sexta-feira, 5 de abril de 2013


3º Domingo de Páscoa, 14/04/2013
QUANDO TEMOS FÉ NO RESSUSCITADO, SERVIMOS COM ALEGRIA E ENTUSIASMO
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUftVXncIjHA8aUpWeEIgA-X0ICUuRCo0EnTXrrwER8RpPNqeXwvdVy9fy4bTIR5Q5KIUZOIzoXbyuus19sJFnYZSj_Rusj9ipfljAWW00hrqt9xay1FWxcEwk4EibVNGMaPzcRvFq-R0/s400/Semin%C3%A1rio+Compreendendo+a+miss%C3%A3o.jpgA liturgia desse domingo nos ensina que a comunidade cristã tem por missão testemunhar e concretizar o projeto iniciado Jesus que, vivo e ressuscitado, é o fiel esposo de Sua Igreja em missão, dando vida e orientando-a com sua Palavra. A aparição de Jesus ressuscitado nas margens do mar de Tiberíades revigora a missão dos discípulos como pescadores de gente. Os apóstolos, liderados por Pedro, dão testemunho do Mestre até o sofrimento e a tortura.
Após a experiência com o Ressuscitado, os cristãos se identificam com o Senhor, a ponto de vibrarem com os sofrimentos e a cruz. Pedro proclama para o sumo sacerdote: “É preciso obedecer a Deus, antes dos homens” e com os apóstolos se orgulham por serem considerados dignos de injúrias e perseguições por causa do nome de Jesus. João, no Apocalipse, destaca as dificuldades e lutas que a comunidade cristã deve enfrentar por sua fidelidade à Palavra. O intuito de João é reanimá-la na fé no Cordeiro imolado com esperança e força para superar as tentações e o desânimo diante das perseguições.
O desânimo das comunidades por não alcançar o sucesso esperado nas iniciativas pastorais é como os discípulos cansados e desanimados pelo fracasso da pesca. Jesus está sempre conosco até o fim dos tempos. A fé é a certeza de que ele continua a se fazer ouvir,  falando e nos indicando o caminho a seguir. O convite ao banquete oferecido por Jesus, no encerramento da pesca milagrosa, é a conclusão da história da salvação, quando a comunidade cristã é convocada a apresentar o fruto (o peixe) de seu trabalho. O pão é oferecido por Jesus. A Eucaristia é o pão que o Ressuscitado deseja que todo o irmão divida e que cada um de nós faça o mesmo.
1ª Leitura: Atos 5,27b-32.40b-41 Disso somos testemunhas: nós e o Espírito Santo.http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQJvMKdAdlvTTU3LOfpyYoOLYaPMpW_l8bxwPMdIQxaROe5USWc
O texto apresenta a luta dos primeiros cristãos na difusão do evangelho e os sofrimentos por causa do nome de Jesus. Um confronto entre o cristianismo e autoridades judaicas: a luta entre a ação de Deus e das autoridades em relação a Jesus. O testemunho de Pedro e dos outros apóstolos acerca de Jesus gera prisões e, libertados, voltaram ao Templo para dar testemunho de Cristo ressuscitado. De novo presos são conduzidos à presença de autoridade religiosa (o Sinédrio) e, proibidos de falar em Jesus, os apóstolos responderam apresentando um resumo do kerigma cristão.  
Embora o mundo se oponha ao projeto libertador de Jesus, testemunhado pelos discípulos, o cristão deve antes obedecer a Deus do que aos homens. Se Jesus morreu, Seus apóstolos e fiéis não passariam incólumes a seus opositores. Pedro, fiel à missão, mostra que Jesus está vivo e Seu projeto continua e se realizar. A missão da Igreja é dar seqüência ao mandato missionário, mostrando a verdadeira face de Cristo recebida no batismo, com gestos de amor e doação. “Ai de mim se não evangelizar” é o diagnóstico de Paulo. 
A proposta de Jesus é libertadora, por isso não encontra eco num mundo egoísta, injusto e opressor.
Salmo Responsorial: O salmista agradece a salvação recebida do Senhor que transforma o sofrimento em festa. Eu vos exalto, ó Senhor, porque me livrastes.
