terça-feira, 30 de agosto de 2011

23º Domingo do Tempo Comum 04/9/2O11

 O VERDADEIRO DISCÍPULO DE JESUS VIVE A CORREÇÃO FRATERNA
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSb8j-ZFBxNQO7RFcehvcka0uJTjEFBhV8evJIFDXMYIlmm_34vIniciando o mês de setembro, na semana da Pátria, comemoramos o Dia da Independência do Brasil, seguindo a Revolução Farroupilha, o 17º Grito dos Excluídos, até a celebração do Dia Nacional da Bíblia, no último domingo. Todo o cristão é convocado a mostrar ao mundo os anseios da natureza devastada e do povo abandonado pelos poderes públicos e pela sociedade.  
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQPf2wauYmWKcVAgX1mRKymjyfD0KcamtG5eYJdVOJvJKGlqqTtMzZnuF38A intenção, também, é reavivar nossa relação com as Escrituras Sagradas, fonte de fé e ins­piração para a vida cristã. Nelas encontramos o amor de Deus que nos capacita a amar e a perdoar, resultando na prática da correção fraterna, tema deste domingo. Encerramos o mês vocacional com a revelação do chocante “peso da cruz”, caminho de quem deseja seguir as pegadas do Mestre, como seus “Cirineus”.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTbMV_MMAZFmHwGb05mhKfxa2tl7bq7Ye0eeTlZ8CHCw6gdLXeAOs textos são como um chamado a comunidade cristã, formada por pessoas sujeitas ao erro, para que permaneçam unidas na missão do amor, pela força do Senhor. O amor fraterno é um meio de conversão a fidelidade ao Pai, que deseja que todos vivam como seus filhos. O pecado é um desvio de relações e necessita de uma ação libertadora de Deus que, sempre presente, não abandona a ovelha “fujona” e deseja que nenhum dos Seus se perca. Nós, como comunidade eclesial, fazemos a experiência da fraternidade e do perdão mútuo, levando o irmão a abraçar e assumir sua fé no seio da comunidade, comprometida com a reconciliação e o perdão. Somos responsáveis uns pelos outros, como irmãos de fé que brota da caridade e leva à comunhão.
Primeira Leitura: Ezequiel 33, 7-9-
“Se não advertires o ímpio, eu te pedirei contas da sua morte!”
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O texto nos mostra a missão do Profeta como a de um vigilante da história que, por sua sensibilidade espiritual, agia como sentinela das mensagens Divinas. Ele é o profeta que percebe o caminho que o Senhor deseja para conduzir seu povo, por isso se torna o profeta da esperança que convoca o povo à conversão e a retomada de vida transformadora da sociedade. É seu dever falar francamente, alertar os que correm perigo de se afastar de Deus, porque, se não cumprir essa missão, será responsabilizado pela degradação de seus irmãos. Cabe a cada um ouvi-lo. Essa é a missão de todos nós, como profetas, sentinelas e responsáveis pelo destino e salvação de nossos irmãos.
Ezequiel exerce sua missão profética entre os exilados judeus na Babilônia, procurando convencê-los da falsa esperança do fim do exílio.http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTd4bIWA0j3dMTmbBGxRFhvYC2cRiOizBhUMY_FnRRmfCHuy5ALVQ Eles se sentem abandonados em terra estrangeira e privados de templo, sacerdócio e culto, levando-os a duvidar da bondade e fidelidade de Deus. Ezequiel, nessa fase, mostra ao povo que Deus é fiel e não os abandonará. A imagem de sentinela e vigilante é uma figura que visa defender o povo dos inimigos e dar o alarme oportuno, caso contrário será responsabilizado. Assim é o profeta, homem de fé e atento ao mundo, o guarda de Deus a serviço de Seu Povo, protegendo-o dos perigos.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR5yWMhHWYIqXGgIpgkIWUIZ7m4bSzbukd9gAJET7_TCA__aMj8O profeta sente que a realidade dos homens contraria a verdade de Deus; cumpre sua missão pela dedicação e força Divina e, para provar que Deus não abandona seu Povo, dá exemplo de persistência ao mandato recebido. Assim age nosso Deus, o mesmo de ontem,  hoje e sempre, chamando profetas/sentinelas que alertem os homens de seus erros. O batismo é o sinal profético dos que vivem em comunhão com Deus, onde buscam coragem responsável, para bancar o mundo e dizer o que aflige e destrói os homens.
Salmo Responsorial: O salmista convida a louvar a Deus, o Rochedo salvador e seguro, exortando a uma contínua fidelidade à sua palavra.
Segunda Leitura: Romanos 13,8-10  O amor é o cumprimento perfeito da Lei
