, forçadas a trabalho escravo. A consequência é o seu desenvolvimento, sem uma educação adequada e sem a vivência necessária de sua infância. Todos nós somos responsáveis!
PRIMEIRA LEITURA (Isaias,9,1-6–noite; 52,7-10-dia)
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT9qEGJZPZ_PGbijGFKUAFWyw29NWIWqDB8JkoaDHzp40SGa2OeEAA leitura da celebração da noite de Natal, anuncia a chegada de um MENINO, da descendência de David, dom de Deus ao seu Povo.  Esse MENINO eliminará a guerra, o ódio, o sofrimento, inaugurando uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQeYb_6cuCYc2A-57ne82S0OOoVYZbgpBiyTsSlGyU4m_rq7aia Para descrever a situação de opressão, de frustração, de falta de perspectivas e de desconfiança em relação ao futuro em que a comunidade estava mergulhada, o profeta fala de um “povo que andava nas trevas” e que habitava “nas sombras da morte”. Então aparece uma LUZ. Essa luz acende a esperança e provoca uma explosão de alegria. Essa alegria veio através de “um menino”, enviado para restaurar o trono de David e para reinar no direito e na justiça.
O texto do dia do Natal anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade, sem fim. O profeta convida a substituir a tristeza pela alegria, o desalento pela esperança. A reconstrução, motivo de alegria para o povo, é também sinal da misericórdia de Deus. Na história da Salvação, Deus nos falou de muitos modos, mas agora ele nos fala por meio de seu Filho, eterna aliança de Amor. A Palavra eterna do amor de Deus se fez homem. Através da Palavra Divina, o Verbo se faz carne para a vida da Igreja e do mundo.
A alegria pela libertação do cativeiro da Babilônia e, pela salvação que Deus oferece ao seu Povo, é anunciada uma libertação plena que Deus vai oferecer ao seu Povo através de um Messias. É o que celebramos hoje: o nascimento de Jesus significa o fim da opressão e paz definitiva, e que o reinado de Deus alcançou a nossa história. Para que boa notícia se cumpra é preciso acolher Jesus e aderir a seu Reino que Ele veio propor.
SEGUNDA LEITURA (Tito, 2,11-14-da noite; Hebreus, 1,1-6-do dia)
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Paulo escreveu a Tito numa época em que os cristãos estavam desanimados e acomodados numa fé morna e sem grandes exigências, por isso era necessário recordar os fundamentos da fé e exortá-los a uma vida cristã exigente e comprometida com uma vida cristã autêntica.   
A intenção de apóstolo é lembrar as razões pelas quais devemos viver uma vida cristã autêntica e comprometida: a) porque Deus nos ama verdadeiramente; b) porque este mundo não é a nossa morada permanente e seus valores são passageiros, exigindo esperança de dias melhores; e c) porque comprometidos e identificados com Cristo que se entregou totalmente a nós que, pelo batismo, devemos realizar as obras desse Jesus que veio como redentor do mundo. No texto (da celebração do dia do Natal) Paulo estava preocupado com os cristãos em situação difícil e, expostos a perseguições, que viviam num ambiente hostil à religião cristã, sendo seu objetivo estimular a vivência do compromisso cristão e levá-los a crescer na fé em Jesus Cristo.
Com esta intenção, ele apresenta um esboço das coordenadas fundamentais da história da salvação onde Deus é o protagonista. Paulo insiste que esse projeto alcança o seu ponto culminante na vinda de Jesus, a “Palavra” de Deus, onde o próprio Cristo se identifica com o Pai, sendo o esplendor da Sua glória. Os homens devem escutar e acolher Aquele que será o caminho da salvação e da vida nova.
EVANGELHO Lucas 2,1-14-noite; João 1,1-18-do dia)
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Lucas é evangelista que mais se preocupa com fatos históricos e indicações de acontecimentos precisos. Ele nos apresenta a realização da promessa profética: Jesus - o menino de Belém - é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer, sobretudo aos pobres e marginalizados, a salvação. A proposta que Ele traz não será uma proposta que Deus quer impor pela força, mas será uma proposta que Deus oferece aos homens com ternura, amor e misericórdia.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTK0Gc6ND9pZ76L1HCYtNyjE54UxudqsgjvfzSbHOyhpi7ti6q94gA principal referência é Belém, mais teológica que histórico, como o lugar do nascimento de Jesus, o Messias, da descendência de David. Descreve o nascimento do libertador dos homens em local pobre e simples, tendo uma manjedoura como berço, panos improvisados para envolver o bebê e a visita dos pastores. Ele nos mostra que o menino de Belém representa o incrível amor extremo de Deus com a vida e a felicidade dos homens e que a lógica de Deus diverge da nossa, querendo nos questionar como devemos abordar o mundo: com a lógica de Deus ou com a lógica que nos interessa?  
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS7LW30OnrOj0Sym3VlqiOOaFdBcbRqO_QBeEryGrBgYBa497kSLwJoão, por sua vez, desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e nos apresenta a “Palavra” viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Proclama que a missão do Filho, Palavra, é completar a criação que elimina tudo o que se opõe à vida. ELE cria condições para que nasça o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma relação filial com Deus. Ele descreve a origem do Filho de Deus, Palavra, num verdadeiro hino da criação e louvor, dando seu verdadeiro sentido de glória e de esplendor. Refere-se à criação do mundo, onde o Filho, o Verbo, é parte e protagonista de toda a criação.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ_wDpVohxCpPe54UhbKNrraCpoOgCthopb41GVlRszCdT6SMIcygA grande aventura de Deus que ama até o inimaginável e que, por amor, se reveste de nossa fragilidade, é a transformação da “palavra” em “carne” – o menino do presépio – e nos dá vida plena. A encarnação de Jesus significa que Deus oferece à humanidade a vida em plenitude.
Cabe a nós acolher a “palavra” e deixar que esse MENINO nos transforme e nos dê vida plena, tornando-nos filhos de Deus, até a dimensão do homem novo, aquele que não aceita a morte, a mentira, a violência, a exploração do pobre, a miséria e as limitações dos direitos e dignidades das pessoas. Jesus deve ser a palavra suprema que dá sentido a nossa vida, ou preferimos outras “palavras” contrárias àquelas que ecoam no evangelho? 
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QUE a alegria do NATAL permaneça em sua vida para sempre, tornando seu coração um caminho aberto aos IRMÃOS E IRMÃS.