terça-feira, 12 de março de 2013


5º Domingo do Tempo Comum-17/03/2013, Ano C
O AMOR DE JESUS MUDA A VIDA DA MULHER PECADORA E A NOSSA: “VAI E NÃO TORNES A PECAR
http://www.missaofoiporvoce.com.br/home/wp-content/uploads/2013/02/q51.jpgNa caminhada quaresmal, a Liturgia nos fala do amor de Deus que nos desafia a vencer, com o seu amor e a sua misericórdia, o que nos escraviza, convidando a nos despir da hipocrisia e da intolerância, e nos vestir do amor para chegar à vida nova da Ressurreição. “Faço novas todas as coisas”, Jesus, com o mesmo coração bondoso do Pai que acolhe o filho pródigo, dá-nos exemplo de como acolher os pecadores e conduzi-los à conversão. Último domingo da quaresma: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS_pKOEshW_6uZM6-VgGIUskW6H4TTQkDXcQLJnZIKTWubOrvj90gé tempo propício para rever nossas atitudes na família, na comunidade, na sociedade e eliminar nossos atos e atitudes contrários ao Projeto de Deus. A lei foi feita para todos e Jesus não veio para julgar e condenar, mas para salvar e redimir. A salvação está no perdão e na mudança de vida. Com seu perdão, Deus nos liberta das fraquezas e pecados, devolve-nos a dignidade de filhos e nos educa para a misericórdia, por isso vamos nos colocar, com humildade, diante do olhar amoroso do Pai que com amor nos acolhe.
 
A mesa da Palavra nos faz experimentar e reconhecer a misericórdia, o amor de Deus que realiza prodígios e nos recria para uma Vida Nova em busca da perfeição.
Primeira Leitura: Isaías 43,16-21 Eis que eu farei coisas novas e as darei ao meu povo.
http://3.bp.blogspot.com/-anSZN0qJOPQ/UNdZYcZuubI/AAAAAAAAAU4/8ddn4pOnj9k/s1600/VF.jpgO texto apresenta o Deus libertador que acompanha com amor e dedicação a caminhada do seu Povo para a liberdade definitiva, lembrando o êxodo do Egito. Essa caminhada é o paradigma da libertação que Deus nos convida a fazer neste tempo de Quaresma para nos levar à Terra Prometida, para a vida nova da salvação. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTkf86uvrM9twDkkUcIvGG3RIOBIiTHDE86sM7ukydlNFsMeORIbgO profeta, durante o exílio da Babilônia, anima o povo sofrido com a esperança da libertação. Deus que realizou maravilhas no êxodo abrirá um caminho novo no deserto, para conduzir o povo de volta à terra prometida, como a mãe de todas as libertações, através do Messias prometido.  Assim, a Palavra de Deus nos mostra a imensa misericórdia do Senhor que é capaz de realizar prodígios, provando sua bondade para nos libertar e conduzir a “Terra Prometida”, sem voltar ao passado: que sua lembrança só siva para alimentar a esperança.
O nosso Deus é Deus libertador que plenifica a dignidade do homem e rejeita escravidão que destrói a vida.
Salmo Responsorial: Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
O salmista canta a salvação que reconduziu os exilados a Sião.
Segunda Leitura: Filipenses 3,8-14
Por causa de Cristo eu perdi tudo, tornando-me semelhante a ele na sua morte.
http://sphotos-a.xx.fbcdn.net/hphotos-ash4/c0.0.403.403/p403x403/485021_139011549600071_975621599_n.jpgO texto é um desafio a nos livrar de tudo que nos impede a descobrir e a viver o essencial em nossa vida: a comunhão e a identificação com Cristo, fundamento de nossa ressurreição. A força amorosa do perdão é capaz de causar mudanças profundas em nossa vida, isto é, trocar o lixo pela fé em Cristo, deixando o que ficou para trás e olhar para frente. A carta de Paulo aos amigos que o acompanham na prisão, é um recado de esperança e gratidão ao amoroso amor de Cristo que o cativou, mostrando http://1.bp.blogspot.com/_U2YlbAOVJHA/TRFKqi_U84I/AAAAAAAAAHg/B9MQsN3TECQ/s1600/Jesus.jpgo verdadeiro caminho para conhecer Cristo e sentir a força de Sua ressurreição. Não esquecer os ensinamentos de Jesus e fugir dos falsos pregadores, tão presente em nosso cotidiano religioso, faz parte de seu recado. Paulo sabe que partilhar a vida com Cristo implica em luta diária e sujeita a fracassos por nossas fraquezas, pois o caminho da entrega e do dom da vida é exigente.  Chegar à vida nova, à ressurreição, só tem esse caminho: apaixonar-se por Cristo, abandonando os empecilhos que ele chama de “lixos”.
