2º Domingo de
Páscoa, 07.04.2013
FELIZES NÓS QUE CREMOS SEM TER VISTO.
A PAZ ESTEJA
CONVOSCO!
A liturgia põe em relevo o papel da
comunidade cristã como espaço privilegiado de encontro com Jesus ressuscitado. Como reflexo desse ano da fé, São João
nos apresenta cinco benefícios da vivência com o Senhor Ressuscitado: A Paz trazida por Cristo; A Alegria de quem convive com o Ele; A Missão, consequência dessa vivência; A força do Espírito Santo, recebida por quem convive com Cristo; e O Perdão do Senhor, garantia de uma Vida Novo. A fé abre nosso coração.
No domingo da Divina
Misericórdia, instituído por João Paulo II, para agradecer a Deus Seu amor por
nós e os braços abertos ao perdão dos arrependidos, voltamos para Ele nosso
coração como fez Tomé: “Meu Senhor e meu Deus”. O amor supera tudo e na cruz Jesus levou ao extremo
sua missão ao vencer o mal. Seu recado nos responsabiliza: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio”, missão divina e santa. O Pai,
na ressurreição de Jesus, aprova a missão do Filho e, em conseqüência,
transfere a nós essa missão. Assim, na Sua a glória, Jesus
sopra o Espírito criador que impulsiona seus discípulos para o ministério da
paz e do perdão como missão evangelizadora.
Jesus, no dia de Sua ressurreição, aparece a seus amigos
reunidos com Maria e comunica-lhes o Shalom, a paz, a plenitude da salvação,
revelando as marcas que O glorificou na cruz. Surge a comunidade de Homens Novos nascidos da cruz e da ressurreição
do Senhor: A IGREJA, com a missão de revelar
aos homens o espírito de comunhão fraterna e a vida nova da ressurreição. O primeiro dia da semana se torna para a
Igreja o dia do Senhor. Viver em comunidade é viver a
experiência do Ressuscitado que vive em seu meio. Tomé vacilou, mas Jesus
entendeu sua atitude.
Primeira Leitura: Atos 5,12-16 Uma multidão aderiu ao Senhor pela fé.
A missão de uma comunidade cristã é ser SINAL e testemunho do CRISTO
ressuscitado.
Salmo Responsorial: Com o salmista bendizemos ao Pai pela vitória de Cristo, a pedra rejeitada
que se tornou a pedra principal: Dai
graças ao Senhor, porque Ele é bom! Eterna a sua misericórdia!
Segunda Leitura: Apoc. 1,9-11a.12-13.17-19 Estive
morto, mas agora estou vivo para sempre.
O texto apresenta os cristãos frente às
tribulações por causa da Palavra e do testemunho de Jesus. No reinado de Domiciano foram perseguidos
de forma violenta onde os poderes se voltavam contra os seguidores de Cristo. Muitos cristãos, cheios de medo,
abandonavam o Evangelho e passaram para o lado do império. Os fiéis discípulos eram sustentados
pela força do Ressuscitado: “Não tenham medo! Eu sou o Primeiro e
o Último, aquele que vive”. É em Cristo que a comunidade encontra
a força para caminhar e vencer aos que se opõem à vida nova de Deus. Neste contexto foi escrito o apocalipse como estímulo á conversão e
ao seguimento do Cristo Ressuscitado, o Filho do homem e Senhor da história. João, em sua visão, cai por terra, como morto, representando o
profeta enviado às Igrejas com mensagens de esperança aos perseguidos pela fé.
Sem esperança e fé, o medo aliena,
escraviza e impede a construção de comunidades de amor.
Evangelho: João 20,19-31 Oito dias depois, Jesus entrou e pôs-se
no meio deles.
O apóstolo João narra
a aparição de Jesus aos discípulos, refugiados no Cenáculo e com medo dos
judeus, a espera dos acontecimentos. Jesus é o fator de unidade, o último
refúgio, como a videira para seus ramos. Ele, como o início e o fim, aparece
no meio da comunidade, identifica-Se com os sinais de seu amor e de Seus sofrimentos.
A paz esteja convosco! É o sinal da tranqüilidade e o Shalom da confiança, com a
plenitude dos bens prometidos. Pelo “sopra Divino”, o Espírito da
vida Nova, plenifica sobre eles a nova realidade: “Como o Pai me enviou também eu vos
envio” e institui o Sacramento da Reconciliação, transformando a tristeza dos discípulos em
alegria. Tomé
estava ausente e a notícia o torna incrédulo, desejando ver para acreditar.
No domingo seguinte, Dia do Senhor, Tomé tem seu encontro com
o Amor, fazendo sua experiência e a reprovação do Senhor que
vai a seu encontro e o transforma com sua luz: “Porque Me viste acreditaste: Felizes os que acreditam sem terem visto”. No ”Meu Senhor e meu Deus!”, Tomé se
reabilita, pede perdão e professa
sua fé, reconhecendo Jesus crucificado e exaltado como Senhor e Deus.
Tomé representa as pessoas que
necessitam de sinais de Deus para crer. Estes sinais se realizam na vida
comunitária que partilha o amor. Ele representa
também os que vivem fechados em si mesmos e não percebem os sinais de vida nova
que se manifesta, pelo contrário, “desejam ver para crer”. A essência da comunidade de irmãos é girar em torno de Jesus
para receber d’Ele vida, amor e paz, como Tomé. Sem Ele, somos um rebanho sem Pastor, divididos, sem horizonte.
João faz uma catequese sobre a aparição de Jesus aos discípulos após Sua
ressurreição. Seu objetivo é confirmar que Cristo
continua vivo e presente em Sua Igreja.
Que a Paz do Senhor esteja com todos nós!
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