terça-feira, 2 de abril de 2013


2º Domingo de Páscoa, 07.04.2013
FELIZES NÓS QUE CREMOS SEM TER VISTO.
A PAZ ESTEJA CONVOSCO!
A liturgia põe em relevo o papel da comunidade cristã como espaço privilegiado de encontro com Jesus ressuscitado. Como reflexo desse ano da fé, São João nos apresenta cinco benefícios da vivência com o Senhor Ressuscitado: A Paz trazida por Cristo; A Alegria de quem convive com o Ele; A Missão, consequência dessa vivência; A força do Espírito Santo, recebida por quem convive com Cristo; e O Perdão do Senhor, garantia de uma Vida Novo. A fé abre nosso coração.
No domingo da Divina Misericórdia, instituído por João Paulo II, para agradecer a Deus Seu amor por nós e os braços abertos ao perdão dos arrependidos, voltamos para Ele nosso coração como fez Tomé: “Meu Senhor e meu Deus”. O amor supera tudo e na cruz Jesus levou ao extremo sua missão ao vencer o mal. Seu recado nos responsabiliza: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio, missão divina e santa. O Pai, na ressurreição de Jesus, aprova a missão do Filho e, em conseqüência, transfere a nós essa missão. Assim, na Sua a glória, Jesus sopra o Espírito criador que impulsiona seus discípulos para o ministério da paz e do perdão como missão evangelizadora.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEios9V3wWFAc2TLQjHR-JPAgpNYHrUD53XvMg74FW33oMcZxZ6RZJMGoEw_UJMZgqeKCEc8KTvEA3J9w5_FM7s31hHTTzAUjHJ4OEGFk-OfTFpMuVz27Jqo1W2e_hP0_hQEKYzoo_cNKNGV/s400/pazconvosco.jpgJesus, no dia de Sua ressurreição, aparece a seus amigos reunidos com Maria e comunica-lhes o Shalom, a paz, a plenitude da salvação, revelando as marcas que O glorificou na cruz. Surge a comunidade de Homens Novos nascidos da cruz e da ressurreição do Senhor: A IGREJA, com a missão de revelar aos homens o espírito de comunhão fraterna e a vida nova da ressurreição. O primeiro dia da semana se torna para a Igreja o dia do Senhor. Viver em comunidade é viver a experiência do Ressuscitado que vive em seu meio. Tomé vacilou, mas Jesus entendeu sua atitude.
Primeira Leitura: Atos 5,12-16 Uma multidão aderiu ao Senhor pela fé.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5Z2a611LJfEZ_Do9tzdD8Bfcqaz_wWspuFBNCL98_TsEwcvj0RIakvm7_epaKdCUhzcb4AsFBejbpPW-Jee3fUKIdXGdYcU2kz7jGIxwHaJ1rjl5jWF_De-Kx5ezeAsCuqYORfjI1Kls/s400/030.JPG A fé em Cristo, vencedor da morte, move os apóstolos, sob a égide de Pedro, a realizar sinais, milagres e prodígios em favor do povo. O livro dos Atos dos Apóstolos apresenta o caminho percorrido pela Igreja a partir de Jerusalém, local onde se iniciou a salvação pelo sofrimento de Jesus e onde nasceu a primeira comunidade cristã, a Igreja fiel e digna esposa do Filho de Deus. O texto relata a atividade cristã (a Igreja) no mundo com exemplos de solidariedade e comunhão fraterna, seguindo a missão salvadora e libertadora, dando testemunho do Cristo que continua vivo em Sua proposta de redenção a toda a humanidade.
A missão de uma comunidade cristã é ser SINALtestemunho do CRISTO ressuscitado.
Salmo Responsorial: Com o salmista bendizemos ao Pai pela vitória de Cristo, a pedra rejeitada que se tornou a pedra principal: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom! Eterna a sua misericórdia!
Segunda Leitura: Apoc. 1,9-11a.12-13.17-19   Estive morto, mas agora estou vivo para sempre.