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Paulo convoca os cristãos a centralizar sua existência cristã no mandamento do amor. Cristianismo sem amor é uma mentira. Na dúvida com teu irmão, tome como referência  a Lei das leis, Ama teu próximo como a ti mesmoO caminho de Deus à salvação é o amor, que implica em atitudes coerentes com a vida cristã, assumida no batismo. Cabe ao homem acolher e aderir à proposta de Jesus. O amor está no centro de toda experiência religiosa, por isso o autêntico cristão não é um acomodado, de braços cruzados, ele tem uma relação de amor com seus irmãos.
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRL6YO8tzK0Yk2xBGJEc42ZH2ILi5dK_soaAsrDnE6DOqfo6d7PJesus na última ceia sintetizou o amor: “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”! Preocupamo-nos em discutir ritos, leis, autoridades e disciplinas e esquecemos o essencial. Em nossa existência de filhos de Deus,  amor deve ser o essencial. Nossa comunidade cristã, a exemplo das comunidades de Jerusalém, deve ser grupos fraternos com sinais do amor, onde todos são acolhidos para que, os de fora, possam dizer: eles são diferentes, são sinais proféticos da compreensão, do amor, sem egoísmo, ciúmes ou inveja! Nossa dívida de amor é grande, gestos de perdão, partilhas, acolhidas e reconciliações, sempre bate no amor maior, o perdão de Deus que em Seu Filho nos redimiu.
Evangelho: Mateus 18,15-20   Se ele te ouvir, tu ganharás o teu irmão
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQjhRiq1N6MUg4_POgEsg6uAYYPxXVc4LZMkk0jFhgtjJLrJH4A comunidade vivia crise de tensão e relacionamento interpessoal. Mateus, em seu discurso eclesial, como catequese, preocupado e com o objetivo de harmonizar seus irmãos no amor e no perdão, prescreve orientações que pudesse conduzi-los à prática da verdadeira vida cristã. A lei do amor os orienta a uma tática de correção, entre irmãos, com o intuito de reconduzi-los ao bom caminho, sem melindres ou difamação, mas com veemência e amor fraterno para uma vida coerente. Na ação cristã, a correção não deve ser provocativa nem com ódios ou rancores: ela deve ser amorosa e feita com humildade para conduzir o irmão mudança de atitudes. O evangelista deseja mostrar que a Igreja é formada de santos e pecadores (o joio no meio do trigo), propondo  meio de correção adequada.
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS2YRdECianJpOngXI323U5oNZ4QWyMDFCE8to4L6O-cc0XVEEMwgO texto deixa clara a nossa responsabilidade em estender a mão ao irmão para que tome consciência dos seus erros: é o mandamento do amor, sem humilhação, mas diálogo. A vivência em comunidade propicia orgulho, superioridade ou prepotência, uns magoam com atitudes desleais, por isso escandalizam, outros, rebeldes, rejeitam os afoitos ou presunçosos. Aí deve entrar a ação calma e serena de pessoas que, sabendo contornar a situação, leve à correção pessoal e honesta, do irmão em conflito, seguindo o rito proposto, com pedido de socorro da comunidade, até a condenação extrema de situação de pagão e à margem da vida cristã.  Trata-se de posições da Igreja, de ligar ou desligar, reunida em oração, por atitudes de erros, sem condenação, pois é o infrator que se exclui do direito ao Reino.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRhTTEh0zfUnMP2BxHUNDU4LXpEECN4YNvxRlMx4A3imkqGxIUn6gA posição cristã deve ser de tolerância e respeito pelo outro, pelas diferenças, erros ou falhas que afetam o bem comum, distinguindo a pessoa de seus atos, o que não significa indiferença, só porque “ele é maior e vacinado”, por isso é cômodo cruzar os braços. Tolerância não é sinônimo de indiferença, mas  ação de respeito. O evangelho nos intima a levar o irmão infrator à mudança de atitudes com base no mandamento do amor, sem pactuar com seus erros. A lógica de Deus é o perdão, a conversão, por isso longe de ser uma condenação ou humilhação em confronto com o infrator, mas um ato de misericórdia e de paz que o conduza a mudança de vida. A comunidade de fé e conversão nos convida a caminhar como irmãos em busca da santidade por meio da correção fraterna e caridosa.


Perdoai as nossas ofensas, assim como nós
perdoamos aos que nos têm ofendido.
Quem planta o perdão, colhe o amor
O perdão traz serenidade para nossa alma
Quem planta o ódio, colhe a dor
O ódio nos adoece, nos acaba.
wlimar@yahoo.com.br
 

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