O JEITO DE VIVER DE JESUS NOS REVELA O ROSTO DO PAI
Como pedra angular de nossa Igreja, Jesus com Sua presença, através do Batismo, fortalece nossa fé e confiança de sermos acolhidos por Deus. Com Ele, por Ele e nEle, nos tornamos pedras vivas de Sua obra, ao assumir nosso ministério sacerdotal a serviço do Reino, oferecendo ao Pai culto do louvor. É a reflexão da liturgia deste domingo que apresenta a comunidade que nasce e continua o projeto Divino, seguindo as pegadas de Jesus, através de sua Igreja, em obediência ao Pai e amor aos irmãos, como integrantes da família de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo). O Senhor nos prepara para sua volta ao Pai, revelando que Ele é o caminho para essa casa definitiva. É a despedida de Jesus com palavras enigmáticas numa verdadeira síntese de todo o Evangelho, deixando os discípulos e a comunidade perplexos e desanimados, o que provoca as mais variadas interrogações.
Jesus deixa bem claro que crer e segui-Lo significa comprometimento com suas obras, na fraternidade, na misericórdia e na justiça, com o que o Pai em Jesus se torna morada em cada um e na comunidade. Cabe aos discípulos e a Igreja dar continuidade a esta obra, em comunidades organizadas, testemunhando e proclamando o amor libertador de Jesus Cristo.
Primeira Leitura: Atos 6,1-7
Primeira Leitura: Atos 6,1-7
O texto nos apresenta os sinais da família de Deus (a Igreja) que procura soluções para seus problemas, em consequência de tensão criada entre hebreus e helenistas, membros da igreja de Jerusalém, com pontos de vista culturais e materiais divergentes, referentes à forma de tratamento dado às viúvas, levando à intervenção de líderes da comunidade. Trata-se de uma comunidade santa e com estrutura hierárquica, formada por homens, embora pecadores, onde o serviço é exercido no diálogo com os irmãos. Um grupo de abnegados, animado pelo Espírito Santo, que recebe dons de Deus e força para testemunhar Jesus na história a serviço dos irmãos.
A situação nos apresenta algumas idéias que hoje vivenciamos diariamente em nossas comunidades. 1) A igreja é formada por seres humanos imperfeitos onde as tensões fazem parte da vida comunitária, resultado das limitações pessoais; 2) Tem sua hierarquia, normas, direitos e deveres, fazendo com que todos os membros participem; 3) Uma organização voltada ao serviço da palavra e da assistência aos mais pobres, numa dimensão diaconal; 4) É uma comunidade guiada pelo Espírito Santo. A Igreja de Jesus Cristo, animada pelo Espírito na sua missão apostólica, suscita muitas paixões contraditórias e divergentes, sendo, com suas virtudes e defeitos, considerada a organização mais perfeita do mundo. Seus membros devem zelar e exigir dela fidelidade a sua missão apostólica, entendendo suas falhas.
Salmo Responsorial: Sobre nós venha Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos
Segunda Leitura: 1 Pedro 2,4-9A mensagem nos apresenta duas dimensões fundamentais , acentuando em Jesus Cristo, Pedra Viva, rejeitada pelos homens, é valiosa aos olhos de Deus onde os cristãos encontram força para testemunhar sua fé e missão. O texto também se refere à Igreja, como templo espiritual, sendo Cristo a pedra angular e seus membros, os batizados, suas pedras vivas. Essa Igreja, formada por um povo sacerdotal, tem a missão de seguir e dar vida a sua obra, oferecendo a Deus culto espiritual, obediente aos planos do Pai no amor aos irmãos, como compromisso batismal.
Pedro lembra que de Cristo, Pedra Preciosa, aludindo sua ressurreição, brota vida ao Povo de Deus, convocando-o, como povo sacerdotal, a entrar na construção de sua obra, a Igreja, um edifício espiritual, e oferecer a Deus o que tem de mais precioso em sua vida e por amor, como sacrifício agradável. Em nossa caminhada na construção do mundo e dos homens, devemos nos questionar se notamos a presença efetiva do Senhor. O brilho cristão, como pedras vivas, não tem impedido a corrida armamentista, o genocídio, o terrorismo, guerras religiosas e o capitalismo selvagem que corrompe e destrói a humanidade. É difícil entender que esses critérios estejam tão distantes dos valores evangélicos, se Cristo é para nós referência fundamental, onde a comunidade se junta a sua volta, para um mundo mais justo e humano.
Evangelho: João 14,1-12
Evangelho: João 14,1-12
No texto evangélico, o Senhor consola os discípulos com a sua presença. Eles não entendiam que Jesus, com sua missão e vida, abriu o caminho que leva ao Pai. Tomé expressa o desejo da comunidade de conhecer o caminho, ouvindo de Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Jesus é caminho por ser verdade e vida. Filipe, resumindo a cegueira dos discípulos, ouve a mais preciosa revelação do Senhor: há tanto tempo estou convosco e não me conheces? Quem me viu, viu o Pai. Jesus é o caminho de amor e comunhão com o Pai. As obras de Jesus eternizam na fé dos discípulos que, crendo no Senhor, realizam obras grandiosas.
Sintetizando, o texto nos ensina que Jesus é o Caminho onde, por meio dele, o Pai mora na comunidade que realiza o projeto de Divino. É a Verdade (fidelidade), como a revelação autêntica, encarnado no Pai com quem está em profunda sintonia. É a Vida que estava nele e a vida era a luz dos homens, onde a comunidade vive essa vida, mediante o dom do amor como sinal de pertença a essa vida de amor e doação.
Sintetizando, o texto nos ensina que Jesus é o Caminho onde, por meio dele, o Pai mora na comunidade que realiza o projeto de Divino. É a Verdade (fidelidade), como a revelação autêntica, encarnado no Pai com quem está em profunda sintonia. É a Vida que estava nele e a vida era a luz dos homens, onde a comunidade vive essa vida, mediante o dom do amor como sinal de pertença a essa vida de amor e doação.
João relata a fase final da caminhada missionária do Messias em confronto aberto com Judeus, tendo seu ápice na ressurreição de Lázaro, quando o Sinédrio decide por Sua morte. Jesus tem consciência plena de sua missão final, justificando sua despedida dos amigos, fazendo-lhes as últimas recomendações. Uma aventura iniciada na Galiléia e que os discípulos não fazem idéia de seu final e muito menos o que farão sem o Mestre. A catequese de Jesus com seus discípulos é de grande importância teológica, revelando que o caminho de Jesus será o mesmo caminho de seus seguidores. Montou sua tenda entre os homens e mostrou que caminhos deviam seguir, deixando por último sua última lição: a lição do amor até a morte e ir para o Pai. A casa do Pai é a comunidade de Homens Novos, a Igreja. Lá é uma família que tem lugar para todos.
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