*EM DEUS PODEMOS CONFIAR COMO PAI PROVIDENTE!*
(27/02/11)
A mensagem deste domingo mostra que Deus cuida de seus filhos com amor gratuito e maternal e que Ele, apesar das fraquezas humanas, está sempre atento às suas necessidades, mas desejando coerência. “Buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça” é o suspiro de alerta que a liturgia nos faz neste domingo, precisando que todos possam viver com dignidade de filhos/as de Deus. É uma reflexão sobre nossas prioridades, visando o que é importante em nossa vida e que liberte nosso coração da tirania dos bens materiais.
Jesus propõe uma opção radical em favor do Reino onde ninguém pode servir a dois senhores. Não há como servir a Deus e ás riquezas, os bens e o lucro ganancioso que passam, além de escravizar pessoas inocentes, impede a solidariedade. O dinheiro é o centro do poder no mundo e por ele se faz qualquer “negócio”. É necessário colocar o coração em Deus-Criador e nEle confiar a salvação. O Senhor pede com exclusividade o coração do homem.
Primeira Leitura – Isaias 49, 14-15
O profeta mostra que o povo tem dificuldade em crer e que chegou o tempo da graça, da libertação, da volta para terra natal. A Sião-Jerusalém, por tão longo tempo, privada de seus filhos exilados, experimenta a consolação que vem de Deus.
O texto sublima o zelo e o amor de Deus, como na imagem da maternidade onde a mãe ama o filho, com um amor gratuito e incondicional, sendo infinito o amor de Deus e certo de que Ele nunca abandonará seu povo, mantendo sua aliança eterna.
A linguagem de esperança com o final do exílio, consolando o povo na libertação definitiva. Conclama a confiança naquele que não os abandonou, mas que os libertará. O exílio abalou a fé e a convicções do Povo e a dificuldade em crer num Deus que permitiu tanto sofrimento, quebrando Sua aliança. Sião é a Jerusalém que continua em ruínas: “O Senhor me abandonou, o Senhor se esqueceu de mim”! É o lamento do israelita. Foi aí que Deus se mostrou fiel na sua aliança com uma resposta salvadora: “Pode uma mãe abandonar a criança que amamenta e a quem ama ternamente?” É este o amor de Deus pelo seu Povo.
Vemos, hoje, as referências no mundo, com futuro incerto e a humanidade não sabe que caminho seguir porque o terrorismo político, guerras e misérias, as ameaças ambientais e o totalitarismo materialista ameaçam o frágil equilíbrio da humanidade. É ai que somos convidados a descobrir o amor materno de Deus e sua presença protetora. Nosso Deus é um Deus que nos ama, gratuitamente, de forma absoluta e eterna – como uma mãe ama o filho, mesmo quando ele é rebelde.Salmo Responsorial
Só em Deus a minha alma tem repouso, só ele é meu rochedo e salvação.
Segunda Leitura – 1 Coríntios 4, 1-5
Segunda Leitura – 1 Coríntios 4, 1-5
O texto nos diz que somos servidores e administradores dos mistérios de Deus. Em meio a desafios dessa missão, o importante é a fidelidade ao evangelho. Sentindo que a fé estava fragilizada por teorias filosóficas contrárias, Paulo, como fiel veículo de Deus, convoca os cristãos de Corintos a ouvir a proposta libertadora de Cristo e não a letra fria de mensagens bonitas dos “mestres”, alertando que o julgamento dos homens pertence a Deus que terá como base os atos de fidelidade de cada um.
Somos mensageiros e servidores de Deus, mas o protagonista é Jesus Cristo que faz do servo o veículo que aproxima o homem ao evangelho e a proposta salvadora. A missão do mensageiro é o anúncio fiel da palavra de Deus com integridade, sem outras pretensões ou promoção pessoal, confiando no juízo de Deus.
