sábado, 12 de janeiro de 2013


2º Domingo Tempo Comum-20/01/2013
NO CASAMENTO DE CANÁ, JESUS TRANSFORMA ÁGUA EM VINHO0 e MANIFESTA SUA GLÓRIA.
A passagem do tempo de Natal para o tempo comum traz como tema “O ENCONTRO COM JESUS”. Deus nos chama pelo nome e nos convida a entrar no caminho do seu Filho amado. 
“FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER!”- Conselho de Mãe
Celebrarmos o mistério de nossa fé e a vida de nossa comunidade. Hoje, recordando o dia em que Jesus, o Filho amado do Pai, começou a revelar sua identidade de Messias. Ele veio resgatar a humanidade, por isso somos convidados a acolher, com fé, os sinais de Sua presença amorosa. Estar atentos nos fatos do nosso dia-a-dia e da vida da comunidade é seguir os passos de Maria. A liturgia apresenta a imagem do casamento como imagem da revelação do amor de Deus que exprime de forma privilegiada a relação de Seu amor (esposo) para com o seu Povo (a esposa). João mostra que, diante do vinho novo, como Jesus inaugurando um novo Reino, os convidados continuam a festa, e complementa: Este foi o início dos sinais de Jesus: “Ele manifestou sua glória e os discípulos creram nEle”. Fé é sinal de mudança de vida e de atitudes. Os noivos de Caná da Galiléia representam a humanidade que nesta festa celebrava, com a presença de Jesus, o inicio da Nova Aliança, um casamento entre Deus e os homens.
Com o milagre em Caná da Galiléia, Jesus manifesta sua glória e desperta a fé em seus discípulos. É uma celebração epifânica que convida os discípulos a crer e se inserir na Aliança.
Salmo Responsorial: Cantai ao Senhor um canto novo, manifestai os seus prodígios entre os povos!
Primeira Leitura: Isaias, 62,1-5 A noiva é a alegria do noivo.  
Os testos nos dão imagens de casamentos como forma de relação entre Deus e seu povo. Na voz do profeta, Jerusalém destruída e abandonada, se tornará novamente a esposa amada pelo seu Deus, mantendo a esperança e confiança do povo por liberdade e paz, o que aumenta sua fé na fidelidade de Deus que ama o como um esposo fiel. Não obstante, Jerusalém, a esposa, ter abandonado Jahwéh, Deus é da Aliança com Seu Povo. O profeta, após o exílio, em tempos de reconstrução, utiliza a imagem do casamento como expressão da alegria de Deus, o esposo, por sua amada, o povo: um amor eterno. A imagem do amor conjugal é uma imagem que define de forma muito feliz o imenso amor, o amor desmentido de Deus pelo seu Povo, com desejo de paz, vida e fidelidade.
O amor de Deus é eterno e nada pode quebrá-lo, apesar de nossos erros, nosso egoísmo, nossas recusas. Ele está sempre lá, a nossa espera, desejando nosso testemunho.
Segunda Leitura: 1Corintios 12,4-11
Estas coisas as realiza um e o mesmo Espírito,que distribui a cada um conforme seu querer.
O texto se refere a um tema atual para as nossas comunidades, os carismas que foram comunicados por Deus a cada um para servir os irmãos com generosidade e amor. Quando os carismas são utilizados para o bem comum, sem discriminação ou interesse, importando em disponibilidade generosa segundos os dons de Deus, o amor, a alegria e a paz reinam na comunidade. Os discípulos de Jesus, portanto, formam uma comunidade servidora, sempre a oferecer o vinho do amor e da compaixão, como autênticos carismáticos. Assim, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo deve se manifestar na comunidade cristã.
Os carismas devem ser usados de forma generosa e a serviço do bem comum. Todos fazem parte da vida cristã, como dom gratuito de Deus.
A comunidade cristã deve ser o reflexo da comunidade trinitária: comunidade de amor que une o Pai, o Filho e o Espírito. As comunidades paroquiais e religiosas, por isso são espaços de comunhão e de fraternidade, onde o amor e a solidariedade refletem o amor que une a Família Trinitária. Nós, Como cristãos, formamos um único corpo, com diversidade de funções e de ministérios, que não pode ser causa de divisão ou de conflito, mas de riqueza para todos, como mérito do amor de Deus.
