SER HUMILDES É ENCONTRAR GRAÇAS DIANTE DO
SENHOR
“QUEM SE Exalta SERÁ HUMILHADO E QUEM SE HUMILHA SERÁ EXALTADO”.
Iniciamos a Semana da Pátria, na
esperança de construir um País feliz e para todos, com políticos a serviço
do povo. Paulo 6º afirma: “Combater
a miséria e lutar contra a injustiça é promover o bem-estar e o progresso material e
espiritual das pessoas e o bem comum da humanidade”. Setembro, tempo
de aprofundamento da Palavra de Deus, é o Mês da Bíblia. A
data, 30 de setembro, homenageia São Jerônimo,
eremita e monge (347-420): mestre e amante da Sagrada Escritura. Como secretário do Papa Dâmaso, fez da
Bíblia, traduzida do hebraico e aramaico para o latim, um livro oficial, com
texto popular e acessível, a “VULGATA”, referência para toda a Igreja. Sagrada
Escritura: Fonte de fé e inspiração para a vida cristã. Nela encontramos a bondade
de Deus que nos ensina a amar e a perdoar como prática da correção fraterna, tema deste domingo. A Bíblia: Livro inspirado por Deus e principal Autor, com 73 livros (46 do antigo e 27 do novo
testamento). A liturgia nos faz refletir sobre os valores e os desafios do
Reino: a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado com uma atitude de sabedoria e amor à Palavra de Deus
que nos convida
a olhar para dentro de nós e avaliar nossas atitudes de: humildade ou orgulho, serviços
ou privilégios. Que a Palavra abra nosso coração.
1ª Leitura: Eclesiástico.19-21,30-31 Sê humilde e encontrarás graça diante do Senhor.
O texto, como mensagem
fundamental da Palavra de Deus que hoje nos apresenta, diz respeito à pessoa humilde
que caminho para agradar a Deus e aos homens, ter êxito e ser feliz. Alguns judeus, incluindo
sacerdotes e levitas, seduzidos pelo brilho de outras culturas, abandonaram os valores
tradicionais judaicos de humildade e serviço. Consciente da ameaça às raízes judaicas e
do patrimônio religioso, o autor procura conscientizar o povo, defendendo os
ensinamentos de Deus (Torah), como um pai instrui seu filho, pregando a humildade como garantia de estima dos homens e
da graça de Deus: “grande
é o poder do Senhor que é glorificado pelos humildes”.
humilde é quem assume sua simplicidade e coloca seus
talentos a serviço, sem humilhar os outros, como sinal de simplicidade.
Salmo Responsorial: O Salmista exalta os justos na presença de Deus, cantando hinos a Seu nome.
Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
Sem a escuta humildade da Palavra, nossa ação se torna estéril e vazia
perante Deus.
2ª Leitura: Hebreus,14,18-19.22ª Vos aproximastes do monte Sião e da
cidade do Deus vivo.
A figura da cidade de Jerusalém no alto
do monte Sião, significa lugar sagrado para o povo de Deus, criando saudade aos judeus de seus costumes e antepassados. Paulo os orienta, comparando a religião antiga, representada pelo
monte Sinai, com
a religião cristã, que tem como símbolo
a nova Jerusalém. É como sair de uma religião cômoda,
sem exigências, para um cristianismo de encontro com Deus, de doação, de
humildade e de amor desinteressado, com uma exigência fundamental: a
vida cristã do amor que se faz dom e comunhão, como fidelidade à vocação cristã.
O Batismo aproxima o cristão de
Deus, numa experiência de filiação, de comunhão, de intimidade e de amor
verdadeiro. A vida cristã é uma experiência alegre e de festiva redescoberta da
fé que supera o comodismo, os desvios cristãos, e conduzem a uma caminhada de
exigências com compromissos. O
próprio Cristo nos alerta a ver nosso Deus não como um Pai vingativo ou
opressor, mas bondoso e compassivo, um Pai que nos convoca à comunhão com Ele e
com os irmãos, formando Sua Família.
Evangelho: Lucas, 14,1.7-24 Quem
se eleva, será humilhado e quem se humilha, será exaltado.
No tempo de Jesus,
banquetes e festas eram ocasiões dos privilegiados manifestar seu prestígio e
distinção social, como hoje muitos se sentem valorizados, ocupando lugar de
destaque. Eram convidados amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos. Jesus propõe um novo tipo de banquete e convidados, citando os
pobres, aleijados, coxos e cegos, como preferenciais, que eram considerados
pecadores, impuros, proibidos
de entrar no templo e preteridos de Deus:
dando-nos uma lição de humildade. Ele não
buscou as glórias deste mundo, mas exemplo de humildade e mansidão, valorizando
os menos favorecidos. O texto apresenta a maneira de ser
humilde e Jesus vai mais além: ensina-nos a convidar, sem exigências e preferência, quem não convida por não ter como
retribuir: assim faremos acontecer aqui o Reino de Deus, lembrando que: “Quem dá aos pobres, empresta a Deus”.
Os fariseus formavam um dos principais grupos religioso-políticos
da sociedade palestina da época. Dominavam as sinagogas e eram adversários de Jesus.
Consideravam a si próprios como “puros” e, não sendo modelos de humildade, eram
condenados por Jesus: “Ai de
vós, hipócritas”! Banquete era momento de encontro
fraterno e Jesus, ao se fazer presente, como sinal de comunhão e amor gratuito,
anuncia a realidade do Reino
como espaço de irmandade e de morada dos humildes, sinal dessa comunhão, quebrando paradigmas. O desejo de entrar nele é fazer-se
pequeno, humilde e não ter pretensões de ser o melhor, o mais justo, ou mais
importante que os outros.
A Igreja, fruto do Reino, deve ser essa comunidade de amor onde
se cultiva a humildade, a simplicidade, o amor gratuito e desinteressado: Sem lutar por lugar privilegiado. A ambição foge à lógica do
Reino.
Deus oferece
seus dons para o homem seguir o caminho da fraternidade e da justiça. A
humildade se manifesta no serviço e amor ao irmão
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