A reflexão de Paulo é a consciência do essencial à fé que entusiasme o coração: a proposta de salvação oferecida por Cristo aos homens. O que importa não é o “invólucro” da proposta, se o padre ou pregador é simpático, cativante, boa “pinta”, sem defeitos, mas a essência da mensagem e não o veículo.
Aqui a missão do leigo, das pastorais, como discretos e fiéis servos, e autênticos mensageiros na missão evangelizadora, têm papel essencial e fundamental no exemplo de fidelidade e vivência da mensagem salvadora de Deus, em Jesus Cristo.
Evangelho – Mateus 6, 24-34
No contexto do Sermão da Montanha, o evangelho nos convida a buscar o essencial: O Reino, dentre coisas secundárias que ocupam nosso dia-a-dia. Escolher o essencial não é negligenciar o resto, mas a certeza de que Deus provê nossas necessidades. A lição do evangelho está na confiança em Deus, sem a preocupação pelos bens materiais.
Com o salmista, coloquemo-nos nas mãos do Senhor, mas sem essa de achar que tudo vem de graça: “Quem não trabalha, que não coma!” Deus provê aqueles que tiram do suor de seu rosto, o seu sustento, com humildade e sem egoísmo.
No contexto do Sermão da Montanha, o evangelho nos convida a buscar o essencial: O Reino, dentre coisas secundárias que ocupam nosso dia-a-dia. Escolher o essencial não é negligenciar o resto, mas a certeza de que Deus provê nossas necessidades. A lição do evangelho está na confiança em Deus, sem a preocupação pelos bens materiais.
Com o salmista, coloquemo-nos nas mãos do Senhor, mas sem essa de achar que tudo vem de graça: “Quem não trabalha, que não coma!” Deus provê aqueles que tiram do suor de seu rosto, o seu sustento, com humildade e sem egoísmo.
A incompatibilidade está no apego às coisas materiais, a personificação do dinheiro como um poder dominador. a) Deus deve ser o centro no onde o homem constrói sua vida. A lógica do TER não pode dominar o coração. Deus deve ser o verdadeiro Ídolo do homem, por quem ele tudo sacrifica. Deus é exigente, não admite meio termo. b) O apego ao dinheiro gera egoísmo, prepotência, auto-suficiência, fechando o espaço cordial para o irmão. O perigo é quando relativizamos as coisas, de acordo com nossos interesses. Sendo bom prá mim, ótimo! Pura presunção egoística.
Para os discípulos de Jesus, a maior prioridade é o Reino. As preocupações da vida humana, comida, bebida, roupas, ditos valores secundários, não devem sobrepor aos valores do Reino. Não significa despreocupação com tais necessidades. Os filhos da luz também trabalham pelo seu sustento, crendo, sempre, que Deus cuida seus filhos com amor, provendo suas necessidades.
O que o Senhor nos coloca é a questão das prioridades. A cada dia, somos bombardeados com propostas contendo chaves da felicidade: êxito profissional, beleza, aplausos, poder, riqueza... Não vamos ser hipócritas: elas fazem parte de nossos anseios, desde que estes sejam meros meios e não fins e que não nos afastem de Deus. Como discípulos missionários, Deus conta, e muito, conosco no seu projeto de salvação, na busca do essencial. Ninguém, por mais presunçoso e soberbo, pode se julgar maior e achar que tudo pode, pois Deus manifesta seu juízo também sobre nós. É preciso cercar-se de amor pelas pessoas simples e fracas, defen- dendo a vida.
Para sua meditação e pronunciamento (se desejar):
• Na real, qual é o Deus em quem você acredita? No amor de um Deus incondicional e que não espera nada em troca?
• Por que temer se Deus, que ama como mãe de forma absoluta, vigia nossos passos com a sua presença e amor maternal?
• Concorda que: a) O cristão em missão, não deve se preocupar com suas necessidades básicas, por que Deus provê? b) A proposta de Jesus a seus servos fiéis é viver na alegria despreocupada, na passividade, no comodismo, na indiferença?
•O que é para você prioridade e em que é que tem apostado incondicionalmente em sua vida?