A liturgia é o ápice e a fonte da vida cristã. Para ela se dirigem as ações e dela se originam força de transformação e de vida, através dos carismas.
Evangelho: João 2,1-11 Nas bodas de Caná da Galiléia Jesus inicia sua vida pública.
O vinho indispensável à festa das bodas estava faltando. Jesus participa como convidado e sua mãe, símbolo do povo fiel à aliança, ao perceber a angústia do noivo, volta-se para Jesus, como quem procura o esposo das novas núpcias. Na água, transformada em vinho, manifesta-se a salvação em Cristo, o Messias.
O texto é um resumo que mostra o significado da obra: vida e morte de Jesus para a humanidade. É o primeiro dos sinais que João escolhe para apontar o significado mais profundo da missão de Jesus. Os discípulos, que ouviram a palavra, como servidores do reino, acreditaram nEle, ao ver a transformação da água. Pela fé em Cristo, seguindo os passos de Maria e discípulos, formamos um só corpo, no mesmo Espírito, na nova comunidade com o vinho novo do amor, a serviço do reino no mundo.
A humanidade busca usufruir da festa da vida. Mas, o povo em grande parte está de talhas vazias. A religião, quando desligada da vida, não alimenta a comunhão com Deus. Pior é quando falta vinho bom, também, em nossas talhas. Jesus pode transformar o que temos, em vinho novo com sabor de sabedoria, solidariedade, justiça, bondade com a vida, com as pessoas e com as águas e nossa mãe Terra. Da Palavra de Deus e do projeto de Jesus é o beber novos céus e nova terra! Jesus continua presente para salvar nossa festa. Ele preenche nossas carências e fragilidades com o vinho de sua ação libertadora e a eucarística de sua vida.
Maria (como a Israel Fiel) se dirige a Jesus: que Ele derrame o vinho novo da alegria, do amor e da festa, a fim de dar vida nova à Aliança.
 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Festa do Batismo de Jesus - 13/01/20132 – Ano C (1º Domingo do Tempo Comum)
É NO BATISMO DE JESUS QUE O NOSSO BATISMO GANHA O VERDADEIRO SENTIDO, CONSOLIDADO COM A MANIFESTAÇÃO DO PAI.
Na festa da manifestação amorosa do Pai, recordamos o dia do batismo de Jesus que revelou para nós a sua missão como Filho amado e fiel, e a profundidade de nosso batismo como filhos de Deus e membros da Igreja. Vamos renovar o nosso compromisso batismal na esperança de que a luz do Senhor nunca se apague em nossa vida.
Como servo e Filho amado, Jesus veio com a missão de salvar e libertar os homens. O povo recebe de João o batismo de conversão. E o próprio Jesus é batizado por ele nas águas do Jordão, momento em que é anunciado pela voz do Pai: “Tu és o meu Filho amado, eu, hoje, te gerei”, como O Messias que batizará com o verdadeiro Batismo do Espírito Santo e do fogo. O Espírito, ação do Pai, se manifesta de forma irrevogável na vida de Jesus e Ele age, docilmente, como o Filho amado que veio resgatar e dignificar o povo sofredor. Fez-Se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade para nos libertar de todo nosso lado humano pecador. O batismo nos mergulha no mistério da morte e da ressurreição de Cristo e, assim, renascer para uma vida nova. Renascidos, somos confirmados como continuadores da missão profética, sacerdotal e régia.
Cristo é iluminado no batismo: recebemos com ele a luz; Cristo é batizado: descemos com ele às águas para com ele subir. Que sejamos “como luzes no mundo, isto é, como uma força vivificante para as outras pessoas” (S. Gregório Nazianzo) e viver intensamente nossa vocação batismal.
Primeira Leitura:  Isaías 42,1-4.6-7 Eis o meu servo: nele se compraz minh'alma.
