sexta-feira, 24 de maio de 2013


9º Domingo do Tempo Comum, â02.06.2013

 SENHOR, EU NÃO SOU DIGNO QUE ENTREIS EM MINHA CASA. DIZE UMA
PALAVRA E MEU SERVO SERÁ CURADO.
A Fé do pagão e a cura de seu empregado.
Reiniciamos o período do tempo comum na liturgia da Igreja que vai da segunda-feira do Domingo do Pentecostes até a véspera do 1º Domingo do Advento. É o período de aprofundar a presença de Cristo na vida cristã, sem considerar os momentos episódicos da vida do filho de Deus e seu mistério. Iniciamos com o domingo do evangelho do centurião, com sua célebre frase de humildade e que rezamos antes da comunhão. A compreensão do mistério de Cristo, numa comunidade com suas diversidades de dons, problemas e conflito, acontece por obra do Espírito que leva a se identificar com a presença de Cristo.
A presença de pagãos na Igreja, sem se submeter à lei, desempenhou um papel fundamental para a difusão da Boa Nova, justificando que o único mediador é Jesus Cristo, a Nova Aliança entre Deus e os homens e não a lei judaica. Para a religião judaica esse (a lei) era o meio pelo qual Deus queria justificar e libertar o povo do pecado. Para Paulo a salvação é obra de Deus, graça, e não a pretensa lei dos judeus: o absoluto é Cristo, não a lei.
As leituras nos falam da interseção: Na 1ª Salomão suplica pelos estrangeiros que trabalham em seu templo e não são judeus; na 2ª Paulo se apresenta como mediador do evangelho ao interceder pelos gálatas; e na 3ª é o centurião que implora por seu servo. Os pedidos têm como fundamento a fé viva em Deus. Assim a Igreja é convidada a fazer essa experiência e mostrar sua verdadeira fé, em especial na prece dos fiéis e na oração eucarística, abrindo seu coração para o amor e a valorização do irmão em Jesus Cristo. É preciso, ainda, que os cristãos tenham a consciente de que não são os únicos agraciados por Deus.
A Palavra de Deus e seu projeto de vida para nós nos questionam sobre nossa FÉ enquanto rezamos.
Primeira Leitura: 1Reis 8, 41-43 Quando um estrangeiro vier rezar no teu Templo,escuta-o
Salomão reza para que Deus atenda os estrangeiros. Em sua oração dedicada ao templo, Salomão não reza apenas pela casa de Davi e o povo de Israel, mas também pelos estrangeiros, não pertencentes ao seu povo, para que venham adorar e respeitar o grande e poderoso Deus de Israel e do Universo. O sábio Salomão tem o orgulho de ter construído o grande templo como casa de oração para todas as nações, desejando que Deus abra seus braços às súplicas e necessidades de todos os homens, todas as nações: que todos os povos O conheçam e O invoquem!
Salmo Responsorial: O salmista convida as nações a glorificar o Senhor, pois seu amor e fidelidade dura para sempre. Ide, vós, por este mundo afora e proclamai o Evangelho a todos!
Segunda Leitura: Gálatas 1, 1-2.6-10
Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo de Cristo 
No texto, Paulo salienta que o ministério de apóstolo no anúncio do evangelho recebeu daquele que foi Ressuscitado por Deus Pai, enfatizando com veemência, frente aos incrédulos e “plantadores” de orientações alheias aos ensinamentos evangélicos, que: Cristo é o único mediador da salvação. Paulo acusa os perturbadores e falsos pregadores, mesmo que sejam anjos vindos do céu: “Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado”.
Paulo escreveu com intensa preocupação, salientando que não se trata de sua pessoa, mas da pureza do evangelho: “Eu não seria servo de Cristo se pretendesse agradar aos homens. A garantia de sua veemência vem de Cristo e não dos homens porque Deus, que ressuscitou o Filho dos mortos, é o mesmo Deus que chamou a Paulo para a missão na pessoa de Jesus Cristo.
Evangelho: Lucas 7, 1-10 Nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.
O centurião de Cafarnaum, um pagão que apequena os representantes da sinagoga por sua fé em Jesus, o Senhor, pela força salvífica de sua palavra. Lucas descreve o centurião como um homem temente a Deus, um pagão que serve de exemplo para os judeus e, porque não, a todos nós, cristãos. Lucas se revela um evangelista ecumênico, descobrindo os valores dos crentes em todo o mundo, independente de sua origem social ou religiosa.
O Oficial se compadece do servo doente. Ao ouvir falar de Jesus enviou alguns anciãos dos judeus para pedir-lhe que curasse seu servo. Salientes-se que se um judeu freqüentasse a casa de um gentio transgredia regra de pureza ritual e se tornava impuro para o culto e a oração. Os anciãos estão convictos da boa fé e atitudes do centurião, por isso insistem com Jesus em atendê-lo.
O oficial, excluído pela religião por pertencer ao império Romano e opressor, merece a salvação, não pelas obras realizadas, mas pela fé no Senhor da vida. Ele confia em Jesus e expressa seu respeito: Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa... Merecendo louvável elogio do Mestre:Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei uma fé tão grande”.
A cura gratuita revela a salvação pela palavra de Jesus, o Vencedor da morte. A fé do oficial pagão, que teme a Deus, é um sinal da abertura do anúncio evangélico para o mundo não-judeu. A cura do criado do centurião, que tem consciência de não pertencer ao povo eleito, revela a sua fé na pessoa de Jesus, fé que para o cristão tem como fonte de origem a mensagem evangélica. O centurião é um pagão que serve de exemplo a todos nós cristãos.
O Espírito do Senhor dá vida e  anima o Cristão em missão a serviço do Amor.

 
Na caminhada da fé, cada um é livre
e humilde para Crer no Amor:
“Eu irei curá-lo!”
Senhor, eu não sou digno...
Pelo e-mail, wlimar@yahoo.com.br Participe, dando sua sugestão.

 

 

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