O texto apresenta os cristãos frente às tribulações por causa da Palavra e do testemunho de Jesus. No reinado de Domiciano foram perseguidos de forma violenta onde os poderes se voltavam contra os seguidores de Cristo. Muitos cristãos, cheios de medo, abandonavam o Evangelho e passaram para o lado do império. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqYgxonZoKFhFUlT_pjYv-r6dQmhw9ezib5aP2o46D-33pSWj6kOo2Gkjopzzzl-BghPRh-2LKVMD5-Jx1_vZ2mWNjh2h03QtKLAlTwN-Vm6ZlAwoUpKP0ntYXGyuk7MZT-XehEEx6Io0/s1600-r/Untitled-2+copy.jpgOs fiéis discípulos eram sustentados pela força do Ressuscitado: Não tenham medo! Eu sou o Primeiro e o Último, aquele que vive”. É em Cristo que a comunidade encontra a força para caminhar e vencer aos que se opõem à vida nova de Deus. Neste contexto foi escrito o apocalipse como estímulo á conversão e ao seguimento do Cristo Ressuscitado, o Filho do homem e Senhor da história. João, em sua visão, cai por terra, como morto, representando o profeta enviado às Igrejas com mensagens de esperança aos perseguidos pela fé.
Sem esperança e fé, o medo aliena, escraviza e impede a construção de comunidades de amor.
Evangelho: João 20,19-31 Oito dias depois, Jesus entrou e pôs-se no meio deles.
O texto nos mostra que Jesus, crucificado e morto, na Sua Ressurreição é o centro da comunidade cristã que, em Sua memória, se estrutura e recebe força e ânimo para enfrentar as dificuldades, a ausência do Mestre e as perseguições. É na vida em comunidade, na sua liturgia, no seu amor e no seu testemunho, que os homens encontram o caminho, a verdade e a vida em Jesus Cristo. Os cristãos, com os discípulos, estão reunidos no cenáculo em Jerusalém, para celebrar a Páscoa, no entardecer do primeiro dia da semana, cercados por ambiente hostil.  A comunidade está ansiosa e insegura. O medo é a conseqüência da morte de Cristo e a forma de sua execução.   
O apóstolo João narra a aparição de Jesus aos discípulos, refugiados no Cenáculo e com medo dos judeus, a espera dos acontecimentos. Jesus é o fator de unidade, o último refúgio, como a videira para seus ramos. Ele, como o início e o fim, aparece no meio da comunidade, identifica-Se com os sinais de seu amor e de Seus sofrimentos.  A paz esteja convosco! É o sinal da tranqüilidade e o Shalom da confiança, com a plenitude dos bens prometidos. Pelo “sopra Divino”, o Espírito da vida Nova, plenifica sobre eles a nova realidade: “Como o Pai me enviou também eu vos envio” e institui o Sacramento da Reconciliação, transformando a tristeza dos discípulos em alegria. Tomé estava ausente e a notícia o torna incrédulo, desejando ver para acreditar.
No domingo seguinte, Dia do Senhor, Tomé tem seu encontro com o Amor, fazendo sua experiência e a reprovação do Senhor que vai a seu encontro e o transforma com sua luz: “Porque Me viste acreditaste: Felizes os que acreditam sem terem visto”. No ”Meu Senhor e meu Deus!”, Tomé se reabilita, pede perdão e  professa sua fé, reconhecendo Jesus crucificado e exaltado como Senhor e Deus.
Tomé representa as pessoas que necessitam de sinais de Deus para crer. Estes sinais se realizam na vida comunitária que partilha o amor.  Ele representa também os que vivem fechados em si mesmos e não percebem os sinais de vida nova que se manifesta, pelo contrário, “desejam ver para crer”. A essência da comunidade de irmãos é girar em torno de Jesus para receber d’Ele vida, amor e paz, como Tomé. Sem Ele, somos um rebanho sem Pastor, divididos, sem horizonte.
João faz uma catequese sobre a aparição de Jesus aos discípulos após Sua ressurreição. Seu objetivo é confirmar que Cristo continua vivo e presente em Sua Igreja.

Que a Paz do Senhor esteja com todos nós! 


 

 

 

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