10º Domingo do Tempo Comum Æ09.06.2013
JESUS É O SENHOR DA VIDA E DA
HISTÓRIA
O Senhor visita
seu povo e, com autoridade, manda:
Jovem, eu te ordeno, levante-te!
A liturgia da Palavra traz a experiência da dor. Jesus mostrou que Deus ama a todos e
não quer o sofrimento. Os textos apresentam o rosto misericordioso e compassivo de Deus
que se manifesta nas ações de Elias, de Jesus e de Paulo. O Deus da vida vai ao
encontro das viúvas de Sarepta (Senhor,
salve seu filho) de Naim (mulher,
não chores) e de Paulo (o perseguidor
dos cristãos), que sofre
incompreensões por parte de membros da comunidade.
Deus está sempre no meio de seu povo, através de Jesus, para
lhes enxugar as lágrimas e consolar os que sofrem pela solidão e abandono,
levando-lhes a esperança e o amor a vida, a fim de resgatar-lhes a dignidade, a
confiança, a alegria de viver.
A história mostra
nosso Deus agindo nos profetas, em defesa dos
oprimidos, como as viúvas; no seu Filho,
assumindo a dor e a tristeza dos que sofrem, levando bondade e salvação. As duas viúvas, na morte dos filhos, representam a humanidade
carente do amor Deus na luta em favor da vida. Jesus veio trazer o consolo, a salvação,
a vida divina que permanece para sempre.
Somos
chamados a seguir esse caminho do amor, viver a bondade e estender a mão aos sofredores
e carente de Deus, levando a Boa Notícia do Salvador que deu a vida por amor. É o convite do Senhor da vida que nos chama, como discípulos, a
proclamar a mensagem libertadora do Evangelho. Ano da
fé nos estimula a descobrir deus no mundo e glorificá-LO por tudo o que Ele
realiza em nosso favor.
O amor de Deus, seu projeto de vida nos convoca a viver o amor
entre irmãos frente ao sofrimento e a morte.
entre irmãos frente ao sofrimento e a morte.
O texto apresenta a
viúva Sarepta, pobre e estrangeira, com seu filho e o profeta Elias, seu
hóspede. Elias não deixa faltar farinha nem azeite para alimentá-los. O filho dessa mulher adoeceu e morreu. O relato revela o cuidado e a preocupação de Deus com seu povo. Deus é
o Deus da vida e não o Deus da morte no imaginário da viúva que via no profeta,
como que acusando o mal do filho por causa de seus pecados. Elias invoca a misericórdia de Deus na restituição da vida do
menino. A viúva, vendo o filho recuperado, reconhece em Elias o enviado de Deus: “Agora vejo que és um homem de Deus e que a palavra do Senhor é
verdadeira em teus lábios”.
A morte é um enigma, um
mistério para o homem, que jamais deve imaginar como sendo um castigo de Deus: A bondade de Deus é infinita e deseja só o bem e a felicidade de
seus filhos. Jesus faz referência à viúva de Sarepta e
ao sírio Naamã como representante dos gentios que entram na Igreja, após receber
o Evangelho. O profeta Elias é a figura que
acredita no Deus da vida, que não abandona o homem ao poder da morte e
ressuscita o filho da viúva. Assim,
nós que somos cristãos, devemos pensar e agir com esperança e sem pessimismo pelas
desgraças que nos atingem.
Salmo Responsorial: O salmista exalta o Senhor que salvou
sua vida da morte, transformando dor em alegria. Eu Vos louvo, ó Senhor,
porque me salvastes.
Segunda Leitura: Gálatas 1,11-19
Ele me revelou seu Filho para que eu
o pregasse entre os pagãos.
Paulo defende a autenticidade de sua pregação e do seu
ministério apostólico que segue critério divino e não humano. Ele recebeu de
Cristo e não é diferente do evangelho pregado pelos apóstolos “Pois mesmo que nós ou um anjo vindo do céu
vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excluído!”. Ele reafirma que tudo o que apreendeu foi por revelação Divina
em Cristo Jesus. Quando judeu, era um zeloso fariseu e fiel às tradições paternas
que acreditava na salvação pela lei e não pela graça; lutou por seus ideais,
incluindo a perseguição à Igreja de Deus. Ao ser “fisgado” por Deus, dá uma
reviravolta em sua vida e inicia uma nova de amor e fé nos ensinamentos de
Cristo, tornando-se ardoroso pregador entre os pagãos. “Combati o bom combate, guardei a fé”, escreve mais tarde da prisão (em
2Timóteo). A certeza de sua vocação era tanta que não julgou necessário consultar
os apóstolos em Jerusalém, só comparecendo 3 anos após em encontro com Tiago.
A gratuidade da conversão é uma força
vital, uma dinâmica profética que alguém recebe diretamente de Deus.
Evangelho: Lucas,
7,11-17 Jovem, eu te ordeno, levanta-te!
Jesus, com os discípulos e uma multidão, chega à cidade de Naim e se
depara com o enterro do filho único de uma viúva que, já excluída de direitos,
sentia-se desamparada e triste. Jesus, cheio de compaixão, consola a viúva e se
aproxima do morto, deixando de lado normas de pureza ritual que proibiam tocar
um cadáver. O jovem
sentou-se e começou a falar e Jesus o entregou a sua mãe, como fez Elias,
quando entregou o filho à viúva de Sarepta.
O texto apresenta a experiência da dor. Jesus mostrou, na ressurreição do jovem, a paixão pela vida como sinal libertador. A morte não é para pagar pecados. Cabe a nós, batizados, valorizar a vida como dom de Deus. Milagre se busca, crendo em Deus para que a dor nos una aos sofrimentos de Jesus pela fé e serviço e sermos julgados pelas atitudes de misericórdia. Por isso, em Naim Deus visita seu povo e mostra que a ressurreição é uma atitude de vida, mas que a ressurreição de Jesus é a que representa o significado supremo dos milagres.
O texto apresenta a experiência da dor. Jesus mostrou, na ressurreição do jovem, a paixão pela vida como sinal libertador. A morte não é para pagar pecados. Cabe a nós, batizados, valorizar a vida como dom de Deus. Milagre se busca, crendo em Deus para que a dor nos una aos sofrimentos de Jesus pela fé e serviço e sermos julgados pelas atitudes de misericórdia. Por isso, em Naim Deus visita seu povo e mostra que a ressurreição é uma atitude de vida, mas que a ressurreição de Jesus é a que representa o significado supremo dos milagres.
Jesus traz consolo e vida
divina permanente, convocando-nos para socorrer os desamparadas e em situação
de exclusão e morte. Paulo nos ensina a enfrentar os desafios e anunciar a Boa
Nova e Lucas nos coloca no caminho de Jesus em defesa da vida. (Batista parece indeciso): “És Tu que hás de vir ou devemos esperar
outro?” Que Senhor Deus faça de nós fonte de fé e de vida em Cristo que
é a Sua infinita bondade, compaixão e amor. Ele veio
criar e oferecer ao homem alegria e felicidade de uma vida aberta, criadora e
livre. Nossa opção é seguir o caminho da
esperança, da ressurreição que transforma o choro da morte em sentido de vida.
“Deus visitou o seu povo”. Jesus é “um
grande profeta” que veio realizar o reino pela
ressurreição, oferecendo a sua vida, obediente ao Pai.