Fiéis Defuntos-02/11/2011

  BEM AVENTURADOS OS QUE OUVEM E PRATICAM A PALAVRA DE DEUSE    

Cristo ressuscitou, vencendo a morte, Aleluia! Ser sábio é não prender-se à realidade da morte, como se fosse o ponto final de nossa caminhada. Devemos pensar, sim, que ela é passagem para a vida, para o encontro com Deus. Portanto, celebrar a morte é celebrar a vitória de Cristo sobre ela, sem lamentações, mas alegria pelo encontro com o Cristo glorioso.  

A origem dessa celebração teve início com o abade, Santo Odilon, que instituiu, no calendário litúrgico da abadia, a Festa dos Mortos, dando a seus monges a oportunidade de lembrar os já falecidos, como estímulo a alcançar a bem-aventurança eterna no Céu.  Por sua vez, incluído no calendário católico, a liturgia nos lembra os entes queridos, os que partiram para a vida plena no Reino e viver, com esperança, essa realidade. O triunfo dos santos nos anima a conquistar a glória dos céus, por isso  a Igreja dedica especial atenção aos que sofrem no purgatório e imploram como o salmista: Tirai-me desta prisão, para que possa agradecer ao vosso nome, e aclamar: “O Senhor é minha luz e minha salvação!”

As pessoas tinham o costume de visitar o cemitério para recordar e rezar por seus familiares e amigos falecido. Muitos cristãos, por falta de orientação ou cultura, levavam flores, muitas lágrimas e lamentações, esquecendo o principal: aliviá-los com suas prece, rezando por suas almas, em especial, as que esperam apagar suas penas no Purgatório.  A Igreja, com essa intenção, estabeleceu rituais especiais para tais celebrações, criando um clima, não de tristeza, mas de alegria e esperança na ressurreição dos mortos. Ela nos convida descobrir que o projeto de Deus, para o homem, é um projeto de vida em Jesus Cristo que, vencendo a morte, conquistou a vida plena a todos os que abrem seu coração ao plano de salvação.

Primeira Leitura: 2Macabeus, 12,43-46  

Uma ação digna e nobre, inspirada na esperança da ressurreição. A morte não é o fim de tudo. Tudo passa, mas com esperança na ressurreição, por isso Judas fez sacrifícios pelos pecados, crendo em algo além da morte e na misericórdia divina. Lembremos Jó que manifestou total convicção de sua salvação ao afirmar: “Eu o verei com meus próprios olhos e sei que meu Redentor está vivo!”

Salmo Responsorial: Salmo 26 

O salmista espera ver a bondade do Senhor na terra dos viventes,pois confia totalmente em seu auxílio e proteção diante das adversidades. A busca de viver na presença do Senhor e de seguir com fidelidade seus caminhos asseguram uma vida feliz. “O Senhor é minha luz e salvação”.

Segunda Leitura: Romanos 6,3-4.8-9. Somos batizados em Jesus Cristo e na Sua morte.

No texto, Paulo ressalta que o batismo, como sinal de morte em Jesus Cristo  é,  acima de tudo, sinal de vida na misericórdia de Deus, porque Cristo é a nova aliança que nos leva a uma vida nova, pois que, se com Ele morremos, cremos que com Ele viveremos para a eternidade. O novo céu e a nova terra é o grande sonho profético onde a felicidade será plena onde viveremos junto a aquele que é o princípio e o fim de todas as coisas. Com a vitória de Cristo sobre a morte, nos dando a vida, Deus revela sua misericórdia para com a humanidade.

Evangelho: Mateus, 25,1-13 “Eis que vem o Esposo, sai ao seu encontro! As que estavam prontas entraram com Ele para o banquete nupcial”.  A esperança é reforçada por Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá”.

O desejo das dez virgens era encontrar-se com o Esposo. Ir ao encontro do coração é viver na espera da sua chegada. Ele demorou e todas adormeceram e passam pelo sono da morte. “No meio da noite, um grito se ouviu e ninguém esperava”. Ele virá no momento inesperado: ”Não vos compete conhecer o tempo ou a hora do Senhor, porque Ele virá como um ladrão, em plena noite, por isso vigiai para não serdes surpreendidos. A trombeta soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, transformados:  “Eis que o esposo vem e todos se levantam”. Todas se levantam, desejando o encontro com esposo e viver sua chegada. As imprudentes ficam sem azeite para as lâmpadas. O azeite, símbolo da graça do Espírito Santo, significa o esplendor da glória, com a consciência do dever cumprido e se habilitar à recompensa. O Espírito Santo vem habitar nas nossas almas, habitação do Todo-Poderoso.

"Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora”. O Senhor fale assim para todas, contudo, estas palavras dizem respeito a todos os homens, para cada um de nós;  o último dia chegará, assim como o fim dessa passagem, o dia em que cada um deixará esta vida. É preciso, pois, estar preparado como se o julgamento aconteça hoje e a qualquer momento. Devemos velar e não nos dispersar, permanecendo vigilantes, para que, quando o Senhor chegar, não nos apanhe desprevenidos. Pois aquele, a quem o último dia da sua vida apanhar sem estar preparado, no mesmo estado se encontrará no último dia deste mundo. “Vigiai e orai”, diz o Senhor.

  Quando morremos, deixamos atrás de nós tudo o que possuímos e levamos tudo o que somos.

Por e-mail (wlimar@yahoo.com.br), 
faça uma avaliação, dando sua sugestão sobre o Blog.