2º Leitura: Apolip.5,11-14 O Cordeiro imolado é digno de receber o poder e a divindade.
A força do ressuscitado sustenta a missão da Igreja. Os que seguem o caminho de Cristo, o Cordeiro imolado, proclamam o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor. Mediante essas expressões de louvor e adoração, Seus seguidores O glorificam pela obra redentora realizada em favor da humanidade. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1orsbMzRo975I9E141lOc1-4Pn-oGhUKcclGQlMTfoHY2K_7MRAPErIYM5r9iCwiqGSzI7_uP2C9v9Tq8sXMJcIQa8NXGOLlUc6CSHY3egn-difnU_2ouAHM3WGN7FKk9QKA_MNery4A/s320/Cordeiro_de_Deus_75186.jpgÉ a soberania universal do Cristo Ressuscitado! João nos apresenta os personagens centrais a intervir na história humana: Deus, transcendente e onipotente, sentado no seu trono, rodeado pelo Povo de Deus e por todas as criaturas. Jesus, o Cordeiro, é quem detém todo o poder. Cordeiro: o Servo de Javé (figura do sacrifício), o Cordeiro Pascal (figura de libertação p/sangue) o cordeiro apocalíptico (figura do poder real), é o Cristo que assume a realeza junto ao trono de Deus para receber poder e glória divina de todo a corte celestial e de todas as criaturas.
Mensagem apocalíptica: “não tenhais medo, pois a vossa libertação está chegando”.
Evangelho: João 21,1-14 Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-lhes. E fez a mesma coisa com o peixe.
O texto apresenta os discípulos nos passos de Jesus, sabendo que o sucesso da missão depende de quem se deixa guiar pela sua Palavra. A presença de Cristo sustenta a ação das comunidades cristãs, imagem da pesca milagrosa que só produz frutos aos que permanecem unidos a Ele. Os discípulos, juntos com Pedro, após a morte do Mestre, retornam as suas atividades, como que esquecendo as promessas de Jesus. Influenciados por Pedro, todos vão à pesca, mas naquela noite nada pescaram. A figura central entra em cena: o Ressuscitado torna a missão fecunda e piscosa. A grande pescaria é o sinal que leva o discípulo amado a identificar o Mestre: Pedro, é o Senhor! Pedro é impulsivo e seu amor por Cristo é maior que sua coragem: veste sua roupa e nada por mais de 100 metros ao encontro de Jesus. Como líder arrasta a rede com cento e cinqüenta e três grandes peixes. Esse número simboliza o sucesso da missão e seu caráter universal: abertura para acolher todos os povos.
Estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos.
Movidos pelo Espírito, possamos reconhecer os sinais do ressuscitado e, como discípulos, sejamos agentes proféticos do evangelho e continuar Seu projeto de amor e solidariedade, dando louvor, honra e glórias ao Cordeiro Pascal que permanece para sempre nomeio de nós.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQMjrPh356g0akftq37C5gFg5w4D45Zs7GV4AZQmvVEofCmZMqbBQApós a Ressurreição, os protagonistas passam a ser um grupo de discípulos, dedicados a ação missionária. João descreve a relação que este grupo tem com Jesus, mostrando a ação do Senhor em sua vida missionária (dessa Igreja) e as condições para que a missão frutifique. O grupo de sete representa a totalidade da Igreja em missão. A pesca à noite, tempo de trevas, da escuridão e sem a presença de Jesus, resulta em fracasso:
http://igrejamatrizdracena.com.br/wp-content/uploads/2011/01/jesus_pescadores.jpgSem Mim, nada podeis fazer!” O nascer do sol coincide com a presença de Jesus: A Luz do Mundo. Ele não participou da pesca e os pescadores, em seu esforço, não reconhecem Jesus, estão cansados e decepcionados. Com a “dica” do “desconhecido”, a pesca se torna fecunda. O êxito da missão acontece pelo sinal vivo e pela Palavra do Senhor ressuscitado, quando abrem seus corações e o Amor é amado. Pedro, no entanto, deve por três vezes provar seu verdadeiro e autêntico amor, o amor que se faz serviço, ele que, por três vezes, O negou na noite da Paixão. Momento de glória para Pedro que se reabilita perante o Mestre.

