A PALAVRA DE DEUS É LUZ
26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
A liturgia deste domingos nos traz ensinamento sobre verdades antagônicas: RIQUESA E MISÉRIA, GOZO E PADECIMENTO, SALVAÇÃO E CONDENAÇÃO, FECHAMENTO E ABERTURA.
Deus deu-nos liberdade para criar e preparar nosso futuro aqui na tera para a eternidade, ou para o bem ou para o mal, para a felicidade eterna ou a auxência infinita de Deus. A oportunidade é única. Não haverá segunda chamada - e nem reencarnação.
Propõe-nos, novamente, a reflexão sobre a nossa relação com os bens deste mundo… Convida-nos a vê-los, não como algo que nos pertence de forma exclusiva, mas como dons que Deus colocou em nossas mãos para que os administremos e partilhemos, com gratuidade e amor. A palavra de Deus, também, se apresenta muito dura diante dos ricos e dos acomodados.
No Antigo Testamento, o Profeta Amós já se encontrava e vivia com a corrupção, especialmente no comércio onde constatava homens e mulheres prontos para: “diminuir medidas, aumentar pesos, adulterar balanças, dominar os pobres com dinheiro e os humildes com um par de sandálias, e para pôr a venda o refugo do trigo". (Am 8,5-6).
No dia da Bíblia, a Palavra nos impele a fazer a escolha e decidir pelo Reino. É da leitura desse livro que nasce a fé. Deixar para depois, adiar, poderá ser tarde.
A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho.
Na segunda metade do século IV, o Papa Dâmaso I (+ 384) ficou sabendo que em Belém, na Palestina, morava um monge conhecedor profundo das línguas bíblicas e que estava lendo os textos bíblicos na língua em que foram escritos. A vida dele consistia em ler, rezar e traduzir os textos bíblicos.
O Papa então chamou para Roma este Jerônimo, nomeando-o seu secretário. Vendo que este monge realmente era uma sumidade, um perito, deu-lhe a incumbência de preparar uma tradução oficial da bíblia em latim. Mais alguns anos de trabalho e ali estava a Vulgata, um texto seguro, fiel aos originais, completo e bem documentado.
Em atenção à festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30 de setembro, todos os anos o último domingo deste mês da Bíblia é então o Dia da Bíblia. É mais um momento oportuno para uma reflexão sobre a nossa atitude frente à Palavra de Deus e nosso interesse na leitura e oração da Bíblia.
Na PRIMEIRA LEITURA (Am 6,1a.4-7)
“Pela boca do profeta Amós, Deus reprova os que vivem na boa vida, no grande luxo, mas fecham os olhos para os sofrimentos da população'.
O profeta Amós denuncia severamente a classe dirigente ociosa, que vive no luxo à custa da exploração dos pobres e que não se preocupa minimamente com o sofrimento e a miséria dos humildes. O profeta anuncia que Deus não vai pactuar com esta situação, pois este sistema de egoísmo e injustiça não tem nada a ver com o projeto que Deus sonhou para os homens e para o mundo. O Autor é sempre duro com aqueles que buscam unicamente o próprio bem-estar ou a sua acomodação. A palavra de Deus é um imperativo para uma mudança de vida, para uma conversão.Amós viveu séc. VIII a.C ( 762 a.C.) quando os vícios do bem-estar, riqueza, prosperidade, começaram a fazer parte da elite; no entanto, a situação beneficia uma minoria Nasce, assim, uma classe dirigente poderosa, cada vez mais rica, que vive instalada no luxo, que explora os pobres e que, apoiada por juízes corruptos, comete ilegalidades e prepotências… Do outro lado, estão os pobres, vítimas inocentes e silenciosas de um sistema que gera injustiça, miséria, sofrimento, opressão. É neste contexto que o “profeta da justiça social” vai fazer ouvir a sua denúncia profética. Amós, portanto, se dirige à classe poderosa que explora a pobreza; e aos desamparados que vivem espoliados pela classe privilegiada.
Hoje, Deus nos pede que sejamos generosos e compassivos, sabendo dividir o pão com os menos favorecidos.
SEGUNDA LEITURA (1Tm 6,11-16)
Paulo diz aos proprietários ricos da comunidade, e o que esta palavra nos ensina, assim, Paulo quer ver em Timóteo um exemplo perfeito de cristão, observante dos mandamentos e pleno de fé e de caridade.