Para Paulo, o que importa é priorizar o essencial: viver em comunhão e identificação com Cristo, com seu serviço e a sua entrega.
Evangelho: João 8,1-11
Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar a primeira pedra.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNSeUqM10Z_mX6AK4cXDkUmy-LqWf-cZ0IQOWZwSrfybj-6tfkVQEW5sYEoV_4aUuuVJdcMCvshCoyXcg6jWRH-fHYItTrZneU-pAi0d6bF1KcfNcxWuYa1lTYXq1UnL47yaDGZYck9V9N/s1600/ATIRAR+PEDRA.jpgO texto apresenta uma cena dramática: uma mulher pega em adultério deve ser morta apedrejada. Era o castigo estabelecido pelas normas e leis vigentes. Os “inocentes” fariseus e anciãos levam-na a Jesus, pois queriam pô-LO à prova e sentir sua reação e julgamento. Se Ele não a condenasse, estaria contra a lei. Se a condenasse, não era tão misericordioso como dizia. Imaginemos a sena patética dos acusadores, pretensos cumpridores da lei. Jesus é irrevogável: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra” e, aparentemente, distraído com sua escrita na areia, aguarda a reação e o desfecho de Sua proposta. Deixou que cada um se julgasse a si mesmo. “Eu não julgo ninguém… não vim para julgar, mas para salvar” (Jo 8,12.47). Jesus apenas escreve com o dedo no chão, como desconhecendo o que estava acontecendo.
O episódio nos apresenta uma atualização. A Igreja é acusada de muitos males. Ela é a pecadora que os acusadores do mundo atual desejam apedrejar, jogando infames acusações. Os atuais e justiceiros fariseus jogam seus erros na mulher (Igreja) pecadora. Jesus deseja que nos convertamos, deseja uma Igreja Santa, embora pecadora, por isso Seu veredicto: “Ninguém te condenou? Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”. Jesus rejeita o erro e nos convida a uma conversão permanente que renovará todas as coisas em nossa vida. Ele não vem com cobranças, mas com amor, sem julgar. Sua maneira de agir abre caminho para o difícil desafio da convivência humana que é exigente no julgamento do outro. Mudança se faz com amor, sem moralismo.
Aquela mulher representa cada um de nós acolhido pelo perdão do Senhor. É como sentir Jesus falando em nosso íntimo: “Eu estou aqui e lhe dou o meu perdão. Vim salvar o que estava perdido. Vá e cuide para não se adulterar com coisas que não são de Deus, não traí-LO, como fizeram os fariseus e mestres da lei”.
Cabe-nos louvar a Deus por Sua misericórdia e caminhar para a Páscoa, aliado a Seu projeto de vida e paz, e comprometidos com o amor sem envelhecer no pecado. A maldade está em ver e acusar os males nos outros e não os próprios. Deus não deseja a morte do pecador, mas que cada um mude de conduta e viva: somos chamados à conversão com o irmão. Com a retirada dos acusadores, Jesus não pergunta à mulher se ela está arrependida: convida-a, apenas, a seguir um caminho novo, de liberdade e de paz – “não peques mais!”
Jesus convida os delatores a rever as próprias atitudes: “quem não tiver pecado, condene!”, e oferece perdão e vida nova.
O nosso Deus funciona na lógica da misericórdia e não na lógica da Lei. Não quer a morte, mas a liberdade e vida plena. Jesus é o caminho, nós o seu rosto.
Pelo e-mail, wlimar@yahoo.com.br
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