A figura do discípulo amado (João) nos convida à sensibilidade aos
sinais de Jesus que geram vida nova de amor e de partilha.

terça-feira, 2 de abril de 2013


2º Domingo de Páscoa, 07.04.2013
FELIZES NÓS QUE CREMOS SEM TER VISTO.
A PAZ ESTEJA CONVOSCO!
A liturgia põe em relevo o papel da comunidade cristã como espaço privilegiado de encontro com Jesus ressuscitado. Como reflexo desse ano da fé, São João nos apresenta cinco benefícios da vivência com o Senhor Ressuscitado: A Paz trazida por Cristo; A Alegria de quem convive com o Ele; A Missão, consequência dessa vivência; A força do Espírito Santo, recebida por quem convive com Cristo; e O Perdão do Senhor, garantia de uma Vida Novo. A fé abre nosso coração.
No domingo da Divina Misericórdia, instituído por João Paulo II, para agradecer a Deus Seu amor por nós e os braços abertos ao perdão dos arrependidos, voltamos para Ele nosso coração como fez Tomé: “Meu Senhor e meu Deus”. O amor supera tudo e na cruz Jesus levou ao extremo sua missão ao vencer o mal. Seu recado nos responsabiliza: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio, missão divina e santa. O Pai, na ressurreição de Jesus, aprova a missão do Filho e, em conseqüência, transfere a nós essa missão. Assim, na Sua a glória, Jesus sopra o Espírito criador que impulsiona seus discípulos para o ministério da paz e do perdão como missão evangelizadora.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEios9V3wWFAc2TLQjHR-JPAgpNYHrUD53XvMg74FW33oMcZxZ6RZJMGoEw_UJMZgqeKCEc8KTvEA3J9w5_FM7s31hHTTzAUjHJ4OEGFk-OfTFpMuVz27Jqo1W2e_hP0_hQEKYzoo_cNKNGV/s400/pazconvosco.jpgJesus, no dia de Sua ressurreição, aparece a seus amigos reunidos com Maria e comunica-lhes o Shalom, a paz, a plenitude da salvação, revelando as marcas que O glorificou na cruz. Surge a comunidade de Homens Novos nascidos da cruz e da ressurreição do Senhor: A IGREJA, com a missão de revelar aos homens o espírito de comunhão fraterna e a vida nova da ressurreição. O primeiro dia da semana se torna para a Igreja o dia do Senhor. Viver em comunidade é viver a experiência do Ressuscitado que vive em seu meio. Tomé vacilou, mas Jesus entendeu sua atitude.
Primeira Leitura: Atos 5,12-16 Uma multidão aderiu ao Senhor pela fé.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5Z2a611LJfEZ_Do9tzdD8Bfcqaz_wWspuFBNCL98_TsEwcvj0RIakvm7_epaKdCUhzcb4AsFBejbpPW-Jee3fUKIdXGdYcU2kz7jGIxwHaJ1rjl5jWF_De-Kx5ezeAsCuqYORfjI1Kls/s400/030.JPG A fé em Cristo, vencedor da morte, move os apóstolos, sob a égide de Pedro, a realizar sinais, milagres e prodígios em favor do povo. O livro dos Atos dos Apóstolos apresenta o caminho percorrido pela Igreja a partir de Jerusalém, local onde se iniciou a salvação pelo sofrimento de Jesus e onde nasceu a primeira comunidade cristã, a Igreja fiel e digna esposa do Filho de Deus. O texto relata a atividade cristã (a Igreja) no mundo com exemplos de solidariedade e comunhão fraterna, seguindo a missão salvadora e libertadora, dando testemunho do Cristo que continua vivo em Sua proposta de redenção a toda a humanidade.
A missão de uma comunidade cristã é ser SINALtestemunho do CRISTO ressuscitado.
Salmo Responsorial: Com o salmista bendizemos ao Pai pela vitória de Cristo, a pedra rejeitada que se tornou a pedra principal: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom! Eterna a sua misericórdia!
Segunda Leitura: Apoc. 1,9-11a.12-13.17-19   Estive morto, mas agora estou vivo para sempre.
