domingo, 17 de março de 2013


Domingo de Ramos , de 24/03/2013

“BENDITO O REI QUE VEM EM NOME DO SENHOR” (Lucas 19,38)
“De fato, este homem era filho de deus”.
No Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição de Jesus, celebramos o centro do ano litúrgico como alimento de nossa vida de fé.
http://www.paroquiasjoaobatista.com.br/2011/destaque/TRIDUO_PASCAL_2.jpg1 - Quinta-feira Santa: na Ceia do Senhor, sentamos com Ele para celebrar a Páscoa. No lava-pés recebemos o mandamento novo: O AMOR. Ele dá de comer e beber o seu corpo e sangue que é entregue por nós.
http://cdja.files.wordpress.com/2012/02/semana-santa.gif2 - Sexta-feira Santa: celebramos “o dia em que o esposo nos foi tirado”. Contemplamos Suas chagas que se tornam vivas nos sofrimentos dos injustiçados, nos quais Sua Santa Páscoa continua.
3 - Vigília Pascal: celebramos a Vigília Pascal, “a mãe de todas as vigílias”, noite santa na qual renascemos. Celebramos a escuridão e o resplendor da luz que não se apaga. Celebramos a Ceia do Cordeiro sem mancha, nossa Páscoa, comendo o pão sem fermento e assumindo, comprometidos com a causa do Reino, a ressurreição do Cristo do Homem Novo.
http://paroquiasantateresinha.com.br/wp-content/uploads/2012/04/A-b%C3%AAn%C3%A7%C3%A3o-dos-Ramos.jpg Com o Domingo de Ramos e da Paixão, iniciamos a Semana Santa como momento forte de nossa fé. Dois grandes acontecimentos: Entrada em Jerusalém Jesus é aclamado rei pelo povo: “Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o Filho de Davi!”, e a memória de sua paixão. Enquanto o povo O eclama: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6B5DvG-2E3khziNI00emZm6N1bNGwHdBlwDvk8glEGmO0wRVJi6LKrdYwLXo30PqtKE5bbsOq_BdxISqHTWihOD3Sa76zzbE9E330QYzdIncbQthYKzjLi8Ubb8kzigGyQzV7gRVSbQ4P/s1600/jesus-e-pilatos1.jpg“Hosanas, nos salva!”, vendo em Jesus motivo de liberdade, os poderosos se agitam e sentem em Jesus uma ameaça. A vinda do Rei pobre, sem pompa, nos desafie a uma opção: com Ele ou sem Ele, não existe meio termo. Ficar com o verdadeiro ou com o falso, com o antigo ou aceitar a Nova Aliança. Somos chamados a seguir Seus passos rumo à Páscoa definitiva.
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRD1QLHiMvgcGw8N5WnXNUiMni2D0dw38orvN9Bynqei4fQjhEquQNa quaresma preparamos nosso coração com penitência e caridade. Hoje, unidos à Igreja, seguindos os passos de Jesus em sua cidade para cumprir a vontade do Pai. A liturgia nos convida a contemplar esse Deus amoroso que veio a nosso encontro, viveu nossa humanidade, fez-Se servo, dando sua vida para superar o egoísmo e o pecado. A cruz, no horizonte de Jesus, representa a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que Deus, na pessoa do Filho, nos propõe: doar a vida por amor.
Primeira Leitura: Isaías 50,4-7
Não desviei meu rosto das bofetadas e cusparadas. Sei que não serei humilhado.
http://3.bp.blogspot.com/-qkwYiGv2am4/UJGyYwEI5dI/AAAAAAAADcQ/gx0hiQPs1Zs/s400/isac3adas1.jpgO texto apresenta um Servo sofredor que confia na palavra de Deus e não teme diante dos poderosos e opressores. O Senhor Deus é o meu aliado, por isso nada temerei. Este Servo, chamado por Deus a testemunhar aos homens a Palavra da salvação, sabe que a fidelidade ao mandato é a certeza do sucesso de sua missão. Apesar do sofrimento e da perseguição o profeta concretizou, com teimosa fidelidade, o plano de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “Servo de Jahwéh” a figura de Jesus que recebeu de Deus uma missão. O fim da missão, de aparente insucesso, sua dor não foi em vão: Deus O recompensou com o perdão e a expiação dos pecados da humanidade.
Salmo Responsorial: O salmista se manifesta confiante no Deus que salva no sofrimento de Cristo. Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?
Segunda Leitura: Filipenses 2,6-11
Humilhou-se a si mesmo, por isso Deus o exaltou acima de tudo.
http://www.chamada.com.br/mensagens/imagens/horadagloria.jpg O texto é um hino cristológico que mostra o Filho de Deus, como Servo, obediente à vontade do Pai até a morte na cruz. Por isso, ele foi exaltado e proclamado O Senhor (Kyrios) de todos. Humildade e simplicidade não faziam parte dos valores vividos pela comunidade de Felipos, por isso Paulo a exorta a seguir, como exemplo, o trajeto existencial de Cristo. Este hino que mostra o despejamento de Cristo, e O nomeia como princípio, meio e fim, faz parte da celebração litúrgica para mostrar aos cristãos o exemplo de Jesus a ser seguido. O hino define o despojamento de Cristo. Ele, esquecendo Sua divindade, aceitou assumir com humildade a natureza e a condição humana como servo, sem deixar de ser Deus, dando a vida para revelar aos homens o amor do Pai.
A humildade e o dom da vida é o caminho do cristão que deseja seguir os passos do Mestre que fez de Sua vida um dom universal
