quarta-feira, 28 de agosto de 2013


SER HUMILDES É ENCONTRAR GRAÇAS DIANTE DO SENHOR
QUEM SE Exalta SERÁ HUMILHADO E QUEM SE HUMILHA SERÁ EXALTADO”.
Iniciamos a Semana da Pátria, na esperança de construir um País feliz e para todos, com políticos a serviço do povo. Paulo 6º afirma: “Combater a miséria e lutar contra a injustiça é promover o bem-estar e o progresso material e espiritual das pessoas e o bem comum da humanidade”. Setembro, tempo de aprofundamento da Palavra de Deus, é o Mês da Bíblia. A data, 30 de setembro, homenageia São Jerônimo, eremita e monge (347-420): mestre e amante da Sagrada Escritura. Como secretário do Papa Dâmaso, fez da Bíblia, traduzida do hebraico e aramaico para o latim, um livro oficial, com texto popular e acessível, a “VULGATA”, referência para toda a Igreja. Sagrada Escritura: Fonte de fé e ins­piração para a vida cristã. Nela encontramos a bondade de Deus que nos ensina a amar e a perdoar como prática da correção fraterna, tema deste domingo. A Bíblia: Livro inspirado por Deus e principal Autor, com 73 livros (46 do antigo e 27 do novo testamento). A liturgia nos faz refletir sobre os valores e os desafios do Reino: a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado com uma atitude de sabedoria e amor à Palavra de Deus que nos convida a olhar para dentro de nós e avaliar nossas atitudes de: humildade ou orgulho, serviços ou privilégios. Que a  Palavra abra nosso coração.

1ª Leitura: Eclesiástico.19-21,30-31 Sê humilde e encontrarás graça diante do Senhor.
O texto, como mensagem fundamental da Palavra de Deus que hoje nos apresenta, diz respeito à pessoa humilde que caminho para agradar a Deus e aos homens, ter êxito e ser feliz. Alguns judeus, incluindo sacerdotes e levitas, seduzidos pelo brilho de outras culturas, abandonaram os valores tradicionais judaicos de humildade e serviço. Consciente da ameaça às raízes judaicas e do patrimônio religioso, o autor procura conscientizar o povo, defendendo os ensinamentos de Deus (Torah), como um pai instrui seu filho, pregando a humildade como garantia de estima dos homens e da graça de Deus: “grande é o poder do Senhor que é glorificado pelos humildes”.
humilde é quem assume sua simplicidade e coloca seus talentos a serviço, sem humilhar os outros, como sinal de simplicidade.
Salmo Responsorial: O Salmista exalta os justos na presença de Deus, cantando hinos a Seu nome.  Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
Sem a escuta humildade da Palavra, nossa ação se torna estéril e vazia perante Deus.
2ª Leitura: Hebreus,14,18-19.22ª Vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo.
A figura da cidade de Jerusalém no alto do monte Sião, significa lugar sagrado para o povo de Deus, criando saudade aos judeus de seus costumes e antepassados.  Paulo os orienta, comparando a religião antiga, representada pelo monte Sinai, com a religião cristã, que tem como símbolo a nova Jerusalém. É como sair de uma religião cômoda, sem exigências, para um cristianismo de encontro com Deus, de doação, de humildade e de amor desinteressado, com uma exigência fundamental: a vida cristã do amor que se faz dom e comunhão, como fidelidade à vocação cristã.
O Batismo aproxima o cristão de Deus, numa experiência de filiação, de comunhão, de intimidade e de amor verdadeiro. A vida cristã é uma experiência alegre e de festiva redescoberta da fé que supera o comodismo, os desvios cristãos, e conduzem a uma caminhada de exigências com compromissos. O próprio Cristo nos alerta a ver nosso Deus não como um Pai vingativo ou opressor, mas bondoso e compassivo, um Pai que nos convoca à comunhão com Ele e com os irmãos, formando Sua Família. 
Evangelho: Lucas, 14,1.7-24 Quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será exaltado.
No tempo de Jesus, banquetes e festas eram ocasiões dos privilegiados manifestar seu prestígio e distinção social, como hoje muitos se sentem valorizados, ocupando lugar de destaque. Eram convidados amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos. Jesus propõe um novo tipo de banquete e convidados, citando os pobres, aleijados, coxos e cegos, como preferenciais, que eram considerados pecadores, impuros, proibidos de entrar no templo e preteridos de Deus:
dando-nos uma lição de humildade. Ele não buscou as glórias deste mundo, mas exemplo de humildade e mansidão, valorizando os menos favorecidos. O texto apresenta a maneira de ser humilde e Jesus vai mais além: ensina-nos a convidar, sem exigências e preferência, quem não convida por não ter como retribuir:  assim faremos acontecer aqui o Reino de Deus, lembrando que: “Quem dá aos pobres, empresta a Deus”.
Os fariseus formavam um dos principais grupos religioso-políticos da sociedade palestina da época. Dominavam as sinagogas e eram adversários de Jesus. Consideravam a si próprios como “puros” e, não sendo modelos de humildade, eram condenados por Jesus: “Ai de vós, hipócritas”! Banquete era momento de encontro fraterno e Jesus, ao se fazer presente, como sinal de comunhão e amor gratuito, anuncia a realidade do Reino como espaço de irmandade e de morada dos humildes, sinal dessa comunhão, quebrando paradigmas. O desejo de entrar nele é fazer-se pequeno, humilde e não ter pretensões de ser o melhor, o mais justo, ou mais importante que os outros.
A Igreja, fruto do Reino, deve ser essa comunidade de amor onde se cultiva a humildade, a simplicidade, o amor gratuito e desinteressado: Sem lutar por lugar privilegiado. A ambição foge à lógica do Reino.
Deus oferece seus dons para o homem seguir o caminho da fraternidade e da justiça. A humildade se manifesta no serviço e amor ao irmão
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