O texto, como num cântico do servo do Senhor, anuncia a vinda do mediador de Deus para restabelecer a Aliança de Paz e ser a luz das nações e julgador, descrevendo sua vocação profética, apresentado pelo próprio Pai como o eleito. Sua missão é restaurar o direito, a justiça, seguindo o plano de Deus, que deseja justiça, paz e fraternidade entre seus filhos, cabendo-lhe promover o julgamento das nações.
Jesus é O predileto de Jahwéh, o instrumento de Deus a quem, pelo dom do Espírito, chamou e confiou essa missão profética: animado por esse Espírito, o Servo irá levar justiça às nações. É o mesmo Espírito que Deus derrama sobre os chefes carismáticos da Igreja, Povo de Deus de ontem, hoje e sempre.

Os primeiros cristãos, na dificuldade de entender como o Messias, condenado, foi crucificado pelos homens, explicam que Ele cumpriu missão e desejo assistido pelo Pai e não fracasso do Filho. O desejo do Pai era transformar o mundo e libertar seus filhos, a humanidade. O batismo é um instrumento de Deus nessa transformação. Cabe a cada um corresponder ao chamado dispensado por Deus a todos os homens, lembrando que a missão profética só acontece face à luz de Deus: Ele escolhe, chama e envia.
Ser batizado, pertencer à Igreja, crer em um só Deus é o caminho, mas para ser salva é preciso viver do Espírito de Deus, na graça e na verdade.
Salmo Responsorial:  Foi ungido por Deus com o Espírito Santo. Que o Senhor abençoe com a paz o seu povo!
Segunda Leitura: Atos 10,34-38                                                      
Agora nos foi revelado que os pagãos são co-herdeiros das promessas.
Deus não faz distinção entre as pessoas nem privilegia um povo ou uma raça, mas aceita a todos e a cada um que O reconhece como Senhor, que O teme e pratica a justiça: o essencial é a adesão a Jesus, como o Filho amado do Pai, o Messias Ungido que passou a vida fazendo o bem e curando a todos.  O texto é uma catequese sobre a evolução da Igreja, i. é, a difusão do Evangelho. Como deve ser o testemunho que o discípulo deve dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra. Pedro, em sua fala, lembra ao povo que a proposta de salvação oferecida por Deus e trazida por Cristo é universal e se destina a todas as pessoas, sem distinção, “porque Deus estava com Ele”.
Jesus nos seus gestos de bondade, de misericórdia, de perdão, de solidariedade e amor, os homens encontraram o plano libertador de Deus, através do Batismo
Evangelho: Lucas 3,15-16.21-22
Jesus recebeu o batismo. E, enquanto rezava, o céu se abriu.
Jesus não precisava se submeter ao batismo penitencial de João. Desde Sua concepção no seio de Maria, Jesus é declarado Messias, como sacerdote, rei e profeta. Mas para exercer a missão e difundir pela terra o batismo no Espírito Santo e no fogo, como sacerdote, rei e profeta, Jesus se submeteu, com humildade, ao batismo de João, momento em que o Espírito Santo declara Jesus como Filho amado de Deus. Jesus, a partir dessa unção, inicia sua obra messiânica profetizada por Isaías. Assim acontece com o cristão que, pelo batismo, torna-se filho adotivo de Deus e, ungidos pelo óleo do crisma, é santificado para a sua vocação e missão batismal.
O texto apresenta Jesus e João Batista às margens do rio Jordão. João, como guia carismático, pregava a chegada do Messias e a conversão, através do rito de purificação pela água, algo estranho para os judeus. João significava o tempo da antiga aliança como o último profeta. Jesus representa um novo tempo em que Deus vem ao mundo, como um de nós, para oferecer aos homens a salvação. O batismo revela a identidade e a missão de Jesus (“Ide por todo o mundo...). Por isso João declara: “Ele é mais forte do que eu”. “É O filho muito amado”. A abertura do céu significa a união da terra e do céu, refazendo a comunhão entre Deus e os homens.
A beleza da história está na bondade de Deus em doar seu filho para partilhar e se solidarizar com as dores e limitações dos homens e levá-los à vida em plenitude.