Hoje celebramos o mistério central de nossa fé
Como pode três pessoas em um só Deus?!... A solenidade não é um convite para decifrar o mistério, mas contemplá-lo com veneração. Deus é comunidade de amor e para esse fim nos criou: viver o amor entre irmãos. No mistério da Santíssima Trindade, Deus é comunidade de amor, também nós, nEle, devemos sê-lo, louvando-O e bendizendo pelos gestos realizados em todas as Igrejas Cristãs. O evangelho faz parte do diálogo de Jesus com Nicodemos, cujo tema é a vida nova pela água e pelo Espírito. O texto enfatiza um Deus bondoso, rico em perdão e fidelidade, realizando a salvação por amor. Seu Filho único veio mostrar o caminho da salvação e quem nEle crer terá vida eterna. Pela encarnação, o Filho foi enviado para manifestar o amor do Pai, o mistério em obras e palavras até a morte e glorificação.
A ação de Deus é salvar e a fidelidade de Jesus, amando até o fim, realiza essa opção. Acolher e aderir ao Filho de Deus pela fé é fazer a experiência da salvação e, comprometendo-se com seu amor, faz com que o Deus compassivo vá a seu encontro, oferecendo Seu amor e vida plena. É pela unidade do Pai, Filho e Espírito Santo que somos convocados a entrar na dinâmica salvífica do mistério trinitário. Que esse Deus Uno e Trino, Pai, Filho e Espírito Santo, nos conceda a graça de uma vida em comunhão com os irmãos.
Primeira Leitura: Ex 34,4b-6.8-9
O Deus Uno, revelando-se em Jesus como Trino, é apresentado por Moisés como misericordioso, paciente, fiel e rico em bondade.
É a restauração da aliança, violada, reflete a compaixão infinita de Deus que perdoa as infidelidades de seu povo, porque Ele é um Deus que ama e deseja estabelecer laços familiares com os homens. A leitura lembra as tradições sobre a aliança do Sinai que Israel assumiu com Jahwéh. Monte Sinai: não existe identificação geográfica do “monte” da aliança, mas uma península triangular, acidentada e deserto árido. Com a aliança rompida, Moisés intercede pelo Povo, reconduzindo uma Nova Aliança com Israel.Deus aproxima-se de Moisés: é Sua manifestação (a teofania), vinda ao encontro do homem, “na nuvem”, que ofusca o mistério de Deus, oculto e presente, Seu rosto o homem não pode ver. A nuvem lembra, também, a separação entre Céu e terra, e Deus, mistério insondável, o homem só sente no coração. Deus é o parceiro ideal na aliança: Jahwéh é o Deus triunfante, fiel e ilimitado em misericórdia. Ele deseja comunhão respeitando nossa liberdade. Nós, seres livres, até inventamos rostos de Deus, de acordo com nossos anseios e interesses, que fogem da realidade Divina.
Salmo Responsorial: Dan 3,52-56 - Digno é o Senhor de louvor e de glória para sempre.
Segunda Leitura: 2 Cor 13,11-13 – Que a paz de Deus esteja convosco!
São Paulo saúda a todos em nome da Trindade, exortando a buscar a perfeição, o crescimento em Cristo, manifestado na alegria, no crescimento mútuo e na paz. Ele saúda com uma bênção litúrgica solene em nome da Trindade: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco”. Era a fórmula provável que os cristãos utilizavam na celebração Eucarística, como troca da saudação de Paz, constituindo-se em confissão de fé no Deus Trino. O texto nos mostra a realidade de um Deus comunhão, que é família e pretende atrair os homens para a dinâmica de seu amor, nos convocando a viver em comunhão com Ele e com os irmãos. Pelo Batismo a comunidade cristã é convidada a descobrir que Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, é a expressão de amor como família, como comunidade. Assim, os membros da comunidade cristã aderem ao projeto de Deus, apresentado pelo Filho, a caminhada é animada pelo Espírito Santo e, o fim ultimo dessa partilha, é a pertença à família trinitária.
Evangelho: Jo 3,16-18 - Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Único.
João nos convoca a contemplar um Deus cujo amor é tão grande, a ponto de enviar ao mundo seu Filho Unigênito e, Jesus, o Filho, cumprindo o plano do Pai, fez da sua vida um dom total, até a morte na cruz, oferecendo aos homens a vida definitiva. Nesta fantástica história de amor plasma-se a grandeza do coração de Deus. O Pai e o Filho estão unidos num mesmo amor por nós. João, em sua carta, reafirma que “Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo para que tenhamos a vida por ele“ (1Jo 4,9).
O texto faz parte de uma conversa entre Jesus e um chefe dos judeus (Nicodemos) que O visita à noite para não se comprometer como membro do Sinédrio, é o mesmo que se fez presente no enterro de Jesus. Na conversa Nicodemos reconhece a autoridade de Jesus e Jesus lhe diz que para entender sua proposta, é preciso nascer de Deus, porque sua proposta é projeto de Deus. Diz a Nicodemos que o Messias tem que “ser levantado ao alto” porque incarnou a história humana, assumindo sua fragilidade para vencer a morte, onde a cruz é a expressão suprema do amor que transforma homens egoístas e orgulhosos para inseri-los na dinâmica de vida nova e plena.
Resumindo: porque amava a humanidade, Deus enviou o seu Filho Único ao mundo com uma proposta de salvação, que nunca foi retirada e continua aberta e à espera de resposta. Diante da oferta de Deus, o homem pode escolher a vida eterna ou pode se excluir da salvação. Que nossa resposta seja um SIM consciente e amoroso à vontade do Pai, como opção livre, lembrando que o juízo se realiza aqui na terra em função de nossa opção.
GLÓRIA A VOSSA MAJESTADE!
ANJOS E HOMENS COM FERVOR!
VOS ADORAM, DEUS TRINDADE. CANTE
TERRA COM AMOR! SANTO, SANTO É O SENHOR.
wlimar@yahoo.com.br
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