9º Domingo do Tempo
Comum, â02.06.2013
SENHOR, EU NÃO SOU DIGNO QUE ENTREIS EM
MINHA CASA. DIZE UMA
PALAVRA E MEU SERVO SERÁ CURADO.
A Fé do pagão e a cura de
seu empregado.
Reiniciamos o período do tempo comum
na liturgia da Igreja que vai da segunda-feira do Domingo do Pentecostes até a véspera do 1º
Domingo do Advento. É o período de aprofundar a presença de Cristo na vida
cristã, sem considerar os momentos episódicos da vida do filho de Deus e seu
mistério. Iniciamos com o domingo do evangelho do centurião, com sua
célebre frase de humildade e que rezamos antes da comunhão. A
compreensão do mistério de Cristo, numa comunidade com suas diversidades de
dons, problemas e conflito, acontece por obra do Espírito que leva a se identificar
com a presença de Cristo.
A presença de pagãos na Igreja, sem se submeter à lei,
desempenhou um papel fundamental para a difusão da Boa Nova, justificando que o
único mediador é Jesus Cristo, a Nova Aliança entre Deus e os homens e não a lei
judaica. Para a religião judaica esse (a lei)
era o meio pelo qual Deus queria justificar e libertar o povo do pecado. Para Paulo a salvação é obra de Deus,
graça, e não a pretensa lei dos judeus: o absoluto é Cristo, não a lei.
As leituras nos falam da interseção:
Na 1ª Salomão suplica pelos estrangeiros que trabalham em seu templo e não são
judeus; na 2ª Paulo se apresenta como mediador do evangelho ao interceder
pelos gálatas; e na 3ª é o centurião que implora por seu servo. Os
pedidos têm como fundamento a fé viva em Deus. Assim a Igreja é convidada a fazer
essa experiência e mostrar sua verdadeira fé, em especial na prece dos fiéis e
na oração eucarística, abrindo seu coração para o amor e a valorização do irmão
em Jesus Cristo. É preciso, ainda, que os cristãos tenham a consciente de que
não são os únicos agraciados por Deus.
A Palavra de Deus e seu projeto de vida para nós nos questionam
sobre nossa FÉ enquanto rezamos.
Primeira
Leitura: 1Reis 8, 41-43 Quando um estrangeiro vier rezar no teu Templo,escuta-o
Salomão
reza para que Deus atenda os estrangeiros. Em sua oração dedicada ao templo, Salomão não reza apenas pela casa
de Davi e o povo de Israel, mas também pelos estrangeiros, não pertencentes ao
seu povo, para que venham adorar e respeitar o grande e poderoso Deus de Israel
e do Universo.
O sábio Salomão tem o orgulho de ter construído o grande templo como casa de
oração para todas as nações, desejando que Deus abra seus braços às súplicas e necessidades
de todos os homens, todas as nações: que todos os povos O conheçam e O invoquem!
Salmo
Responsorial: O salmista convida
as nações a glorificar o Senhor, pois seu amor e fidelidade dura para sempre. Ide,
vós, por este mundo afora e proclamai o Evangelho a todos!
Segunda Leitura: Gálatas 1, 1-2.6-10
No texto, Paulo salienta que o ministério de apóstolo no anúncio do
evangelho recebeu daquele que foi Ressuscitado por Deus Pai, enfatizando com veemência,
frente aos incrédulos e “plantadores” de orientações alheias aos ensinamentos evangélicos,
que: Cristo é o único mediador da salvação. Paulo acusa os perturbadores e falsos pregadores, mesmo que
sejam anjos vindos do céu: “Se alguém vos pregar um
evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado”.
Paulo escreveu com intensa preocupação,
salientando que não se trata de sua pessoa, mas da pureza do evangelho: “Eu não seria servo de Cristo se pretendesse
agradar aos homens.
A garantia de sua veemência vem de Cristo e não dos
homens porque Deus, que ressuscitou o Filho dos mortos, é o mesmo Deus que
chamou a Paulo para a missão na pessoa de Jesus Cristo.
Evangelho: Lucas 7, 1-10 Nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.
O centurião de Cafarnaum, um pagão que apequena os
representantes da sinagoga por sua fé em Jesus, o Senhor, pela força salvífica
de sua palavra. Lucas descreve o centurião como um homem temente a Deus,
um pagão que serve de exemplo para os judeus e, porque não, a todos nós, cristãos.
Lucas se revela um evangelista ecumênico, descobrindo
os valores dos crentes em todo o mundo, independente de sua origem social ou religiosa.
O Oficial se compadece do servo doente. Ao ouvir falar de Jesus enviou alguns anciãos dos judeus para pedir-lhe que curasse seu servo. Salientes-se que se um judeu freqüentasse a casa de um gentio transgredia regra de pureza ritual e se tornava impuro para o culto e a oração. Os anciãos estão convictos da boa fé e atitudes do centurião, por isso insistem com Jesus em atendê-lo.
O Oficial se compadece do servo doente. Ao ouvir falar de Jesus enviou alguns anciãos dos judeus para pedir-lhe que curasse seu servo. Salientes-se que se um judeu freqüentasse a casa de um gentio transgredia regra de pureza ritual e se tornava impuro para o culto e a oração. Os anciãos estão convictos da boa fé e atitudes do centurião, por isso insistem com Jesus em atendê-lo.
A cura gratuita revela a salvação pela palavra de Jesus, o Vencedor da morte. A fé do oficial pagão, que teme a Deus, é um sinal da abertura do anúncio evangélico para o mundo não-judeu. A cura do criado do centurião, que tem consciência de não pertencer ao povo eleito, revela a sua fé na pessoa de Jesus, fé que para o cristão tem como fonte de origem a mensagem evangélica. O centurião é um pagão que serve de exemplo a todos nós cristãos.
O Espírito do Senhor dá vida e anima o Cristão em missão a serviço do Amor.
Senhor, eu não sou digno...