Timóteo é um cristão natural de Listra, filho de pai grego e de mãe judeo-cristã que o acompanhou algumas das viagens missionárias, a quem Paulo confiou a coordenação pastoral das igrejas da Ásia e que, segundo a tradição, foi o primeiro bispo da Igreja de Éfeso. O contexto dessa “carta pastoral” deve ter ocorrido no início do séc. II d.C., no momento em que as heresias – nomeadamente de tipo gnóstico – começam a incomodar os cristãos. Paulo, o verdadeiro “homem de Deus”, distingue-se por uma vida santa, enraizada na fé e no amor aos irmãos. Ele cultiva a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a doçura. Trata-se de uma doxologia proveniente de seu repertório de orações. O retrato aqui esboçado do “homem de Deus” define os traços do verdadeiro crente: ele é alguém que vive com entusiasmo a sua fé, que ama os irmãos e que dá testemunho da verdadeira doutrina de Jesus.
O Evangelho (Lc 16,19-31)
Lucas apresenta os dois personagens fundamentais da história, segundo um cliché literário muito comum na literatura bíblica: um rico que vive luxuosamente e que celebra grandes festas e um pobre, que tem fome, vive miseravelmente e está doente. No entanto, a morte dos dois muda radicalmente a situação.
A parábola do rico e do pobre Lázaro, uma catequese sobre a posse dos bens… Na perspectiva de Lucas, a riqueza é causa de pecado, pois supõe a apropriação, em benefício próprio, de dons de Deus que se destinam a todos os homens… Por isso, o rico é condenado e Lázaro recompensado.
Aliás, o tema da conversão está mais presente no evangelho deste domingo, quando Jesus conta esta parábola. De um lado, temos a festa na casa do rico e do outro o pobre, deitado à porta, esperava pelos restos que vinham da mesa do rico. A cena é bem conhecida e se repete diariamente em nossas cidades, esquecendo que ambos hão de morrer... A mudança é radical e a justiça de Deus e peremptória: O pobre cai nos braços de Abraão e passa a viver a tranqulidade eterna, já o rico que desfrutara de sua riqueza egoisticamente, é jogado na escuridão, nas trevas e na dor. O pobre cai nos braços de Abraão, já o rico que desfrutara de sua riqueza egoisticamente, é jogado na escuridão.
“Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos." Trata-se do “banquete do Reino”, onde os eleitos se juntarão, de acordo com o imaginário judaico – com os patriarcas e os profetas. E o inesperado acontece: agora é o rico que busca socorro junto a morada do pobre, pedindo a Abraão: “Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua” (Lc 16,24).
É Abraão que explica: “Isto é impossível. Há um abismo entre nós e vós” (Lc 16,26). Por fim, o rico insistiu: “Pai Abraão, manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los para que não venham para este lugar de tormento". Mas, Abraão responde:"eles têm Moisés e os Profetas. Eles têm a Bíblia e tem quem a explique..."
É Abraão que explica: “Isto é impossível. Há um abismo entre nós e vós” (Lc 16,26). Por fim, o rico insistiu: “Pai Abraão, manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los para que não venham para este lugar de tormento". Mas, Abraão responde:"eles têm Moisés e os Profetas. Eles têm a Bíblia e tem quem a explique..."
Nesta história, Jesus ensina que não somos donos dos bens que Deus colocou em nossas mãos, ainda que os tenhamos adquirido de forma legítima: somos apenas administradores, encarregados de partilhar com os irmãos aquilo que pertence a todos. Esquecer isto é viver de forma egoísta e, por isso, estar destinado aos “tormentos”.
Todos gostariam de ter homens públicos sempre mais honestos e capazes de assumir um cargo político, mais por um ideal, do que para enriquecer, mais com o desejo de servir e colaborar com a cidadania do que em explorá-la. Neste sentido, que todos os católicos, pensando no bem de sua pátria pensem: “que cada um, conscientemente, faça preces e orações, súplicas e ações de graças pelo êxito dessa eleição; pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que seja dignos e descentes.
QUEM DEVE MUDAR DE VIDA
VOCÊ OU OS ELEITOS
PENSE!
MAS VOTE! NÃO JOGUE SEU VOTO NO LIXO
Wlimar C de Campos
Muito bom
ResponderExcluir