Domingo de Ramos , de 24/03/2013
“BENDITO O REI QUE VEM EM NOME
DO SENHOR” (Lucas 19,38)
“De fato, este homem era filho de deus”.
No Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição de Jesus,
celebramos o centro do ano litúrgico como alimento de nossa vida de fé.
1 - Quinta-feira Santa: na Ceia do Senhor, sentamos com Ele para celebrar a Páscoa. No lava-pés
recebemos o mandamento novo: O AMOR. Ele dá de
comer e beber o seu corpo e sangue que é entregue por nós.
2 - Sexta-feira Santa: celebramos “o dia em
que o esposo nos foi tirado”. Contemplamos Suas chagas que se tornam vivas nos
sofrimentos dos injustiçados, nos quais Sua Santa Páscoa continua.
3 - Vigília Pascal: celebramos a Vigília Pascal, “a mãe de todas as vigílias”, noite santa na qual renascemos. Celebramos a
escuridão e o resplendor da luz que não se apaga. Celebramos a Ceia do Cordeiro sem mancha, nossa Páscoa, comendo o pão
sem fermento e assumindo, comprometidos com a causa do Reino, a ressurreição do
Cristo do Homem Novo.
Na quaresma preparamos nosso coração com
penitência e caridade. Hoje, unidos à Igreja, seguindos os passos de Jesus em
sua cidade para cumprir a vontade do Pai. A liturgia nos convida a contemplar esse Deus amoroso que veio a nosso encontro,
viveu nossa humanidade, fez-Se servo, dando sua vida para superar o egoísmo e o
pecado. A cruz, no
horizonte de Jesus, representa a lição suprema, o último passo desse caminho de
vida nova que Deus, na pessoa do Filho, nos propõe: doar a vida por
amor.
Primeira Leitura: Isaías 50,4-7
O texto apresenta um Servo sofredor que
confia na palavra de Deus e não teme diante dos poderosos e opressores. O Senhor Deus é o meu
aliado, por isso nada temerei. Este
Servo, chamado por Deus a testemunhar aos
homens a Palavra da salvação, sabe
que a fidelidade ao mandato é a certeza do sucesso de sua missão. Apesar do sofrimento e da perseguição
o profeta concretizou, com teimosa fidelidade, o plano de Deus. Os primeiros
cristãos viram neste “Servo de Jahwéh”
a figura de Jesus que recebeu de Deus uma missão. O fim da missão, de
aparente insucesso, sua dor não foi em vão: Deus O recompensou
com o perdão e a expiação dos pecados da humanidade.
Salmo Responsorial: O salmista se manifesta confiante no Deus que salva no
sofrimento de Cristo. Meu Deus,
meu Deus, porque me abandonastes?
Segunda Leitura: Filipenses 2,6-11
Humilhou-se a
si mesmo, por isso Deus o exaltou acima de tudo.
A humildade e o dom da vida é o caminho do cristão
que deseja seguir os passos do Mestre que fez de Sua vida um dom universal
Evangelho: Lucas, 19,28-40 e Marcos 15,1-39 Bendito O que vem em nome do Senhor! (Procissão) Desejei ardentemente comer convosco esta ceia
pascal, antes de sofrer.
Marcos nos convida
a contemplar a paixão e morte de
Jesus (relato da
Paixão) como momento supremo de uma vida feito serviço, que inicia sua trajetória na Galiléia
para encerrar em Jerusalém, para libertar os
homens do egoísmo e da escravidão. O Messias, o Filho de Deus, é envido
pelo Pai para anunciar aos homens Seu Reino de amor e de Paz sem fim. Jesus é o divino servo
que, renunciando a Si mesmo, assume a condição de escravo, por isso é exaltado
por Deus como o Senhor dos senhores, o novo Adão e Senhor do Céu e da terra. Seu
destino: cumprir a missão que o Pai lhe confiou,
sofrer e morrer na cruz, ressuscitando no terceiro dia.
Os escribas e fariseus, políticos e religiosos,
no seu orgulho e vaidade, temem pelo intruso no poder, por isso decidem por fim
a Sua trajetória com um plano macabro, incluindo subverter até membros de seus
seguidores (Judas). Na cruz Ele revela
o amor de Deus, amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total. A morte na cruz expressa sua entrega plena por amor: Pai, em tuas mãos entrego o meu
espírito - sinal de salvação que leva à conversão.
Na cruz aparece o Homem Novo, o
protótipo do amor radical na luta contra o egoísmo e o pecado, geradores de injustiça,
guerra e morte. Para Marcos, o Filho de Deus é o Homem que sente a fragilidade
humana: pavor, angústia, solidão e dor. No alto Ele implora: “MEU DEUS, MEU DEUS, PORQUE ME ABANDONASTE!” A oração de um homem solitário.
É PRECISO VIGIAR E ORAR COM JESUS PARA REALIZAR A VONTADE DO PAI, POIS É DA ENTREGA COM CRISTO QUE NASCE A FÉ.
A cortina do santuário, que fechava o Santo dos Santos, rasga-se
abrindo o caminho para a comunhão com Deus, fechando-se essa barreira.
wlimar@yahoo.com.br,
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