A PALAVRA DE DEUS

A  V I D A   E   A   B Í B L I A

O Deus não é um ser que se isola. Ele se comunica com os homens e está em contínua ligação com os homens. Nosso Deus, Pai misericordioso e fiel, é amor e amor infinito e esse amor se traduz na Bíblia que é sua palavra. 

A Bíblia é a voz de Deus que interage com os homens. É a voz de Deus no coração dos homens. Santo Agostinha dizia: “Quem desconhece a Bíblia, desconhece Deus; quem desconhece a Bíblia, desconhece a Jesus Cristo; quem desconhece a Bíblia, desconhece a si mesmo”.

Deus, na sua infinita sabedoria, criou o homem e a Bíblia. Duas obras distintas onde uma não depende da outra, mas se completam. O homem, criado à imagem e semelhança de seu Criador, com liberdade para o ser e para o ter, deve viver para servir e amar a Deus. O homem, no entanto, rumou caminhos distantes dos desígnios Divinos, criando uma sociedade injusta e desigual entre os iguais, voltada para seus interesses egoístas e interesseiros. É a quebra da obediência, da aliança e conseqüente relação do homem com Deus. 

Sua segunda criação, a Bíblia, o a verdade e a vida, que dá ao homem os meios e o caminho para sua redenção e completa relação filial e amoroso com o Pai. A Bíblia, a obra inspirada por Deus, o livro dos livros, composto de 73 Livros, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Traduzida por mais de 1.700 línguas e dialetos, é ainda desconhecida pela maioria dos cristãos. Ela não pode ser um mero livro de enfeite de prateleira... Ela é para ser lida e estudada como meio de conhecer Deus, Jesus Cristo e a nós mesmos, servindo de preceito e regras de fé e de prática de vida. Confirmar o que disse Santo Agostinho de que, quem conhece a Bíblia, conhece a Deus.

  O Evangelho do 23º Domingo do tempo comum (Lc.14,25-35), que nos abre caminho para uma decisão de como deve ser nosso seguimento aos ensinamento de Jesus Cristo, inicia de forma ontológica: “grande multidão acompanhava Jesus”. Jesus, como mestre e carismático pregador, atraia multidões que queriam ouvi-Lo: uns por curiosidade, outros por interesse em acusá-lo ou, ainda, para obter curas de seus males físicos: ávidos por milagres.  

A maioria, no entanto, eram fiéis seguidores de seus ensinamentos e famintos de suas verdades de fé, que sentiam nEle a segurança de um verdadeiro Mestre e libertador. Jesus, ao vê-los, voltou-se para a multidão e, de forma rigorosa e categórica os admoestou para uma escolha coerente e correta de suas prioridades. Como devemos ver e encarar a vida, fazendo a opção que agrade a Deus e nos leve a salvação eterna.  O desapego das coisas terrestre (pais, filhos, cônjuge ou irmãos e, de modo especial, dos bens e riquezas que nos prendem e nos escravizam) tem um significado mais sublime e mais fiel de nossa filiação Divina: É DAR PRIORIDADE AS COISAS DE DEUS. É colocar o que é Divino acima do que é meramente humano, priorizando os desígnios de Deus. O Batismo nos marcou indelevelmente, tornando-nos discípulos missionários de Jesus Cristo, e como filhos do Filho, nossa opção nos torna verdadeiros seguidores com a missão régia, profética e de servidores. No prosseguimento, Jesus cristaliza: “quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo”.   

Em outras palavras, quem deixa para trás partes de sua cruz e, até, sobrecarregando seus irmãos, como pode ser dissípulo, seguidor e servo? O discípulo seguidor é radical e conseqüente porque deseja parte dessa valiosa herança – a felicidade eterna.

Se Deus é exigente, Ele é, acima de tudo, misericordioso a tal ponto de deixa sempre aberta a porta que nos reconduz ao caminho da plenitude, porque sabe que somos eternos “Filho Pródigo” e como Pai deseja eternamente o retorno de seus filhos. Ele exige de nós, apenas uma coisa, a fidelidade ao Reino de Deus. É o sinal de nosso Batismo.

O mês da Bíblia nos coloca nessa perspectiva da Palavra de Deus: amar a Deus sobre todas as coisas e, em conseqüência, ao próximo como a nós mesmos, o que nos torna uma tarefa muito difícil. Amar a um Deus que não vemos, não tocamos e não sentimos, convenhamos, é fácil. No entanto, amar o outro com quem vivemos e nos topamos diariamente e, de modo especial, aquele que nos incomodo, nos atrapalha, nos suscita piedade e ajuda, é algo que nos tira do sério e que, por isso, fizemos tudo para nos esquivar e cair fora, pensando: “não tenho nada com isso, que se vire, o governo que cuide!”, ou damos uma “moedinha”, para sentirmos livre  e com a consciência tranqüila.Esquecemos que o simples dar – material – não é tudo. O importante, o essencial é o amor, o sorrir, o apertar a mão, enfim, o gesto amigo. É o que as pessoas mais carecem, como qualquer um de nós: o sentir-se amado.

O AMOR NÃO É AMADO. Se o AMOR (Deus) é pouco amado, o que dizer das pessoas, onde cada um se preocupa somente com seu umbigo e no seu amor 

próprio? 

SOMOS DISCÍPULOS – MISSIONÁRIOS A SERVIÇO. – pensemos e participemos dessa corrente, a corrente do amor.