O texto apresenta os cristãos frente às tribulações por causa da Palavra e do testemunho de Jesus. No reinado de Domiciano foram perseguidos de forma violenta onde os poderes se voltavam contra os seguidores de Cristo. Muitos cristãos, cheios de medo, abandonavam o Evangelho e passaram para o lado do império. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqYgxonZoKFhFUlT_pjYv-r6dQmhw9ezib5aP2o46D-33pSWj6kOo2Gkjopzzzl-BghPRh-2LKVMD5-Jx1_vZ2mWNjh2h03QtKLAlTwN-Vm6ZlAwoUpKP0ntYXGyuk7MZT-XehEEx6Io0/s1600-r/Untitled-2+copy.jpgOs fiéis discípulos eram sustentados pela força do Ressuscitado: Não tenham medo! Eu sou o Primeiro e o Último, aquele que vive”. É em Cristo que a comunidade encontra a força para caminhar e vencer aos que se opõem à vida nova de Deus. Neste contexto foi escrito o apocalipse como estímulo á conversão e ao seguimento do Cristo Ressuscitado, o Filho do homem e Senhor da história. João, em sua visão, cai por terra, como morto, representando o profeta enviado às Igrejas com mensagens de esperança aos perseguidos pela fé.
Sem esperança e fé, o medo aliena, escraviza e impede a construção de comunidades de amor.
Evangelho: João 20,19-31 Oito dias depois, Jesus entrou e pôs-se no meio deles.
O texto nos mostra que Jesus, crucificado e morto, na Sua Ressurreição é o centro da comunidade cristã que, em Sua memória, se estrutura e recebe força e ânimo para enfrentar as dificuldades, a ausência do Mestre e as perseguições. É na vida em comunidade, na sua liturgia, no seu amor e no seu testemunho, que os homens encontram o caminho, a verdade e a vida em Jesus Cristo. Os cristãos, com os discípulos, estão reunidos no cenáculo em Jerusalém, para celebrar a Páscoa, no entardecer do primeiro dia da semana, cercados por ambiente hostil.  A comunidade está ansiosa e insegura. O medo é a conseqüência da morte de Cristo e a forma de sua execução.   
O apóstolo João narra a aparição de Jesus aos discípulos, refugiados no Cenáculo e com medo dos judeus, a espera dos acontecimentos. Jesus é o fator de unidade, o último refúgio, como a videira para seus ramos. Ele, como o início e o fim, aparece no meio da comunidade, identifica-Se com os sinais de seu amor e de Seus sofrimentos.  A paz esteja convosco! É o sinal da tranqüilidade e o Shalom da confiança, com a plenitude dos bens prometidos. Pelo “sopra Divino”, o Espírito da vida Nova, plenifica sobre eles a nova realidade: “Como o Pai me enviou também eu vos envio” e institui o Sacramento da Reconciliação, transformando a tristeza dos discípulos em alegria. Tomé estava ausente e a notícia o torna incrédulo, desejando ver para acreditar.
No domingo seguinte, Dia do Senhor, Tomé tem seu encontro com o Amor, fazendo sua experiência e a reprovação do Senhor que vai a seu encontro e o transforma com sua luz: “Porque Me viste acreditaste: Felizes os que acreditam sem terem visto”. No ”Meu Senhor e meu Deus!”, Tomé se reabilita, pede perdão e  professa sua fé, reconhecendo Jesus crucificado e exaltado como Senhor e Deus.
Tomé representa as pessoas que necessitam de sinais de Deus para crer. Estes sinais se realizam na vida comunitária que partilha o amor.  Ele representa também os que vivem fechados em si mesmos e não percebem os sinais de vida nova que se manifesta, pelo contrário, “desejam ver para crer”. A essência da comunidade de irmãos é girar em torno de Jesus para receber d’Ele vida, amor e paz, como Tomé. Sem Ele, somos um rebanho sem Pastor, divididos, sem horizonte.
João faz uma catequese sobre a aparição de Jesus aos discípulos após Sua ressurreição. Seu objetivo é confirmar que Cristo continua vivo e presente em Sua Igreja.

Que a Paz do Senhor esteja com todos nós!