Evangelho: Lucas, 19,28-40 e Marcos 15,1-39 Bendito O que vem em nome do Senhor! (Procissão) Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal, antes de sofrer.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9-TAMfMaksimfgBECxgXRKBdRk59Flbl3-mxcGq-3i-G-0-qvrkfvCCDPmMrbyRcxXGDofM3G80-LVfrj9HcDP6OQKzGqdN1z3tyldE8lupCyK9CV0VBhWayLEgd1kNUXTtVHujTZRclO/s400/entrada+triunfal.jpg A entrada triunfal, montado sobre um jumentinho, evoca a expectativa do povo na investidura de um novo rei. Jesus é recebido com ramos e hinos dedicados a altos mandatários, como Deus: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Mas Jesus se revela um Rei a serviço da vida, não triunfalista. Ele é o Messias, O enviado por Deus para trazer a paz e vida nova como meio de salvação. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQa50D0XZSQoolf__4QuTsT-Qsm3s0Y5etYgLcJ8mUByYqZU5upPassados alguns dias a mesma multidão vocifera: “Crucifica-o! Crucifica-o!” O relato da Paixão começa em torno da mesa da ceia pascal, mostrando Jesus como exemplo de serviço e doação: Eu estou no meio de vós como aquele que serve. Os discípulos dormem e ignoram que a morte e ressurreição do Senhor é o caminho da cruz que eles devem seguir. Jesus, modelo de homem justo, é rejeitado e condenado por pregar o amor, o perdão e a misericórdia.
http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/782517/gd/13033049706/Jesus-o-Cordeiro-de-Deus.gifMarcos nos convida a contemplar a paixão e morte de Jesus (relato da Paixão) como momento supremo de uma vida feito serviço, que inicia sua trajetória na Galiléia para encerrar em Jerusalém, para libertar os homens do egoísmo e da escravidão. O Messias, o Filho de Deus, é envido pelo Pai para anunciar aos homens Seu Reino de amor e de Paz sem fim. Jesus é o divino servo que, renunciando a Si mesmo, assume a condição de escravo, por isso é exaltado por Deus como o Senhor dos senhores, o novo Adão e Senhor do Céu e da terra. Seu destino: cumprir a missão que o Pai lhe confiou, sofrer e morrer na cruz, ressuscitando no terceiro dia.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmiiZuD5GINXKQJ6LJ2pAHvAFsrAEFsFJTlmVByQhczsXdDpGn6XllPlwuzUEGXgafX3b7W77QKQYit57LYpicIQF-QyU4TO4le3VKdLK2ZMPs-JEnEthxUCQSTsNR90qklvTJn2fZybj0/s1600/a%252520paz%252520esteja%252520convosco%25281%2529.jpgOs escribas e fariseus, políticos e religiosos, no seu orgulho e vaidade, temem pelo intruso no poder, por isso decidem por fim a Sua trajetória com um plano macabro, incluindo subverter até membros de seus seguidores (Judas). Na cruz Ele revela o amor de Deus, amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total. A morte na cruz expressa sua entrega plena por amor: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito - sinal de salvação que leva à conversão.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju3LltcnEreizFRHjhQ7Zjsz67kTdbQWPwOnpxmCtCYc3sl2yycK-m8SjQIx8a4_TURV7yvr63SmVtXCbyc6azuM1biv59rW5jETKq-v56hwM1Y0wxAeEEc74wUUaywLpmO-v7-0z8f4g/s1600/sexta_santa.jpg O relato da Paixão não é uma simples reportagem da condenação de um cidadão, mas se fundamenta em fatos concretos do Filho de Deus que, assumindo natureza humana, humaniza a natureza divina e eleva a humanidade à liberdade e vida plena de justiça e paz. A catequese de Marcos é um recado aos homens a agir como fez o Centurião romano: “Na verdade, este homem era Filho de Deus!” ao testemunhar a paixão e morte de Jesus. Betânia, Cenáculo, Getsêmani, palácio do sumo sacerdote, pretório romano, Gólgota e o túmulo são os cenários onde se consumou a barbárie, mas que comprovou Jesus Cristo como Filho unigênito do Pai.http://www.redevida.com.br/images/noticias/SEXTA-FEIRA%20DA%20PAIX%C3%83O%20DO%20SENHOR%2006-04.jpg
 Na cruz aparece o Homem Novo, o protótipo do amor radical na luta contra o egoísmo e o pecado, geradores de injustiça, guerra e morte. Para Marcos, o Filho de Deus é o Homem que sente a fragilidade humana: pavor, angústia, solidão e dor. No alto Ele implora: “MEU DEUS, MEU DEUS, PORQUE ME ABANDONASTE!” A oração de um homem solitário.http://detudoumpouko.zip.net/images/1corintios13.jpg
Celebrar a paixão de Jesus é espantar-se na contemplação de um Deus que por amor se tornou frágil. Veio a nosso encontro e, ao assumir nossas limitações, sente a angústia e o pavor diante da morte, traído e abandonado, continuou a amar e se doar até o fim dos tempos. O “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem!” é seu recado de amor sem limites. Olhar para a cruz significa um olhar de denúncia de tudo o que gera ódio, divisão, medo, egoísmo e escravidão, lembrando que o amor gera a vida que nos introduz no dinamismo da ressurreição.
É PRECISO VIGIAR E ORAR COM JESUS PARA REALIZAR A VONTADE DO PAI, POIS É DA ENTREGA COM CRISTO QUE NASCE A FÉ.
A cortina do santuário, que fechava o Santo dos Santos, rasga-se abrindo o caminho para a comunhão com Deus, fechando-se essa barreira.

wlimar@yahoo.com.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário